domingo, 28 de junho de 2015

ALTA RODA COM FERMAMDO CALMON




Alta Roda nº 842 — Fernando Calmon — 23/6/15



DIESEL: VANTAGEM OU PROBLEMA?





Primeiro SUV compacto a diesel produzido no Brasil que pode ser adquirido por menos de R$ 100.000 está no mercado. A partir do Jeep Renegade reabre-se a polêmica proposta de liberar o combustível para todos os veículos. Hoje, mesmo no segmento de utilitários esporte há obrigatoriedade de tração 4x4 e caixa de redução, mas a segunda exigência na prática foi contornada por vários fabricantes sem qualquer reação do Denatran.
Na realidade, o Brasil continua há décadas dependente de importação de diesel e com o imbróglio das novas refinarias da Petrobrás (dois projetos cancelados) o País voltou também a importar gasolina. Sempre se deve lembrar que não existe alternativa economicamente viável ao diesel para caminhões, ônibus e outros veículos pesados, enquanto etanol pode ser adicionado à gasolina ou substituí-la em veículos leves.
Produção de biodiesel é cara demais e aqui, produzido basicamente a partir de grão alimentício (soja). Apenas uma pitada de 3% (agora está em 7%) e os marqueteiros logo nomearam a mistura de biodiesel. Mas a gasolina padrão brasileira tem 22% de etanol há mais de 20 anos (no momento, 27%) e deveria se chamar de biogasolina por mais forte razão.
Veículo a diesel proporciona em média autonomia 20% superior ao de um a gasolina, porém a diferença tende a diminuir com aplicação crescente de injeção direta, turbocompressor e redução de cilindrada. No entanto, um motor a diesel, mais pesado, tem custo até 50% maior do que um de ciclo Otto, o que significa em torno de 10% no preço final. Dependendo do preço dos combustíveis é preciso rodar bastante para amortizar a diferença ao comprar um carro novo. Quanto mais caro o litro (caso da Europa) menor a quilometragem necessária.
Alguns governos da União Europeia decidiram, recentemente, que automóveis a diesel antigos e muitos poluentes precisam sair de circulação. Na França e na Bélgica, por exemplo, dois terços dos automóveis novos usam o mesmo combustível de veículos pesados. Não há propriamente a decisão de bani-los de vez, mas incentivos dados no passado serão retirados. Carros compactos de menor preço em geral rodam menos que os médios e grandes. Assim a maioria vai optar por motores a gasolina.
Parece que fabricantes entenderam o recado, meio a contragosto, pois diesel proporciona margens atraentes. A reviravolta surgiu nos últimos salões de automóveis na Europa, pois praticamente todas as novas famílias de motores são de ciclo Otto e de consumo bem menor. Emissões de óxidos de nitrogênio são mais controláveis quando se usa gasolina.
No Brasil há outros complicadores. Motores a diesel modernos só podem usar combustível de baixo teor de enxofre (S10) e exigem abastecimento separado de solução de ureia quimicamente pura. Em caminhões há casos comprovados de violação dos sistemas eletrônicos que anulam os recursos antipoluição.
Controle de potencialmente cancerosas partículas inaláveis finas (número e emissões/km), típicas do diesel, depende também de plano de manutenção bem feito. Como a inspeção veicular continua emperrada – ao contrário da Europa e outros países onde isto é levado muito a sério – teme-se que avanços técnicos se anulem à medida que a frota envelheça.

RODA VIVA

SALÃO DO AUTOMÓVEL de Buenos Aires termina no próximo domingo e teve poucos lançamentos de peso, a maioria de produção argentina. Um deles é o novo Focus hatch, apresentado aqui esta semana, que completa a atualização da marca na região só com produtos globais. Versão sedã será mostrada em seguida e ambas estarão à venda ainda este mês.
RENAULT apresentou sua picape compacta de cabine dupla – primeira no mercado com quatro portas – já na configuração de produção, a se iniciar no final de julho. Havia expectativa de que o pouco sonoro nome Oroch (rima com Amarok) fosse mudado, mas está confirmado. Sandero RS completa a linha de seu compacto anabolizado, prometendo algo mais que decoração esportiva.
RETOQUES na frente e na traseira do hatch 308 e do sedã 408, ambos argentinos, têm potencial de animar um pouco suas vendas nessa disputada faixa de médios-compactos. Apesar disso, não se trata do 308 francês que chegará importado no final do ano em configuração mais cara. Peugeot alega ser caro fabricá-lo no Mercosul, mas Golf e Focus novos estão entrando em produção na região.
PICAPE MÉDIA Frontier, produto realmente novo, destacou-se em Buenos Aires. Fabricação não caberá ao Brasil, que continuará com a versão antiga. Como a produção só começa em 2018, resta importá-la por enquanto do México, dentro da (baixa) cota em dólares negociada entre os governos. Argentina responderá não apenas pela Frontier, mas também derivações Renault e Mercedes-Benz.
PREMIÈRE ainda no salão portenho do Honda CR-V atualizado, outro a vir do México. Mas, a partir de 2016, com inauguração da fábrica de Itirapina (SP), a marca japonesa ganhará espaço em Sumaré (SP) para produzir o CR-V que divide arquitetura com o Civic.
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fernando@calmon.jor.br e www.facebook.com/fernando.calmon2

