Alta Roda nº 622 — Fernando Calmon — 29/3/11
CONJUGAÇÃO DE ASTROS
Durante décadas o mercado brasileiro viveu de lançamentos a conta-gotas. Grandes novidades ou carros inteiramente novos eram escassos por razões ligadas às instabilidades econômicas do País. Jornalistas brincavam nos bastidores, comentado que iriam ver novas calotas e cores “aerodinâmicas”. Em 1973, surgiu um ponto fora da curva da história. Nada menos de quatro modelos novos foram apresentados: Chevette, Brasília, Dodge 1800 e Maverick. Um automóvel inédito de cada fabricante instalado à época. A verdadeira conjugação de astros.
Os tempos mudaram, ainda bem, para muito melhor. Basta ver o que acontece em 2011. Esperam-se mais de 60 lançamentos efetivos, desconsiderando versões e série especiais, nacionais e importados (com e sem imposto aduaneiro). Em apenas um segmento – sedãs médios-compactos – ganharão as ruas seis modelos inteiramente novos. Renault Fluence e Peugeot 408, já à venda. O novo Volkswagen Jetta foi apresentado agora, na mesma semana que o Toyota Corolla 2012 (este recebeu retoques visuais e mecânicos apenas três anos depois da chegada da terceira geração). E no segundo semestre, Chevrolet Cruze e nova geração do Honda Civic.