sábado, 31 de outubro de 2015
sexta-feira, 30 de outubro de 2015
DE CARRO POR AÍ COM O NASSER
Fábrica de automóveis em seu estado ? Fale
com a Zotye
Negócio pequeno, apalavrado, com vigor em 2016, a
compra da TAC, fábrica do jipe Stark, pela chinesa Zoyte, pode gerar
desdobramentos maiores. A compradora quer manter o bom jipe, mas pretende ações
mais amplas e para isto considera e estuda propostas de mudança da operação
atual, na cearense Sobral, para outro estado com maior pacote de vantagens,
incentivos e benefícios. Neimar Braga, ainda executivo maior da TAC confirma o
negócio, informa do aumento de produção para 4 unidades mensais. Não comenta
valores e diz ser período de gestão compartilhada e de due diligence –
análise criteriosa da operação, antecedente à gestão pelo comprador. Tudo
certo, ocorrerá em 1º de janeiro de 2016, início do exercício fiscal.
Por valor não divulgado pela partes, a Zoyte Brasil
(pronunciam Zoytê) adquiriu a TAC para aproveitar a oportunidade, o fato de ter
produto ímpar, dar velocidade ao seu projeto local. Aqui chegou em 2014, e no
Salão do Automóvel anunciou planos de importação seguida de produção local de
pequeno utilitário T200 e automóvel Z100 com vendas anunciadas para maio 2016.
Produtos, explica Luiz Eduardo Barbosa, executivo
da Zotye em Brasília, em homologação federal, e o projeto de implantação
industrial em Linhares, ES, está bem encaminhado, porém moroso. Com a TAC exige
passos mais rápidos.
Neste caminho, além de oferecer as informações do
novo desenho empresarial ao governo do Espírito Santo, também o fez ao de Mato
Grosso, onde o governador Pedro Taques se interessa por receber a indústria, em
adquirir o jipe para serviços oficiais, estado de ampla demanda por este tipo
de produto – o estado pode ser a conexão com a América do Sul e Central.
Nada fechado com relação a novo local, empresa está
aberta a propostas.
Mais
A sinergia entre as duas marcas permitirá elevar volumes de produção – 10/u/m – em janeiro; lançar a linha Stark 2016; picape; versões com motor Otto em versão Flex e transmissão automatizada de fornecedor nacional; importação e início de montagem dos produtos chineses. Atrativo à rede de revendedores.
A sinergia entre as duas marcas permitirá elevar volumes de produção – 10/u/m – em janeiro; lançar a linha Stark 2016; picape; versões com motor Otto em versão Flex e transmissão automatizada de fornecedor nacional; importação e início de montagem dos produtos chineses. Atrativo à rede de revendedores.
Por registrar, o Brasil se distancia cada vez mais
da postura de ter pelo menos uma marca nacional. No ranking dos maiores países
em produção e vendas de veículos, o único sem tê-la. Últimas tentativas
inviabilizaram-se: Gurgel, única com motor próprio, fechou; Troller, projeto
nacional, foi comprado pela Ford. Remanescente TAC agora é chinesa.
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: Jipe
Stark, agora Zotye
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Em novembro, o Golf nacional
Volkswagen aperta os parafusos finais para lançar o
Golf ainda em novembro. Processo demorou, tornou-se paralelo ao do Audi
A3 sedan, com a mesma plataforma e produzido na mesma linha.
Informações desencontradas variam desde
dificuldades para acertar agenda de executivos estrangeiros, providências
internas e, até, findar o estoque das unidades importadas do México.
Automóvel não será igual às versões em circulação,
alemãs ou mexicanas, em especial na suspensão traseira, substituída,
simplificada. Saiu o eixo traseiro multi link e em seu lugar,
solução barata, sistema assemelhado aos utilizados nos Gol, eixo de torção
chamado eufemisticamente de inter independente.
No primoroso motor 1,4 TSI, duplo comando, 16
válvulas, injeção direta, turbo, um ganho: retrabalhado para operar como Flex,
a potência a álcool será de 150 cv – atuais 140 cv na versão a gasálcool. A
transmissão não será DSG, automatizada com duas embreagens, mas
efetivamente hidráulica. O susto tomado pela Ford e seus clientes e os
problemas da transmissão PowerShift fizeram optar pelo sistema
mais antigo, com seis velocidades, entretanto menos problemático em países
com piso irregular.
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Golf,
nacional, novembro
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Borgward renasce. Agora Xing-Ling
Segunda maior marca alemã de automóveis ao início dos anos 1960, a
criativa e brilhante Borgward voltará ao mercado.