DE CARRO POR AI COM O NASSER



Coluna 2615           24.junho.2015                      edita@rnasser.com.br
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Exibindo Foto Legenda 01 Coluna 2615 - Alfa .jpg
 Giulia. A Alfa renasce
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O renascer da Alfa Romeo
Noite de 24 de junho, dia de São João no Brasil, a FCA, Fiat Chrysler Automobiles, em Milão, Itália, no revivido Museu Alfa Romeo, comemorou os 105 anos da marca, fez seu re lançamento.
Festa emocional como apenas a Alfa Romeo poderia fazer – nenhuma outra marca consegue juntar emoção, história e criatividade tecnológica.
O automóvel a abrir reviravolta é o Giulia, nome mítico desde os anos ’60, quando uniu performance, o prazer de dirigir e o comportamento esportivo a preço contido. No caso, a Fiat contratou time de engenheiros dedicado ao novo produto. Deu-lhes a liberdade da imagem de SKUNK, o nome da mítica equipe montada pela estadunidense Lookheed para criar um novo avião de caça, capaz de deter o avanço alemão – em apenas 150 dias.
Fizeram, 7 dias antes do prazo, e a partir de folha em branco, o primeiro jato da Força Aérea dos EUA.
No caso Alfa, isolamento, dedicação total, superando a carga de trabalho usual na FCA em todo o mundo – não raro 14h/dia -, e foco em criar produto para ser continuação do condutor. Materiais leves em todos os grupos – motor, câmbio, suspensão, freios, carroceria -, aços com espessura variada, alumínio, fibra de carbono, plástico, freios mesclando materiais leves e eficientes em trabalho, como fibra de carbono e cerâmica. Objetivo, conseguir o menor peso, a melhor aerodinâmica – disse ser o menor CX dentre os concorrentes –, e a menor quantidade de quilos a ser movida por cada cavalo do motor. Este, V6 com base Ferrari, todo em alumínio, desloca 3.000 cm3, usa dois turbo alimentadores, e faz relinchar 510 cavalos de força. Cada um deles moverá 2,99 kg, oferecendo reações muito prontas, como acelerar dos 0 a 100 km/h em 3,9s.
Voltou-se à arquitetura mecânica consagrada pela Alfa: tração traseira, com eixo em multi link. O alumínio foi para a suspensão dianteira exclusiva da marca.
No direcionamento de livre criar, em busca dos melhores resultados nos componentes, incluindo eletrônica de segurança em pioneiro sistema oTorque Vectoring, harmonizador de tração através de duas embreagens no diferencial, também a carroceria com a menor rigidez torcional em sua categoria.
Esteticamente harmônico, porta malas contido, é um 2 e ½ volumes, grandes portas, eixos deslocados aos extremos, distribuição de peso, sonho de projetistas, 50% sobre cada eixo.
Não foi lançamento de automóvel – o Giulia será exibido em formas e versões em setembro, Salão de Frankfurt, terra dos concorrentes Mercedes Classe C, BMW Series 3 e Audi A3. Foi de marca, festa bonita, responsável, sangue latino, perseguindo eficiência germânica – como, aliás, é o objetivo de qualidade construtiva. Será produto italiano comandado por um alemão, Harald Wester, com projeto liderado por outro, Philippe Krief. Design italiano por Lorenzo Ramaciotti, ex Ferrari. Fabrício Curci, Head, o número 1 da marca, assumiu o lançamento.
Encerrou com Andrea Bocelli, declamando e cantando Nessun Dorma.
Momento de emoção, no crescendo da música entrou o Giulia, sem barulho para não ofuscar a performance, e girou mansamente como um bicho bravo acatando a liderança do dono do momento. Foi a apresentação mais emocionante que já assisti. Creio também pelas pelas 250 pessoas presentes, entre jornalistas, diretores, autoridades do governo italiano. Quem não estava secando as lágrimas, levantou-se e aplaudiu o tenor, dono do show.
E ?
Re erguimento da marca, grandes pretensões, encerrar tropelias de décadas, vender 400 mil em 2018, auxiliados por mais sete novos Alfa. Do Giulia exibiu-se versão de topo, a Quadrifoglio, conjunto mais forte e tração nas 4 rodas.
Brasil ? Virá, mas demora. Pelo menos até 2018, após abrir espaço na agenda e no orçamento da FCA brasileira para acertar a suspensão às nossas ruas e estradas com irregularidades pós medievais; à gasolina com percentual incerto e não sabido de álcool; criar rede de distribuição; investir – em período dedicado a criar toda nova linha de Fiats.
Mais. A Alfa mudou a logomarca, tornando-a visualmente mais leve; abandonou a expressão Cuore Sportivo tão ao gosto dos Alfisti brasileiros, autora da confusão entre imagem e a grade frontal; e ao lançamento Sergio Marchionne, o CEO, referiu-se à grade como triângulo.
As festividades ocorreram no revivido Museu Alfa Romeo em Arese, prédio dos anos ’70, atualizado em projeto museal para ser ponte entre o passado e o futuro. O Alfa Romeo BR, clube da marca, organizou jantares italianos em 10 cidades brasileiras para saudar novidades, e fez entrega de banner comemorativo à Alfa durante a cerimônia.
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Exibindo Foto Legenda 02 coluna 2615 - Cartaz.jpg
 Marco Antônio Lage, d, diretor de comunicação da FCA Latam, Roberto Nasser, curador do Museu Nacional do Automóvel, autor da proposta, c, e Fabricio Curci, Head da marca, e o banner
