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Giulia. A Alfa renasce
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O renascer da Alfa
Romeo
Noite de 24 de
junho, dia de São João no Brasil, a FCA, Fiat Chrysler Automobiles, em Milão,
Itália, no revivido Museu Alfa Romeo, comemorou os 105 anos da marca, fez seu
re lançamento.
Festa emocional como
apenas a Alfa Romeo poderia fazer – nenhuma outra marca consegue juntar emoção,
história e criatividade tecnológica.
O automóvel a abrir
reviravolta é o Giulia, nome mítico desde os anos ’60, quando uniu performance,
o prazer de dirigir e o comportamento esportivo a preço contido. No caso, a
Fiat contratou time de engenheiros dedicado ao novo produto. Deu-lhes a
liberdade da imagem de SKUNK, o nome da mítica equipe montada pela
estadunidense Lookheed para criar um novo avião de caça, capaz de deter o
avanço alemão – em apenas 150 dias.
Fizeram, 7 dias
antes do prazo, e a partir de folha em branco, o primeiro jato da Força Aérea
dos EUA.
No caso Alfa,
isolamento, dedicação total, superando a carga de trabalho usual na FCA em todo
o mundo – não raro 14h/dia -, e foco em criar produto para ser continuação do
condutor. Materiais leves em todos os grupos – motor, câmbio, suspensão,
freios, carroceria -, aços com espessura variada, alumínio, fibra de carbono,
plástico, freios mesclando materiais leves e eficientes em trabalho, como fibra
de carbono e cerâmica. Objetivo, conseguir o menor peso, a melhor aerodinâmica
– disse ser o menor CX dentre os concorrentes –, e a menor quantidade de quilos
a ser movida por cada cavalo do motor. Este, V6 com base Ferrari, todo em
alumínio, desloca 3.000 cm3, usa dois turbo alimentadores, e faz relinchar 510
cavalos de força. Cada um deles moverá 2,99 kg, oferecendo reações muito
prontas, como acelerar dos 0 a 100 km/h em 3,9s.
Voltou-se à
arquitetura mecânica consagrada pela Alfa: tração traseira, com eixo em multi
link. O alumínio foi para a suspensão dianteira exclusiva da marca.
No direcionamento de
livre criar, em busca dos melhores resultados nos componentes, incluindo
eletrônica de segurança em pioneiro sistema oTorque Vectoring,
harmonizador de tração através de duas embreagens no diferencial, também a
carroceria com a menor rigidez torcional em sua categoria.
Esteticamente
harmônico, porta malas contido, é um 2 e ½ volumes, grandes portas, eixos
deslocados aos extremos, distribuição de peso, sonho de projetistas, 50% sobre
cada eixo.
Não foi lançamento
de automóvel – o Giulia será exibido em formas e versões em setembro, Salão de
Frankfurt, terra dos concorrentes Mercedes Classe C, BMW Series 3 e Audi A3.
Foi de marca, festa bonita, responsável, sangue latino, perseguindo eficiência
germânica – como, aliás, é o objetivo de qualidade construtiva. Será produto
italiano comandado por um alemão, Harald Wester, com projeto liderado por
outro, Philippe Krief. Design italiano por Lorenzo Ramaciotti,
ex Ferrari. Fabrício Curci, Head, o número 1 da marca, assumiu o
lançamento.
Encerrou com Andrea
Bocelli, declamando e cantando Nessun Dorma.
Momento de emoção,
no crescendo da música entrou o Giulia, sem barulho para não ofuscar a
performance, e girou mansamente como um bicho bravo acatando a liderança do
dono do momento. Foi a apresentação mais emocionante que já assisti. Creio
também pelas pelas 250 pessoas presentes, entre jornalistas, diretores,
autoridades do governo italiano. Quem não estava secando as lágrimas,
levantou-se e aplaudiu o tenor, dono do show.
E ?
Re erguimento da
marca, grandes pretensões, encerrar tropelias de décadas, vender 400 mil em 2018,
auxiliados por mais sete novos Alfa. Do Giulia exibiu-se versão de topo,
a Quadrifoglio, conjunto mais forte e tração nas 4 rodas.