Há uma década seu neto Christian investe e
aplica-se no renascer. Ano passado, ameaçou – mas frustrou a apresentação no
Salão de Paris, como a Coluna relatou. Voltou em grande estilo
em idêntica mostra em Frankfurt, e com novo desenho de negócio factibilizando a
produção.
Vendeu todas as ações da nova Borgward à chinesa de caminhões Foton –
tem operação no Brasil -, e a nova controladora absorveu tudo, inclusive a
equipe, experiente em produto, planejamento, estratégia, comunicação, veteranos
contratados à Daimler, GM, Saab, Mitsubishi.
SUV
Para o primeiro produto tomaram o caminho mundial do Sport
Utility Vehicle, moda da década, e apesar da mesmice no segmento –
confortos, tração permanente nas quatro rodas, eletrônica – diz diferenciar-se
por linhas com traços lembrando aeronáutica, e elevado conteúdo de
infodiversão, incluindo tela de toque com 30 cm.
Produção será iniciada em 2016, destinada ao mercado doméstico, o maior
do mundo e, posteriormente, Europa e USA. Diz o grupo gestor da marca, apesar
do refinamento terá preço competitivo com Audi Q5.
Origem
A Borgward foi das marcas mais carismáticas na história. Seu fundador,
Carl Borgward, engenheiro, fazia de tudo. Do desenho da mecânica ao estilo,
condução da fábrica, mercado...
Fez coisas marcantes, como ser o primeiro automóvel
alemão lançado após a II Guerra Mundial; o primeiro com a definição de espaços
em três volumes, ditos Ponton; nos anos ‘50 a mágica dos
Isabella sedan 2 portas e Coupé; a elevada
potência específica dos motores – em 1957 seu 1.5 fazia 75 hp, idêntica medida
do VW Passat quase 20 anos após; e um projeto de internacionalização, focando
produção durante o inverno europeu – quando as vendas caem – para os países
abaixo do Equador.
O fim, inexplicado pela lógica, somou queda nas exportações com
noticiário informando dificuldades financeiras, provocando corrida de credores
e nunca esclarecida posição da cidade de Bremen, onde instalada, e sócia da
empresa, em destituir Borgward da gestão, substituindo-o por uma comissão. Este
desenho todo mundo entende, e a empresa foi fechada. Feito o balanço, os
haveres em muito superavam os débitos. As instalações industriais hoje
pertencem à Daimler.
Registro do óbvio, o brilho de Borgward e seu
comportamento autocrático não lhe permitiram criar uma rede de sustentação e
proteção, e esta ausência se somou aos fatores ou ações contra sua empresa. Ou
seja, amigos são acervo.
Como registro, junto ao último Isabella produzido, os operários
colocaram uma placa: Você é muito superior a este mundo.
Referiam-se ao produto e ao Patron.
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Tradição
e novidade. O Isabella (e) e o novo Borgward SUV BQ7
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Roda-a-Roda
Líder – Fim do terceiro trimestre do ano,
Toyota retomou a liderança mundial em vendas. Volkswagen antecedeu,
perdendo pelo atual quadro institucional traçado pela emissão de seus
motores diesel. Diferença pouca. Toyota 7.498 mil e VW aproximadamente 50
mil unidades menos, 7.430 mil. GM atrás, 7.200 mil.
No ar – Previsões impossíveis. Toyota sofre
com problemas de re call; GM idem e ainda com queda de vendas
na China; VW caiu muito menos ante o projetado como danos pelo Dieselgate,
o escândalo das emissões.
Dieselgate – Com as complicações
geradas pelas emissões dos motores diesel VW, e no desvario mundial de ameaças e ações contra a
fabricante, a PSA – Peugeot-Citroën
prepara dossiê para exibir comportamento de seus motores. Receia medidas midiáticas criminalizando os diesel,
independentemente de marca ou
origem. Burocrata atemorizado ou midiático pode custar muito caro.
Futuro – Toyota divulgou diretrizes para os
próximos anos: fábricas 40% mais baratas,
25% menores; redução de custos operacionais; maior autonomia nas operações regionais; mais pesquisa em motores
alternativos.
Carro – Em produtos, design mais
eficiente e emocional, centro de gravidade mais baixo, melhor sensação de
condução, direcionamento para uso de turbo, injeção direta e diesel. Quer
deixar a fama de carros confiáveis porém sem graça.
