segunda-feira, 27 de junho de 2016

O King-Kombi se aproxima!

Evento reúne 63 anos de história e conta com a presença de ex-piloto e tricampeão mundial de Fórmula 1


Nesse fim de semana, dias 2 e 3 de julho, o Kartódromo Municipal de Barra Bonita- SP  receberá o KING-KOMBI. Diferentes modelos da ‘Nobre senhora’ estarão presentes, entre eles,

Scrambler, as Ducati off

Desde tempos imemoriais que a moto é usada na terra, ou em vias de terra batida...


É preciso lembrar que asfalto e concreto vieram depois do veículo motorizado, a partir do século 20. Assim, os desatinados pela velocidade, os viciados na volúpia dos motores só tinham terra mesmo. Mas foi depois da segunda grande guerra que as corridas de terra tomaram impulso.

Os soldados voltavam do campo de batalha com experiência de confiar em sua habilidade e na moto para escapar das balas inimigas, e isso não levou muito tempo para virar um ramo do esporte em duas rodas. Principalmente na Inglaterra surgiram os Hare Scrambler

sábado, 25 de junho de 2016

De Carro por Aí com Roberto Nasser


Jipinho Fiat, projeto grande

Coluna informou a corrida pela FCA em novos projetos para substituir seus produtos mais antigos. E juntou, como antecipação nacional, outro dado: ordem para criar um jipinho, Junior, como tratado internamente. Há dias noticiou novamente: direção teria dado meia-trava nesta versão; e comentou sobre o perigo de freadas em projetos, exemplificando com o VW Taigun, mostrado, anunciado, mas freado – e esquecido.

É mais

No caso FCA, fonte da Coluna esclareceu, projeto ora sobrestado em muito supera a primeira informação: é independente, não será versão dos modelos de substituição atualmente finalizando testes.

Projeto grande, mundial, de novo modelo,

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Sexta com o Rei!

O Rei do Blues. B.B. King, faz uma homenagem ao amigo Eric Clapton, "o Chefe", e mostra porque é Rei.



Alta Roda com Fernando Calmon

RESULTADOS INCERTOS

O conturbado cenário político atual levou à criação de mais uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara dos Deputados. Pretende investigar o Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT), mais conhecido como seguro obrigatório.
Criado por lei, em 1974, é confundido com uma taxa. Trata-se, porém,

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Salve 22 de junho, Dia do Fusca!

Por Jason Vogel

Este filme mostra ajustes dos V1, V2 e V3 - os primeiros protótipos do besouro - na garagem do Professor Ferdinand Porsche. Encomendados pelo ministério dos transportes do Reich, esses "Versuchswagen" (carros de teste) ficaram prontos em dezembro de 1934.   


F-Pace: o Jaguar da montanha por Jason Vogel


Houve tempo, até os anos 80 pelo menos, em que o pessoal da Jaguar tinha um orgulho meio besta. A marca inglesa só produzia dois modelos (o sedã XJ e o cupê XJ-S), vendia quase nada e, mesmo na pindaíba, esnobava a concorrência. A quem perguntasse quando viria um motor a diesel, eles respondiam: “Não somos fábrica de táxis!”. Assim, reafirmavam suas tradições e, claro, ironizavam a Mercedes-Benz, padroeira do chofer de praça na Europa.

Hoje, para fazer dinheiro, é preciso ter não apenas opções

terça-feira, 21 de junho de 2016

Cursos gratuitos de pilotagem de motos


De 8 a 10 de julho serão ministrados, em Piracicaba, os Cursos Avançados de Pilotagem de Moto pela piloto Suzane Carvalho.

Os cursos são gratuitos e oferecidos

segunda-feira, 20 de junho de 2016

De carro por aí com Roberto Nasser


Nissan automatiza March e Versa

March e Versa com opção da caixa CVT

Leitor atento, como os da coluna De Carro por Aí, devem ter-se perguntado o porquê de dedicar espaço desmesurado a uma simples caixa de transmissão, coisa simples, uns 5% do valor de um automóvel barato. Questão pertinente. Uma das grandes dificuldades nesta escultura semanal não está no levantar informações, conferir fatos e fontes, entender razões e consequências, coisas usuais à função dos jornalistas, mas no filtrar a enorme massa de informações, de acordo com o variado interesse dos leitores – e faze-las caber neste espaço.

Mas justifico. Caixas automáticas – sejam automatizadas, hidráulicas ou por polias variáveis -, são os equipamentos

domingo, 19 de junho de 2016

Alta Roda com Fernando Calmon

DÉCADA PERDIDA

Se a onda de desânimo e falta de confiança de compradores e investidores levaram à penosa situação atual do mercado, alguma luz de esperança começa a surgir para 2017. Esse foi um dos principias indicadores do seminário Revisão das Perspectivas 2016, da AutoData, esta semana em São Paulo.
Até agora nenhum executivo quis se comprometer sobre

Carros para a Rainha


Desde o dia 14 de junho possuímos a única fábrica britânica de automóveis da América Latina: a Jaguar Land Rover.

A unidade brasileira, localizada em Itatiaia, produzirá o Range Rover

quinta-feira, 16 de junho de 2016

José Rezende-Mahar (1951-2016)

O jornalista que descrevia porcas e parafusos em textos cheios de emoção
por Jason Vogel


Devoto de Nossa Senhora da Combustão Interna, ele nunca se conformou em transcrever releases ou se ater aos números da ficha técnica. José Rezende-Mahar punha emoção em qualquer tema que envolvesse porcas e parafusos. Loquaz e bem-humorado, o jornalista automotivo dirigiu de tudo, até o Rolls-Royce presidencial, e conquistou muitos fãs com seus textos publicados em revistas como “Vela & Motor”, “Motor 3”, “Ele Ela” e “Manchete”. Por mais de dez anos, ele colaborou com o CarroEtc, escrevendo, fotografando ou, simplesmente, com papos intermináveis ao telefone (em geral, na hora do fechamento).

— Os textos dele eram uma bagunça, palavras despejadas caudalosamente. Lá ia o repórter novato desembaraçar linha por linha, incluir o como, o quando, o onde, o por quê. Do original, sobrava uma frase. A frase que eu jamais seria e serei capaz de escrever, como “A Ferrari tão preciosa que estava condenada a viver numa garagem, qual uma borboleta presa por alfinete a uma caixa de veludo” — lembra o jornalista e discípulo Marcelo Moura.

