quinta-feira, 31 de março de 2016
Primeiro SUV Maserati
Primeiro SUV Maserati
Antes de seu lançamento formal, o novo SUV Maserati Levante foi mostrado fotograficamente semana passada.
Frente com dois elementos óticos inclinados separados, o de cima conectado à grade dianteira. Na lateral, três entradas de ar nos paralamas dianteiros, grandes janelas sem moldura e uma coluna C trapezoidal com o logotipo ‘Saetta’. Na traseira, uma vigia aerodinâmica com a forma típica de um cupê aerodinâmico.
Tecnicamente, o chassi com suspensão eletrônica e molas pneumáticas visa alto nível de estabilidade em curvas e retas mesmo em pisos ruins. Tração nas quatro rodas e transmissão automática de oito marchas são calibradas para o tamanho e o peso do SUV. Opção de motor a gasolina ou a diesel.
O Levante é montado na histórica fábrica de Mirafiori, em Turim.
Lançamento comercial no segundo trimestre em toda a Europa e no resto do mundo durante o restante do ano.
terça-feira, 29 de março de 2016
ALTA RODA
Alta Roda nº 881 — Fernando Calmon — 22/3/16
COMPETIÇÃO
MAIS ACIRRADA
A briga no relevante segmento das picapes
compactas – hoje restrito Strada, Saveiro, Montana e a anabolizada Duster Oroch
– agora será bem mais acirrada. Apesar de haver apenas quatro modelos em oferta,
é o terceiro maior segmento do mercado brasileiro, atrás apenas dos compactos e
perdendo por pouco para os médios-compactos (27 modelos, sem contar à parte
sedãs e hatches).
Nos últimos anos a Strada com suas opções
de cabine simples, estendida e dupla (três-portas) dominou 50% das vendas. A
chegada da Oroch quatro-portas começou a mudar o cenário. Porém, a nova Saveiro
2017, à venda a partir de abril, promete dificultar bastante a vida fácil da líder.
A Volkswagen, pela primeira vez, dá identidade
própria à picape (lançada em 1982), diferente do Gol e do Voyage. Toda a parte
frontal mudou de forma clara. Foi além, ao procurar contrastar com recursos
estilísticos, a versão básica – Robust – da de topo – Cross. As intermediárias Trendline
e Highline também apresentam pequenas diferenciações. Todas são de duas portas,
mas a cabine dupla oferece mais espaço atrás do que a Strada, apesar do acesso
limitado.
Painel, quadro de instrumentos e volante
novos, aliados a materiais melhores de acabamento, dão um ar de modernidade
ainda não visto no segmento. Isso se estende aos quatro sistemas de
infotenimento – disponíveis conforme a versão – com telas táteis de até 6,3
pol. e conectividade de alto padrão. Suporte removível para telefone celular é
muito bem projetado, facilita a visualização segura da tela e inclui entrada
USB para recarregar a bateria com fio curto.
Saveiro já era superior mecanicamente às
concorrentes, inclusive a única oferecer de série freios a disco nas quatro
rodas. Adicionou recursos eletrônicos como ABS com função para freada em
estrada de terra e auxílio para partida em rampa. Também tem controle
eletrônico de estabilidade/tração e bloqueio eletrônico do diferencial (via
frenagem da roda que perde tração). Em trecho fora de estrada, durante
avaliação no interior de São Paulo, mostrou-se muito superior ao limitado
sistema Locker (bloqueio mecânico só até 20 km/h) da Strada, que exige a parada
do veículo para ser acionado.
Outra mudança, que deveria ter ocorrido bem
antes, foi elevar a altura de rodagem em 1,5 cm. Ao mesmo tempo, o desenho da
parte inferior do para-choque dianteiro permitiu aumentar o ângulo de ataque,
ponto fraco da Saveiro anterior tanto ao rodar em pavimentação ruim quanto com
carga total ao passar por quebra-molas e valetas. A tampa da caçamba, como
antes, inclui uma mola a gás (exclusiva) para manuseio mais suave.
Versão Cross é a única disponível com o
motor 1,6 L mais moderno da marca: bloco de alumínio, duplo comando de
válvulas, 120 cv (etanol) e funcionamento particularmente suave desde a marcha
lenta. As demais continuam com o 1,6 L antigo de apenas 104 cv.
Por fim, a VW mudou a política comercial para
tornar a Saveiro um competidor de peso frente às envelhecidas concorrentes
diretas. Em especial ao se compararem versões equivalentes e diferenças na
segurança ativa. Preços vão de R$ 43.430 a R$ 69.250, fora opcionais.
RODA VIVA
CROSSOVER compacto da Renault, menor que o Duster e com nova arquitetura,
será lançado antes na Rússia. Para não se confundir com o Captur francês (baseado
no Clio), pode se chamar Kaptur. O mesmo modelo estará no Salão do Automóvel de
São Paulo, em novembro. Provavelmente, vendas se iniciarão depois do
subcompacto Kwid, prioridade para a marca.
ARGENTINA endurece, de novo, o jogo com o Brasil quanto ao livre comércio de
veículos entre os dois países. Acordo bilateral tem sido renovado anualmente
por meio de um mecanismo torto de cotas. Este é um dos furos do Mercosul.
