BMW Série 7, imponente, caro, quase autônomo
Marca alemã completou a linha de sedãs com o degrau superior, a sexta
geração da Série 7. Grande em seus 5,23m de comprimento e 3,21m entre eixos, é
confortável, dotado de amplo pacote de segurança, confortos, e
infodivertimento. Conteúdo rico, incluindo bancos como poltronas individuais,
reclináveis, com opção de massagens, exercícios programados, auditados, e apoio
de pés. Um comando destacável, tablet
de 17,5 cm, alojado entre assentos traseiros, permite acionar o sistema multimídia
através de gestos com as mãos, som Bowers & Wilkins, tela de 25 cm.
Geladeira no porta malas, acessável por tampa entre encostos. Usuário
descansado, sentado à poltrona traseira, olhando para cima, se romântico
encantar-se-á com o falso céu no teto de vidro, com 15 mil pontos de luz a
sugerir o firmamento limpo, mesmo em noite de borrascas e tempestades.
Mecânica rica, refinada por materiais leves, e aplicação de fibra de
carbono na estrutura. BMW trará ao Brasil o topo do topo, versão 750 Li M
Sport. Marca-a motor V8, 4,4 litros, bi turbo, 450 cv de potência, 650 Nm de
torque. Anteriormente série 50 se caracterizava pelos motores V12. Transmissão
Steptronic de 8 velocidades. Apesar dos 1.800 kg é esperto como exige quem anda
no banco traseiro e pagou os R$ 710 mil anotados na etiqueta. Vai aos 100 km/h
em 4,7s e a 250 km/h cortados eletronicamente. Rodas M Sport, em liga leve e aro 20”.
Cores, quatro metálicas – Preto Safira, Branco Mineral, Cinza Singapura,
Carbon Black. Revestimento em couro Nappa Branco, Preto e Café, nova moda.
No mais, as atualidades do momento, iluminação do chão ante aproximação,
mudança de cor nas luzes internas, assinatura luminosa nos faróis com LEDs
adaptativas, e nas luzes traseiras. Tecnologias podem ser interpretadas de
maneira diferente. A uns, o futuro, mas, por exemplo, uma novidade agradaria
apenas parcialmente a antigo diretor da GM, o Imperador de São Caetano. Não colocava a mão em maçanetas para
abrir ou fechar o automóvel. Exigia um segurança para fazê-lo. Quilômetros
acima da má educação do ex-executivo, no Série 7 permite-se o entra e sai do
carro sem tocar nas maçanetas, pois sensores determinam a abertura e fechamento
das portas e do compartimento de bagagens. Pouco, entretanto, para atender aos
faniquitos do aposentado: não há equipamento para retirar e colocar o paletó;
carregar sua pasta; e entende-lo por olhares, pois não conversava com sub
alternos...
Tecnologia está mais para evolução que para revolução. Provam-no as
aletas internas das grades riniformes frontais, num abre e fecha de acordo com
o ganho de velocidade, em nome de melhorar o perfil aerodinâmico e reduzir
consumo. Mesma tecnologia, com ajuste termo-mecânico ou manual em empregada nos
carros norte americanos de luxo, ao final dos anos ’20, quando Packards,
Cadillacs e Lincolns abriam ou fechavam as aletas evitando o ar gelado do
inverno impedisse o motor atingir a temperatura operacional.
Há muito, muito mais, como as câmeras lendo o chão e conectadas ao GPS
traçam e preparam o deslocamento, e enorme carga de facilidades eletrônica
permitindo vê-lo como último degrau antes de se tornar autônomo – como, com
certeza, será seu sucessor.
Enfim, camarada, se interessado, seu motorista terá muito a aprender
sobre as capacidades e as habilidades do novo BM7.
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Nissan
Sentra, tapa acertado
É, como a Coluna descreveu há 14 dias, uma intervenção renovadora durante a
vida útil da sétima geração. Efetivamente melhorou-o a partir do óbvio, a visão
frontal. A Nissan trouxe-o à identidade familiar, ligando-o aos sedãs mais
caros da marca, Maxima e Altima. Mudança em grade e faróis o rejuvenesceram e
deram rumo na vida.