Brasil ? Virá,
mas demora. Pelo menos até 2018, após abrir espaço na agenda e no orçamento da
FCA brasileira para acertar a suspensão às nossas ruas e estradas com
irregularidades pós medievais; à gasolina com percentual incerto e não sabido
de álcool; criar rede de distribuição; investir – em período dedicado a criar
toda nova linha de Fiats.
Mais. A Alfa mudou a
logomarca, tornando-a visualmente mais leve; abandonou a expressão Cuore
Sportivo tão ao gosto dos Alfisti brasileiros, autora
da confusão entre imagem e a grade frontal; e ao lançamento Sergio Marchionne,
o CEO, referiu-se à grade como triângulo.
As festividades ocorreram
no revivido Museu Alfa Romeo em Arese, prédio dos anos ’70, atualizado em
projeto museal para ser ponte entre o passado e o futuro. O Alfa
Romeo BR, clube da marca, organizou jantares italianos em 10 cidades
brasileiras para saudar novidades, e fez entrega de banner comemorativo
à Alfa durante a cerimônia.
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Marco
Antônio Lage, d, diretor de comunicação da FCA Latam, Roberto Nasser, curador
do Museu Nacional do Automóvel,
autor da proposta, c, e Fabricio Curci, Head da marca, e
o banner
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Salón e
suas poucas novidades
Três pavilhões
resumiram o Salón de Automóvil, Buenos Aires, até dia 28. Um êxito
ante a contração de 25% no mercado argentino. Contido porém prazeroso programa
no percurso marginado pelos estandes; apreciar a frota de automóveis do espólio
de Juan Manuel Fangio, então penta campeão mundial de automobilismo; ver
amostra do recém instalado Museo
Bucci – da família há mais de século envolvida com carros de corrida,
desenvolvimento, construção; ver os veículos assinaladores da história da IKA,
sexagenária e pioneira fábrica de veículos instalada na Argentina.
Novidades
Tempo corre entre a
presença no Salón e a realidade tátil do circular nas ruas e
estradas. Ford inverteu. O Focus, argentino, em novo estilo iniciando segundo
ciclo de vida no Salón, teve versão hatch primeiramente
lançada no Brasil, maior mercado, com vendas em julho.
Demais, demoram,
como o picape Oroch – pronuncie Oroche (nome é, como o Amarok, coisa de
intelectual distante do mundo do automóvel, ou seu vizinho publicitário). É
Renault, feito no Paraná, à venda em setembro, como linha 2016. Produto com
foco exocético, destinado às intrépidas senhoras desafiantes da selva dos
estacionamento dos shoppings, intrusas em fila tripla em
frente às escolas, ou do guarda sol dos valets de
estacionamentos em ruas sem vagas, é cabine dupla com tentativo conforto aos
passageiros do banco posterior. Menores dimensões ante os inexplicáveis
similares a diesel, e foco claro: urbano e sem veleidades em performance, como
informam seus motores 1.6 e 2.0, e respectivos 116 e 148 cv, assim como a
tração dianteira, sem adjutório para impedir patinamento em situação onde não
será demandado, como carregar carga em piso sem aderência.
Peugeot com novas
atrações em projeto de vender automóveis bem compostos em aparência e conteúdo.
Maior delas, importar o europeu 308, mais atualizado ante os mercosulinos 308.
Este e o 408 evoluíram para receber o carimbo de modelia 2016, com alterações
na plataforma, dianteira, parte interna. Ou seja, investiram em sensações
visuais, táteis e comportamento dos automóveis. Entre 208, 2008, os 308 e 408
Miguel Figari, diretor geral na operação brasileira e autor das grandes
mudanças internas e de produto que dobrar vendas até o final do ano. A postura
da Peugeot é vender menos, mas fazer lucros.
Volkswagen nada
mostrou como novidade ao Brasil, e Citroën, como a Coluna antecipou, não
foi. Nada a mostrar, nada a gastar.
Em picapes,
frustração. Não estavam o novo Toyota Hi Lux – já mostrado na Tailândia -, nem
mudanças no Ranger. Entretanto, novidade maior é do setor: o multi marca picape
Nissan. Repito a explicação da Coluna à época do anúncio. A
Nissan, associada à Renault, instalar-se-á na Argentina. Lá produzirá chassi
com parte rolante – eixos, direção, caixa de marchas, freios. Como Nissan será
NP 300, novo em estilo. E fornecerá à Mercedes e Renault para fazer seus
próprios picapes. Modelos 2017.