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Salón e suas poucas novidades
Três pavilhões  resumiram o Salón de Automóvil, Buenos Aires, até dia 28. Um êxito ante a contração de 25% no mercado argentino. Contido porém prazeroso programa no percurso marginado pelos estandes; apreciar a frota de automóveis do espólio de Juan Manuel Fangio, então penta campeão mundial de automobilismo; ver amostra do recém instalado Museo Bucci – da família há mais de século envolvida com carros de corrida, desenvolvimento, construção; ver os veículos assinaladores da história da IKA, sexagenária e pioneira fábrica de veículos instalada na Argentina.
Novidades
Tempo corre entre a presença no Salón e a realidade tátil do circular nas ruas e estradas. Ford inverteu. O Focus, argentino, em novo estilo iniciando segundo ciclo de vida no Salón, teve versão hatch primeiramente lançada no Brasil, maior mercado, com vendas em julho.
Demais, demoram, como o picape Oroch – pronuncie Oroche (nome é, como o Amarok, coisa de intelectual distante do mundo do automóvel, ou seu vizinho publicitário). É Renault, feito no Paraná, à venda em setembro, como linha 2016. Produto com foco exocético, destinado às intrépidas senhoras desafiantes da selva dos estacionamento dos shoppings, intrusas em fila tripla em frente às escolas, ou do guarda sol dos valets de estacionamentos em ruas sem vagas, é cabine dupla com tentativo conforto aos passageiros do banco posterior. Menores dimensões ante os inexplicáveis similares a diesel, e foco claro: urbano e sem veleidades em performance, como informam seus motores 1.6 e 2.0, e respectivos 116 e 148  cv, assim como a tração dianteira, sem adjutório para impedir patinamento em situação onde não será demandado, como carregar carga em piso sem aderência.
Peugeot com novas atrações em projeto de vender automóveis bem compostos em aparência e conteúdo. Maior delas, importar o europeu 308, mais atualizado ante os mercosulinos 308. Este e o 408 evoluíram para receber o carimbo de modelia 2016, com alterações na plataforma, dianteira, parte interna. Ou seja, investiram em sensações visuais, táteis e comportamento dos automóveis. Entre 208, 2008, os 308 e 408 Miguel Figari, diretor geral na operação brasileira e autor das grandes mudanças internas e de produto que dobrar vendas até o final do ano. A postura da Peugeot é vender menos, mas fazer lucros.
Volkswagen nada mostrou como novidade ao Brasil, e Citroën, como a Coluna antecipou, não foi. Nada a mostrar, nada a gastar.
Em picapes, frustração. Não estavam o novo Toyota Hi Lux – já mostrado na Tailândia -, nem mudanças no Ranger. Entretanto, novidade maior é do setor: o multi marca picape Nissan. Repito a explicação da Coluna à época do anúncio. A Nissan, associada à Renault, instalar-se-á na Argentina. Lá produzirá chassi com parte rolante – eixos, direção, caixa de marchas, freios. Como Nissan será NP 300, novo em estilo. E fornecerá à Mercedes e Renault para fazer seus próprios picapes. Modelos 2017.
No produto, interessante a suspensão traseira, trocando os seculares feixe de molas semi elípticas, por molas com centro helicoidal e extremidades espiraladas, quatro braços tensores de ligação, vigorosas barras Panhard e de estabilização.
Aparentemente busca maior conforto de rolagem. Em outro extremo, o do picape bruto, volumoso, para macho man, o RAM 2500 da Dodge. Mexicano, aqui à venda no próximo ano.
Na área intermediária, entre os veículos de passeio e serviço, o Mercedes-Benz Vito, multi espaço com configurações para passageiros, carga e misto. Abaixo do Sprinter, é único no mercado, e amploleque de aplicações. Motores flex e diesel.
Salón, bienal, alterna com o de São Paulo.
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Exibindo Foto Legenda 03 Coluna 2615 - Mercedes-Benz-Vito.jpg
 Vito, produto único, da Mercedes
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Roda-a-Roda
Processo – Chinesa Lifan altera o processo industrial iniciado no Uruguai, instalando em Itajaí, SC, um PDI – no jargão, pre delivery inspection, inspeção final do produto antes de enviá-lo às concessionárias. Lá ampliará ações para padronizar finalização dos carros e controle maisacurado de qualidade.
Durango – No Brasil é gíria significando estar sem dinheiro. No real é Utilitário Esportivo com cara e jeito do mercado norte-americano: cara de bravo, motor V6, 3,6 litros, 294 cv, 34 kgfm de torque, câmbio automático de oito velocidades.
Base – É versão Dodge do Jeep Grand Cherokee, fornecedor da parte rolante, com retoques para caracterizá-lo. 7 lugares, tela de 21 cm, sistema Uniconect e GPS. Atrás, leitor de Blue-Ray, dois LCD de alta definição, tela de 23 cm, entrada HDMI. A R$ 235.000, definitivamente não é para Durangos …
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Exibindo Foto Legenda 04 Coluna 2615 - Dodge Durango.jpg
 Dodge Durango
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Audi – Diretorias de compras e produção da matriz Audi visitaram o final das instalações industriais no prédio da Volkswagen, nas beiradas de Curitiba, aprovaram e garantiram: produção Audi A3 sedan, 1.4TSI, iniciará em setembro.