Mecânica continua liderada pelo motor frontal,
transversal, quatro cilindros, 16 válvulas, com abertura variável, injeção
indireta, 2,0 morno para os dias atuais: potência de 140 cv, torque de 20
quilos. Tração dianteira advinda de caixa com polias variáveis, sistema
amplamente conhecido como CVT. Grosseiramente é câmbio automático ao dispensar
atuação do motorista, e o sistema funciona como se o motor fosse um gerador
independente, sem correspondência entre ruídos e aceleração. O sistema não
absorve energia, nem consome mais, ou perde rendimento, e foi modernizado
reduzindo 30% do atrito e 13 kg em peso ante a geração anterior. Entretanto
dirigi-lo não oferece emoção, calor ou estamina. Como disse jornalista
nordestino ao test drive, é como dançar forró com a mãe.
Há sensível percepção do investimento da Nissan
para preencher o terceiro degrau da casa dos sedãs japoneses, melhorando seu
conteúdo. Comparado aos líderes Toyota e Civic, às vezes em ordem inversa,
oferece mais equipamentos por menor preço. Define isto desde a primeira versão,
da qual suprimiu o câmbio mecânico, oferecendo o CVT. E reafirma com
preocupação de segurança, como controle de estabilidade e tração.
Construtivamente permite conforto aos passageiros do banco traseiro e um rodar
confortável pelo entre eixos superior na classe. Diz a marca, o dimensionamento
e o ajuste de suspensão Mc Pherson frontal e eixo torcional traseiro, direção e
freios foram desenvolvidos localmente para as condições brasileiras.
O motor Flex entrou no caminho natural de refugar o
tanquinho de gasolina e adota o sistema Flex Start Bosch aquecendo o álcool
antes da partida.
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Nissan Sentra. Rico em conteúdo, correto, hígido
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Roda-a-Roda
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Caixa – Tesla,
rápido e surpreendente carro elétrico, colocará ações no mercado. Diluirá o
poder de Elon Musk, o sul africano criador do sistema de pagamentos PayPal, CEO
e principal acionista, mas pretende caixa para arrancar produção de seu modelo
3.
Caminho –
Empresa quebra paradigmas, fazendo carros com estilo, refinamento e autonomia.
O recém apresentado 3 anda 340 km com uma carga, tem enorme fila de encomendas
sinalizadas, e a captação de recursos é para viabilizar produção ampla. Dele
quer fazer 500 mil unidades em 2018.
Ampliação – Busca
outros mercados. Reforma loja na Avenida Europa, caminho de marcas de prestígio
na capital paulista, para vende-los aqui.
Saco
...
– Depois do Dieselgate, escândalo
envolvendo emissões de poluentes em níveis superiores à margem legal, outros
fabricantes estão sendo acusados de falsear dados relativos a consumo.
Mitsubishi foi o primeiro e a queda do valor de suas ações permitiu à Nissan
adquirir-lhe 34%. E esta enfrenta a mesma acusação.
...de
Gatos
– GM suspendeu vendas de seus SUVs mais vendidos – em todos a etiqueta de
consumo indica duas milhas (3,2 km) a mais por galão de gasolina, (3,6 litros).
Não mexerá nos motores ou sua eletrônica: trocará o selo...
Criação – Estudo pela Safe Kid Worldwide
e a General Motors Foundation,
concluiu, tendendo à obviedade e balizando o futuro: adolescentes criados
com limites impostos pelos pais, dirigem
com mais responsabilidade e se envolvem menos em acidentes. Como exemplo, os
educados a beber com responsabilidade são 1/10 no volume de acidentes.
Telhado – Alguns órgãos de imprensa apostam no convívio no mercado do Renault
Clio, em paralelo ao Kwid, SAV Renault a ser lançado ao fim do ano. Produzido
na Colômbia, seria fornecido ao Brasil.