Surgiu expectativa de acertar um cronograma plurianual, pois há câmbio
flutuante, agora, nas duas economias. Virou só esperança.
CITROËN Aircross aos poucos inverte tendências. Ao longo de 2016, versão
com estepe externo terá 40% das vendas (hoje 60%). No dia a dia, o motor de 1,5
L e câmbio manual revela-se insuficiente, quando transporta cinco passageiros.
O 1,6 L automático (quatro marchas) vai bem melhor. Falta, em ambos, um simples
botão para desligar o bom sistema multimídia.
GOOGLE liberou versão do Android Auto com comandos e telas em português.
Agora, é possível conectar telefones inteligentes com S.O. Android à central
multimídia dos carros e utilizar comandos de voz para aplicativos como Maps,
Play Música e a Busca em si. Modelos Chevrolet, Honda e VW nacionais, além de
vários importados, oferecem a conexão antes inacessível.
ESCLARECIMENTO: na
coluna da semana passada ficou uma dúvida sobre marcas centenárias. Citou-se a
Audi, mas faltou incluir a Bugatti, como exemplo de marca que desapareceu por
décadas e voltou ao mercado. Todas as demais, fundadas há 100 anos ou mais, nunca
pararam. Nesta lista inclui-se a Daihatsu, que começou com motores
estacionários em 1907 (primeiro carro, 1930).
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fernando@calmon.jor.br e
www.facebook.com/fernando.calmon2
segunda-feira, 28 de março de 2016
DE CARRO POR AI
Mercedes inaugura fábrica automóveis
Mercedes
iniciou comemorar 60 anos de atividade industrial no Brasil inaugurando sua
quarta fábrica. Em São Paulo, como o são a pioneira em
ernardo do Campo,
para caminhões, Campinas. Em Juiz de Fora, MG, a planta dedicada a automóveis
teve mudada sua vocação para produzir caminhões.
Desta
vez, Iracemápolis, 65 km de Campinas, 22.000 habitantes e atividade basicamente
agrícola. Lá Mercedes comprou pedaço de canavial com 2,5M m2 - 100 alqueires
paulistas, 50 goianos -, e igualou recorde da Toyota na fábrica em Indaiatuba,
13 meses para mudar produto local, de cana a automóveis.
R$ 500 milhões
investidos, 90.000 m2 de área construída, capacidade de produção em 20.000
unidades anuais, gerando 600 empregos diretos. Indaguei a Marcus Schäfer,
diretor mundial, situando, a meu ver, relação elevada entre o quantum de mão de obra e a produção, sinalizando
pouca automatização. O executivo alemão confirmou a baixa produtividade,
informando fazer parte do projeto, pois a baixa automatização permite rápida
mudança na estrutura industrial para substituir ou incluir um novo produto. Tal
postura permite montar veículos com estrutura inteiramente diferenciada, como o
Classe C, com tração traseira, e o GLA, dianteira. Mercedes inicia com Classe C
e, segundo semestre, GMA. Possibilidade de incluir outro produto demandará
pouco tempo.
Festa
bonita, bem montada, boa notícia, exceção nestes tempos. Evento positivo,
criador de empregos diretos e indiretos, entretanto não contou com a presença
da Presidente Dilma. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior mandou gravação. O do Trabalho, pasta colecionando os piores índices
de performance, foi. Miguel Rosseto chegou atrasado uma hora, mantendo o
governador paulista Geraldo Alkmin e a diretoria da Mercedes à espera. Em meio
ao calorento canavial, festa sem gravata, foi com uma ofuscantemente vermelha,
acentuando ser ministro do PT e não do Estado brasileiro. Entrou mudo, saiu
calado. A Mercedes teve a delicadeza aos presentes de não lhe dar a palavra.
Prefeito de Iracemápolis, ausente da relação dos discursantes, foi objetivo:
passou a mão no microfone e registrou.
Quanto a
preços não haverá redução. O Classe C, de produção iniciada e vendas em abril,
manterá o preço das unidades remanescentes – a partir de R$ 144 mil. A
instalação dessas fábricas de nova geração e seus produtos, tem sistemática de
muitos itens importados, alguma mão de obra e poucas peças nacionais, seguindo
a regra do programa Inovar-Auto. Peças importadas são pagas em moedas caras.
Inicia
importando quase todo o carro, com agregação de componentes nacionais – como
ocorreu ao início da indústria automobilística brasileira. Modernidade está no
contrato com a ZF/TRW, importando partes e montando eixos traseiros e
dianteiros, fornecendo diretamente na linha de montagem na sequência de
produção. Montará em Sorocaba e construirá 2.000 m2 na área fabril. Fábrica é
auto suficiente em energia, com cogeração – uso de gás natural para produzir
energia elétrica e térmica – e dois motogeradores GE para 2,7 mW.
Melhor
frase, do contido governador paulista: se
há paraíso, lá se anda de Mercedes.
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: Classe C feito em
Iracemápolis
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VW Saveiro. Dividir para aumentar
Mercado
em queda, processo de re organização interna, a Volkswagen tomou coragem, mexeu
na linha e na lógica da linha Saveiro, separando visualmente as versões. As de
trabalho, agora ditas Robust, cabine simples, aparência e interior antigos.
