Mercado. Meio ano se foi. Como ficamos ?
Fechadas as contas do primeiro semestre,
Junho, com produção de 184 mil veículos, mostrou queda de 12,5% - 1/8 -,
relativamente a maio.
Comparada às 210,4 mil unidades fabricadas
em maio significam queda de 12,5%. No global, ante o primeiro semestre de 2014
a redução foi de 18,5% Referência de produção não é o ponteiro da balança, pois
algumas fábricas detiveram-na para fazer fluir estoques. Dados de venda indicam
retração de 20,7% entre os dois períodos.
Presidente da Anfavea, associação dos
fabricantes, Luiz Moan vocaliza, a redução é resultado de três fatores:
baixa confiança dos investidores e consumidores; restrição ao crédito; e
expectativa pela conclusão dos ajustes na economia. Sem botar gasolina na
fogueira das más notícias, por si só forte componente na crise, acredita nos
Planos de Exportação, Safra e o recente Programa de Proteção ao Emprego
auxiliem amenizar o período.
O comportamento do mercado é insondável, em
especial porque a redução de vendas não depende apenas do aspecto econômico
financeiro, pois atrelada a condições etéreas como a falta de confiança no
Governo, e daí, o medo quanto ao futuro e a estabilidade no emprego. Remédio
para consertar há, simples de aviar, basta querer: antes de aprovar a Reforma
Fiscal, fazer o dever de casa cortando gastos excessivos, obras superfaturadas,
ministérios desnecessários, milhares de empregos para ocupação, sem concurso,
por gente sem especialidade ou preparo. Quando o Governo deixar de se sentir
superior, pisar no térreo da realidade, e iniciar mostrar fazer sacrifícios, a
confiança iniciará a se restabelecer. A roda rodará
O resultado de 2015 manterá o nível de
retração do primeiro semestre, em torno de 20%? Não parece. Por
enquanto o consumidor está com medo do urro da onça. Não a viu mas se assustou,
viu indícios, ouviu notícias. Na atual situação, quem tem meios os retém,
posterga a troca de carro esperando a situação clarear. Verá, a situação
econômica não piorará. E, por registrar, tradicional e historicamente o segundo
semestre é melhor de vendas em relação ao primeiro. Como referência, se o
mercado cair 20% em produção e vendas, equivalendo a aproximados 2,5 milhões de
unidades, estará abaixo dos números obtidos em 2006. Historicamente um feito
para o governo Dilma 1 e sua equipe econômica – em grande parte empregada pelo
Governo Dilma 2. Nove anos de perdas, e muitos para recuperar.
Peculiaridades
A queda não é linear, e algumas marcas
conseguiram crescer no período. Ford fez ótimos resultados com os Ka, Ka Plus,
e o hatch Fusion recém lançado.
Japonesas Honda e Toyota ampliaram vendas, e
sul coreana Hyundai surpreendeu. Apesar de ter caído em vendas aproximadamente
5%, viu seu HB 20 como o segundo mais vendido no mês.
Na disputa Renault manteve 7% de
participação no mercado e, em junho aumentou meio ponto percentual de
crescimento. Numa comparação entre 2014 e 2015, cresceu 0,1%. Número
desprezível mas, na conjuntura, sinal de
êxito.
Nos importados Premium não há crise.
Mercedes-Benz cresceu 50,7% no cotejo entre os seis primeiros meses de 2014 e
2105, consequência dos novos produtos, e assumiu a liderança no segmento do
Classe C, seu modelo mais vendido. No semestre encerrado vendeu 7.513 unidades.
Do C entregou 3.840, à frente do GLA com 1.880. Em sua história Junho foi o
melhor mês em vendas para a divisão de automóveis.
Audi vendeu mais: 7.796 unidades, 27%
relativamente aos seis primeiros meses de 2014, e mantém a liderança no
segmento. Preferido não é Mercedes Classe C, Audi A 3 ou BMW series 3, mas o
utilitário esportivo Audi Q3 com motor 2.0. Acredita, segmento dos importados
caros dobrará até 2020.