Na quinta-feira, o hedonista e desregrado Mahar foi acelerar em outras estradas. Ficam seus escritos, dos quais selecionamos amostras do que foi publicado no GLOBO:

Alfa Romeo 147 (26/06/2002)


Não faz muito sentido gastar US$ 35 mil num carro do tamanho de um Astra. E daí? Pela lógica econômica, todos andariam de trem. (...) Ela é amiga em todos os momentos. Não balança, permanece sob controle e nunca ameaça quem a domina. Só para os casos finais de masoquismo poderia ser feita alguma crítica a esse comportamento, por aqueles que precisam sofrer para curtir um carro.

Celta (10/07/2002)

Quando o Celta chegou ao mercado, há dois anos, seu acabamento de cela de convento desagradava aos olhos. O tão aguardado lançamento da General Motors era, na verdade, uma variação franciscana do velho Corsa.

Polo 1.0 16v (7/08/2002)

O motorzinho cresce frenético, como se não houvesse amanhã, chegando a astronômicas 7.400rpm. (...) A Volks deve ter feito um acordo com a Loctite: os pneus parecem ter cola-tudo na banda de rodagem.

Audi S3 (21/08/2002)


Quem acha que tração nas quatro rodas é coisa de jipe, prepare-se: vamos ter momentos de intimidade beirando o erótico com um dos mais fortes automóveis que CarroEtc já analisou. É o S3, versão vitaminada do Audi A3. O “S” deve vir de super, de sensual, de superior, sei lá. (...) Parece inacreditável que o motor do S3, capaz de rugir como um leão enfurecido, seja primo em primeiro grau do nosso VW 1,8 litro, que até hoje move o Santana. O cabeçote é totalmente outro, com dois comandos e cinco válvulas por cilindro, além de um gordo turbocompressor, digno de um Scania. (...) É só ligar e ouvir o “Vruum”, assim meio baixo, contido mas revoltoso. Isto é um sinal de que o buraco ali é mais embaixo, e que os usuários fracos de emoções devem procurar outra praia. (...) Vem a sensação de ser piloto de um Spitfire na 2ª Guerra. A alavanca de marchas transforma-se num manche com um botão que faz desaparecerem os lerdos caminhões que ocupam a estrada. Num crescendo de som e aceleração, outros carros somem da mira, perdão, da frente, e o S3 conduz ao Nirvana automotivo.

Stilo Abarth (18/12/2002)

Ao se ligar o motor 2.4, os cinco cilindros zumbem como um vespeiro agitado. As marchas se encadeiam rápidas e o zumbido torna-se um grito que vai aumentando de tom, fazendo verdadeiras árias de loucura. (...) O difícil é andar com aquele motor insidioso convidando a indecências rodoviárias.

Norton 500 de Che Guevara (5/05/2004)

Os freios eram, na melhor das hipóteses, aproximativos — mais retardadores do que freios de verdade. (...) E a eletricidade era um pesadelo. Joseph Lucas, o fabricante das partes elétricas, não ficou conhecido como The Prince of Darkness sem motivo. (...) Sem freios, sem luz, sem suspensão, sem confiança de chegar... É isso que mostra que o importante é ir, não só alcançar o destino. Esses caras eram heróis de um tempo que passou.

Fiesta 1.0 (6/10/2004)

O motorista pisava no acelerador e só ouvia gargalhadas. (...) Agora, o carrinho reage com uma energia mais condizente com outros modelos “mil” e não deixa o motorista com ódio ao precisar de potência. (...) Pode não ser o sonho de quem ama dirigir, mas, ao menos, deixou de ser um pesadelo.

Siena a Diesel (5/01/2005)

Pela manhã, a máquina acorda ruidosamente. Há batidas e reclamações como se o mundo estivesse vindo abaixo. (...) Momento de grande prazer, só o do reabastecimento.

Chrysler 300C Touring (29/03/2006)

Apesar de ser baseada na plataforma dos Mercedes Classe E, o 300C tem aparência bem americana. Talvez com um pouco de rímel e purpurina demais. (...) É como uma perua texana que pratica boxe tailandês.

O centenário do Ford T (1/10/2008)

Há cem anos, 90% da humanidade nunca tinha se afastado mais de 30km de casa. Com o barato Ford Modelo T, homens comuns puderam comprar um carro e ver o outro lado da montanha.

Toni Bianco (20/10/2010)


Se trabalhasse em mármore, Toni Bianco teria o porte de um Michelangelo.

Ferrari 612 Scaglietti (2/02/2011)


Acelera com uma trilha sonora que é o caos e a glória ao mesmo tempo. Uma música inacreditável de uma máquina briosa e veloz. (...) Uma 612 em mãos erradas leva a atos antissociais. Dentro do túnel, as pessoas ficam apavoradas com o urro da besta-fera saindo pelo escapamento especial. (...) É uma exaltação ao automóvel em uma forma que pode estar desaparecendo. Em alguns anos, o politicamente correto forçará esses supercarros ao limbo, em nome de um mundo alegadamente mais limpo. E menos emocionante. (...) É como diz o provérbio, “Donne e motori, gioie e dolori”. (...) Um carro para amar a estrada, para rodar mil quilômetros sem parar, em busca do pôr do sol.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

De Carro por Aí com Roberto Nasser


Prius, em híbridos Toyota aponta o futuro

Lançamento do híbrido Prius sinaliza não ser apenas mais um automóvel no caminho tecnológico do futuro. Ao contrário a Toyota, pelo produto e pela moldagem da apresentação, o quer como o veículo para tal destino. A empresa assumiu trilha corajosa: até 2050 100% dos Toyota elétricos, híbridos elétricos ou por célula de combustível. Para caracterizar a pretensão de liderança tecnológica nipônica, fez apresentação em Brasília, na Embaixada do Japão, envolvendo o corpo diplomático, executivos públicos, alguns jornalistas especializados e, para dar certeza da importância do produto, o peso da estrutura diretiva da empresa. Mark Hogan, único não japonês no board mundial; Steve St Angelo, CEO para a América Latina, Koji Kondo, e  Miguel Fonseca, presidente e vice da Toyota no Brasil.

Prius é o mais vendido híbrido do mundo, em quarta geração, superando 5,7 milhões de unidades entregues. Emprega motor elétrico gerando 72 cv e outro a gasolina, 1,8 de restritos 98 cv para faze-lo mover-se na arrancada. Para recarregar a bateria, colocada sob o banco, o sistema de desaceleração e freios se encarrega de gerar energia. Ou ligação em tomada de parede.