Superiores Trendline e Highline, com trato estético, opções de cabine estendida
ou dupla. Acima, Cross, cabine estendida ou dupla, e caracterização de carro
valente. Três categorias, quatro versões, dois motores.
Mudanças
Versão de
base, Robust é para uso intensivo, sem exigência de aparência ou confortos
maiores. Nas superiores, a atualização estética dos novos Gol e Voyage, capô
mais alto, em novo desenho, e grade frontal com dois frisos longitudinais. De
acordo com a versão, cromados unindo faróis. Aumentou a tomada de ar frontal.
Atrás,
lanternas maiores, tridimensionais, e tampa da caçamba com linhas mais retas.
Dentro, novo painel e volante multifuncional, como nos novos Gol e Voyage.
Opcionalmente, o sistema App-Connect permitindo demanda da moda, o espelhamento
do telefone celular com a tela de 15 cm.
Mecanicamente
o caminho ecológico da redução de consumo, via alongamento das relações da
transmissão, e investimento para dar aparência de solidez com pneus ecológicos,
medidas 205/60x15, e maior área de contato no solo. Mais 34 mm em altura,
para-choques redesenhado, gerando melhor ângulo de ataque e trato em funções
ásperas e estradas sem asfalto.
Versões
inferiores, Robust, Trendline e Highline com o antigo motor com 1,6 litro e 8
válvulas, 101 e 104 cv a gásálcool e álcool, acelerando em média, de 0 a 100
km/h em torno de 11s, e velocidade final acima de 170 km/h. Cross, superior,
tem o novo motor 1,6 e 16 válvulas, 110 e 120 cv, números melhores, e controle
de tração, bloqueio de diferencial, e opção de pneus de uso misto.
VW quer
reduzir a distância de vendas a separar o Saveiro do líder Strada Fiat.
Quanto custa
Saveiro 2017
|
R$
|
|
Robust
|
43.530
|
|
Trendline
|
Cabine simples
|
47.970
|
Trendline
|
Cabine estendida
|
52.730
|
Trendline
|
Cabine dupla
|
56.270
|
Highline
|
Cabine dupla
|
63.070
|
Cross
|
Cabine estendida
|
66.110
|
Cross
|
Cabine dupla
|
69.250
|
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: Saveiros
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Fim de semana, o
Pé na Tábua
É a mais divertida corrida de automóveis e motos
antigas realizada no Brasil. Dá-se em Franca, SP, e reúne veículos produzidos
até 1937 em provas de velocidade no pequeno circuito Speed Park, e atração como
a anti-corrida Prova da Marcha Lenta. Vence o mais demorado a percorrer 400m,
andando em primeira velocidade, marcha lenta, piloto caminhando ao lado do
automóvel, controlando os bigodes do
acelerador e do ponto de ignição.
É evento familiar, nacional, atraindo concorrentes
de Brasília, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Belo Horizonte, Campinas e
sensível delegação do Clube do Fordinho, com sede na capital paulista e
associados por todo o país.
Mais conhecido participante é Nelson Piquet, tri
campeão mundial de Fórmula 1. Leva velho carro de corridas Lincoln, de 1927,
com equipamentos recentes, desenvolvidos para melhorar seu rendimento. Junto, o
caçula Pedro, abrindo caminho na temporada europeia. Presença provoca
competidores, preparando e desenvolvendo seus carros na esperança de superá-lo.
Dias 25 a 27. Mais, www.penatabua.com, acompanhamento pela fanpage www.facebook.com/corridapenatabua
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Piquet, Pé na Tábua. Pleonasmo.
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Roda-a-Roda
Alfa – Após a
apresentação do Alfa Romeo Giulia, sedã com grande dotação tecnológica a partir
de seu motor V6, 3.0, bi turbo, 505 cv, à venda em abril, apreciadores,
possíveis clientes e interessados, sondam a potência da versão 2.0, a de
maiores vendas na nova família.
E ? – Motor L4, 2
litros, desenvolvido sobre o 1.750 aplicado ao 4C. Potência não divulgada é
objeto de especulação e projeções, sem informação oficial.
Agora – Porém no Amelia Island Concours d’Élegance,
semana passada, Flórida, EUA, recepcionista no estande da marca, entregou a
medida: 275 cv.
Mobi – Próximo Fiat, o
Mobi, menor em volume e preço, já emplacado para treinamento de revendedores.
Motor 1,0, L4, revisado. Após, um 3 cilindros.
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Mobi, novo Fiat,
chega em abril
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208 – Silenciosa, sem
chamar atenções, Peugeot preparou novidade maior na 2a. série do seu
208, motor de 3 cilindros, 12 válvulas. Moda mundial. Não é 1,0 litro, como os
demais, porém 1,2.
Fora – Foge do saco de
gatos intensa briga de motores 1,0 e clientes de menor renda. Mantém postura de
fabricante de veículos com charme. Festa por Ana Tereza Borsari, primeira
mulher a conduzir montadora no Brasil.