Caminho – Em
meio ao processo de catarse onde mergulhou para se reinventar, solucionar
o problema com as emissões de diesel, e retocar os arranhões em sua
imagem, Volkswagen foi ao mercado. Contratou Thomas Sedran, 51, ex
presidente da concorrente Opel, como líder de estratégia. Foi responsável
pela virada do Opel, quase fechando em razão de prejuízos.
Mais - Junto recrutou Christine
Hohmann-Dennhardt, chefe do jurídico e compliance da Daimler –
é o limite de comportamento entre o lucro e a ética social. Negociações de hora
em diante não envolverão apenas clientes e países, mas líderes de outras
marcas.
Materialização – Mexicanos irmãos
Iker e Guillermo Echeverria concretizaram o sonho: desenvolveram o VUHL 05 – na origem Vehicles
of Ultra-Lightweight and High
Performance. Numeral homenageia
pai.
Razão – Projeto segue a lógica do inglês
Colin Chapman em seus Lotus: pouco peso.
Assim, plataforma em alumínio em chapa, tubos, e colmeias, juntos por adesivos aeronáuticos, pesa apenas 78 kg. Pronto,
vazio, 655 kg.
Força – Projeto racional, sem firulas do tipo
construir motor próprio, mas aproveitar
máquina disponível. No caso, motor Ford EcoBoost, 2.000 cm3 de cilindrada, 280 cv de potência. Posição entre eixos
traseiro, transmissão de seis velocidades.
A relação peso-potência permite acelerar 0 a 100 km/h em 3,7s e final em 245 km/h.
Produção –
Não são estreantes. Iker ganhou prêmio em design e ambos
tem empresa fornecedora destes trabalhos para fábricas estadunidenses.
Fábrica, processo industrial, fornecedores e assistência técnica montados em
plataforma de software FileMaker e gestão empresarial ERP. As 1.500 peças de
fornecedores mundiais, tem número para permitir gestão. FileMaker empresa
Apple.
Griffe – Strasse, empresa
paulistana de veículos personalizados, ampliou mercado. Agora, além dos Mercedes-Benz com aplicação
de kit da preparadora Brabus, incorporou
serviços da também alemã Oettinger a VW Golf.
Golf - Por R$ 9.900 aumenta a potência em 20
cv, e em troca reduz 0.3 segundos
na aceleração da imobilidade aos 100 km/h. Por adicionais R$ 26.900, rodas Oettinger e pneus 235/35/19. Carro O Km,
versão Comfort Line, básica, com
alguns equipamentos, a partir de R$ 85.900.
Novo ciclo – Honda e Nissan
levaram jornalistas brasileiros ao Salão de Tóquio. Caso Honda, anunciar nova geração de motores
no Brasil: 1,5 litro, quatro
cilindros, comandos variáveis, injeção direta, turbo, projetados 180 cv versão
álcool. Demais, 1,0 três cilindros; 2,0 com quatro. No novo Civic, 2016.
Outra – Nissan pretendia atenções para seu
modelo interativo, com tecnologia avançada para se tornar factível. Mas a
cereja do bolo aos mais especializados foi o Mazda RX-Vision. Fora do
mercado nacional, assinala o retorno dos motores rotativos. Mazda os
produziu até 2012 e com o esportivo de distribuição masculina – motor
frontal, tração traseira – sinaliza voltar. É o mais lógico dos motores
endotérmicos.
Uber – Senador brasiliense José Antonio
Reguffe relatará projeto sobre o Uber como variedade de transporte. Pelo
perfil liberal deve ter opinião favorável ao consumidor – ou seja, à nova
opção.
Investimento – Levantamento anual
pelas agências Auto Informe e a Molicar Listam três Fiat como de menor depreciação: Strada na
categoria de picape pequena; 500 entre os hatch Premium;
e Weekend como camioneta.
Maior – Fechadas as contas das vendas de
veículos O Km em todos os 25 países de América do Sul e Central, apesar da
queda de comercialização de 21% no Brasil, mantemos liderança numérica:
1.370.000 vendas. Somados, os outros 24 países indicam no mesmo período 970 mil
unidades.
Negócio – A
fim de caminhão Scania ? Avie-se. Preço aumentou 3% em outubro, e outros 7%
em novembro. Aumentos tem sido mensais em todos os nacionais para repassar
inflação e preços dos componentes pagos em dólar.
