quinta-feira, 25 de agosto de 2011

RECORDE DE BIODIESEL, UMA ESPERANÇA...



Brent Hajek não engana a ninguém: 100% REDNECK, o nativo de Oklahoma tem plantações extensas de soja e uma empresa de embrabamento do motores e competições, juntando os dois grandes prazeres do caipira americano. É só ver o museu que ele fundou, no primeiro vídeo aí embaixo. Mais caipira ainda é o fato de que ele tem seis picapes Ford F250 a diesel, com o famoso V-8 OHV International Power Stroke de 6,7 litros e 275 cv na versão "civil". Com exceção do motor e do câmbio automático, muito semelhante à que temos aqui de cabine dupla.

Pois Bem, seu Hajek resolveu dar uma esperança aos que temem o reinado dos xiitas verdes e bater o recorde absoluto de velocidade de picapes a diesel. Foi em Bonneville, no lago salgado, que ele levou sua F250 de 400 cv e 111 kgfm (800 lbf.ft) de torque. Foi desenvolvida em conjunto com a Engenharia da Ford americana: o motor é razoavelmente standard, só tendo instalados uma bomba injetora parruda, um conjunto de bicos monstruosos e um turbocompressor de dimensões gigantescas, capaz de pressões inconfessáveis em público...



O resultado foi um recorde de 275 km/h com óleo diesel puro e 293 km/h com biodiesel B20 (com 20% de óleo de soja), batendo com folga o recorde anterior - também de Hajek - de 208 km/h.. Eles não declaram, mas essa velocidade adicional fala de uns bons cavalos a mais, ao menos 80/100. Isso acontece talvez por um índice de cetanos mais alto. Assim se chama a propensão à auto-ignição sob pressão e altas temperaturas do combustível usada em motores de ignição por compressão, o chamado Ciclo Diesel.

Mas como toda flor tem espinhos, nem tudo são rosas no mundo verde do biodiesel. Esse combustível tende a captar  da atmosfera e acumular mais água do que o derivado de petróleo. Como ela não se deposita nas partes baixas dos reservatórios como no Diesel, mas permanece emulsionada e prejudica os bicos por se evaporar nas câmara de combustão e criar pressões adicionais nocivas. Além disso, a água corrói muitas partes de precisão do sistema de injeção e cria um ambiente propício ao aparecimento de bactérias nos tanques, entupindo muitas passagens milimétricas. Vejam o ultimo vídeo que fala disso, infelizmente em inglês.






O museu da empresa tem de tudo, de dragsters a carros da Trans Am:



Água no biodiesel, o maior inimigo:



O site da companhia que faz os kits de teste:

http://fleetfueltesting.com/

2 comentários:

Rocha disse...

so 11 de torque Mahar???

José Rezende - Mahar disse...

NÃO, ROCHA, CENTO E ONZE.... TYPO....SORRY, CORRIGIDO.
M