No produto,
interessante a suspensão traseira, trocando os seculares feixe de molas semi
elípticas, por molas com centro helicoidal e extremidades espiraladas, quatro
braços tensores de ligação, vigorosas barras Panhard e de estabilização.
Aparentemente busca
maior conforto de rolagem. Em outro extremo, o do picape bruto, volumoso,
para macho man, o RAM 2500 da Dodge. Mexicano, aqui à venda no
próximo ano.
Na área
intermediária, entre os veículos de passeio e serviço, o Mercedes-Benz Vito,
multi espaço com configurações para passageiros, carga e misto. Abaixo do
Sprinter, é único no mercado, e amploleque de aplicações.
Motores flex e diesel.
O Salón,
bienal, alterna com o de São Paulo.
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Vito, produto único, da Mercedes
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Roda-a-Roda
Processo –
Chinesa Lifan altera o processo industrial iniciado no Uruguai, instalando em
Itajaí, SC, um PDI – no jargão, pre delivery inspection, inspeção
final do produto antes de enviá-lo às concessionárias. Lá ampliará ações para
padronizar finalização dos carros e controle maisacurado
de qualidade.
Durango
– No
Brasil é gíria significando estar sem dinheiro. No real é Utilitário Esportivo
com cara e jeito do mercado norte-americano: cara de bravo, motor V6, 3,6
litros, 294 cv, 34 kgfm de torque, câmbio automático de oito velocidades.
Base – É
versão Dodge do Jeep Grand Cherokee, fornecedor da parte rolante, com retoques
para caracterizá-lo. 7 lugares, tela de 21 cm, sistema Uniconect e GPS. Atrás,
leitor de Blue-Ray, dois LCD de alta definição, tela de 23 cm, entrada HDMI. A
R$ 235.000, definitivamente não é para Durangos …
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Dodge Durango
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Audi
– Diretorias de compras e produção da matriz Audi visitaram o final
das instalações industriais no prédio da Volkswagen, nas beiradas de Curitiba,
aprovaram e garantiram: produção Audi A3 sedan, 1.4TSI,
iniciará em setembro.
Tendência –
Na reta final para as definições de seu picape médio, a FCA lista possíveis
nomes palatáveis aos mercados domésticos, latino e norte americano. Por
enquanto Toro lidera preferências.
Pé -
Jornal Folha de São Paulo publicou entrevista de Phillipp
Schiemer, presidente da Mercedes-Benz. Claro e corajoso, curto e grosso. Disse:
o país perdeu a previsibilidade e voltou 20 anos no tempo; o PSDB volta contra
suas crenças e o PT, também, e isto arrisca investimentos. "É a
pior crise dos últimos anos, volume caindo, preços estáveis, custos
aumentando".
Óptica -
Sua empresa vê o Brasil com desconfiança, porém mantendo investimentos para a
fábrica de automóveis, mas foi executivamente objetivo para caracterizar a
crise, a seu ver caseira, sem origem externa, como diz a presidente Dilma.
Ocasião -
Sobre o ajuste fiscal, diz necessário, mas o governo deve reduzir seus
custos. Ninguém precisa de 39 ministérios, arremata. Pela
primeira vez executivo deste porte, empregador de 11 mil pessoas, toma coragem
para engrossar reclamações sobre a inércia para resolver a situação econômica
do país.
Gargalo –
Passados sete anos de sua publicação, a Lei 11.705, a Lei Seca,
mostra estatística ansiada: redução do número de pessoas que bebem e dirigem.
Trabalho -
Espírito e resultados deveriam inspirar os legisladores a mudar a tipificação
do crime de morte ao volante sob influência de bebida: em vez de homicídio
culposo – sem intenção de matar -, em doloso, assumindo a responsabilidade do
ato praticado. E ser inafiançável.
Ônus - A leniência das
autoridades brasileiras, simplificando as punições com a singela argumentação
da inexistência de cadeias, apenas justifica a omissão dos governantes,
passando as consequências à sociedade.
