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Coluna 3211 10 ago2011
Freemont, a visão Fiat sobre o Dodge Journey
Primeiro produto após a tomada acionária da Chrysler pela Fiat, o Freemont é sensível evolução sobre o Dodge Journey vendido até pouco tempo. Porém mudou a estrutura, a linha da cintura nas portas, grade, para-choques e lanternas traseiras, agora com LEDs.
Nome apenas sonoro, sugestão de liberdade, tem nova motorização, ainda Chrysler: 2,4 litros, bloco e cabeçote em alumínio, variadores de abertura das válvulas, 172 cv e 24 kgfm de torque, ligados em caixa automática de 4 marchas, tração dianteira. O pacote de segurança é rico, incluindo freios a disco em todas as rodas e ABS; sistema para arrancar em pisos molhados funcionando como diferencial blocante; estabilizador eletrônico, almofadas de ar frontais, laterais e de teto. Tem foco de uso familiar, seguro e confortável pelo espaço, a opção de sete lugares, a capacidade de rebatimento dos bancos, inúmeros porta-objetos.
É a nova geração do Dodge Journey, ainda não apresentado no Brasil, com acertos em engenharia pela Fiat, estrutura revista e reforçada, e processo construtivo, para obter mais rigidez e menos flexibilidade. Aqui adequou a parte rolante, direção, suspensões, buchas, amortecedores e barras estabilizadoras para melhor filtrar as imperfeições do piso, buracos, irregularidades, as situações locais.
Bem equipado em duas versões: Emotion a R$ 81.900 e Precision, 7 lugares, R$ 86.000. Nesta, opções de barras no teto, R$ 900; estofamento em couro, R$ 2.200; teto solar, R$ 2.500. Pela proximidade de preço a Fiat prevê 80% na versão mais cara. Comparativamente aos do segmento, Toyota RAV2, Honda CR-V, Chevrolet Captiva, Hyundai ix35 e Kia Sportage, é melhor equipado e mais barato.
É feito no México, sem gravames de importação, três anos de garantia, venda e assistência pelos 560 concessionários da marca. Público, foco e campanha de apresentação adequada, tem tudo para ser sucesso e nova referência.
Novos tempos
Não é apenas mais um veículo, mas retrata novo tempo para a Fiat e para a indústria do automóvel: a instável italiana assume uma das três maiores estrelas do país líder do automóvel, e vai fazer carros em quintal alheio. Operação complicada, intrincada, cheia de peculiaridades entre cabeças, jeitos, conceitos, produtos, instalações e métodos de produção mas, curiosamente já dá lucro, e o primeiro produto, o Freemont, iniciou vender bem na Europa, com aumento de 30% sobre a demanda prevista. Projeta novos carros, com simbiose entre produtos, peças, fábricas e marcas.
Aqui, mudanças idem. A grande fábrica de carros pequenos, sempre com dificuldade em firmar preferências nos modelos maiores, Tempra, Marea, Linea, encontrou seu ponto de referência: o Freemont será seu carro grande. Lélio Ramos, invejável carreira de sucesso como diretor comercial, muitos acertos, poucos tropeços, prevê a venda entre 1.000 e 1.500/mês.
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Freemont, nova referência para a Fiat
Furo: os novos Chevrolet
A GM encerrou os acertos da parte rolante dos Cobalt – hatch e sedã – que diz, serão adicionados à atual linha, acima de Corsa e Celta. Últimas provas, no Cone Sul, sul do país e Campos do Jordão, SP, aferiram a capacidade dos motores flex funcionar em baixa temperatura.
Nos carros, a consciência da necessidade de melhorar as sensações do rodar. Hoje a família Celta, o Agile, o picape, empregam a simplória plataforma do Corsa 1994, áspera em uso, transmissora de vibrações e asperezas. Os novos, em plataforma com subchassis frontal, e desenvolvimentos para melhorar sensações de conforto.
Cruze
Mostrado no Salão de Buenos Aires, vendas em outubro, o Cruze integrava o séquito da família Cobalt, logomarcas tampadas, inócua pretensão de não ser identificado. Topo de linha na GM Brasil, substituirá Vectra e Astra, com plataforma atualizada para tentar oferecer conforto de uso à altura dos concorrentes Honda Civic, Toyota Corolla, Ford Focus, VW Jetta, Peugeot 408 e Renault Fluence. O motor tem base velha e conhecida do mercado: bloco de ferro, 1.800 cm³³ antes utilizado na GM e na Fiat. Mas a parte superior é nova: cabeçote com dois comandos, 16 válvulas, e sistema para levantamento variável; 140 cv; câmbio automático ou manual com seis velocidades. Preços, como os concorrentes, a partir de R$ 59.900 e com o limite no céu. Elevados, mas a gosto dos consumidores nacionais.
