sábado, 27 de agosto de 2016

Alta Roda com Fernando Calmon

DILEMA DO PREÇO

Situação difícil do mercado garante ao consumidor, mais do que nunca, a decisão de escolher. Entre os sedãs médios-compactos trava-se uma verdadeira batalha para atrair os possíveis (e poucos) compradores. Este ano vem sendo marcado pela renovação em diferentes níveis. Começou com a atualização do Nissan Sentra, seguido pelo inteiramente novo Chevrolet Cruze. Esta semana começam as vendas da décima geração do Honda Civic. A Citroën aproveitou o embalo para lançar o C4 Lounge 2017 apenas com motor turbo de 1.6 L/173 cv (etanol), conforme antecipado pela Coluna.

As atenções concentram-se no constante desafiador ao líder Toyota Corolla. A décima geração do Civic foi muito bem recebida no mercado americano e logo assumiu a primeira posição no segmento. Não teria porque ser diferente aqui, pois o carro ficou maior, mais equipado, com bom espaço para pernas no banco traseiro, porta-malas amplo de 519 litros e estreia versão de topo, Touring, que utiliza o novo motor turbo de 1,5 L/173 cv (apenas gasolina inicialmente e flex quando for nacionalizado daqui a um ano). Além disso, o estilo – fundamental para o brasileiro – é bastante arrojado, mas dentro dos limites. Até as lanternas traseiras superdimensionadas harmonizam-se, sem chegar ao exagero.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Recall BMW: modelos produzidos entre 2002 e 2006.

A BMW do Brasil convoca proprietários de modelos BMW 320i, 325Ci Coupé, 325i, 330Ci Cabrio, 330i, 540i, M3 Coupé, M5, X5 3.0i e X5 4.4i fabricados entre 2002 e 2006 a comparecerem a uma concessionária autorizada da marca para a substituição do airbag do motorista gratuitamente.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

V Encontro de Autos Antigos - AVP


Mais informações: http://ow.ly/kxWp303yjea

A vida com o Peugeot 208 PureTech e seu frugal motor de três cilindros

Por Jason Vogel


Somos fãs dos motores de três cilindros que estão tomando o mercado. Com menos atritos internos que os de quatro cilindros, eles trabalham com leveza e crescem de giro com ímpeto esportivo. O melhor é que consomem pouquíssimo — em maio, o Inmetro divulgou um ranking dos modelos mais econômicos à venda no Brasil e o Peugeot 208 1.2 aqui mostrado foi o grande destaque, ficando atrás apenas dos carros híbridos.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Alta Roda com Fernando Calmon


CARRO BÁSICO VOLTARÁ?

A atual crise do mercado brasileiro levou a mudanças no comportamento dos consumidores. Para a maioria dos analistas o grau de exigência dos compradores aumentou e o tempo dos carros básicos (também chamados de “pelados”) terminou. Pode não ser bem assim.

Atualmente quase todos os modelos vendidos ao cliente final (varejo) têm ar-condicionado. Porém, se explica pelo clima do país, as horas passadas em congestionamentos e, em especial, o poder aquisitivo de quem conseguiu manter sua renda nesses tempos de severa retração econômica, nunca vista antes com esse grau de intensidade em dois anos seguidos.

O chamado tíquete médio de venda subiu mais de 20% no acumulado de quase 24 meses consecutivos de mergulho do mercado. A parcela de pessoas que compravam o primeiro carro zero-quilômetro, depois de anos restrita a modelos usados por força de sua menor renda e da falta de boas condições de financiamento, foi reduzida drasticamente desde 2014. Houve forte migração para a parte baixa da pirâmide social.

Esse, aliás, é um ciclo que se repete. Na crise dos anos 1980, por três vezes seguidas o modelo mais vendido no país foi o Chevrolet Monza, um médio-compacto equivalente hoje ao Cruze, Corolla ou Civic. Naquela época os modelos de entrada também sofreram forte retração, mas parte desse resultado se deveu a Fusca e Gol terem convivido por seis anos. Agora, apesar de o mercado continuar dominado por modelos compactos, o Corolla aparece em sexto lugar. Não chega a ser uma surpresa.

Outro fenômeno aliado a variações de poder aquisitivo envolve os modelos de 1 litro de cilindrada. Com o IPI mais baixo desde 1990, os compradores exauridos financeiramente concentraram neles suas preferências, mesmo com potência inadequada para a maioria dos carros da época. Em 2001 representaram nada menos de 70% dos automóveis vendidos e, no ano passado, esse percentual caiu para 34%. Isso ocorreu mesmo com a grande evolução de desempenho e a chegada de motores modernos de três cilindros.