Tendência – Na reta final para as definições de seu picape médio, a FCA lista possíveis nomes palatáveis aos mercados domésticos, latino e norte americano. Por enquanto Toro lidera preferências.
 - Jornal Folha de São Paulo publicou entrevista de Phillipp Schiemer, presidente da Mercedes-Benz. Claro e corajoso, curto e grosso. Disse: o país perdeu a previsibilidade e voltou 20 anos no tempo; o PSDB volta contra suas crenças e o PT, também, e isto arrisca investimentos. "É a pior crise dos últimos anos, volume caindo, preços estáveis, custos aumentando".
Óptica - Sua empresa vê o Brasil com desconfiança, porém mantendo investimentos para a fábrica de automóveis, mas foi executivamente objetivo para caracterizar a crise, a seu ver caseira, sem origem externa, como diz a presidente Dilma.
Ocasião - Sobre o ajuste fiscal, diz necessário, mas o governo deve reduzir seus custos. Ninguém precisa de 39 ministérios, arremata. Pela primeira vez executivo deste porte, empregador de 11 mil pessoas, toma coragem para engrossar reclamações sobre a inércia para resolver a situação econômica do país.
Gargalo – Passados sete anos de sua publicação, a Lei 11.705, a Lei Seca, mostra estatística ansiada: redução do número de pessoas que bebem e dirigem.
Trabalho - Espírito e resultados deveriam inspirar os legisladores a mudar a tipificação do crime de morte ao volante sob influência de bebida: em vez de homicídio culposo – sem intenção de matar -, em doloso, assumindo a responsabilidade do ato praticado. E ser inafiançável.
Ônus - A leniência das autoridades brasileiras, simplificando as punições com a singela argumentação da inexistência de cadeias, apenas justifica a omissão dos governantes, passando as consequências à sociedade.
Acerto – Conselho Nacional de Trânsito, Contran, pela Resolução 528/2015 proibiu licenciamento de veículos com direção do lado direito. Alega, regra básica do Código de Trânsito é circulação pela direita, iluminação e sinalização voltada aos condutores posicionados ao lado esquerdo. Excetuou os veículos de coleção.
De novo – Mais uma iniciativa para usar a imagem de Ayrton Senna: a TAG Heuer lançou coleção de relógios revivendo sua imagem. Quatro modelos da serie Carrera, marcados pelo “S”, e preços entre R$ 7.905 a R$ 20.605.
Fim – Fim do paulistano 3 Cilindros Clube, criado para cultivar a paixão sobre os DKW e seus motores 2 Tempos, tricilíndricos. Falta de interesse dos sócios, e insuperável crise administrativa por falta de registros das gestões anteriores.
Ocasião – Necessitas de motor novo para Alfa Romeo 164. 12 e 24 válvulas; Fiat Marea 2.0 ? Empresa paulistana arrematou estoques na Fiat italiana e tem-nos à venda. São Zero Km e únicos remanescentes no mundo. V6 3.0 12 e 24 válvulas a R$ 14.116,62; Marea 5 cilindros, 2.0 turbo, R$ 10.587,47; Tempra 2.0 SW 8V, R$ 6.207,00. Mais ?eduardo@comercialtonini.com.br
Gente - OOOO Paulo Panariello, antigomobilista, passou. OOOO Foi pioneiro em fazer vendas em 10x para facilitar negócios. OOOO Márcio Piancastelli, designer, idem. OOOO Um dos abridores de caminho no design automobilístico brasileiro, vencedor de concurso nacional, estágio na Itália, partícipe dos projetos do Corcel I, VWs TL, SP e Brasília. OOOO
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Desafio da Fiat, renascer a Alfa
Dentre os desafios enfrentados pela Fiat nos últimos 6 anos, renascer a Alfa é projeto com o mesmo nível de dificuldades. No pequeno espaço de tempo, saiu da associação com a GM; propôs-se assumir e comprar a Chrysler; voltar aos balanços positivos; romper o etéreo laço institucional entre a Itália e a Ferrari, colocando suas ações em bolsa de valores; re lançar a Maserati.
A centenária marca – dia 24 marcou 105 anos de fundação -, é o melhor retrato da paixão italiana por veículos, e seu re surgimento, após temporada com apenas dois produtos, o MiTo e a Giulietta, é grande desafio.
A FCA visa integral troca de produtos da marca, buscando retorno aos conceitos mecânicos gravados pela memória Alfa, como a volta à ação traseira. Produto inicial, o Giulia – nome mundialmente simpático desde os anos ’60 – é o primeiro de família com oito veículos. Para voltar a ser objeto de paixão e admiração, como se manifestava Henry Ford – “quando vejo passar um Alfa Romeo, tiro o meu chapéu“, dedicou-se a apurá-los em projeto e construção, implantando tecnologicamente diferenciada fábrica de motores. E centrou a produção de mecânica e veículos na Itália, integrando a característica de paixão dos italianos à imagem dos novos Alfa.
Quer faze-los com espírito esportivo, construção acurada e o Giulia pretende concorrer na faixa mais aguerrida na Europa e EUA: com Mercedes Classe C, BMW Series 3, Audi A3, novo Jaguar XE. O volume, e os investimentos – atualmente calculados em circa E 6B -, mostram o tamanho do desafio. Como todos os projetos mirou foram vitoriosos, o Giulia, representando a nova era, está em boa companhia.
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Alfa Romeo Giulia