Modelo atual é feito sobre a nova plataforma TNGA, com ela conseguindo menor altura, mais largura e espaço interno, num desenho eficiente: com CX de 0,24 é o sedã mais aerodinâmico do mundo. O pacote o rotula com o mais econômico no mercado brasileiro, fazendo próximo a 20 km/litro.

Visual intencionalmente futurista, grupo óptico em LEDs espraiando-se pelos para lamas, interior com instrumentação central, tela de 17,5 cm, multi mídia, GPS, câmera de ré, som. Head up display, o projetor de informações no para brisas, facilita a condução. Confortos à altura, como volante multi função, ar condicionado com duas zonas e sensor para concentrar fluxo nos lugares ocupados. Sete almofadas de ar – frontais, laterais, joelho -, sensor para abertura de portas. Enfim o pacote de confortos a cada dia mais rico.

Preço incentivado, sem correção de dólar, R$ 119,950 pretende conseguir 600 clientes com espírito ecológico neste ano.

Prius

Puma Alface (...), o carro do Mohammad Ali

Conta simples, some o fato insólito, o descompromisso nacional em buscar informações, seu disseminar como se tivesse fé pública. O resultado sempre dará em estórias, versões, trocando a falta de essência histórica pelo ágil inventar. O Puma Alface é uma delas.

Conto. É confusão fonética. Referido Alface é o modelo Al Fassi, criado em 1987 sobre o Puma-018 para ser vendido na Arábia Saudita. Amarração do desenvolvimento do produto, desenho comercial e exportação liderada pelo festejado e nascido Cassius Clay, 1942, e ora desaparecido sob o nome muçulmano de Muhammad Ali. Aventura automobilística triangular, ligando Curitiba, Pr, Brasil; Houston, Texas; e a Arábia Saudita.

Operação fugaz, mais lembrada pela confusão iletrada.

Como

Lembrar-se-ão interessados na história dos veículos, o Brasil sempre aplicou, sem imaginação, um cadeado aos portos, inibindo importações, em especial de automóveis – a ideia vesga continua, desprezando a competição do mercado e a competitividade nos custos. Tal muro fez surgir fórmula de juntar carroceria de uma empresa; plataforma mecânica de outra; e produto final como veículo especial, de nicho. A Puma era referência neste caminho. Atrevida, exportou para os EUA, Europa, teve linha de montagem na África do Sul, fez-se conhecida como produtora de esportivo charmoso e barato. Mas na década de ’80 inviabilizou-se, saindo do negócio, cedendo o de fazer, direitos e nome a empresa paranaense, a Araucária, conduzida por Rubens Maluf. O corcoveio da economia nacional, os seguidos planos econômicos, o governo Sarney à base do deixa rolar para o tempo decidir, levaram quase todos os empreendedores ao fim. A Puma tomava este caminho triste.

Entretanto Kevin Haynes, seu representante nos EUA, preocupado com o fenecer do negócio, era amigo do advogado de Muhammad Ali, aposentado como pugilista vencedor, e interessado em aumentar sua renda. Com alguns contatos montaram a fórmula: Ali viria ao Brasil; combinaria o negócio com a Puma; criariam versão a partir do existente. Seria exportado aos EUA onde receberia motor, transmissão e freios do Porsche 911 e, de lá, mandado à Arábia Saudita.

O novo Puma teve sobrenome adicional: seria Puma Al Fassi – de Muhammad Al Fassi, dito Sheik sem sê-lo, controvertido bilionário marroco-saudita e destinatário final dos carros exportados, administrador da fortuna do cunhado, o Príncipe Turkin bin Abdul Aziz, irmão do Rei Saudita Fahd al Saud. E outro pedúnculo: by Mohammad Ali, aval do pugilista com renome mundial.

Para frente

Felipe Nicoliello, editor do bom sítio Pumaclassic, confirma a operação. Muçulmano Ali, então aos 45, veio ao Brasil com seu advogado judeu Richard Hirschfield, um consultor de negócios, e um engenheiro de automóveis. Parte legal, moldaram uma companhia, The Ali Vehicle Industry, para formar joint venture com a fabricante do Puma, a Araucária Veículos, e uma importadora dos EUA, a Inter American Ltd.

Quanto ao produto, em corrida de 21 dias grupo decidiu e criou restrita pré série de duas unidades sobre o modelo P-018 conversível: desenhos, projetos, moldes, ferramentas, adaptações, foram desenvolvidos e viabilizados para atender ao cliente capaz de garantir sua sobrevivência econômica. Um recorde para pequena empresa em dificuldade. Mudanças foram sutil alargamento na carroceria; para lamas frontais com faróis retangulares, e na tampa traseira. Internamente re arranjo buscando mais espaço; aposição de painéis de madeira para valorizá-lo.

Conta a paranaense Gazeta do Povo Ali dispendeu o período em Curitiba, dando expediente na fábrica, sugestões, acompanhando até exportá-las à Arabia Saudita.

A Araucária respirou esperança ante o traçado inicial de vendas – entre 400 a 1440 unidades – para esse, faturamento de US$ 36M, - US$ 25 mil/cada.

Para trás

O tempo drenou expectativas. Polêmico Mohammad Al Fassi, residindo na Arábia Saudita, além de comportamento anti social, gastando US$ 2M anuais apenas em roupas, sustentando uma assessoria com 75 pessoas, cometeu a impropriedade de apoiar o ditador Sadam Hussein, sendo obrigado a correr para os EUA com suas quatro mulheres, filhos e boa parte de bens móveis, incluindo dois Boeing 707. Teve vida curta, morreu aos 50 anos, em 2002.

A tentativa de trabalhar para ganhar dinheiro perdeu fôlego e interesse, e a desistência abalou o trêfego caixa da Araucária, já penalizada pelo mercado ruim, descapitalizada pelos investimentos para modificar o produto, no investir em estrutura e estoque para atender à encomenda. Tropicou e foi comprada pelo fabricante de auto peças Nívio de Lima transformando-a em Alfa Metais, reatando produção. Faleceu precocemente, cessando a produção do Puma.

Com a mudança de vida de Mohammad Al Fassi, feneceu o ponto terminal, Ali refluiu, incluindo outra vertente tentada, com a gaúcha Aldo Auto Capas, fabricante do também pretensamente esportivo Miura.

Último

Da contida pré série, derradeira carroceria Puma Al Fassi 003, então preparada por precaução, relata Nicoliello, ficou guardada de 1987 até 2009, quando Rubem Rossato, diretor da Araucária ao tempo do negócio com Ali, decidiu completá-la. Com auxílio de ex-funcionários do projeto, finalizaram-na, como foram as duas primeiras e exclusivas unidades exportadas para a Arábia Saudita, transformando-a em raridade. Dos Al Fassi exportados, supõe-se existir um remanescente.