Gente – Confusão
na prorrogação de incentivos fiscais regionais, envolvendo Ford, Mitsubishi e
CAOA surpreende o setor. OOOO Participação da fórmula pela
antiga família real não estranha por sua aura de perfeição, onisciência e o
gravitar acima do bem e do mal. OOOO Pessoalmente não imagino o
Eduardo Souza Ramos, de sua MMC, envolvido com subornos e afins. OOOO
Não é de seu perfil de esportista, ex representante olímpico, ganhar fora das
regras. E quem o conhece, sabe e aplaude a condução de sua vida e negócios.
OOOO
UM DIRIGÍVEL FUJÃO BY JLV
Um blimp escapa de suas amarras
Um blimp (aeróstato) caríssimo escapou de suas amarras no Campo de Provas de Aberdeen, estado de Maryland, às 11:54 da manhã de quarta-feira passada, subiu a 4.880 metros e ficou zanzando pelo ar.
Ele era tão importante como peça de pesquisa que dois caças F-16 da base aérea de Atlantic City, no estado de Nova Jersey, foram enviados para ficar ‘tomando conta’ dele e o governo local ficou horas seguidas avisando a população que, se ele baixasse, as pessoas não deveriam sob hipótese alguma tentar pegá-lo pela ‘correia’ de 3 km de comprimento.
O JLENS (Joint Land Attack Cruise Missile Defense Elevated Netted Sensor System, ou sistema sensor de cruzeiro para ataque em terra com rede elevada de defesa (ufa!), mede 74 m do nariz à popa, custou inacreditáveis US$ 2,7 bilhões e levou 17 anos para ficar pronto. Ele pode rastrear navios no oceano ou carros na terra a uma distância de 550 km.
Este blimp, chamado de fujão, protege a costa atlântica, e um outro, a costa pacífica.
A FAA, administração federal de aviação, há anos estuda como mantê-lo seguro em ventos de 130 km/h.
No dia seguinte o fujão já estava oficialmente de volta ao chão – ou perto dele, já que havia batido em árvores de uma floresta.
JOSÉ LUIZ VIEIRA - WWW.CARGA EE TRANSPORTE.COM.BBR
Um blimp (aeróstato) caríssimo escapou de suas amarras no Campo de Provas de Aberdeen, estado de Maryland, às 11:54 da manhã de quarta-feira passada, subiu a 4.880 metros e ficou zanzando pelo ar.
Ele era tão importante como peça de pesquisa que dois caças F-16 da base aérea de Atlantic City, no estado de Nova Jersey, foram enviados para ficar ‘tomando conta’ dele e o governo local ficou horas seguidas avisando a população que, se ele baixasse, as pessoas não deveriam sob hipótese alguma tentar pegá-lo pela ‘correia’ de 3 km de comprimento.
O JLENS (Joint Land Attack Cruise Missile Defense Elevated Netted Sensor System, ou sistema sensor de cruzeiro para ataque em terra com rede elevada de defesa (ufa!), mede 74 m do nariz à popa, custou inacreditáveis US$ 2,7 bilhões e levou 17 anos para ficar pronto. Ele pode rastrear navios no oceano ou carros na terra a uma distância de 550 km.
Este blimp, chamado de fujão, protege a costa atlântica, e um outro, a costa pacífica.
A FAA, administração federal de aviação, há anos estuda como mantê-lo seguro em ventos de 130 km/h.
No dia seguinte o fujão já estava oficialmente de volta ao chão – ou perto dele, já que havia batido em árvores de uma floresta.
JOSÉ LUIZ VIEIRA - WWW.CARGA EE TRANSPORTE.COM.BBR
quinta-feira, 29 de outubro de 2015
ALTA RODA COM FERNANDO CALMON
A
lta Roda nº 860 — Fernando Calmon — 27/10/15
PAÍS
DO FUTURO, DE NOVO
Frases como essas não costumam partir de
altos dirigentes da indústria automobilística sobre o cenário desolador atual:
“O Brasil precisa de um plano, como uma empresa. Não temos um plano”; “A crise
está ligada fundamentalmente à questão política, uma doença degenerativa, uma cirrose,
que corrói a economia”; “Brasil precisa de um ajuste ético e político. Enquanto
isso não acontecer, a economia e o mercado automotivo não voltarão a crescer.”
Até parece orquestração, mas não foi. No Congresso
AutoData Perspectivas 2016, semana passada, em São Paulo, parece que todos
reverberaram, ao mesmo tempo, o clima de mal-estar com os rumos de curto e
médio prazo do País desde o final do ano passado. Na realidade, as fabricantes
do setor muitas vezes “apanham” caladas, mostram-se sempre na defensiva, quer
as críticas sejam pertinentes ou impertinentes, justas ou exageradas. Essa nova
postura só agora brotou publicamente, em tom de desabafo mesmo.