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sábado, 27 de junho de 2015

OPINIÃO DE BORIS FELDMAN

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Por mais que tenha evoluído desde sua invenção, o automóvel ainda é totalmente irracional.
Automóvel foi idealizado como meio de transporte. Mas logo, logo virou objeto de paixão, prazer e status. Surgiu como vilão no final do século 19, mas foi transformado em herói e cantado em prosa e verso no século passado. Evoluiu em segurança, eficiência e versatilidade mas voltou à condição de vilão pois mata, congestiona e polui. Para os apaixonados, quanto mais evolui, menor o prazer ao volante. A sinfonia do escapamento de um Ferrari, a sensualidade das linhas de um Porsche, o requinte interno de um Rolls-Royce, a imponência de um Packard, o charme de um Mercedes-Benz conversível, tudo isso vai se diluindo e abrindo espaço para novos materiais e combustíveis, para a eletrônica, aerodinâmica, controles computadorizados e avanços tecnológicos para torná-lo mais seguro, eficiente, “limpo” e eliminar aquele componente cheio de falhas entre o volante e o banco.
Por mais que tenha evoluído desde sua invenção, o automóvel ainda é totalmente irracional. Menos de 10% do combustível que se coloca no tanque chega em forma de energia nas rodas que o tracionam. O resto é perdido em atrito, calor, ineficiência e peso inútil. Menos de 10% do tempo útil de um automóvel é utilizado por seu proprietário. Nas outras 22 horas do dia ele está parado em casa, no estacionamento ou congestionamento.
Por tudo isso, ele vive hoje sua mais profunda transição conceitual. A começar pelas alternativas energéticas: combustíveis fósseis abrem espaço para outras fontes de energia. O motor a combustão interna dá lugar ao elétrico, muitas vezes mais eficiente.
A outra é mais que mudança, uma verdadeira reviravolta no conceito de sua utilização. Pois dentro de cinco anos os carros serão semi-autônomos. Dentro de dez ou quinze, o motorista estará abolido. As conseqüências são inimagináveis, a começar pela redução do número de automóveis em cada casa: basta um para atender as necessidades da família. Ou nenhum: é só chamar pelo celular…
Se taxistas já estão revoltados contra o Uber, imaginem o futuro dos manobristas e estacionamentos, pois não haverá mais carro parado na porta de restaurante ou do cinema. O espaço liberado nas ruas vai melhorar o fluxo do trânsito. Sem contar a redução da poluição, pois teremos menos veículos, quase todos elétricos.
Mais empresários e empregos vão para o espaço: com automóveis autônomos, o que será das auto-escolas? Ensinar o quê para quem? Computadores ao volante tornarão desnecessário o seguro, pois os acidentes estarão praticamente eliminados. O número de leitos em hospitais para atender vítimas de trânsito será drasticamente reduzido. Não haverá sequer necessidade de policiais nas ruas e estradas. E multas: essa “indústria” vai fechar as portas, pois será o fim do faturamento com infrações…
Se a moda pega mesmo, concessionárias também fecham pois os veículos serão vendidos diretamente para grandes frotistas (como o Uber) que os adquirem no atacado e administram sua utilização no varejo. E os financiamentos e consórcios?
As locadoras sobrevivem? Terão espaço no mundo da mobilidade compartilhada, do share, da carona pela internet?
Finalmente, as poderosas fábricas de automóveis vão sucumbir diante do computador e do celular? Ou, ao contrário da Olivetti e Polairod, vão se associar ao Google, Apple e Microsoft? Máquinas de escrever e fotografar se foram. Mas talvez a parceria da indústria automobilística com a informática seja inevitável pela complexidade industrial das linhas de montagem.
Por via das dúvidas, vou guardar meu antigo Puma GT, o de motor DKW. Mas, será que terei gasolina no posto para curti-lo? Aliás, os postos vão sobreviver?
BORIS FELDMAN
FOTO

GOODWOOD AO VIVO!


O magnifico evento que é o Festival of Speed no Castelo programão para este domingo frio...e Goodwood é transmitido ao vivo sábado e domingo durante boa parte do dia. Avióes antigos, todos os tipos de carros e motos de corrida  em um circo inesquecível.que passa o sbado1 todo e o domingo. Gaste uma parte do fim de semana nisso.  Transmissão é ao vivo!

https://youtu.be/-e9UKJjq_Do





quinta-feira, 25 de junho de 2015

ALTA RODA COM FERNANDO CALMON



Alta Roda nº 841 — Fernando Calmon — 16/6/15









ZONA DE CONFORTO

Muitos talvez já tenham esquecido, mas entre 1986 (ano do anúncio) e 1995 (separação final de todos os ativos) o Brasil protagonizou na indústria automobilística uma tentativa de consolidação – jargão para processo de fusões e aquisições em determinado setor da economia. Naquele período as filiais da Volkswagen e da Ford anunciaram uma joint venture (associação com objetivos definidos) chamada Autolatina. Na época chegou-se a pensar que se tratava de uma experiência para fusão das duas empresas, negada por ambas.
 O “casamento” não resistiu aos fatídicos sete anos. As operações começaram efetivamente em 1987 e a assinatura do “divórcio”, sacramentada em 1994. Financeiramente, a Autolatina funcionou ao gerar bons lucros, mas carros produzidos em conjunto não convenceram e as duas marcas perderam participação. A briga aconteceu quando a VW, que tinha 51% do consórcio, negou ceder o Gol de segunda geração para um modelo equivalente da Ford.
Nessa fase diminuiu o nível concorrencial e foi ruim para o consumidor no mercado nacional. O mau exemplo não impediu, porém, uma fusão germano-americana, quando a Daimler-Benz comprou a Chrysler/Dodge/Jeep em 1998 por US$ 38 bilhões. Em 2007, depois de constatar que não deu certo, os alemães venderam as três marcas por praticamente nada para um grupo investidor dos EUA.