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Audi
Q3, importado mais vendido
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Roda-a-Roda
Global – FCA investirá US$
280M para produzir Cherokees na India, expandindo joint venture com o poderoso grupo Tata. Quer dobrar
o volume de 1 milhão de produtos Jeep vendidos em 2014. O mercado indiano é dos
mais promissores do mundo.
Expansão – Controlada pela
indiana Tata, Jaguar-Land-Rover, acordou com o grupo Magna Steyr montar seus
produtos na Áustria: começará com o Projeto E-Pace, utilitário esportivo sub
compacto.
Quem ? – Pouco conhecida do
grande público, a Magna monta Mercedes-Benz
G e Minis Countryman, tem atividades na
Áustria e no Canadá e, como fornecedor mundial, em faturamento só perde para a
Bosch !
Fórmula – Projeto da Aston
Martin em utilizar motores de sua sócia minoritária Mercedes, toma forma:
produzirá veículos encomendados por terceiros. Primeiro destes, a fábrica de energéticos Red Bull para um Hypercar – acima dos
Supercar, como os Ferrari e Mc Laren. Projeto de Adrian Newey, da Fórmula 1.
Picanto – Picanto
2015/6 nos revendedores Kia. Mudanças cosméticas frontais nas grades, para
choques, faróis de neblina. Atrás, nova posição para a placa. Mantém o motor Kappa, 3 cilindros, 1,0 litro e
80 cv de potência. Único da cilindrada a portar câmbio verdadeiramente
automático. R$ 46,9 mil.
Focus – Ford
prepara-se a vender versão sedã em agosto.
Jetta – Volkswagen iniciou
distribuir à rede concessionária primeiras unidades do sedã Jetta montado em
São Bernardo do Campo. De princípio única versão de motor, o 2.0 oito válvulas.
Velho conhecido dos brasileiros, atualmente produzido no México. Preço não
baixou.
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Jetta
agora montado no Brasil
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Degrau – Em agosto Volkswagen
começará vender o up! TSI, o turbo. Produto deve ser muito divertido para
andar, como referência de tamanho, performance, economia e preço. Novo patamar
de veículos no Brasil, mesclando 4 válvulas por cilindro, injeção direta,
eletrônica e turbo em 1.0 litro, potência em 105 cv. Deve ser o mais econômico
dos nacionais.
Caminho- Logo o motor será
seguido na linha de produção em São Carlos, SP, pelo 1.4 TSI para VWs Jetta,
Golf, e Audis A3 e Q3. Turbo, sem aplicação esportiva, mas para uso doméstico,
é caminho sem volta.
Caminho – Motor 1.0
Ford, com turbo, na linha batizada de EcoBoost, está em testes na Bosch.
Acertos na eletrônica para o lançamento no Brasil. Turbo em motor pequeno é a
direção da década.
Derrapada – Alguns jornais
noticiaram, Papa Francisco teria realizado benção de 46 Fiats Palio a serem
distribuídos aos bispos brasileiros.
Verdade – O Sumo Pontífice
efetivamente benzeu os pálio. Apenas não são os automóveis feitos em Betim, mas
a cobertura de tecido, contra sol e chuva, para os deslocamentos a pé pelos
bispos. São a origem do nome. Um pouco de bom senso para apurar a notícia não
faz mal a ninguém.
BR 40 – Concessionária Via
40 entregou 58,6 km de duplicação no noroeste mineiro, em João Pinheiro, região
líder na produção de grãos em seus 19 municípios. Até 2019 quer duplicar os 937
km entre Brasília e Juiz de Fora, MG.
Realidade – Giorgetto
Giugiaro, 76, o designer do século, passou à Audi restantes
9,9% das cotas de sua empresa, e dispensou-se do cargo de Presidente Honorário.