Resultado – Com 90 cv busca
compatibilizar preço, performance e consumo. Motor importado em partes e
montado no Brasil. Depois, produção. A seguir, versão turbo, com 110 ou 120 cv.
E transmissão automática 6 velocidades.
Sim – Nissan confirmou
terá pronto o sub sav Kicks nos Jogos
Olímpicos, agosto. Patrocinadora do evento, pretende incluí-lo em toda a
programação, e conseguir o maior retorno possível em divulgação.
Ainda não – Frustrou-se quem
esperava o próximo Nissan nacional oferecendo transmissão automática – um
sistema CVT, como a empresa adota. Automóvel chegou – é a edição especial Rio
2016, em 1.000 unidades. Câmbio, não.
Também – Sem patrocínio
aos Jogos, Kia também quer aproveitar o evento. Nele lançará o Rio, hatch pequeno, 1.6, flex, produzido no
México. Esperança para decolar negócios e salvar empregos na contraída rede de
revendedores.
Saída – Hyundai por sua
fábrica em Piracicaba, SP, iniciou exportar modelo HB20. Inicialmente ao
Paraguai, onde a marca é a segunda mais vendida: 600 unidades do modelo
tipificado como aventureiro.
Conjuntura – Aficionados dos
grupos Alfa Romeo deixaram de ir às reuniões com camisa vermelha, cor da marca.
Trabalham, tem renda, pagam impostos, não querem ser confundidos com petistas,
petelhos, petralhas, et caterva.
Surpresa – Brasileiros
chegando em Orlando, EUA, inquiridos pela autoridade sobre propósito da viagem,
informam: exposição de antigos em Amelia Island. E ouvem, surpresos: conhecem o sr. Pôzôlli, colecionador em San
Paulo ?
Mito – Og Pozzoli, 85,
industrial, último remanescente da trinca implantadora do antigomobilismo no
Brasil, detentor de larga coleção. Curiosidade, EUA e Orlando não integram seus
roteiros de viagem. A fama o precede. Grande Og.
Retífica RN – Coluna passada, sobre instalação da
primeira indústria automobilística no estado do Espírito Santo, leitor WSR
lembra a produção do Tribus pela então líder e poderosa Viação Itapemirim. Tem
razão.
Verdade – Lançado em 1982,
foi projeto com maior dose de regionalidade, desenvolvimento próprio, como a
inversão dos eixos traseiros – o de tração à frente do destinado a apoio, para
impedir oscilação; ótimo isolamento termo acústico; maior capacidade cúbica
para bagagem; rodar confortável; possibilidade de receber motores variados –
Mercedes, Scania, Fiat, Cummins.
Origem - Era construído
pela Revisa, empresa do grupo, e se encerrou ante exame de custos. Destinava-se
a repor frota interna; sem vendas a terceiros, chegando ao ponto de a produção
ser pequena, custosa relativamente à estrutura para produzi-lo. Ao seu tempo
foi o melhor ônibus rodoviário do país.
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Tribus, pioneiro
no ES
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Foco – Volvo lançou ônibus para fretamento e viagens de
média distância. Motor diesel L6, 10.000 cm3, 310 cv e 1.500 Nm de torque,
chassis mais leve, carrocerias com até 14m de comprimento. Transmissão
automatizada.
Tudo – Toda a frota de transporte urbano em Anápolis,
Go, é de ônibus Volkswagen. Grupo São José detém a operação e adquiriu mais 103
unidades superando duas centenas de ônibus para servir aos 320 mil habitantes.
Gente - Guido Lombardi, jornalista, ex Nissan Argentina,
novo endereço. OOOO Operação
argentina da Volkswagen. OOOO
Coordenará toda a comunicação – público interno, externo, imprensa, governo. OOOO VW dele espera localizar e remover os
pregos na cadeira. OOOO Posição é de
elevada rotatividade. OOOO Guilherme
Junqueira Franco, do ramo, mudança. OOOO Saiu da Goodyear para expandir italiana Corghi no país. OOOO Faz equipamentos de precisão para
montagem, balanceamento e alinhamento de pneus. OOOO Homologada por fabricantes de pneus e de automóveis, como a Ferrari. OOOO Anand Mahindra, presidente do
conglomerado indiano com seu nome, reconhecido. OOOO Foi para a lista da prestigiosa revista Barron’s, como um dos 30
melhores CEOs do mundo. OOOO Dentre
suas empresas, produz ônibus, caminhões, tratores, motos. OOOO
terça-feira, 22 de março de 2016
80 ANOS DE MORGAN POR JASON VOGEL
O anacronismo rodante
Recordista de longevidade e fiel às tradições, Morgan 4/4 completa 80 anos em produção
Por Jason Vogel
A visão dos tijolos aparentes na fachada já prepara o visitante para a viagem à era de ouro da indústria britânica. Construída em 1914 e ampliada em 1925, a fábrica resiste, teimosa, à modernização do mundo. Em vez de caixas cheias de peças de plástico, o que se vê é uma oficina de marcenaria com moldes para curvar madeira, formões, fresas e plainas. Tudo ali é verdade, nada é asséptico. Ouvem-se marteladas, sons de serra e o alarido dos operários empurrando carros semi-montados de um setor a outro, como nos tempos pré-Henry Ford. Os 180 empregados, alguns com mais de 50 anos de casa, têm um orgulho em comum: a Morgan Motors é uma das poucas marcas de automóveis em que o elemento humano ainda pode mostrar seu talento de artesão.