Puma Al Fassi – aqui dito Alface

Identificação

Interior refinado, com madeira

Roda-a-Roda

Aqui – Renault quer aproveitar surgimento de serviços de transporte individual, como o Uber, para mostrar as vantagens do Logan – espaço interno, resistência, baixa manutenção. Iniciará movimento em breve.

PSA – Carlos Tavares, número 1 da PSA – Peugeot, Citroën, DS, disse a jornalistas argentinos lançar no Mercosul 17 novos produtos das três marcas. DS é a marca de luxo e terá lojas no Brasil.

Lucros – E informou ter revertido a posição de prejuízo, operando com lucro.

Atrativo – No pacote de incentivo às vendas de seu utilitário esportivo F-Pace, Jaguar criou facilidades: recompra em 24 meses; seguros a 3,88% do valor; pacote de revisões à base de R$ 1 mil/ano.

Dúvidas – Em recente e privada reunião Ford apresentou seu novo motor 1,0 3-cilindros, turbo – o Ecoboost -, 125 cv e 173 Nm de torque, mais potente 1,0 na área do Mercosul. Outros 1,0 Turbo, o Hyundai e VW fornecem 105 cv.

Equação - Entretanto não será nem o mais rápido ou reativo. Ford diz, Fiesta acelera de 0 a 100 km/h em 9,6s. Apesar de menor potência e torque, mais leve, o up! vai da imobilidade aos 100 km/h em 9,5s.

Comparativo – Apresentando seu picape S10, GM fez comparação direta. Começou com o líder HI-LUX Toyota em filmagem de capacidade de ultrapassagem realizada no autódromo Velo Citá em Mogi Guaçu.

Mais uma – Jaguar Land Rover ajustou data de inauguração de fábrica em Itatiaia, RJ: 17, sexta. Não informou a extensão das intervenções industriais. Fábrica pequena, dentro do programa Inovar-Auto, para 18 mil unidades/ano.

Queda – Atualizando testes de impactos e danos a ocupantes, LatinNCAP submeteu Kia Picanto e Peugeot 208. Kia em versão não vendida no Brasil, sem almofadas de ar. Levou nota Zero. Peugeot 208, aqui feito, versão básica, decresceu.

Economia - Em 2014 obteve 4 estrelas para proteção de adultos e 3 para crianças. Novo teste incluiu impacto lateral e resultado piorou pois as barras de proteção foram suprimidas. Entidade não governamental quer padronização internacional dos itens de segurança para reduzir danos físicos em batidas.

Láurea – Prêmio Consumidor Moderno indicou Mercedes-Benz pelo 15o ano como melhor central de relacionamento com cliente de automóveis. Para caminhões, sétima vez. Em 2016 inovou: diretores em rodízio no telemarketing para ouvir clientes, projeto do presidente Philipp Schiemer de integrar a empresa aos usuários.

Solução – Ante queda de vendas do mercado de carros novos, CAOA, revendedora de Hyundai, Ford e Subaru, criou lojas para semi novos. Goiânia, Campinas, S Paulo e pretensões de inaugurar mais 12 em 2016, intenta superar 24 mil vendas. Diz garantir melhor preço, qualidade e procedência.

Festa – Gostas do clima de convívio com outros aficionados, e do friozinho colonial de Tiradentes em julho? Vá ao XXIV Bikefest, 22 e 26 de junho. Aguardam-se 18 mil pessoas em torno de motos clássicas e off road. Mais ? www.productioneventos.com.b

Antigos – Foi-se Jarbas Passarinho, coronel, ex-governador, ministro, senador. Para antigomobilistas, figura importante. Ministro da Justiça, entendeu impossibilidade de o Contran, Conselho Nacional de Trânsito, criar o requerido conceito de Veículo de Coleção, avalizou-o ao Presidente da República. Deu certo.

Estratégia – 18 e 19 de junho Porsche levará pela 3a vez seu modelo 919 às 24 Horas de Le Mans, mais charmosa da provas de resistência. Quer defender título de campeã, fazer pontos para o campeonato de Endurance FIA.

Por dentro - Disputa de engenharia e pilotagem para atingir resultado de marketing, tem ingrediente importante: planejamento. Levantar cenários de disputa, resultados parciais e opções, paradas de reabastecimento, volume, consumo, distâncias.


Gente – André Barros e Marcos Rozen, jornalistas, deixaram a agência AutoDataOOOO Competentes, premiados, Barros quer ficar no setor. Rozen, tocar seu MIAU, digital Museu da Indústria Automobilística. OOOO Matheus Barral, universitário, 19, premiado. OOOO Vencedor do Alan Mullaly Liderança em Engenharia, certame internacional bancado pela Ford com o nome do presidente que anteviu e criou solução para sobreviver à crise de 2009. OOOO Barral levou US$ 10 mil para auxiliar seus estudos. OOOO Juan Carlos Rodrigues, argentino, engenheiro agrônomo, reconhecido. OOOO Terceiro filho do penta campeão Juan Manuel Fangio. OOOO Sentença judicial, por recentes exames de DNA. OOOO Patrimônio material vem sendo reduzido pelos sobrinhos, incluindo venda de veículos históricos. OOOO