A explicação óbvia vem daquela frase
imortal do jornalista Joelmir Beting. Ele dizia que o órgão mais sensível do
ser humano é o bolso. Ninguém ignora que a indústria automobilística ganhou
muito dinheiro com o crescimento quase explosivo das vendas internas entre 2004
e 2013, alimentadas por demanda reprimida (1999 a 2003), crédito fácil e
descontrolado, aumento do poder aquisitivo dos compradores e estímulos fiscais
em momentos difíceis. Geraram-se lucros remetidos às matrizes.
O cenário de hoje, exatamente o oposto,
atacou o bolso. Os prejuízos começaram já no ano passado e no momento as
matrizes estão socorrendo as filiais com empréstimos até para fechar as contas
no fim do mês. Afinal, salários na indústria acima da inflação e preços dos
carros corrigidos por percentual inferior não dão liga. Essa fase acabou e
aumentos reais pioram tudo. Nenhum acionista gosta de saber que perde dinheiro,
se antes ganhava, e está agora “devolvendo” parte do que havia embolsado. São
da regra econômica os ciclos bons e ruins, mas importa a tendência apontar para
cima.
Também se ouviram vozes ainda mais
pessimistas. O início da tímida recuperação poderia ficar para 2017 e não
começar no último trimestre de 2016. Parece haver um desconhecido porão no
fundo do poço. Somando-se veículos leves e pesados as vendas talvez não cheguem
a 2,1 milhões de unidades em 2016 ou 16% menos que os prováveis 2,5 milhões
deste ano.
No rumo contrário, o instituto Ipsos Brasil
disse ter detectado em pesquisa que nos últimos meses cresceu a intenção de
compra de carros novos pelos consumidores. Infelizmente, isso não foi
confirmado pelos bancos. A associação das instituições vinculadas aos
fabricantes (ANEF) reafirmou a procura menor por financiamentos,
independentemente da maior seletividade na aprovação de cadastros de
interessados.
Em meio a interpretações e previsões de
alguma forma divergentes, pelo menos há um consenso positivo. Nenhum fabricante
admitiu cancelar investimentos. Eles estão mantidos, certamente a um ritmo
menor, mas a ameaça de desinvestimento, como já ocorrida no passado, parece
descartada. Voltar à condição de país do futuro é algo bem desconfortável, mas
é o consolo que restou.
RODA VIVA
EMBORA a FCA não tenha decidido sobre a produção – mesmo em regime de
montagem de componentes importados (CKD) – do seu novo sedã médio-compacto na
fábrica de Goiana (PE), as chances de isso ocorrer aumentaram. O carro existe, recuperou
o nome Tipo, dos anos 1990, em alguns mercados, mas nem mesmo isso se
confirmaria aqui por problemas do passado.
EXEMPLO correto de uso de vidros escurecidos no novo monovolume C4 Picasso
(segunda geração): da coluna central para trás. Nas janelas dianteiras eles são
apenas esverdeados para garantir visibilidade correta. No Brasil a
regulamentação do Contran é exatamente essa, mas quase ninguém respeita.
Inexiste fiscalização e, portanto, mais uma lei que não “pegou”.
FOCUS FASTBACK vem alcançando
resultados superiores de vendas em relação às gerações anteriores do mesmo sedã
não apenas por esforço de marketing da Ford. Sua dirigibilidade ficou melhor,
direção mais precisa e suspensão traseira independente multibraço com barra
estabilizadora é referência no segmento. Espaço para pernas atrás poderia ser
melhor.
GOVERNO FEDERAL criou incentivos
fiscais para veículos puramente elétricos ou híbridos recarregáveis em tomadas,
como em outros países. Desculpa anterior era risco de apagão elétrico, mas a
procura por esses veículos é tão baixa que soava ridículo. Tarifa de importação
cai de 35% para algo entre 2% e 7% (híbridos) e de 0% a 2% (elétricos),
dependendo de sua eficiência.
SEGUNDO o Observatório Nacional de Segurança Viária, ao analisar dados
oficiais, mais de 15% dos mortos no trânsito são idosos (60 anos ou mais),
apesar dessa faixa etária corresponder a cerca de 11% da população. Pedestres
representam a maior parte das vítimas. Ou seja, motoristas precisam ficar ainda
mais atentos às limitações da terceira idade.