Palavra – Bruno Hohmann, diretor de vendas da Renault, contesta a teoria, por
não haver espaço para convívio entre produto muito antigo e outro muito moderno
no mesmo segmento e faixa de preços. O Clio continuará, mas no mercado colombiano,
onde produz, por exemplo, a Gran Tour, station
Mégane.
Atualização – Outro francês, o Citroën C3 será notícia nos próximos dias, ao
iniciar comercialização com novo motor 1,2 tri cilíndrico, o Pure Tech. Deverá
disputar a liderança dentre os mais econômicos.
Apresentação - 20 de junho, mas por logística de transporte alguns concessionários
podem recebê-lo antes. Charmoso, bem equipado, o C3 Pure Tech terá preço a
partir de R$ 46.500 – uns R$ 1.500 sobre o anterior.
Quebra ? – Instigada pela então chegante Volkswagen, a Karmann AG veio para o
Brasil e adotou o nome de seu produto mais conhecido, o Karmann-Ghia. Iria
fornecê-lo à VW e, em paralelo, vender serviços de desenvolvimento, partes,
fornecer itens e serviços para a indústria automobilística.
Situação – Está na Via Anchieta, ligação do litoral ao planalto paulista, parte
alta para evitar enchentes não cuidadas, e do muito feito há trailers, jipes Land Rover Defender
montados por encomenda da Ford, e a mítica emenda esticando o Willys Itamaraty,
como única limousine feita por
fábrica no Brasil.
Lá – O fim
melancólico da matriz em 2009, incorporada pela Volkswagen em sua arrancada de
crescimento, influenciou filial local. Vendida, passou por quatro donos em 10
anos, e o atual se bate com dívidas antigas e retração da produção de veículos
novos.
Cá – Tem
pedido de falência em curso, salários em atraso, fábrica parada, ocupada pelos
funcionários – e esperança de ser vendida. É a história à venda.
Crise – Um
automóvel reúne umas 5.000 peças. Tê-las com preço, qualidade, especificações,
é exercício constante. Pelos novos processos industriais montadoras não as
estocam, recebendo-as na linha de montagem, à hora de agrega-las para fazer o
veículo. Logística complicada, sujeita a muitas variáveis.
Custo - Atraso
na entrega da hipotética e desprezível rebimbela da parafuseta, é capaz de
frear a linha de produção, causando enorme prejuízo. Caso dos bancos, não
entregues para discutir aumento de preços.
Relacionamento – Ocorreu com Volkswagen e Fiat semana passada. Fornecedoras compradas pelo grupo
Prevent, suspenderam entregas, solicitou novo adiantamento de pagamento. Matriz
da VW achou desaforo e foi à Justiça.
Mal parado – Despacho determinou o fornecimento sob pena de multa diária de R$ 500
mil. Voltaram entregas às duas marcas, mas relação azedou, criando oportunidade
para novos fornecedores.
Indo atrás – Ante o gráfico econômico de crescimento constante no Nordeste,
Stuttgart, distribuidora Porsche, abriu revenda em Recife, PE, à av Imbiribeira.
Exceção – Marca ausente do muro das lamentações automobilísticas. No tríduo
maldito da economia nacional, os três últimos anos, nada a reclamar: no
primeiro quadrimestre de 2014 vendeu 219 unidades. Ano seguinte, período
idêntico, 208. Nesse exercício, 36. Crise
para ricos é marolinha, diz aquele novo rico de amigos generosos.
Negócio –
Respiro de alívio na Mercedes: pelo quarto ano seguido venceu licitação federal
no fornecer chassis de ônibus para transporte escolar. Até agora marca já
colocou 3.500 ônibus no programa “Caminho
da Escola”.
Aviso –
Moradores da milenar Vetralla, encarrapitada nas montanhas, 14 mil habitantes,
na região do Lazio, Itália, para chamar a atenção da Prefeitura local ante
buracos na principal via da cidade, ameaça à vida de motociclistas, ciclistas,
motoristas: pintaram figura assemelhada a longo pênis para indicá-los.
Oficial
–
Prefeito Sandrino Aquilani exibiu a estreiteza mental habitual às autoridades
mal formadas: viu nas pinturas forma de intimidação, mandando a Polícia
identificar os autores. Disse, buracos não são municipais, mas estaduais. Lá,
como cá, governos municipais não discrepam. Erram.