Alta Roda com Fernando Calmon

A FORÇA DE UMA IDEIA

Persistência do povo japonês é conhecida. Que tal ter uma ideia disruptiva, no já longínquo ano de 1997, começar as vendas apenas no Japão e, inicialmente, enfrentar perdas de até US$ 10.000 (R$ 35.000) por unidade comercializada? Pois assim começou a história do híbrido Prius. Apenas 300 unidades no ano de lançamento, quase 18.000 em 1998 e 15.000 em 1999, segundo o site Wikipedia.
O mercado americano parece ter entendido melhor a proposta de combinar um motor a combustão a gasolina e outro elétrico e deu o impulso. Sua aceitação mundial foi crescente e a produção de híbridos de todas as marcas acumula 9,7 milhões de unidades, das quais 5,7 milhões do Prius original somado às quatro derivações de carroceria que nada têm a ver entre si (unidas pelo nome para fins de marketing).
No Brasil o híbrido da Toyota chegou em 2013 e enfrentou taxação elevada. A marca absorveu impostos, desvalorização cambial e conseguiu vender o total de 783 unidades até abril último. Agora, na quarta geração, faz um relançamento do carro, ainda subsidiando seu preço, em versão única, por R$ 119.950. Há incentivos administrativos (isenção do rodízio na cidade de São Paulo), além de descontos no IPI e no IPVA (São Paulo e Rio de Janeiro).
Sua base modular TNGA (arquitetura Toyota de nova geração, em tradução livre) também dará origem ao próximo Corolla, que estreia nos EUA em março de 2017 e um ano depois no Brasil. O novo híbrido tem linhas futurísticas e até ousadas demais na parte traseira. A carroceria ganhou em aerodinâmica (Cx 0,24 inferior apenas ao novo Audi A4, Cx 0,23), ficou 2 cm mais baixa e há sensível melhoria de visibilidade à frente graças à base do para-brisa 7 cm mais próxima do solo.
Espaço interno se assemelha ao do Corolla (igual entre-eixos de 2,70 m), mas o porta-malas é raso e comporta 407 litros, ou 15% menos. Sob o banco traseiro fica a bateria de níquel-hidreto metálico (versão de íons de lítio não será importada). Além de dispensar motor de arranque, caixa de câmbio tradicional e ser bastante econômico (18,9 km/l, cidade; 17 km/l, estrada), o Prius gerencia de forma inteligente a potência combinada de 123 cv dos dois motores. A fábrica afirma que a bateria alcança a mesma vida útil do carro em condições normais de uso.
Como sempre arranca em modo elétrico e o motor a combustão é bem silencioso, cria nova experiência ao volante. Claro, se o motorista acelera fundo, resta ao motor elétrico apenas tirar o automóvel da inércia, porém nesta condição apresenta eficiência bem maior. Ao pisar no freio regenera energia cinética para recarregar a bateria. Efeito de freio motor acentuado pode se selecionar por botão e, em teoria, melhora o consumo médio.
Foi muito fácil chegar a 20 km/l em trechos das vias expressas de Brasília, apesar de a cidade se situar a 1.172 m de altitude, o que diminui a potência do motor de ciclo Atkinson (patenteado em 1882) ideal para fazer par ao elétrico. Suspensões estão calibradas para maior conforto, sem comprometer o comportamento seguro em curvas.
O Prius custa 15% mais que um Corolla Altis, mas a diferença de consumo ajuda quem roda muito.

RODA VIVA

ANFAVEA sinaliza que, consolidados os cinco primeiros meses de 2016, as vendas diárias em torno de 8.000 unidades – já chegou a bater 15.000 veículos/dia há três anos – sinalizam o fundo do poço do mercado interno brasileiro. Até o final do próximo semestre é possível uma pequena reação. Ficará para 2017 o início do longo processo de recuperação do atual pesadelo.
TARDIAMENTE, a associação dos fabricantes revisou suas previsões para 2016. Não mais uma queda de apenas 5% nas vendas e sim de 19% sobre 2015, para 2,080 milhões de veículos. As exportações, com crescimento significativo de 21,5%, ajudarão a amortecer o mergulho da produção para menos 5,5% ou 2,3 milhões de unidades, mesmo nível de 12 anos atrás.
EXPRESSIVA percepção de solidez logo surge ao dirigir um Subaru Outback 4x4. O crossover japonês (mais próximo a uma station wagon) destaca-se ainda pelo motor boxer, 3,6 litros, de grande suavidade e respostas firmes. Sintonia do rádio da central multimídia é confusa e freio de estacionamento eletroassistido só tem funcionamento automático em declives.
FIAT espera um impulso nas vendas mornas do Mobi com a chegada agora às lojas das versões “aventureiras” Way e Way On (topo de linha). Além dos penduricalhos de praxe, o modelo ganhou mais 1,5 cm de altura livre do solo, o que melhora o desempenho das suspensões em pisos esburacados e estradas de terra. Preços de R$ 39.300 a 43.800 devem em competitividade.
APESAR de todas as dificuldades econômicas do País, a XXII edição do Brazil Classics Show, em Araxá (MG), manteve a tradição do encontro bienal de carros antigos do mais alto nível. Vencedor absoluto deste ano é exemplar único e não exibido ao público anteriormente. Trata-se do Lincoln K Coupé Le Baron, de 1936, com motor V-12, de propriedade de Rubio Fernal.
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fernando@calmon.jor.br e www.facebook.com/fernando.calmon2

O SHOW MAHARPRESS CONTINUA


O Mahar, o amigo Mahar, o idealizador e dono do blog Maharpress, se foi. Mas seu trabalho continua como se o blog tivesse piloto automático. O verdadeiro, os dos aviões, que os mantém voando sustentando velocidade aerodinâmica, rumo e altitude enquanto houver combustível, e não o piloto automático que em santa ignorância muitos fabricantes e muitos jornalistas automobilísticos dizem os carros ter, pois mantém tão-somente velocidade, uma impropriedade — sacrilégio? — que o Mahar jamais diria. Não diria não por entender de automóvel, mas por entender o automóvel.

Não me lembro quando conheci o Mahar exatamente, mas imagino que tenha sido lá pelo início dos anos 1970, na nossa cidade, o Rio, ele jovem mas já adulto, eu 8~9 anos à frente. Imediatamente percebi que estávamos na mesma frequência, estávamos sintonizados. E como isso é difícil! Onde tinha gasolina e borracha, lá estávamos. Ou ele aparecia na minha concessionária VW em Botafogo. Aparecia de carro ou de moto. E tome papo. Impressionava-me sua cultura automobilística.

O Maharpress é a cara do Mahar. E tem piloto automático, sim. Vai continuar. Mesmo sendo monomotor. Ao contrário do meu, o AUTOentusiastas, que é um site quadrimotor com 14 motores auxiliares sob as asas. O monomotor Maharpress haverá de encontrar alguém que assuma o posto de comando para só então desligar o piloto automático.

Tenho certeza de que é isso o que ele mais pensava nesses seus últimos anos de tanto sofrimento e que de certo modo o atormentava. Se eu me for, será que o Maharpress acaba?

Não, Mahar, não vai acabar, não. Onde quer que você esteja agora, já livre do fardo físico que tanto o fez sofrer, vai ver que o seu Maharpress continuará em voo. Mesmo com outro piloto, que apesar de nunca poder ter o seu estilo de ver e escrever as coisas, que é único, saberá se empenhar para que o Maharpress continue a ter o seu jeito. Quanto mais com você continuando a mandar sinais de rádio para a cabeça dele. Ou dela.

Requiescat in pace, amigo Mahar.

