terça-feira, 9 de agosto de 2011

JAC J6 POR SUZANE CARVALHO

CHEGOU A MINIVAN DA JAC MOTORS




Fotos: Claudio Larangeira e Suzane Carvalho
 
Com versões de 5 e de 7 lugares, chega ao mercado o J6, minivan da JAC Motors, terceiro modelo da fabricante chinesa a desembarcar no Brasil.

Ao apresentar seus produtos, o presidente da empresa, Sergio Habib, de cara defende seus carros: “Existem “chineses, e chineses”, e o nosso chinês é de excelente qualidade. Para chegar ao consumidor brasileiro, o carro rodou 1 milhão de quilômetros em testes e após isso foi inteiramente desmontado para análise de desgaste de material, e possíveis adaptações, que foram muitas.”




A principal delas foi o próprio motor, já que a versão chinesa é equipada com um 1.800-cm³ da Mitsubishi, enquanto que o modelo brasileiro chega com um 2.000-cm³ da própria JAC. Em consequência, o câmbio também é outro. Se mudou motor e câmbio, evidente que diversos outros itens como filtros, bombas, suportes, sistema de arrefecimento e até grade dianteira também foram modificados. Na China também não existe a opção de 7 lugares para o J6. E visando maior segurança, o conjunto mola/amortecedor ficou um pouco mais firme.

O sistema de escapamento foi retrabalhado e a vedação dos vidros foi também melhorada.




APRESENTAÇÃO

Com desenho italiano, desenvolvido pelo Estúdio Pininfarina e pelo Centro de Design da JAC, em Turim, e interior desenhado no Japão, o J6 chega com intenção de ser líder em seu segmento.

Tem o maior porta-malas da categoria: 720 litros na versão de 5 lugares e 198 litros na de 7 com a 3a. fileira em posição normal, e dependendo do interesse do dono, pode ser um carro familiar que leva até 7 pessoas, ou de transporte, com um espaço que chega a 2.200 litros.



A diferença de preço entre o de 5 lugares e o de 7, é de apenas R$ 1.000,00. Vem bastante equipado: ar-condicionado, direção hidráulica, duplo airbag, controle elétrico dos vidros e dos retrovisores, que têm desembaçador, faróis e luz traseira de neblina, sensor de estacionamento, para-sol com espelho e luz dos dois lados, travamento automático das portas, alarme, travamento das portas com controle remoto, desembaçador e limpador traseiro, com temporizador, e tomada de 12 V fazem parte dos equipamentos.



Os sete bancos têm ajuste de encosto individual, sendo que os da 2ª fileira também ajustam-se em distância, e os da frente, em altura também.

O painel é simples, mas tem todas as informações necessárias e controle de luminosidade. O som é de boa qualidade, com seis alto-falantes, controles no volante, que é de couro, CD que lê MP3 e com entrada USB.

Não tem bluetooth, computador de bordo e nem alavanca para abertura do porta-malas pelo motorista.

Não tem também muitos porta-objetos, mas tem porta-óculos perto do retrovisor central e espaço para canetas e moedas.




Uma vez sentada nele, achei o ajuste dos retrovisores, que fica acima da caixa de fusíveis, um tanto distante, já que é preciso tirar o corpo da posição para ajustá-los. Por outro lado, esta fica em excelente posição e de fácil acesso. Lembre: se for sair à noite, leve sempre uma lanterna no porta-luvas. Assim, não terá problema em verificar os fusíveis, se necessário for.

Tem apoio para o braço direito do motorista, que no entanto é fixo e não rebate. Eu, pessoalmente, não gosto, pois meu braço não fica na posição natural e atrapalha no caso de uma manobra de emergência em que seja preciso utilizar o freio de mão.




Os cintos de segurança dianteiros têm regulagem de altura, assim como o banco, que mesmo em sua posição mais baixa, ainda achei alto. Talvez seja esta a diferença entre uma minivan e uma station wagon.

Assim como no J3, as luzes em geral, são todas muito boas.
Os retrovisores são ótimos, com ângulo do espelho bem acentuado. Aliás, a visibilidade toda é bem boa. A distância do para-brisa faz com que tenhamos a impressão de que o carro é bem grande e toda a área envidraçada do carro dá amplitude de visão.

Para melhor aproveitamento interno, o estepe fica por baixo do carro.
O compartimento do motor é muito bem organizado e o tanque de 68 litros certamente é uma comodidade para quem faz viagens longas.

Na questão segurança, além de boa estabilidade e freios eficientes, tem barra de proteção lateral nas portas e no teto, e farol com regulagem de altura.

Seu acabamento não é de luxo, o que tornaria o carro menos acessível, mas é funcional.

Ele mede 4,55 metros de comprimento × 1,77 m de largura × 1,66 m de altura. Seu entre–eixos é de 2,71 m.

MOTOR

O motor que equipa o J6 tem 1.997 cm³, 16 válvulas e é DOHC (duplo comando de válvulas no cabeçote).

Tem potência de 136 cv a 5.500 rpm, torque de 19,06 kgf.m a 4.000 rpm, taxa de compressão 10:1 e faz de 0 a 100 km/h em 13,1 segundos.