Corsa 2
Sem disfarces, exceto pela ausência de marcas e logos, dois Corsas 4 portas, hatch, com blocos de peso simulando carga total. No calendário da GM, a sequência de lançamentos será Cruze, novo Corsa e Cobalt.
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Cobalt, ajustes; Cruze em afinação; Corsa quase pronto.
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Roda-a-Roda
Mil de luxo - Produto de entrada, o Picanto Kia será vendido dia 22. Revisto pró performance, com direção com assistência elétrica e novo motor 1,0, três cilindros, 80 cv de potência e 10,5 kgmf de torque, promete o não oferecido pela geração anterior - esperteza no andar.
Opções - Duas versões. Mais barata, R$ 34,9 mil, completa: direção com assistência elétrica, ar-condicionado, rádio com controle no volante, retrovisor externo, vidros com acionamento elétrico, rodas em liga leve, couro no volante e pomo da alavanca de marchas. R$ 5 mil a mais, teto solar, almofadas de ar lateral e de cortina, faróis com LEDs. Outros R$ 5 mil, caixa automática de 4 marchas.
Referência - No mercado brasileiro quem dá preço é o concorrente. Daí, sinaliza, o Fiat 500, mexicano e re formatado para o mercado brasileiro sem impostos de importação, chegará a partir de R$ 45 mil, por maior espaço interno, motor 1.4, proposta assemelhada: charme urbano.
Concorrência – Outro pequeno charmoso, o Smart em campanha difunde características de urbano comportado, seguro, econômico, de poucas emissões.
Mudou – A Fiat acatou opiniões do governo pernambucano e mudou planos de sua fábrica nova de Suape para Goiana. Em 2014 iniciará produzir novo carro, de menor preço.
Colonização - Não é fábrica, mas núcleo industrial com fornecedores. Investimento de R$ 3B a 3,5B; produção de 200 mil a 250 mil unidades.
Posição - As vendas do Sandero fizeram a Renault crescer 18,5% contra os menos de 1% da expansão do mercado, sendo o sétimo mais emplacado. No mundo a Renault Mercosul é a segunda, segue a matriz francesa.
Dacialização - Visão da companhia acertou o ponto básico: o mercado brasileiro é intermediário, dos carros entre R$ 30 mil e R$ 45 mil. Assim, expurgou a produção de Megane e Clio para a Argentina, e centrou no Logan e seu desdobramento, o Sandero. Com plataforma Dacia, sua marca pobre, trata o mercado brasileiro como o da Europa Oriental. Como a Coluna interpretou há três anos, a Renault daqui dacializou.
GPS - Viagem com a família, você prega o GPS no para-brisa, vai feliz e contente. Em parada para o lanche, descobre, o novidadoso aparelhinho foi furtado. Nada grave, você continua, chega e, mais tempo, menos tempo, recebe a informação: sua casa foi roubada. Como? Pelo registro do início da viagem e pela ausência da família. Conselho de gente do ramo, marque como endereço de origem o da delegacia próxima à sua casa.
Antigos - Quer glamuroso conversível dos anos 50? Russo and Steele, leiloeiros, levarão a martelo coleção representativa - Chrysler, DeSotos, Pontiacs, dos retumbantes anos do fim da década. No hotel Marriott, downtown, quinta a sábado, 18 a 20 de agosto, Monterey, Ca. Lances também por telefone: www.russoandsteele.com
Gente – Cláudio Demaria, 57, italiano, engenheiro, de volta. OOOO Aqui desenvolveu a plataforma do Idea, justificando a produção do Punto, e criou a base do Novo Uno e nova família. OOOO Foi convocado à Itália para comunizar plataformas das marcas Fiat. OOOO Voltou para novos produtos locais e o pernambucano. OOOO
2 comentários:
Dos três o que me chama atenção é o lançamento desse novo Corsa - pelas fotos, o Corsa D. Aqui no Brasil o Corsa (C) é vendido já como linha 2012. Sempre se falou que esse Corsa não chegaria por aqui e que esse atual já estaria à beira do telhado. Fiquei na dúvida.
Eu acho que o Corsa D mostrado está na realidade em teste de componentes a serem utilizados em outros modelos. Tudo que já se falou sobre a renovação da GMB não inclui o Corsa europeu. A coisa deve mesmo ficar no Cobalt e Sonic.
Aparentemente há uma tendência de separação dos produtos da Chevrolet brasileira da Opel, justamente o contrário da década de noventa. Ainda que o Cobalt por ex. utilize a plataforma do Corsa D, são carros diferentes, o Chevrolet mais pobre em recursos provavelmente.
Quem sabe um dia chegam Opels ao Brasil ocupando segmentos superiores, é o que deve acontecer em outros países da América do Sul, como a Argentina, onde já se viu até Insignia "de rolé".
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