Bob Sharp

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Alta Roda nº 891 — Fernando Calmon — 31/5/16



Alta Roda nº 891 — Fernando Calmon — 31/5/16

CRUZE ENTRA NA BRIGA

Segunda geração do Chevrolet Cruze sedã começa a ser vendida no final de junho, fabricado agora na Argentina e alinhado ao modelo homônimo produzido os EUA, dos quais quatro milhões de unidades já foram produzidas desde 2008. Sua versão hatch (que chega ao Brasil no segundo semestre) chama-se Astra na Europa e foi eleito Carro do Ano em 2016.
O salto tecnológico inclui uma carroceria de maiores dimensões – 6,2 cm mais comprida, 0,9 cm mais alta e entre-eixos 1,5 cm maior – de rigidez 25% aumentada e, ao mesmo tempo, 106 kg mais leve sem aplicação de alumínio em alta escala. Coeficiente aerodinâmico (Cx) de 0,30 melhorou 15%: até a terceira luz de freio no teto recebeu atenção especial. Um dos pontos de maior destaque, motor turboflex, único disponível, de 1,4 litro, alcança 153 cv a 5.200 rpm e 24,5 kgfm a 2.000 rpm (etanol) e dispõe de sistema desliga-liga suave e preciso.
Internamente, melhorou bastante o painel sem fugir da tradição do cockpit duplo dianteiro que estreou no Corvette, em 1953, e mantido como conceito. Surpreende não haver plásticos macios. A marca preferiu investir na costura francesa (duplo pesponte) dos bancos de couro e laterais de portas. E também no seu sistema multimídia de segunda geração com tela capacitiva de oito pol. e em um segundo mostrador de quatro pol. no centro do quadro de instrumentos. Entre as informações úteis, como pressão dos pneus, o motorista pode saber, em porcentagem, a vida útil restante do óleo do motor.
O sistema de concierge OnStar, de segunda geração, continua de série. Há possibilidade de carregamento de telefones inteligentes por indução (sem fios), restrito ao sistema Android. No pacote de itens de tecnologia destacam-se o assistente de permanência na faixa, alertas de colisão frontal (não freia de forma autônoma) e de ponto cego, sistema de estacionamento automático e farol alto inteligente.
Perfeito casamento do motor de torque elevado com o câmbio automático convencional de seis marchas, a direção precisa e suspensões muito bem acertadas estão entre as boas qualidades do Cruze. Bateria, por exemplo, foi deslocada para a parte traseira para melhor distribuição de peso entre os eixos dianteiro e traseiro. Interessante o reposicionamento dos espelhos retrovisores para melhora do campo visual especialmente favorável no uso urbano.
A fábrica informa aceleração de 0 a 100 km/h em 8,5 s e nota A em consumo pelo padrão Inmetro: 11,2 km/l e 14,0 km/l, cidade e estrada (gasolina), respectivamente; 7,6 km/l e 9,6 km/l (idem, etanol). Isso o projeta na melhor colocação entre sedãs médios-compactos.
Questão delicada é a dos preços: de R$ 89.990 a 107.450. Precisa ser avaliada dentro do cenário inflacionário de 10% ao ano, em primeiro lugar. Depois de quase uma década de reajuste abaixo do IPCA, a festa acabou. Desvalorização cambial trouxe impacto nos custos. Seria até maior, se o modelo não viesse da Argentina. Novos itens, antes inexistentes ou opcionais, são a forma de atrair compradores de maior poder aquisitivo.
A diferença de valor percebido sobre o ano-modelo 2016, segundo cálculos da GM, é de R$ 5.000, na versão LT e até R$ 14.000, na LTZ

RODA VIVA

FORD antecipou características do motor EcoBoost (agora sim, injeção direta e turbocompressor) que estreia no Fiesta em junho. Importado da Romênia, o 3-cilindros de 1 litro mantém a mesma potência de 125 cv e 20,4 kgfm de torque, imbatível nessa cilindrada. De início apenas a gasolina, será instalado na versão de topo com câmbio automatizado dupla embreagem 6-marchas.
GOL 2-portas acaba de receber o mesmo rejuvenescimento interno do restante da linha que elevou as vendas do modelo. Mercado de duas portas no Brasil hoje é pequeno. No caso do compacto da VW varia entre 5% e 10%, dependendo da compra de frotistas. Mas há vantagens: no preço de R$ 33.620 (menos 9,5% em relação ao 4-portas) e no peso (menos 28 kg).
PEUGEOT 208 comprovou, na prática, ser mesmo imbatível em consumo de combustível no uso rodoviário graças ao motor tricilíndrico de 1,2 L (aspereza um pouco além da esperada). Supera facilmente 17 km/l, a 100 km/h, com gasolina. Em cidade também leva vantagem, mesmo sendo um compacto completo (versão Allure). Desempenho bem próximo ao de 1,5 L.
LEITOR da Coluna, motociclista, lembra que tachões e sonorizadores ainda existentes, apesar de proibidos por lei, são grande risco para motos e scooters. Necessário ficar bem atento, pois uma queda pode ser fatal. Reclama, ainda, de ciclovias que cruzam ruas e avenidas: tinta logo se desgasta e a superfície fica extremamente escorregadia, quando molhada.
SERVIÇOS expressos de funilaria, também conhecido como lanternagem, estão aos poucos se ampliando. Começou em garagem do shopping Eldorado, de São Paulo. ChipsAway, de Pittsburgh (EUA), desenvolveu a técnica de reparo rápido de riscos e pequenos amassados em lataria e para-choque. Franqueada oferece dois anos de garantia, mas o dano requer avaliação prévia.
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quinta-feira, 2 de junho de 2016