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Sinalização inovadora colocou Viterbo no mapa mundial.
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Menos – Ford
informou à imprensa comemorar neste mês 97 anos de produção no país.
Enganou-se. À data, em 1919, apenas definiu-se a vinda ao Brasil, efetivada ao
final de 1920. Brindar a decisão, OK. Mas festejar fabricação, apenas no
trimestre final. E, assim mesmo, 96 anos.
Alfa – Mais
charmosa corrida do mundo, a Mille Miglia
Storica, em estradas italianas entre Brescia-Roma-Brescia, fez trinca de
Alfas na vitória. Brescianos Andreas Vesco e Guerini, com 1750 GS Zagato de
1931; Luca e Elena Patron Scaramuzzi, com 2000 CC OM 665 Superba Sports,
1926; e Giordano Mozzi e Stefania Biacca em
6C 1500 Gran Sport de 1933.
História -
Competição re edita a famosa corrida, mas agora é midiático rallye de velocidade, admitindo
participantes com veículos idênticos aos então competidores, até o ano de 1957.
Alfa resolveu seguir a Mercedes-Benz no investimento institucional. Ano passado
patrocinou-a, e fez parada extra no futuro museu da marca, em Arese.
Registro – Neste
reuniu a maior tropa do evento: 47 Alfas. No geral, participantes dos cinco
continentes, incluindo 19 argentinos. Daqui, nenhum. Aliás, brasileiros apenas
na edição de 1999: Feldman e Nasser integrando o Team Mercedes.
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Bela 1750 Zagato,
vencedora da Mille Miglia Storica
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Jeep, um
caminho especial na história do automóvel
Histórias de automóveis são mais ou menos
confluentes: ideias em torno de um objetivo, gerando produtos assemelhados. Com
o utilitário leve com tração total para aplicações gerais, GP, pronunciado como
Jeep, foi diferente. Partiu de
concorrência pública pelo Exército dos EUA. 135 convidados, nenhum se
interessou pelos prazos impossíveis – meia dúzia de dias para projeto grosseiro
e 49 para protótipo funcional. Para noção, hoje isto é desafio para um ano de
prazo. Instigaram Carl Probst, ex-engenheiro chefe da American Bantan, então
fechada fábrica de carrinhos ingleses. Probst declinou. Não tinha meios
mínimos, secretaria, equipe. Mas por razão nunca esclarecida, prazo vencendo,
aceitou, fez o desenho de factibilidade e apresentou-o. Foi o único. O Exército
arrepiou ante a possibilidade: como entregar a empresa fechada, encomenda de
tal responsabilidade? O desenho vazou para a Willys-Overland.
Probst fez o óbvio: aproveitar o disponível
no mercado – eixo traseiro e freios de automóvel Studebaker; caixa de marchas
do Bantan; caixa redutora de trator; molas, direção de alguma coisa em
produção. Em 48 dias tinha-o pronto, rodou na madrugada e cumpriu o prazo – nem
a Willys nem a sub empreitada Ford conseguiram. Não tinha o peso mínimo do
edital, foi sendo submetido a testes, e enquanto se analisava a mudança
técnica, os concorrentes apareceram, calcados no projeto Bantam. Ao final
padronizou-se o veículo, pela Ford identificado como GPW – General Purpose Willys. O nome colou.
A partir da segunda fornada padronizaram-nos. O motor agora chamado Go Devil, era um ancião, dos Willys
Whippet da década de ’20... Mas era disponível e tracionou formidável
ferramenta de guerra a quem se credita parte da vitória dos Aliados.
Comercialmente o Jeep criou vertente de produtos, hoje vistos em Renegade e
Wrangler, e dele o primeiro utilitário esportivo, os netos da antiga Rural
Willys, a ampla família Cherokee. E foi a primeira marca que se decidiu
instalar para produzir – e não apenas montar – veículos no Brasil. Medida de importância, o produto da nome à marca
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eep – um novo
caminho começou aqui.
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