É dessa fábrica de Pickersleigh Road, em Malvern, a 220km de Londres, que sai o carro que bate seguidos recordes de longevidade em produção: o Morgan 4/4, lançado em 1936 e feito ainda hoje conforme sua receita original. O modelo acaba de completar 80 anos em linha — para comparar com outras lendas, o Fusca resistiu por 65 anos e a Kombi, por 63.
Quando o primeiro Morgan 4/4 chegou às ruas, a hoje rainha Elizabeth II era uma princesinha com 10 anos de idade. O rei era seu tio Eduardo VIII, aquele que suportou o trono por menos de um ano e abdicou da coroa britânica para se casar com uma americana divorciada.
Na Segunda Guerra, a produção da Morgan foi interrompida para que a fábrica de Malvern se juntasse ao esforço bélico fazendo componentes de aviação. No final de 1945, o modelo 4/4 voltou à linha e, após tanto tempo, não dá qualquer sinal de que deixará de ser fabricado.
Apesar dos preços salgados (a partir de £ 33.075, o equivalente a R$ 170 mil), as filas de espera para a entrega duram de seis meses a um ano. Antes, era preciso ter ainda mais paciência e aguardar até sete anos (!) pelo esportivo, mas a marca vem conseguindo se ampliar, organizar-se melhor e dar mais ritmo à produção.
Por “ampliar”, leia-se fazer não mais do que 700 carros por ano, entre todos os modelos da marca, incluindo aí o Morgan Three-Wheeler (excentricidade de três rodas e motor V-Twin de moto à frente da grade) e o monstro retrôfuturista Aero 8, que foi lançado em 2001 com motor BMW V8 e chassi de alumínio. O que nos interessa aqui, porém, é mesmo o 4/4, símbolo máximo da tradição, mas que já representou uma virada na história da empresa.
Fundada em 1910, a marca criada por Henry Frederick Stanley Morgan (vulgo HFS) se dedicava exclusivamente à produção de carros de três rodas. Em meados dos anos 30, atento às tendências de esportivos, HFS resolveu que era chegada a hora de lançar um modelo com quatro rodas e motor de quatro cilindros. Nascia aí o 4-4 (no início, o nome era grafado com um hífen em vez da barra atual).
Apresentado nos salões de Londres e Paris de 1936, o Morgan 4-4 tinha a construção típica dos esportivos ingleses da época: um leve roadster de dois lugares, com motor dianteiro de pequena cilindrada (inicialmente um Coventry Climax, de 1.122cm³) e tração traseira.
Sobre o chassi com longarinas de chapa dobrada ia a carroceria de alumínio. Sua estrutura, como em tantos modelos pré-guerra, era de madeira.
Com 34cv, o carrinho se garantia na relação peso-potência. E tinha a vantagem de ser muito estável, graças a um detalhe bolado por HFS Morgan: a suspensão independente tipo sliding pillar (ou coluna deslizante), em que a manga de eixo de cada roda dianteira sobe e desce encaixada em um tubo vertical fixado ao chassi.
— Em pista lisa, o carro é imbatível. Rola pouco a carroceria e mantém as rodas sempre perpendiculares ao chão. O problema é a dureza, tremendo incômodo no piso esburacado — diz Richard Flynn, dono de um Morgan desde 1986 e sócio da oficina de R&E Restaurações, em São Paulo.
desmancha sem bater
Flynn estima que uns 70 Morgan chegaram ao Brasil entre os anos 50 e 70. E fala dos pontos fracos do carro:— O chassi feito de chapa aberta acaba dando fadiga e trinca. A estrutura de madeira da carroceria apodrece. O carro vai desmanchando...
Mesmo assim, os esportivos da marca foram conquistando fama e os corações dos apaixonados por roadsters velozes.
A estreia nas 24 Horas de Le Mans e deu em 1937. Na edição de 1962, o êxito histórico: um Morgan foi campeão na categoria para carros com até 2.000cm³ de cilindrada e... voltou rodando para a Inglaterra!
Ao longo das décadas, aquele 4-4 inicial foi mudando em detalhes. Nos anos 50, os faróis foram incorporados aos para-lamas e a grade, antes reta, foi encurvada. O modelo deu crias como os Morgan Plus 4 (com motores sempre na faixa dos 2.0 litros) e o Plus 8 (com um V8). Ganhou ainda uma versão de quatro lugares.
Hoje, os Morgan 4/4 se mantêm como versão mais leve e simples da linha, equipados com motor Ford Duratec de 1,6 litro (e 111cv) e câmbio de Mazda MX-5. A essência do modelo de 1936 continua presente nas formas, na estrutura de madeira, na suspensão exótica, no vento no rosto e na produção artesanal.