DE CARRO POR AÍ



Coluna 2316    01.Julho.2016                               edita@rnasser.com.br       
O bom e velho Araxá
País forma tradição com o Encontro Nacional de Veículos Antigos, sempre identificado com a cidade de Araxá, MG. 22ª edição mostrou-o no caminho certo, apesar da economia em descenso e suas más consequências. Se presenças foram menores, houve adensamento de qualidade dentre os veículos mais expressivos. Na prática gerou esforço para depurar, filtrar os eleitos aos prêmios principais. No topo da pirâmide da importância ficou o Lincoln V12 Conversível, de 1936. Pertencente ao colecionador mineiro Rúbio Fernal, é única unidade no Brasil, e rara no mundo, como motor grande, egresso da Recessão do fim da década de ’20. Levou o prêmio Roberto Lee, para o melhor automóvel no evento.
Outra característica foi a distribuição de mais de um prêmio a alguns participantes. Caso de Ailton Gracia, engenheiro com oficina por hobby para recuperar antigos de sua propriedade e de amigos. No caso levou um par de Pumas GT 1967 – 125 construídos - com motor Vemag, idênticos em todos os detalhes. Idem, dupla de Jaguars 120 de 1952 e 1953; da coleção de Mercedes liderada por Nelson R Gouvea; de proprietários de Romi Isettas. A Coleção JORM, o colecionador José Luiz Gandini, o mesmo Rúbio Fernal foram outros pluri premiados.
Das curiosidades, Nash 1951 com carroceria Statesman não montada no Brasil e chamando atenção por artefato externo, como uma turbina, tocada com a passagem de ar, refrigerando o interior do automóvel. Alentada coleção de Porsches, de 356 aos últimos modelos, pelo colecionador Sérgio Magalhães, e raridades como Cord e Graham-Paige, marcas há algum tempo não vistas. E ativo grupo com Alfa Romeo. De JK a Alfa 2300, incluindo bateria de GTVs, Sprint Veloce, Spyder, e únicas Alfetta e 33.
Organizadores insistem em realizar leilão. Fazem bem, apesar da baixa liquidez - pouco mais de 20% dos veículos foi vendida, compreensível pela falta de tradição dos participantes, tanto para pedir quanto em lances titubeantes.
Neste ano a Mercedes-Benz assumiu a cota de patrocínio anteriormente detida por mais de década pela Fiat. Induziu presença da marca, incluindo exemplar de seu Patent Wagen da série iniciada em 1886 – não é réplica, mas continuidade de produção -, fez test-drives, expôs veículos novos, e analisa a continuidade do apoio ao encontro de Araxá. Marca é dos principais patrocinadores do mais refinado evento do ramo nos EUA, o Pebble Beach Concours d’Élegance, abrindo a programação em famoso e disputado jantar tipo Who’s Who. ‘Tás no jantar da Mercedes? És VVip – very, very important people. Não estás? Serás, no máximo, apenas milionário... Tem base e experiência para assumir a identificação com o movimento antigomobilista. E praticantes em casa: o CEO mundial da área de automóveis Mercedes, Dieter Zetsche e o da América Latina, Philipp Schiemer, são possuidores de MB 280 SL, os pequenos conversíveis da década de ’60, com teto elevado, apelidados mundialmente Pagoda.
Curiosidade, o prêmio extra denominado Pressão: grupamento feminino da família Gouvêa levou Ford Thunderbird ’56 e Lambreta da época, pintados em rosa – cores de época. Pressão feminina criou o prêmio. Outra, um barn find, verbete especializado para designar achados de galpão. No caso, os irmãos Marx levaram raro sobrevivente Lancia Astura 1938, carroceria especial por Batista Farina, há décadas localizado e guardado no galpão do pioneiro antigomobilista Angelo Bonomi, passado há alguns anos. Tão impactante, foi dispensado de passar rodando para receber o prêmio, mudando a regra do evento. Quando pronto, rotula o especialista Rex Parker, será dos 5 mais importantes antigos no Brasil.
Grupamento de esportivos italianos – De Tomaso, Ferraris, Lamborghini – e insólitos, como um De Lorean.
Especialmente benvindos, Og Pozolli e Pacifico Mascarenhas, pioneiros no criar e sedimentar o antigomobilismo. Composição do Pacifico tornou-se o hino oficial do VCC MG. Igualmente festejado Leo Steinbruch, que com seu irmão Fabio reuniram sólida coleção de antigos. Leo andava recluso desde o súbito passamento de Fábio.
Nacionais, poucos, incluindo a bateria de Romis, e premiados Alfa B indicada pelo Alfa Romeo Club; os Puma Vemag; Lumimari Malzoni do brasiliense Renato Malcotti; Puma GTB 1977 com Flávio Cardoso; Ford Landau 1969 de Ricardo Kamil, e tão primoroso quanto raro Simca Jangada 1965 do paulistano Antônio Guedes, solitário representante da marca. Grande ausente, apesar de ter sido a mais vendida ao início dos anos ’60, e com grande leque de produtos, não havia um só Aero-Willys para relembrar a história. Apenas duas Rural.
E ?
Em resumo, valeu a pena e deu mais um passo evolutivo. Mesmo não se pode dizer do item referente à re eleição para a presidência da Federação Brasileira de Veículos Antigos. Sem cumprir o prometido programa de gestão, marcada por viagens e alegorias festivas inadequadas, contatos oficiais ociosos e sem resultados práticos. A omissão executiva na FBVA está minando a credibilidade do movimento antigomobilista nacional. Na prática, custa muito e nada entrega. Mas talvez seja isto que o movimento dos automóveis antigos deseje.
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: Portentoso cenário, o Grande Hotel em Araxá.
  1. ----------------------------------------------------

 
onente e raro Lincoln V12 conversível de 1936, o melhor.
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: Raro e impecável Simca tufão Jangada.
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Motores. Prêmio aos melhores
Iniciativa inglesa, o International Engine of The Year, é júri mundial de jornalistas especializados – no Brasil inclui o editor da Coluna. Lista os motores recém lançados, ou os de performance, os promotores de vendas, os abridores de novos caminhos. Em suma, detentores de qualidades para alcançar o precioso carimbo promocional de melhor do ano.
Votos são depurados em etapas, nas diversas categorias, tanto por cilindrada quanto por qualidade ecológica, e ainda o Motor Internacional do Ano. Resultado foi apresentado dia 1.
Quem são
Ferrari passou o rodo com seu novo motor 3,9 V8, twin-turbo, 670 cv aplicado ao 488.  Um desafio com foco ecológico para substituir o 4,5 aspirado. Ganhou como New Engine; Performance Engine; Motor entre 3.0 e 4.0; e o prêmio máximo, o International Engine of The Year 2016. Melhor sob aspecto ecológico, premiou a plataforma da Tesla, marca independente dos EUA. Grande argumento de sua ida ao mercado para vender ações e viabilizar a produção de 500 mil veículos de seu modelo 3 em 2018.
Aqui
Dentre os sagrados como melhores, o Ford 998 cm3, três cilindros, turbo, anunciado para equipar Fiestas em julho – e EcoSport após, foi indicado para a categoria Sub 1.0. No caminho de futuras aplicações no Brasil, o 1,2 tricilíndrico turbo PSA, próxima novidade em Peugeot 208 e Citroën C3 no Brasil.