____________________________________________________
fernando@calmon.jor.br e
www.facebook.com/fernando.calmon2
quarta-feira, 28 de outubro de 2015
terça-feira, 27 de outubro de 2015
CARROS A EXPLOSÃO VÃO ACABAR AT[E 2050, DIZ TOYOTA
PUMA CLUB SE REUNE DIA SETE
No dia 7 de novembro a Barra da Tijuca vai tremer com o Encontro do PUMA CLUBE DO RIO DE JANEIRO (PUMA RIO)., que acontece no Shopping Open Mall Este mês os pesos pesados do Clube de Veículos Militares Antigos do Rio de Janeiro (CVMARJ), serão os homenageados.
Como sempre acontece, haverá escolha do Puma do Mês e do Classico do Mês, sempre ao som do rock de Eduardo Camacho e com a boa comida e o chope geladinho do Restaurante Calábria.
O Shopping Open Mall fica na av. das Américas, 7907 (ao lado do Rio Design Shopping) e o Encontro de novembro do PUMA CLUBE DO RIO DE JANEIRO (PUMA RIO), que começa as 11 horas conta com apoio do 147 Fiat Clube RJ, da Confraria Rio Vespa Clube e do Maverick Carioca.
Puma Clube do Rio de Janeiro: pumaclubedoriodejaneiro@gmail. com
Facebook: facebook.com/ pumaclubedoriodejaneiro
Twiter: @puma_rio
Instagram: Puma_Clube_do_Rio_de_Janeiro
domingo, 25 de outubro de 2015
OPINIÃO POR BORIS FELDMAN
Quem paga o pato?
Não bastassem todas as maracutaias do governo no nosso combustível, ele acaba de confessar não estar fiscalizando sua qualidade.
A gasolina não teve aumento durante anos, pois a presidente queria conter a inflação. Além disso, o imposto sobre derivados do petróleo (a Cide, Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) foi eliminado para reduzir seus preços. Até a reeleição de Da. Dilma, o brasileiro abasteceu com preços artificialmente contidos na gasolina, álcool e diesel. Mas o governo não pode cometer descalabros a vida inteira, pois um dia a conta chega. Quando chegou, quem pagou o pato foi o consumidor. Que teve seu bolso duplamente onerado no posto: pelo preço da gasolina que subiu apesar do custo internacional do petróleo ter despencado. E pelo óbvio retorno da “contribuição” Cide. Não bastasse, Da. Dilma prometeu para os usineiros, durante sua última campanha eleitoral, o aumento da mistura do álcool na gasolina. Mais uma continha para o bolso do motorista, pois ele paga por um litro de gasolina mas recebe 27% de álcool, que tem menor valor energético: quanto maior sua proporção na mistura, maior o consumo do motor. E problemas de oxidação no automóvel.
Nossa gasolina é de muito boa qualidade, entre as melhores do mundo em termos de octanagem e teor de enxofre. Entretanto, falta resolver dois problemas:
1- o primeiro é a aditivação, estabelecida como obrigatória em todo o país desde janeiro de 2014. Mas, como se trata de uma operação que exige entendimentos entre a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), refinaria, distribuidoras e fabricantes dos aditivos, as partes não se entenderam e a medida foi adiada para julho deste ano. Mais discussão entre os envolvidos e a ANP voltou a adiá-la por mais dois anos. Se nestes 24 meses chegarem todos a um acordo, somente em julho de 2017 nossa gasolina será aditivada.
2 – o segundo é a fiscalização. Cabe à ANP zelar pela qualidade do combustível nacional. Proteger o consumidor contra as distribuidoras e postos desonestos que aumentam os percentuais de álcool na gasolina, de água no álcool, de biodiesel no diesel… só o GNV, por suas características físicas, escapa da adulteração.
A ANP não tem infra-estrutura nem fiscais suficientes para controlar a qualidade nos quase 40 mil postos do país. Estabeleceu então um convênio com laboratórios de institutos técnicos e universidades para o monitoramento dos combustíveis. A partir deste controle se realiza a fiscalização no posto. Mas, com o corte generalizado de verbas federais, a ANP foi também punida e o cidadão brasileiro volta a pagar a conta (ou o pato…), pois ela não teve condições de renovar os contratos que venceram este ano. A rigor, combustíveis fornecidos em 20 estados brasileiros correm maior risco de estarem adulterados. Se o motorista já se sente roubado por ter que engolir quase 1/3 de álcool na gasolina, pode se preparar, pois postos desonestos fazem o combustível “flex” por conta própria, adicionando ainda mais álcool em proporções que podem superar os 50%. Acrescentam também mais água no álcool, muito além dos 7% previstos pela legislação. A análise de amostras de álcool colhidas em postos no litoral revelou até a presença de sal proveniente de água do mar.