Fato é que, nesses 80 anos, a outrora poderosa indústria automobilística inglesa foi sucateada ou vendida aos estrangeiros. Colossos fabris como a Austin e a Morris desapareceram sem deixar vestígios. Hoje a Rolls-Royce e a Bentley pertencem aos alemães, a Jaguar e a Land Rover são dos indianos e (que heresia!) a produção dos black cabs está nas mãos dos chineses, bem como a marca MG. Sobrevivendo a tantas transformações, a ortodoxa Morgan continua a ser uma empresa britânica e ainda 100% pertencente aos herdeiros do fundador HFS. Inovar para quê?
ALFA BY JLV
sábado, 19 de março de 2016
ALTA RIDA
Alta Roda nº 880 — Fernando Calmon — 15/3/16
VISÃO
CENTENÁRIA
O grupo restrito de fabricantes de veículos
que estão no mercado há 100 anos ou mais, de forma contínua, aumentou neste mês
de março com a entrada da BMW. Este clube, em ordem alfabética, é formado por Alfa
Romeo, Aston Martin, Audi, Buick, Cadillac, Chevrolet, Dodge, Fiat, Ford, Lancia,
Mercedes-Benz, Maserati, Opel, Peugeot, Renault, Rolls-Royce, Skoda e Vauxhall.
A seleção da Coluna tem critérios próprios, pois considera marcas que apresentaram
desde o início algum vínculo com a mobilidade.
Vauxhall, por exemplo, começou fabricando
bicicletas. Maserati, fundada apenas como oficina, só produziu carros de
competição, antes de seu primeiro modelo para as ruas em 1946. A própria BMW
iniciou com motores de avião e apenas em 1929 lançou o primeiro automóvel. A Audi,
como marca, teria menos de 100 anos por outras referências.
A empresa alemã fundada em Munique, em 7 de
março de 1916, mostra uma história bem curiosa. Especialista desde o início em
automóveis caros sofreu bastante após a II Guerra Mundial em uma Alemanha arrasada
que se erguia aos poucos nos anos 1950. Para sobreviver, em 1957 passou a
fabricar o minúsculo Isetta, sob licença dos italianos da Iso, o mesmo modelo
em formato ovalar e de
uma única porta produzido no Brasil a partir de 1956
pela Romi.
O preço era acessível, mas não sustentava a
marca BMW, nem a divisão de motocicletas. Procurou, assim, a próspera
Daimler-Benz, fabricante também de caminhões e ônibus, veículos essenciais para
reconstrução da Alemanha e do restante da Europa. Organizou-se uma assembleia
de acionistas em que a família Quandt, dona da BMW, ofereceu ao concorrente a
venda do controle.
Aprovado o negócio, faltava redigir a ata e
colher as assinaturas, naquele tempo um processo lento. Mas Herbert Quandt resolveu
pensar melhor e em 1959 desistiu do negócio. Conseguiu levantar capitais para
sanear as finanças e lançou um modelo pequeno próprio, o BMW 700. Depois se
seguiu uma trajetória surpreendente. O grupo é dono da Rolls-Royce, da MINI e
da submarca “i” de elétricos e híbridos plugáveis em tomadas. Chegou à
liderança do mercado mundial de veículos premium em 2014.
Para comemorar o centenário a marca
apresentou o carro-conceito BMW Vision Next 100, visando ao
futuro da mobilidade. É um cupê-sedã de linhas esportivas, adaptável ao que
vier em termos de tecnologia. No modo Boost pode ser conduzido pelo motorista ou
de forma totalmente autônoma. Há um segundo modo, Easy. Este reconfigura o
habitáculo ao recolher volante, console central, encostos de cabeça e painéis das
portas para que motorista e passageiro fiquem sentados frente a frente, sem
nenhuma preocupação até chegar ao destino.
A empresa sabe que o modelo de negócio do
automóvel irá mudar drasticamente na medida em que inteligência artificial, conectividade
e internet das coisas, entre outros avanços, tomarem conta da indústria da
mobilidade. Como disse Klaus Froehlich, membro do conselho de pesquisa e
desenvolvimento, em entrevista à Reuters, no Salão de Genebra:
“Hoje temos 20% de nossos engenheiros e
parceiros trabalhando em softwares. Chegaremos a 50% para depender menos de
serviços de internet de terceiros”.
RODA VIVA
IMPORTADOS de todas as origens alcançaram apenas 14,8% de participação nos
emplacamentos totais no mês passado. Não se via porcentual tão baixo desde 2009.
Desvalorização do real, por outro lado, movimenta exportações. Hyundai começou
a vender o HB20 para o Paraguai e ampliará para outros países. Plano original
dos sul-coreanos era limitar-se ao Brasil.
MOTOR turboflex TSI do up! se aproxima de 30% das vendas totais do
subcompacto da Volkswagen. Isso mesmo ao se considerar seu preço superior às
versões comuns. Rumores dão conta de que o Ka também receberá motor de 1 litro
turbo (EcoBoost), mas aparentemente a produção não será grande. Algumas fontes
indicam que os propulsores virão do exterior.
PICAPE Hilux SRX de cabine dupla e câmbio automático de seis marchas traz
no refinamento a explicação pela liderança no segmento, com sete airbags e um belo
quadro de instrumentos. Anda bem com o novo motor diesel e está melhor em estabilidade,
dirigibilidade (principalmente pela suspensão traseira), desempenho e ruído
interno. Capota marítima (opcional) faz falta.