O MUSEU ALFA ROMEO REABRE SUAS PORTAS EM ARESE


 A Alfa Romeo celebra seus 105 anos com uma abertura triunfal de seu novo museu com a apresentação da nova Giulia, um verdadeiro simbolo do renascimento do cuore sportivo com carros de tração traseira ou, no máximo 4X4. O Museo Storico Alfa Rpmeo, que se inaugurou no dia 24 quando a marca cumpria 105 anos desde a aaapresentação da 24 CV em 1910, O Museu denominado  La  Macchina del Tempo, dispõe de livraria, cafeteria, centro de documentação, pista de testes,áa  instalações para eventos e showroom com área de entrega completando uma relação ideal entre passado, presente ee futuro. as portas se abrirão no dàsis 30 das 10 às 18 exceto nas terças feiras e 22:00 nas quintas feura  quando fecha as 22;00  (www.museoalfaromeo.com). Veja o v[ideo abaixo com os highlights do Museu.








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HONDA S600/1000

Leno anda e acelera a pequena joia que a Honda gerou no começo dos anos, o o S600. Estes primeiros modelos tinham a transmissão na traseira por correntes. Era como um carro do começo de século passado, assim feitos para baixar o peso do diferencial e dar mais aderência.
Aí um cara resolveu usar um motor de CB 1000 com 160 CV no pequenino. Veja o reesultado e o grito a 10.000 rpm.



quarta-feira, 24 de junho de 2015

IL CUORE SE RINNOVA: GIULIA 2016


ALFAGIULIA5

3,6 litros, 510 CV, zero a cem em 3,9 segundos e relação peso potência abaixo de três quilos por cavalo. Metade do carro é alumínio,a distribuição de peso é de 50% em cada eixo e toda a eletrônica moderna está presente para ajudar a controlar o carro em seus quatro modos de operação que incluem um Racing. E o  som só poderia ser Alfa Romeo, como bem mostra o vídeo da pista de Arese...

ALFAGIULIA1
ALFAGIULIA2
ALFAGIULIA3
]


MOTO PGM V8

PGMV8 looks compact

Nos últimos anos surgiram v[arias motos com pesados motores de rigem automobilística, principalmente o small block Chevrolet americanos. ´
A é o caso da  Boss Hoss de 5.735 cm³. O SBC é um motor leve para automoveis mas faz motos enormes que pesam mais de 400 kg facilmente. 
A PGM é menor, mais leve, 243 kg e tem de 334 CV E MAIS DE 22 MKGF DE TORQUE. O motor tem e  1.996 cm³ e o virabrequim plano como nos V8 Ferrari e nas Moto Guzzi de  Móto GP dos anos 50,onde a simetria dos colos de biela 
proporcionam mais potencia. o resultado é sensível no vídeo do som do motor. O  motor tem 13:1 de compressão, injeção Morec e cinco válvulas por cilindro. O bloco é fundido em areia. o escape é Akrapovic, sendo a versão de rua dotada de silenciador de fibra de carbono. E ainda por cima - ou por baixo - o bloco dianteiro etem metade do peso do motor rente ao solo, dando um centro de gravidae bem baixo.
Em suma, um monumento de engenharia!


terça-feira, 23 de junho de 2015

O GP DA ÁUSTRIA DE 2005

COM A FAMOSA PATOLADA DE PIQUET EM PROST, ANDANDO EM CARROS QUE AINDA NÃO ERAM RO ÕS. O FIM DE UMA ÉPOCA:

sexta-feira, 19 de junho de 2015

DE CARRO PR AÍ COM O NASSER



Coluna 2515           17.junho.2015                      edita@rnasser.com.br
Salón, mais novidades na Argentina
Salão do Automóvel em Buenos Aires, 19 a 28, novidades tanto em veículos lá  produzidos, quanto para os a ser fabricados em nosso país. Dos primeiros, futuro Chevrolet Cruze, com motores 1.5 turbo, 160 cv, geração perdida pelo Brasil pelas abrasões e dificuldades de relacionamento da empresa com o sindicato de metalúrgicos do Vale do Paraíba. O Cruze será produzido ao final do ano em corajoso plano de exportações continentais. Linhas tem toques ocidentalizados, lembrando partes do novo Malibu. Outro argentino, Renault Fluence em versão GT2, é evolução com mudanças visuais no spoiler frontal e rodas com novo desenho. Motor 2.0 turbo – 16V injeção indireta -, potência elevada a circa 200 cv. Transmissão mecânica 6 marchas.
Da marca, Sandero RS ainda produzido no Brasil – será transferido à Argentina a junto com Logan. Versão esportivada por engenheiros de ambos os países, ajustado ao motor 2.0, 16V, e 140 cv – potência modesta para a cilindrada.
Apresentação do picape Oroch, produzido no Brasil sobre plataforma do Duster.
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Exibindo Foto Legenda 01 Coluna 2515 - Oroch.jpg
Oroch, brasileiro, porém lançado na Argentina
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Mercedes exporá o Vito, multi utilitário, abaixo do Sprinter, único na categoria. 
Produzido na Argentina, será lançado ao Salón. Após, mercado brasileiro.
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Exibindo Foto Legenda 02 Coluna 2515 - Vito.jpg
Vito, da Mercedes
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Ainda importado, porém reunindo porcas e parafusos para produção no Paraná, 
Audi terá sedan A3 em versão estelar: motor 2.0, quatro cilindros, 16 V, injeção direta, turbo e invejáveis 300 cv de potência, transmissão sequencial com seis velocidades e tração total Quattro. Carro de prestígio, concorrente de Mercedes CLA 45AMG. É um sinal. Tal versão poderá ser montada no Brasil. Duas chinesas melhor estruturadas na região, Lifan e Chery se apresentam, e  japonesa Nissan chega com impacto – no stand no qual circula pelo circuito mundial de salões. Implantar-se-á na Argentina, distribuirá Nissans mexicanos, os nacionais March e Versa, e o cenário é para anunciar produzir localmente. Leitor da Coluna soube por antecipação, fará base rolante de picape, fornecendo-a a Mercedes e Renault, cada uma criando seu produto final. 
Também exposto o conceito Kicks, esportivo atlético sobre plataforma March/Versa, e de próxima produção no Brasil – será o carro oficial das Olimpíadas 2016.
Volkswagen não exporá o up! TSI, versão turbo, a ser lançado em julho.