A velocidade máxima declarada é de 183 km/h. O velocímetro vai até 220. Em meu curto teste, pude chegar a 150 km/h.

O carro pesa 1.500 kg e como andei com outros dois jornalistas no carro, achei a retomada um pouco lenta, já que a potência e o torque estão em uma faixa alta para um motor que corta a 5.800 rpm.

A relação diâmetro dos cilindros x curso dos pistões é equilibrada com 85 x 88 mm, equilibrando também a relação torque/potência.

O acelerador é eletrônico, mas estranho o fato de não ter batente no pedal, que continuo pressionando, procurando o final do curso.

DIRIGIBILIDADE

O J6 é um carro bem pesado, mas ao volante, dá impressão de robustez e também de segurança.

O câmbio é bem parecido com o do J3. Os engates são justos e a relação das cinco marchas é bem escalonada. Não está previsto câmbio automático para ele.

A suspensão é “durinha”, do tipo dual link na traseira e McPherson na dianteira. Mas o melhor mesmo é o fato de ter suspensão independente nas quatro rodas, o que o deixa com boa estabilidade.

Ele tem também um subchassi dianteiro, que separa a carroceria do sistema de suspensão fazendo com que o carro tenha menos torção em curvas.

Os freios são a disco ventilado na dianteira e disco sólido na traseira, com ABS e EBD. Mesmo sendo um carro alto e pesado, a frenagem de emergência com três pessoas no carro foi equilibrada e o carro não desviou da trajetória. O ABS está muito bem calibrado e entra em ação na hora certa.

Vem com pneus chineses Giti Comfort 228 de medida 205/55R16V em rodas de liga de alumínio. A versão Diamond, de 7 lugares, tem opção de vir com aro 17” e pneus Maxxis Victra ML6 215/45R17W.

Diferentemente do J3, tem três opções de acessórios oferecidos pelas concessionárias: cor metalizada por R$ 1.190, rodas aro 17” por R$ 1.600 e bancos de couro por R$ 1.400,00.

Destaque para a já conhecida garantia de seis anos dada pela JAC Motors que garante também as revisões e peças mais baratas do mercado.

No dia de seu lançamento, 4 de agosto, já tinham sido vendidas 600 unidades do J6.

OS CONCORRENTES

Como empresário que não joga para perder, Sergio Habib pretende vender quase o triplo de J6 que seus concorrentes diretos Zafira, Gran Livina, C4 Picasso e Xsara Picasso.

“Pretendemos vender de 1.000 a 1.500 unidades por mês do J6. É um modelo que traz ótima relação-custo benefício e o melhor custo de utilização do mercado. Possui também a maior capacidade de carga do país e o melhor espaço interno para todos os ocupantes, pois é o maior deles.”

Em relação ao Grand Livina, por exemplo, ele tem mais motor (136 contra 125 cv), mas perde para o C4 Picasso que tem 143 cv, mas que custa R$ 18.690,00 a mais.

Ficarei devendo o consumo para quando eu pegar o carro para um teste mais longo. E a praticidade na troca de pneu.

Este deverá ser meu próximo carro, já que sou adepta às “peruas” desde o tempo da Belina.

Minha preferência se dá por conta do espaço interno, suspensão independente e, claro, preço. Pretendo colocar amortecedores especiais e tirar o apoio central do braço, se possível.

6 comentários:

Dan Palatnik disse...

Excelente reportagem.
Espero mesmo que os chineses venham ameaçar o mercado. Só assim as montadoras nacionais vão se mexer para tornar seus produtos realmente competitivos, aqui e lá fora. Só pelo que se paga num nacional os opcionais já deviam vir obrigatoriamente de fábrica... E não me venham com "o imposto excessivo" porque no fim quem paga é o consumidor.

Anônimo disse...

Se brasileiro realmente gostasse de carros, quem tem família só compraria a perua Mègane...

O Corsário Viajante disse...

Sugiro que compre a Livina, além de mais barata é muito melhor.
O sr. Habib é afeito ao "se colar colou", e cobra muito pelo produto que tem.

Anônimo disse...

Hum......cheirinho ruim de jabá no ar...........

José Rezende - Mahar disse...

SR, EM NOME, OU INOMINÁVEL. EU DOU UM DURO FDP PARA MANTER O BLOG DE FORMA LEGAL E TENHO QUE OUVIR OU LER ESSAS BESTEIRAS! NÃO TENHO RELAÇÃO ALGUMA COM A JAC E O FUTURO VAI SER EM MANDARIM, POIS ELES TÊM O MAIOR MERCADO DO MUNDO E VÃO DOMINAR EM 20 ANOS! PARE DE ESCREVER CBOBAGENS E APRENDA O QUE É O MUNDO DO AUTOMÓVEL, AO INVÉS DE CHAMAR OS OUTROS DE VENAIS!
M

Luby disse...

Excelente reportagem, os caras vieram para brigar mesmo e se não vacilarem vão dar muito trabalho as montadoras nacionais e quem vai sair ganhando com certeza somos nos consumidores......