RECEITA Federal pode cobrar, a partir de agora e com efeito retroativo, o
IPI sobre carros novos importados por pessoas físicas. A decisão do Supremo
Tribunal Federal encerra polêmica sobre o assunto. Vai encarecer bastante o
preço final para quem procurava empresas especializadas em trazer modelos de
qualquer tipo, em especial de Miami.
INTERNET facilitou a contratação de empresas que se especializaram em
atendimento personalizado. Tudo pode ser agendado, de lavagem ecológica a troca
de óleo lubrificante em domicílio. Uma delas, em https://easycarros.com/, atende em quatro
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tem pouco tempo disponível é uma opção.
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quinta-feira, 17 de março de 2016
segunda-feira, 14 de março de 2016
ALTA RODA
Alta Roda nº 879 — Fernando Calmon — 8/3/16
POTÊNCIA
E SUV DOMINAM SALÃO
Novidades realmente não faltam na 86ª
edição do Salão do Automóvel de Genebra, a se encerrar no próximo domingo. Por
mais que se fale em modelos híbridos e elétricos, o fato é que alta potência
ainda atrai o público, mesmo muito distante do bolso dos simples mortais.
Agora a referência máxima sobe para 1.500
cv obtidos de formas diferentes. O francês Bugatti Chiron continua sendo o mais
potente apenas com motor a combustão por meio de um W-16 e quatro
turbocompressores. No caso do sueco Koenigsegg Regera trata-se de um híbrido
com três motores elétricos e um V-8 biturbo. Ainda aparece o britânico Arash AF
10 que, além de um V-8, usa quatro motores elétricos. Este pequeno fabricante
calcula a potência à maneira “esperta” de nada menos que 2.110 cv e 232 kgfm de
torque. Na realidade fica em torno dos 1.500 cv reais, mas não deixa de
surpreender.
Uma versão especial do Aventador, nomeada
Centenario (100 anos do seu fundador Ferruccio Lamborghini), graças a um aspirado
V-12/6,5 litros alcança 770 cv, potência nunca vista na marca italiana. A
Porsche faz a apresentação oficial do seu carro esporte 718 Boxster, um
roadster de quatro-cilindros turbo com potência superior ao seis-cilindros aspirado
anterior. Este não será mais o modelo de entrada da marca alemã. Seu
cupê-irmão, Cayman, assume esse posto, mas só aparece em abril no Salão de
Pequim.
Alfa Romeo apresenta a aguardada versão
“civil” do Giulia, sem os aparatos mecânicos e aerodinâmicos da versão de briga
Quadrifoglio (510 cv). Depois de sofrer atrasos, anunciou-se em Genebra que as
encomendas podem ser feitas a partir do próximo mês, mas sem marcar uma data de
entrega certa.
Os europeus já não torcem mais o nariz para
SUVs e crossovers, pois essa categoria continua a crescer e – Genebra demonstra
– nos dois extremos de preço e tamanho. A Maserati estreia o Levante, de 5
metros de comprimento, e a Audi tem o Q2 compacto, de 4,19 metros. O primeiro
será importado para o Brasil e a Audi ainda faz contas em razão dos impostos e
real enfraquecido.
A Toyota resolveu ousar em termos de estilo
no seu SUV compacto C-HR, cuja produção se inicia no México no próximo ano. De
lá vem para cá e os japoneses parecem menos preocupados com o tamanho do porta-malas,
pois o Renegade também pouco brilha nesse aspecto. Peugeot apresenta a primeira
revitalização do crossover 2008, três anos depois do lançamento lá mesmo em
Genebra. Espera-se que no máximo em um ano também chegue aqui.
E a Volkswagen também decidiu –
tardiamente, é verdade – entrar para valer nesse segmento de crossovers
compactos. O modelo conceitual T-Cross Breeze, que divide a mesma arquitetura
MQB com o Q2, aparece disfarçado em versão conversível, mas as linhas
principais estão bem nítidas. O mercado nacional tão depressivo indica que só
por volta de 2018 a produção começa aqui. Investimentos continuam, em geral,
mas os planos da maioria dos fabricantes aqui instalados estão na fase de pé no
freio e não no acelerador.
Por fim, o empenho da Renault em dar
sustentação ao segmento de monovolumes médios. Há um Scénic todo novo (4ª
geração), porém se trata, possivelmente, de uma luta inglória frente aos
crossovers.
RODA VIVA
MERCADO continuou em forte baixa nos dois primeiros meses deste ano (menos
31,3%) em relação ao mesmo período de 2015, quando ainda havia carros mais em
conta por conta do IPI reduzido. Produção caiu 31,6% para reduzir os estoques
totais de 51 para 46 dias e só foi não pior pela reação forte das exportações
que subiram 26,8% no primeiro bimestre.
TENDÊNCIA de crescimento de vendas ao exterior pode arrefecer um pouco a
queda no nível de emprego. Mês passado a Fiat contratou dois mil dos atuais colaboradores
terceirizados e isso amenizou, estatisticamente, o número total da indústria.