Acerto –
Conselho Nacional de Trânsito, Contran, pela Resolução 528/2015 proibiu
licenciamento de veículos com direção do lado direito. Alega, regra básica do
Código de Trânsito é circulação pela direita, iluminação e sinalização voltada
aos condutores posicionados ao lado esquerdo. Excetuou os veículos de coleção.
De novo –
Mais uma iniciativa para usar a imagem de Ayrton Senna: a TAG Heuer lançou
coleção de relógios revivendo sua imagem. Quatro modelos da serie Carrera,
marcados pelo “S”, e preços entre R$ 7.905 a R$ 20.605.
Fim –
Fim do paulistano 3 Cilindros Clube, criado para cultivar a paixão
sobre os DKW e seus motores 2 Tempos, tricilíndricos. Falta de interesse dos
sócios, e insuperável crise administrativa por falta de registros das gestões
anteriores.
Ocasião – Necessitas
de motor novo para Alfa Romeo 164. 12 e 24 válvulas; Fiat Marea 2.0 ? Empresa
paulistana arrematou estoques na Fiat italiana e tem-nos à venda. São Zero Km e
únicos remanescentes no mundo. V6 3.0 12 e 24 válvulas a R$ 14.116,62; Marea 5
cilindros, 2.0 turbo, R$ 10.587,47; Tempra 2.0 SW 8V, R$ 6.207,00. Mais ?eduardo@comercialtonini.com.br
Gente - OOOO Paulo
Panariello, antigomobilista, passou. OOOO Foi
pioneiro em fazer vendas em 10x para facilitar negócios. OOOO Márcio
Piancastelli, designer, idem. OOOO Um dos
abridores de caminho no design automobilístico brasileiro,
vencedor de concurso nacional, estágio na Itália, partícipe dos projetos do
Corcel I, VWs TL, SP e Brasília. OOOO
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Desafio
da Fiat, renascer a Alfa
Dentre os
desafios enfrentados pela Fiat nos últimos 6 anos, renascer a Alfa é projeto
com o mesmo nível de dificuldades. No pequeno espaço de tempo, saiu da
associação com a GM; propôs-se assumir e comprar a Chrysler; voltar aos
balanços positivos; romper o etéreo laço institucional entre a Itália e a
Ferrari, colocando suas ações em bolsa de valores; re lançar a Maserati.
A
centenária marca – dia 24 marcou 105 anos de fundação -, é o melhor retrato da
paixão italiana por veículos, e seu re surgimento, após temporada com apenas
dois produtos, o MiTo e a Giulietta, é grande desafio.
A FCA
visa integral troca de produtos da marca, buscando retorno aos conceitos
mecânicos gravados pela memória Alfa, como a volta à ação traseira. Produto
inicial, o Giulia – nome mundialmente simpático desde os anos ’60 – é o
primeiro de família com oito veículos. Para voltar a ser objeto de paixão e
admiração, como se manifestava Henry Ford – “quando vejo passar um Alfa
Romeo, tiro o meu chapéu“, dedicou-se a apurá-los em projeto e construção,
implantando tecnologicamente diferenciada fábrica de motores. E centrou a
produção de mecânica e veículos na Itália, integrando a característica de
paixão dos italianos à imagem dos novos Alfa.
Quer
faze-los com espírito esportivo, construção acurada e o Giulia pretende
concorrer na faixa mais aguerrida na Europa e EUA: com Mercedes Classe C, BMW
Series 3, Audi A3, novo Jaguar XE. O volume, e os investimentos – atualmente
calculados em circa E 6B -, mostram o tamanho do desafio. Como
todos os projetos mirou foram vitoriosos, o Giulia, representando a nova era,
está em boa companhia.
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Alfa Romeo Giulia
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Um comentário:
Ah, Nasser, há quem diga que o presidente da Mercedes tomou decisões estratégicas erradas - por exemplo, ao desenvolver linhas de veículos que não cabiam em financiamentos do Finame - e que ao culpar o Brasil, está apenas tirando o dele da reta. Vide: http://jornalggn.com.br/noticia/como-o-presidente-da-mercedes-errou-e-culpou-o-brasil
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