Menor em espaço pela recessão e crise econômica argentinos, o Salón terá atrações antigas e, nestas, exposição de acervo pertencente ao cultuado Juan  Manuel Fangio, penta campeão mundial nos anos ’50. Carros de corrida com destaque ao Maserati 250F; carretera Chevolet 1940, o a nós desconhecido  Simca Gordini, e o Mercedes 300SL, o Asa de Gaivota, de seu uso pessoal.  Estes e objetos pessoais vieram do museu Fangio, em Balcarce, sua cidade natal – a salvo de vendas por herdeiros, como ocorridas recentemente.
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]Exibindo Foto Legenda 03 Coluna 2515 - Mercedes   .jpg
Mercedes Asa, de Fangio
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Presença adicional, o sítio Autohistoria, especializado em automóveis históricos argentinos, terá exposição para comemorar os 60 anos de fundação da IKA – Indústrias Kaiser Argentina -, a gêmea da Willys-Overland do Brasil. Levará exemplares marcantes da história.
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Dia 24, Alfa
Efeitos de marketing, ou da paixão em torno da marca Alfa Romeo, um dos eventos mais comentados no mundo do automóvel é o anúncio da volta da marca ao mercado. Novos projetos – automóvel médio, utilitário esportivo e automóvel grande –, primeiros de uma renca de oito, todos com tração traseira. 
Nova imagem de qualidade e tecnologia, um Audi italiano, exemplificam. Novas pretensões: somente no mercado dos EUA quer vender 150 mil unidades em 2018 – hoje vende traços. Novas instalações industriais, alteradas para o projeto de qualidade. Parece, esta será a base, a partir do fato que Sergio Marchionne, o CEO da FCA, controladora da marca, autorizou contratar 800 engenheiros para aumentar o time dos dedicados à Alfa. Até agora o projeto consumiu US$ 2B e a projeção é de absorver o dobro.
O primeiro produto deverá ser mostrado em protótipo – a FCA, boa em marketing quer obter muita divulgação agora, e outra daqui a meses quando fizer o lançamento. Dele sabe-se porte e foco: concorrer com Mercedes Series C, BMW 3, Audi 3 e 4. Jaguar XE. Linhas desconhecidas, pois todos os testes tem sido feitos com carroceria Maserati, sócia na plataforma. Nome indefinido, protótipo é dito Giorgio. Terá motor longitudinal, tração nas duas ou quatro rodas. Motores em palpites livres, incluindo versão mais barata com 4 cilindros, e diesel, e topo de linha, novo V6 3.0. As versões de performance Quadrifoglio concorrerão com os AMG, M e S.
Alfas serão italianos, como acordado com o governo do país e, apesar de tudo ser possível na grande fábrica da FCA em Goiana, Pe, não há planos para descentralizar a produção. No Brasil haverá distribuição, entretanto sem previsão de data – a Fiat dedica-se a renovar seus produtos, poupando-se de expender energias para montar a operação de importar, vender e assistir.
Anúncio dia 24, em Milão, Itália, tendo como segundo evento a reinauguração do museu da marca.
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Motores. Os melhores do mundo
Júri internacional de jornalistas especializados – a Coluna faz parte -, por votação secreta separou motores por categoria – cilindrada e combustível – e escolheu os nove melhores para o International Engine of the Year 2015,


1. BMW 1,5-litro, três cilindros, híbrido elétrico-gasolina.
Equipa o BMW i8. 274 pontos.
2. Ford 999 cm3, três cilindros turbo – em breve 
opção no Brasil para  Fords Ka e Fiesta. 267 pontos;
3. PSA Peugeot Citroën 1,2 litro três cilindros t
urbo – (em breve aplicado em Peugeot 208, 
308, Citroën C3, C3 Picasso). 222 pontos 
4. Ferrari 4,5 litros V8 (Ferrari 458 Italia, 458
 Speciale) 221 pontos 
5. Mercedes-AMG 2-litre turbo (MB A45 
AMG, CLA45 AMG, GLA45 AMG). 177 pontos
6. Tesla elétrico (Tesla Model S) 157 pontos –
 não vendido no Brasil 
7. BMW M 3 litros twin-turbo seis cilindros 
(BMW M3, M4) 133 pontos 
8. McLaren 3,8 litros, twin-turbo V8 
(McLaren 675LT, 650S, 625C).93 pontos 
9. Audi 2,5 litros, cinco cilindros turbo
 (Audi RS3, RS Q3) 81 pontos.