O resumo da ópera é que poderíamos ter uma das melhores gasolinas do mundo, mas sofremos com a irresponsabilidade do governo federal que manipula seus preços, adiciona álcool em percentuais muito acima do padrão, não tem capacidade técnica para estabelecer sua aditivação e, agora, confessa não ter verbas para fiscalizar sua qualidade. E quem paga o pato, como sempre…
BF
Boris Feldman, jornalista especializado em veículos e colecionador de automóveis antigos, autoriza o Ae a publicar sua coluna veiculada a
sábado, 24 de outubro de 2015
sexta-feira, 23 de outubro de 2015
Alta Roda nº 859 — Fernando Calmon — 20/10/15
ERROS
E ACERTOS
Enfim, boas notícias chegam de Brasília. Se
não nas áreas política e econômica, pelo menos o otimismo vem de algumas
regulamentações que afetam 60 milhões de brasileiros habilitados a dirigir os 40
milhões de veículos (sem incluir motos) que formam a frota real circulante,
excluídos os sucateados.
Sempre é bom reconhecer quando o Conselho
Nacional de Trânsito (Contran) e seu órgão executivo máximo, o Departamento
Nacional de Trânsito (Denatran), acertam em decisões, mesmo quando significa
voltar atrás em regulamentações polêmicas ou em desacordo ao bom senso. Verdade
que há muitas pressões políticas e de fundo econômico de setores, no ganh a-e-perde
com as Resoluções que têm força de lei, segundo o Código de Trânsito Brasileiro
(CTB).
Depois da decisão que tornou o extintor de
incêndio facultativo em automóveis e comerciais leves, no mês passado, finalmente
revogou a exigência de que todos os veículos viessem de fábrica com rastreador
e bloqueador contra furtos e roubos. Já se sabia dos problemas técnicos e
também do aumento de custos a onerar compradores em cidades pequenas e médias.
No caso de caminhões, cada interessado achou soluções próprias. Também merece
aplauso a criação do Registro Nacional de Veículos em Estoque que diminuiu
custos na comercialização de veículos usados.
Uma sugestão ao Contran é regulamentar o
chamado espelhamento dos celulares em telas multimídias. Alguns fabricantes de
veículos, por falta de clareza na lei, inibem a reprodução de imagens de
aplicativos (Waze, Google Maps e outros) muito úteis no traçado de rotas menos
congestionadas em tempo real. Se se permite fixar um telefone no painel ou
para-brisa com as mesmas informações, por que não numa tela mais nítida e
segura de operar no painel dos veículos? Afinal, não se trata de imagens de
filmes ou de TV, mas de mapas.
Algumas iniciativas do Congresso Nacional,
porém, são desastrosas. Uma decisão puramente demagógica alterou o CTB e tornou
falta gravíssima a multa por circular em qualquer faixa de ônibus. Antes havia
uma graduação de multas – semelhante à velocidade em excesso – entre corredor
(em geral do lado esquerdo e com estações de embarque) e faixas à direita. Não
tem sentido igualar os dois tipos de infração. Faixas precisam ser
interrompidas antes e depois de vias transversais, além do tráfego de entrada e
saída de lojas, garagens e estacionamentos que deixam a “infração” ao arbítrio
de quem multa, fora os casos controversos.
Entre os projetos que tramitam no Legislativo
Federal está a de obrigatoriedade do uso de farol baixo em estradas durante o
dia. Em países de alta incidência solar como o Brasil isso não tem sentido, sem
considerar que farol de uso diurno precisa ser específico e deixar desligadas lanternas
traseiras e dianteiras. Especialistas dos EUA estudaram o assunto e, apesar de
250 milhões de veículos que circulam por lá, descartaram essa medida.
O Contran poderia tornar obrigatório a DRL (luzes
de uso diurno, em inglês), como se vê em vários modelos. Gastam pouca energia,
sinalizam bem melhor e aumentam a segurança em estrada e cidade. Aceitas sem
restrições em todos os países.