Há, entretanto, o fenômeno de crescimento dos SUVs compactos em que o propulsor de 1 litro de aspiração natural não mostra adequação. Já entre os hatches que oferecem também motores acima de 1 litro, os de menor cilindrada reinam: Uno, 85%; Ka, 84%, Palio, 80%, Gol, 67%, HB20, 65%, Sandero, 65% e Onix, 61%. Esses compradores preferem adquirir um carro com mais itens de conforto a um preço menor. Trocam potência por equipamentos.

Quando o mercado retornar ao patamar de quatro milhões de unidades anuais (incluídos veículos leves e pesados), que muitos esperam só ocorrer em 2022 ou 2023, podem voltar aqueles que perderam a oportunidade de sair de um modelo usado para um novo. Economia estabilizada e em crescimento autossustentável, baixa inflação, financiamentos a juros menores e empregos seguros formarão o cenário ideal para atrair compradores de carros básicos.

Eles não se importam com rodas de liga leve ou vidros, espelhos e travas elétricos. Talvez abram mão até do ar-condicionado. O sonho do carro zero-quilômetro poderá recuperar uma oportunidade perdida com tantos erros de gestão econômica nos últimos anos.

RODA VIVA

CORREU pelo mundo a notícia de que a Noruega iria banir a comercialização de automóveis com motores de combustão interna a partir de 2025. O governo norueguês acaba de desmentir, informa a agência Reuters. O país continuará a incentivar tecnologias mais limpas até uma substituição natural, sem prazos. Parte de sua grande riqueza vem do petróleo.

PARA atender a legislação de eficiência energética, a GM estendeu ao motor de 1,8 L do sedã Cobalt 2017 as mudanças apresentadas nos 1,0 L e 1,4 L de Onix/Prisma. Câmbio manual também passou de cinco para seis marchas. Além do ganho de 3 cv (agora, 111 cv) e 0,6 kgfm (para 17,7 kgfm), peso diminuiu em 36 kg. Consumo chega a 15,1 km/l com gasolina (estrada). Preços: R$ 62.190 a 68.990.

MONOVOLUME Spin, mais alto e pesado, exigiu alterações adicionais. Motor é o mesmo do Cobalt, mas para melhorar o consumo a GM adotou controle ativo de entrada de ar ao radiador e outros recursos técnicos. Em estrada com gasolina alcança 13,7 km/l e também nota A pelo Inmetro. Preços subiram em média 2% e vão de R$ 57.990 a 71.990.

EMBORA tardio, há agora um projeto de lei no Senado que restringe o uso obrigatório de faróis baixos ou luzes de uso diurno (DRL, sigla em inglês) a vias rurais asfaltadas apenas, excluindo trechos urbanos de rodovias. Por enquanto, as multas urbanas ficam como estão por decisão arbitrária e ilegal do Denatran, que só adicionou ainda mais confusão ao controvertido tema.

CAMPANHA simpática da área de lubrificantes da Shell para destacar o papel do automóvel na sociedade brasileira. O concurso cultural vai até 26 de setembro e os consumidores devem contar histórias pessoais em que carros são protagonistas centrais. Há três exemplos no site www.shell.com.br/helix-retribua. Os filmes, bem produzidos, merecem ser vistos.
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fernando@calmon.jor.br e www.facebook.com/fernando.calmon2

De Carro por Aí com Roberto Nasser

Elegante, econômico, o Citroën C3 PureTech 1,2

Automóvel de entrada na marca, hábil no fugir à tentação do emprego de motor 1,0, nova geração do Citroën C3, dita PureTech, desprezou o motor 1,45 litros, quatro cilindros, nacional, por importado 1,2 tri cilíndrico. Conseguiu o melhor da sociedade de consumo, ser chique e econômico.

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Maratona movida a gasolina

Por Jason Vogel

Competidor Georges Teste, com o ciclomotor De Dion-Bouton

O lema “Mais rápido, mais alto, mais forte” por pouco não levou um adendo: “mais potente”. O automobilismo foi cogitado como esporte olímpico e fez parte da programação dos Jogos por uma única vez. Parte da Exposição Universal de Paris de 1900, a II edição das Olimpíadas teve peculiaridades jamais repetidas, como exibições de balonismo e uma prova de 200m com obstáculos sob a água. Incluiu, também, uma corrida de carros e de motocicletas.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

De Carro por Aí com Roberto Nasser


109 cv no Uno 1,3 GSE!