Resultado indica novo desenho tecnológico no ar. Os motores Ferrari e Mc Laren, obras primas do baixo peso, da alta potência, e da identificação esportiva, perderam para os pequenos, com 1.0 e 1,2 turbo. Iluminam o futuro: baixa cilindrada, pequenos volume e peso, potência de motores maiores.
Idem, o mais votado é híbrido, e o totalmente elétrico ficou em sexto lugar.
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Roda-a-Roda
Poder - Contrariando a filosofia vitoriosa de reduzir tamanho, cilindrada e peso de seus motores, compensando a produção de cavalos com a aplicação de turbos alimentadores, os EcoBoost, Ford criou novo motor V8 cilindros.
Detalhes - Alumínio à vontade, virabrequim plano, 32 válvulas, produz iniciais 533 cv. Produção contida para versões do esportivo Shelby GT350 e Mustang GTR 350. Quem o ouviu diz, o ronco parece de Ferrari.
Efeito – A árvore de manivelas plana diferencia-se por ter contrapesos a 180 graus – motores comuns, a 90. Obtém giros mais elevados, tem berro personalista. É o propósito da Ford, diferenciar-se desde a exaustão sonora do motor.
Rótulo - Nasce carimbado: o mais potente dos V8 Ford de aspiração normal, com a maior potência específica, em torno de 102 cv/litro de deslocamento. Gira alto: pico de potência a 7.500 rpm, faixa vermelha a 8.250 rpm, e elevado torque de 429 Nm, com 90%  a partir de 3.750 rpm.
Quadratura – Diâmetro dos pistões quase igual ao curso, 94x93 mm; taxa de compressão a 12:1. Vai preso a caixa de 6 marchas manual Tremec, carcaça em alumínio, diferencial Torsen. Freios Brembo, 394 e 380 mm, seis e quatro pistões. Rodas em aro 19” e pneus Michelin.
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Exibindo Foto Legenda 04 Coluna 2515 - Virabrequim.jpg
 Para os do ramo, virabrequim plano
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Ajuda – Com as vendas de veículos novos em declínio, e havendo no mercado nada menos que 240 mil cartas de consórcios contempladas, entidades do setor e marcas se reuniram para promover trocas: carta p’ra cá, carro p’ra lá.
Prazo – Ação das entidades de produtores, distribuidores e consórcios, Festival do Consorciado Contemplado vai até dia 31. Além de carros de várias marcas, motos Honda e a curiosidade da Mahindra, recém encerrando operação no Brasil, quer passar à frente o estoque restante.
Mercado – Fechadas as vendas nos 5 primeiros meses, dado oculto: as quatro grandes já não estão tão grandes. Há dez anos eram 82% no mercado. Ao iniciar 2015, se reduzia a 63%. E neste exercício caiu abruptamente a 59%.
Extremos – Causas de mercado e econômicas. Marcas japonesas e coreanas tem bons resultados durante a crise de vendas, ao contrário das com origem em outros países. E os carros 1.0, nelas presente, tem sido penalizados em vendas. Seus compradores engasgam com a explicativa onda presidencial.
Desdobramento – O encolher das quatro grandes e o inflar das outras pode instar mudança em conceito antigo: o critério de rotação na presidência da Anfavea, a associação dos fabricantes. Hoje é um giro de Volkswagen, Ford, GM, Fiat e Mercedes, mas a ascensão das outras marcas pode mudar a regra, como demandado há décadas.
Desafio – No atual período de pasteurização e perda de identidade no desenho dos automóveis, Mitsubishi apostou alto: cooptou Tsunehiro Konimoto, 64, designer40 anos na Nissan. Lá criou o conceito Z, o icônico esportivo. Missão, dar cara aos Mitsubishi.
Na fonte – Para atender ao crescente mercado colombiano de ônibus após o sucesso do projeto TransMillenium, organizando o transporte coletivo nas cidades do país, a Mercedes-Benz deu passou importante: montou fábrica de ônibus nas beiradas de Bogotá. Mercedes nacional fornecerá os chassis. Marca é o maior produtor de veículos comerciais na América Latina.
Preferência – Pesquisa da Postenak-Ifop sobre imagem das companhias francesas deu Citroën e Michelin em primeiro lugar, à frente de 30 outras empresas de todos os segmentos. Mudança total da linha, atrevimento em design e comunicação foram os responsáveis pela simpatia do público.
Pega – A exemplo da corrida em ruas, como Bullit, em San Francisco, e Ronin em Nice, detentores da franquia James Bond atrevidos, em terra de Ferrari, Lamborghini e Maserati, locaram em Roma disputa entre o famoso agente 007 e seu inimigo do grupo Spectre. Bond andará em Aston Martin DB 10, e Mr Hinx, com Jaguar C-X75.
Especialíssimo – O Aston DB 10 com motor V8, possivelmente Mercedes AMG, chegará ao mercado ainda este ano. Mas o C-X75, vedete da marca no Salão de Paris 2010, nunca produzido, teria sido o mais rápido dos Jaguar – de 0 a 100 km/h em menos de 3s, final acima de 320 km/h.
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Exibindo Foto Legenda 05 Coluna 2515 - Jaguar C-X75 .jpg
 Jaguar C-X75, protótipo, pega contra James Bond em Roma
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