RODA VIVA
DURANTE
o recente Fórum Direções, organizado pela Quatro
Rodas, o ex-presidente da Audi no Brasil e atual presidente da Gol, Paulo
Kakinoff, relembrou a frase famosa: “Reconheço duas coisas sobre a crise: não
sei quando ela acabará, mas sei que acabará”. Compradores potenciais de carros
novos, porém, continuam ansiosos: quando vão parar de adiar seus planos?
TERCEIRO
trimestre de 2016 parece a resposta com mais
adeptos entre os analistas. Supondo que este ano as vendas totais (veículos
leves e pesados) alcancem 2,5 milhões de unidades, elas só voltariam a crescer
– e lentamente – daqui a um ano. Para alcançar o patamar mágico de 4 milhões de
veículos/ano (em 2012 foram 3,8 milhões) só em 2022. Uma década perdida!
NOVA
arquitetura (maior por dentro, menor por fora), estilo
menos amarrado ao padrão francês e itens sofisticados marcam os novos C4
Picasso e Grand C4 Picasso (7 lugares). Impostos altos e real desvalorizado
puxaram os preços: R$ 111.900/117.900 e R$ 120.900/127.900, respectivamente,
fora opcionais. Ousadia positiva é diferenciar o desenho das duas versões.
PROVA
da virada da Volvo é o XC90. Além de imponente (4,95
m de comprimento), leva até 7 passageiros sem sacrificar demais os da terceira
fileira. Motor 2 litros/320 cv usa turbo e compressor, mas sua sonoridade deixa
a desejar, sem deixar de lidar bem com as duas toneladas de peso em ordem de
marcha. Tela multimídia táctil vertical de 9 pol. é um dos pontos altos.
YON
MOTOR é um rastreador de fácil instalação (menor e
mais leve) que acaba de chegar ao mercado e adaptável a qualquer tipo de
veículo por ser à prova d’água. Aplicativo gratuito para telefone inteligente permite,
por exemplo, os pais monitorar a distância forma como os filhos guiam. Custa R$
960,00, mais plano de dados (R$ 268,00/ano).
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fernando@calmon.jor.br e
www.facebook.com/fernando.calmon2
quinta-feira, 22 de outubro de 2015
DE CARRO POR AÍ COM O NASSER
O Best
Driver da Michelin
Um dos passos mais consistentes para melhorar a qualidade de
direção e reduzir acidentes está sendo dado pela francesa de pneus Michelin. É
o programa Best Driver, apoiado pela
Federação Internacional de Automobilismo, FIA, e levado de 21 de outubro a 11
de novembro a três universidades – Tom Jobim, RJ; Estácio Uniseb, Ribeirão
Preto, e UnB, Brasília.
Foco prático: nos acidentes fatais de trânsito mais de 25%
envolvem jovens, diz Ana Paula Guimarães, Diretora de Marketing para Pneus de
Passeio e Caminhonete da Michelin América do Sul.
Base está em talk shows apresentados por Felipe Solari, e participação do escritor, sociólogo e
especialista em segurança no trânsito Eduardo Biavati, e do piloto profissional
de motociclismo Leandro Mello. E será instalado um simulador para testar
performance dos estudantes com cenas cotidianas.
Ação ampla, durante o Michelin
Best Driver empresa promoverá campanha da OMS #SaveKidsLives, colherá
assinaturas em www.savekidslives2015.org,
e promoverá ação Pressão Certa indo à
prática de demonstrar a importância da calibragem correta dos pneus para
segurança, economia e ecologia.
Efeito
demonstração, instalará no carro de 300 universitários aparelho medidor do
nível de segurança da condução do motorista no período.
Parte do
esforço é divulgar as Golden Rules, Regras de Ouro no Trânsito, da mesma FIA:
Regras de Ouro
1. Usar sempre o cinto de segurança (motorista
e carona)
2. Respeitar o código de trânsito
3. Respeitar os limites de velocidade
4. Verificar regularmente os
pneus (pressão, sem esquecer do estepe)
5. Sub efeitos de álcool ou de remédios, não dirigir (dirigir sempre em plena consciência)
6. Usar cadeiras infantis para as crianças (assento apropriado - proteger as crianças)
7. Não usar o celular ao dirigir (manter a atenção, não se distrair)
8. Parar quando estiver cansado
5. Sub efeitos de álcool ou de remédios, não dirigir (dirigir sempre em plena consciência)
6. Usar cadeiras infantis para as crianças (assento apropriado - proteger as crianças)
7. Não usar o celular ao dirigir (manter a atenção, não se distrair)
8. Parar quando estiver cansado
9. De moto, sempre usar o
capacete
10. Ser gentil e atencioso
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