FCA, por sua marca Fiat corre nos últimos retoques na evolução do Uno, a versão GSE. Sigla de Global Small Engine, nova geração mundial de motores de pequena cilindrada. Começa com duas versões: 3 cilindros, 1,0, e projetados 80 cv, e curva de melhor torque na categoria – a grosso modo torque move o carro nas cidades; e 4 cilindros, 1,3 e a surpreendente potência de 109 cavalos vapor – novo GM Onix com motor 1,4 gera 106 cv, e  VW Gol 1,6 104 cv. Para comparar motores, veja quantos cv produz por 1.000 cm3 de cilindrada. Quantidade maior indica modernidade. 

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Essas motos...

A Honda 450 DOHC pode ser considerada a primeira superbike japonesa. Boa de motor, ruim de chassi...

Nossos conhecidos fabricantes japoneses começaram como toda a indústria nipônica: copiando os projetos do então primeiro mundo, do qual nessa época, anos, eles não faziam parte. A Honda começou fazendo motores de bicicletas para mover o povo e foi evoluindo gradativamente ao longo dos anos, sempre pra cima. Em 1965, surgiu a primeira moto grande do império do Sol Nascente: a CB 450 DOHC, fartamente conhecida por estas bandas como "DOC". Esse nome se referia aos dois comandos de válvulas no cabeçote, ou Double Over Head Camshafts, sistema usado, por exemplo, no antigo carro Alfa Romeo JK, o mais sofisticado veículo em produção no Brasil naqueles anos.

Essa configuração de cabeçote permite melhor respiração do motor e uma câmara de combustão mais eficiente, de forma hemisférica, onde a chama se difunde mais rápido, produzindo mais potência. Daí o resultado no dinamômetro: essa Honda gerava 45 cv, ou seja, uma excelente proporção de 100 cv por litro de deslocamento, potência dos carros de F1 da época e nunca vista nas veneráveis bicilíndricas da Grã-Bretanha, os reis das motos grandes desses tempos. Não considere os leviatãs americanos, que eram grandes, mas pesadas demais e feitas para andar em linha reta e no asfalto liso...

A primeira versão da DOHC tinha quatro marchas e um visual bem britânico, com as laterais do tanque cromadas e com borrachas para encostar os joelhos.


Mas era aí que terminava a semelhança com as inglesas, motos de manutenção paranoica, onde o dono tinha que tentar antecipar o que ia quebrar proximamente e ir à luta antes. O motor da japonesa era confiável, chegando à beira do tedioso, por não quebrar... A parte elétrica então era um "saco": tudo funcionava perfeitamente por anos e anos. Até a partida elétrica era secundada por um pedal de kick, praticamente inútil se a bateria estivesse dentro de sua vida útil normal. Esse motor, poderoso para a época, tinha uma diferença rara até hoje: as molas de válvulas eram barras de torção, como na suspensão de um VW. Isso permitia aos metais da época reagir mais linearmente e compor um motor mais bravo, sem flutuar válvulas em altas rotações, em níveis inéditos até essa época. Com isso a CB 450 era capaz de girar 8.500 rpm, nível nunca sonhado pelas inglesas de então. A velocidade final era de 170 km/n e ela chegava lá bem rápido.

Mas a vida é imperfeita, e o quadro era sambista. Nesse tempo eles ainda não tinham ido à Inglaterra aprender como se faz quadro, como muito bem explicado na matéria da Métisse de Steve McQueen, que publicamos tempos atrás. E assim ela balançava... e a cada curva prometia a compra de um belo terreno. Não era só o quadro que era ruim, mas também os pneus - os primeiros Bridgestone - e os amortecedores de marshmallow. Em suma, o comportamento dinâmico era uma cagada que impunha a compra de pneus Dunlop K81, amortecedores Koni é frente Ceriani, para tentar dar ao bom motor condições de se exprimir.