Quem é Quem
Novo Motor
Ferrari 3,9 Twin Turbo V8
Motor Ecológico
Tesla Full Electric powertrain
Motor – Performance
Ferrari 3,9 Twin Turbo V8
Sub 1 litro
Ford 998 cm3 3 cilindros Ecoboost
1,0 – 1,4 litro
Peugeot 1,2 3 cilindros Turbo
1,5 – 1,8 litro
BMW 1,5 3 cilindros elétrico/gas
1,8 – 2,0 litros
AMG 2 litros turbo
2,0 – 2,5 litros
Audi 2,5 turbo
2,5 – 3,0 litros
Porsche 3,0 6 cilindros
3,0 – 4,0 litros
Ferrari 3,9 Twin Turbo V8
+ 4,0 litros
Ferrari 6,3 V12
International Engine of The Year 2016
Ferrari 3,9 Twin Turbo V8 
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 Ferrari 3,9 dois turbos, 670 cv, Motor do Ano 
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Roda-a-Roda
Re-callToyota, Mazda, Nissan, Subaru, Mitsubishi, Fiat, Chrysler, Ferrari, Daimler (Mercedes), BMW chamam mínimos 12M de veículos nos EUA para substituir almofadas de ar da japonesa Takata. Defeito pode estar no produto químico para disparar enchimento. Entre o pode e o estar, devasta a marca.
Consequência – Takata procura, desesperadamente, sócio, investidor, especulador, comprador, qualquer entrada de dólares para enfrentar os elevados custos de reposição. Não tem caixa para honrar a substituição.
Alfa – O início de produção e vendas da Alfa Giulia anima admiradores brasileiros da marca. Mas, tudo indica, demorará a chegar por aqui. Lélio Ramos, ex diretor comercial da Fiat – e co responsável pela liderança da marca 13 anos – assumiu diretoria para importados.
Tempo – Focará aumentar participação de vendas de Maserati, Abarth e Alfa Romeo. Primeiros, mais fáceis. Há revendedor Maserati e os Abarth são produtos Fiat, utilizando mesma rede de distribuição.
Horizonte – Este é o ponto mais difícil da operação. Virá, diz sem definir prazo e enigmaticamente, resumiu Há planos – mas não há projeto. Ou seja, demora.
Diplomático – Como Coluna informou, Toyota apresentará novo Prius híbrido em Brasília. Insólito, fa-lo-á na Embaixada Japonesa, enclave interessante.
Freio – Com ambicioso projeto de substituir cinco produtos antigos por dois novos, e correndo em paralelo um pequeno SAV, codinome Junior, ou Jipinho, como tratado no popular, administração da FCA deu-lhe meia-trava.
Questão – Problema não é pisar no freio, mas a intensidade frenante. Se errar a pressão pode ir à parada total – de difícil arrancar posterior. Aconteceu com projeto Volkswagen, o Taigun, adiado – e agora de impossível resgate.
Negócio – Mercedes-Benz do Brasil foi a Cuba ajustar venda de 199 sedãs C e E. Negócio demorado pela burocracia da Ilha, tentando equilibrar a chegada ao capitalismo. Marca tem outro bom negócio lá: vende conjuntos de motores diesel e caixas de câmbio reformados para substituir os dos carros norte americanos, maioria no trânsito, usados desde a década de ’50.
Salão – Lifan quebrou o Porquinho, sensibilizou direção chinesa, e irá ao Salão do Automóvel, 10 a 20 novembro. Fábrica no Uruguai continua fechada.
Tempo – Grupo Gandini deu um tempo nos processos de dinamização da implantação da marca Geely no Brasil. Mercado em queda, dólar a R$ 3,60, mantém-se representante, vendendo estoque remanescente, garantindo assistência técnica e garantia. Aguardará o futuro.
Continua ? – Governo federal cancelou o termo de adesão da representação local da JAC ao programa Inovar Auto. Governo diz, falta de cumprimento. JAC informa, é projeto antigo, já desistido, e pediu mudanças e aguarda deferimento. Alega, terá o sino-baiano J5 aqui montados em 9 meses.
Ecologia – Ford desenvolve plásticos e espumas sustentáveis para aplicar em seus veículos. Curiosa é a matéria prima utilizada para tais futuros bancos, capôs e peças automotivas: dióxido de carbono das emissões poluentes capturado na atmosfera. Tecnologia reduzirá poluição atmosférica já instalada, e, na base, o uso de petróleo para a produção de tais itens. Coisa formidável, quem diria, ar poluído seria insumo – e grátis.
Anúncio – Amortecedores Monroe festejam 100 Anos e ilustram anúncio com Ford Modelo T, sugerindo-o usuário das peças. Errou ou engana. Os T, feitos entre 1908 e 1927, não usaram amortecedores. Agências de propaganda, e empresas ao aprovar anúncios deveriam se preocupar com história – sua história.
NovelaHaja Coração, novela da TV Globo, 19h30, tem atores Malvino Salvador, Mariana Ximenes e Cléo Pires envolvidos com automobilismo. Fazenda em Mogi das Cruzes, SP, para cenas fora de estrada com ASX RS, e de velocidade no excelente autódromo Velo Citá com Lancer Evolution e RS, todos preparados dentro da fábrica da Mitsubishi, em Catalão.
Grupo – Chegando ao Brasil após renascimento nos EUA motocicletas Indian quer agregar proprietários no IMRG, o Indian Motorcycle Riders Group, para interação, socialização, informações, passeios. Começa onde há concessionários da marca, MG, SP, RJ e SC. Tens e estás afim? Aqui: www.imrg.com.br
Temporada – Mitsubishi Lancer Cup, categoria com estes automóveis terá abertura dia 11, com provas no autódromo Velo Citá, em Mogi Guaçu, Interlagos, SP, fechando em Goiânia, Go aos 15 outubro. Autódromo de Brasília, quase retomando acabar pista, ficará fora.
Equilíbrio – A Cup tem modelo interessante. Todos os carros são da Mitsubishi, preparados pela Ralliart, sua área de corridas. Baseiam-se no Lancer Evolution, 340 cv, câmbio sequencial de competição.
Conforto - Piloto aluga o carro, logística e assistência antes, durante a após corrida. Quer dizer, coloca macacão, sapatilhas e capacete, preenche o cheque, baixa o pau na máquina e vai-se. Deixa carro e preocupações para trás.
Faixas - Tem três categorias por idade: Light, a pilotos jovens; RS, até 45 anos e RS Master, aos pós garotões. Mais? lancercup@hpeautos.com.br e (19) 3019-1000.
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