Incluindo veículos pesados, a indústria ocupa apenas 46% de sua capacidade
instalada em três turnos (normal é 80%).
PICAPE média Toyota Hilux mostrou-se mais refinada na avaliação da Coluna em
termos de estabilidade, dirigibilidade, equipamentos e ruído interno frente ao
modelo anterior. Bom casamento entre motor diesel/câmbio automático 6-marchas.
Suspensão tem maior curso, mas ainda sofre em pisos irregulares. Pena a falta
de capota marítima como opcional de fábrica.
SITE Focus2Move divulgou a relação dos hatches compactos (segmento mais
importante no mercado brasileiro) de maior venda na soma de todos os países
pesquisados, em 2015. Liderança é do VW Polo, seguido por Ford Fiesta, Renault
Clio, Toyota Yaris, Honda Fit, Peugeot 208, Kia Rio, Opel Corsa, Hyundai i20 e
Maruti (Suzuki) Alto.
VOLVO é reconhecida por sua ênfase à segurança e a meta de nenhum
ocupante de seus modelos morrer em acidentes até 2020. Apelo marqueteiro, pois
há colisões em que ninguém sobrevive mesmo. Exagerou nos argumentos em filme
institucional recém-lançado: www.youtube.com/watch?v=UKY6zHTH9Fg. Desrespeitou
concorrentes e até fãs do automobilismo.
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sábado, 12 de março de 2016
OPINIÃO DE BORIS FELDMAN
Como se avalia a proteção de um automóvel quando submetido a um impacto?
Colocam-se dummies (bonecos) simulando motorista e passageiros devidamente assentados no automóvel que é jogado a 65 km/h contra uma barreira de concreto. Depois da pancada, os dummies são cuidadosamente analisados para se avaliar a intensidade dos danos que seriam provocados num acidente real. A gravidade dos ferimentos e se algum dos ocupantes viria a falecer. São os chamados “crash-tests” ou testes de impacto realizados dentro de determinados padrões no mundo inteiro. No Brasil, eles são realizados pelo Latin NCAP, uma entidade uruguaia bancada por fundos internacionais.
Os modelos aqui produzidos estão se saindo cada vez melhor nestes testes e ganhando cada vez mais estrelas. O critério é não atribuir estrela alguma ao carro sem nenhuma proteção aos passageiros e cinco delas aos que oferecem máxima proteção no caso de um acidente.
O critério para atribuição das estrelas acaba de passar por uma interessante e oportuna alteração. Até então, eram avaliados os dispositivos de segurança passiva, aqueles que protegem os passageiros depois de acontecido o acidente. São os cintos de segurança, air bags, a estrutura dos automóveis, barras laterais, etc. Mas, daqui para frente, além dos resultados do crash test, as entidades que avaliam os automóvel vão considerar também os dispositivos de segurança ativa. Ou seja, aqueles que evitam de o carro se envolver em um acidente, tão importantes (ou mais) que os de segurança passiva. Quais são eles? Freios ABS, por exemplo, que já são obrigatórios nos nossos automóveis. E vários outros que ainda não o são. O mais importante deles é o sistema eletrônico de estabilidade, o ESC, que trás de volta para a trajetória o carro derrapando lateralmente . Dizem as estatísticas que estas derrapagens são responsáveis por cerca de 45% dos acidentes rodoviários.
Ora, é bastante razoável e veio em muito boa hora esta idéia de se levar em conta, ao avaliar o nível de proteção que um automóvel oferece aos ocupantes, os dispositivos de segurança ativa, que evitam o acidente. São, portanto, mais importantes, pois evitam ao invés de reduzir as consequências do acidente.
sexta-feira, 11 de março de 2016
DE CARRO POR AÍ COM O NASSER
Correria.
JAC aluga prédio para produzir T5
Para recuperar o
tempo perdido entre a saída do sócio chinês, e para contornar o encolhimento de
vendas no mercado, Sergio Habib, o representante nacional da JAC atalhou o
processo: postergou projeto de construir fábrica em Camaçari, Ba e, para fazer
a implantação industrial da marca, alugou
galpão ocioso no mesmo município.
Quer iniciar a
montagem dos T5, sav com transmissão
CVT, ao final deste ano, construindo pré série, apresentando-o no Salão do
Automóvel – outubro -, e fazendo estoque para iniciar vendas em 2017. Próximo
ano projeta montar 20 mil unidades. Plano anterior, na dissolvida sociedade com
o fabricante chinês, previa alcançar 100 mil T5.
Processo inicial é
montagem simplória, sub industrialização, baixíssimo índice de nacionalização,
incentivada pela regulamentação governamental Inovar-Auto.
Razão simples para a
corrida pelo início da contida montagem de produtos com rótulo nacional é
situação do mercado para a marca, hoje limitado às 4.800 unidades/ano, volume
isento do pagamento extra de 30 pontos adicionais ao IPI. Os veículos montados localmente estarão fora
da cota, terão menor preço, ampliarão volume de vendas, permitindo expansão da
rede de revendedores, contraída a 30 lojas, menos da metade da anteriormente
existente.
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:
JAC T5, abaianado ainda este ano
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