Mas o aviso já estava pregado na parede, e com o tempo os japs aprenderam a fazer o resto da moto... e como!


quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Alta Roda com Fernando Calmon

SEGMENTO EM EXPANSÃO

Tradicionalmente o mercado brasileiro recebe influência do europeu em particular pela preferência por modelos de menores dimensões. O Brasil, no entanto, seguiu alguns caminhos próprios ao criar dois segmentos. Um deles só existe aqui, até hoje: picapes pequenas com capacidade de carga de até quase 700 kg. A pioneira Fiat 147 surgiu em 1978. Outra “criação” nacional foi o SUV compacto derivado de um hatch convencional, ou seja, com estrutura monobloco. O Ford EcoSport estreou em 2003 e só oito anos depois chegou o rival direto, Renault Duster.

O fenômeno de crescimento dos SUVs de todos os tamanhos se iniciou nos EUA. No ano passado, pela primeira vez, americanos compraram mais utilitários esporte que automóveis. Na Europa,

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Nova linha de SUVs Renault no Brasil


Ontem, 2 de agosto, durante uma visita ao complexo industrial Ayrton Senna, o CEO da Renault, Carlos Ghosn anunciou que a marca vai ampliar sua linha de SUVs no Brasil com a chegada dos modelos Kwid, Captur e Novo Koleos, que irão se unir ao Duster.


“Com este novo planejamento de produto, esperamos conquistar uma parte significativa do crescente segmento de SUVs”, comentou Carlos Ghosn. O CEO também anunciou que o SUV Captur será fabricado no Brasil, na mesma linha que atualmente produz Duster, Sandero, Logan, Duster Oroch e Sandero Stepway, em São José dos Pinhais e que isso irá contribuir para o crescimento da Renault no país.

O Renault Kwid deve ser lançado no início de 2017, assim como o topo de linha Novo Koleos, que será importado. O Renault Captur deve ser comercializado a partir do primeiro semestre de 2017.


Apesar do atual contexto econômico, Ghosn também confirmou que todos os investimentos anunciados para o país estão mantidos. O primeiro ciclo de investimentos (2010-2015), no valor de R$ 1.5 bilhão, foi concluído antecipadamente. Já o segundo ciclo (2014-2019), no valor de R$ 500 milhões, está em andamento, conforme o planejado.


Bristol quer voar alto novamente


Por Jason Vogel

Eis que, de repente, a Bristol mostra um novo modelo. Seria algo normal, não fosse o fato de que essa fábrica inglesa não produz um carro sequer desde 2011. Coisas de uma pequena marca de esportivos de luxo que sempre primou pela discrição.

Sua história começa logo após o fim da Segunda Guerra, quando os funcionários da fábrica de aviões Bristol Aeroplane (criadora do caça-bombardeiro Beaufighter, entre outros tantos modelos) já não tinham muito o que fazer.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

De Carro por Aí com Roberto Nasser


Honda Civic, nova geração

Honda fez redesenho geral do Civic marcando sua décima edição. Esticou, alargou, baixou o teto do automóvel, aumentou distância entre eixos, e amarrou tudo com linha mais fluidas, juntando teto à extremidade do ampliado porta malas. Cuidado especial no afinar colunas frontais. Segue  tendência mundial de sedãs acupezados.

Levou o redesenho para a parte comercial por versões bem caracterizadas, em vez do caminho comum de partir da básica, mudar letrinhas e

Salão do Automóvel de São Paulo 2016


Dia 10 de novembro as portas do Salão Internacional do Automóvel de São Paulo serão abertas no São Paulo Expo (antigo Centro de Exposições Imigrantes) e já saiu a lista com as principais montadoras que levarão novidades para o mercado nacional e a chance para os visitantes verem vários carros dos sonhos de perto.

Lince 4100

No Recife surgiu um carro de sabor muito especial

As linhas dianteiras são mais rebaixadas que as do Opala
A equipe da Decorauto, liderara por Carlos Alberto Correia, bolou um carro simples e prático, com um funcionamento bastante bom. Para isso o processo básico parte de um Opala cupê de qualquer ano, que esteja com a estrutura básica em bom estado. Desse carro são aproveitados o assoalho do monobloco, os eixos, os para-lamas internos, a parede de fogo com o para-brisa e as estruturas internas das portas, bem como seus encaixes. Daí pra frente o assoalho é encurtado no entre-eixos em 20 cm e mais 15 cm no porta malas. É feita então uma carroceria externa de fibra após o corte da capota. Esse conjunto substitui a frente, as portas e a mala por superfícies cujo desenho se aproxima de certos estrelados carros alemães, como também dos novos conversíveis Chrysler americanos recentes.