Há cinco anos a Audi, por necessidade de capacidade criativa para novos
produtos, fez oferta-lhe irrecusável.
Giugiaro – Capacidade de
aproveitar plataformas com seu traço brilhante, é o pai dos Alfa Romeo
genericamente chamados GTV, dos aqui desconhecidos Alfetta e Brera, do Passat,
do Golf, do Uno, do Subaru SVX, dos reacertos da linha Week End da Fiat.
Desenhou de tudo - bicicletas, macarrão, garrafas d’água, ...
Prática – Globalização e a
pasteurização dos automóveis encerrou a secular operação dos construtores
independentes. Uma a uma fecharam, foram absorvidas ou à falência, como a
Bertone, por falta de encomendas. Mítico Pininfarina sobrevivendo em penúria.
Giugiaro foi o único a sair do negócio com confortável situação.
Involução - Indústria do
automóvel massificou-o, pasterizou-o e agora o trata com tablet com rodas. No cenário não há lugar
para elegância ou diferenciação.
Imprensa – Escala, editora de Car and Driver lançou revista semanal em circulação
paulistana, a Auto Fácil.
Direcionada ao mercado de compra e venda de novos e usados. Lidera-a o
jornalista especializado Luiz Guerrero.
Antigos – Encontro Nacional
de Simcas, dentro da programação do Poços
Classic Car, maior evento de
automóveis antigos na movimentada agenda da especialidade em Poços de Caldas,
MG.
Conteúdo - Automóveis, feira
de peças, e diferenciada presença de antigos engenheiros e de Walter Hahn,
piloto da marca. 14 a 16 de agosto. Gosta da marca e da oportunidade ?
Inscreva-se www.pocosclassiccar.com.br
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Cartaz do Encontro Simca
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Gente – Julie Hamp, norte Americana,
primeira mulher a integrar a mesa diretora da Toyota no Japão, demitiu-se. OOOO Razões ininteligíveis à
cultura ocidental. OOOO Encomendou
dos EUA comprimidos de oxycodone, medicamento contra dor. OOOO Não sabia, o produto exige
autorização prévia para ser importado ao Japão, foi presa e aguarda julgamento.
OOOO Acionistas da Toyota
desaprovaram o desgaste de imagem e pediram sua demissão. OOOO OOOO Última hora: Julie Hamp foi libertada pela promotoria japonesa, que entendeu não ter havido comportamento criminal. OOOO Não responderá processo, e voltará aos EUA. OOOO Será a mais ilustre desempregada no setor, e a mais evidente desorientada ante o preço pago pelas suspeita. OOOOOOOO Já imaginou Mensalão,
mentiras oficiais e Petrolão por lá ? OOOO
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A
Fiat Brasil, quase quarentona
Dia 9 Fiat Automóveis comemorou 39 anos de
início de produção no Brasil. De uma fazenda em Betim, município periférico a
Belo Horizonte, MG, implantou fábrica e fez desembestar a mudança na ocupação
urbana. A pequena cidade é hoje a segunda maior arrecadação de impostos no
estado.
Da fazenda, e dos planos de ser a menor das
fabricantes no país, mudou muito, apresentou tecnologias como motor
transversal, com estepe sobre ele, as menores folgas em usinagem – exigiu, até,
a mudança na classificação dos óleos lubrificantes no Brasil. No caminho foi
pioneira com picape derivado de automóvel, com motor a álcool, com air bags, com 16 válvulas, com
turbo compressor, inicialmente no Uno e após no Tempra.
Caminho de novidades, de racionalidade, de
desenvolvimento dos produtos, e adequados ao gosto e às peculiaridades do
mercado, permitiu-lhe assumir a liderança de vendas no mercado doméstico, fato
único na história da marca.
Em termos físicos, quase triplicou a área
coberta. Dos iniciais 300 mil m2 opera atuais 800 mil m2. A saturação do espaço
e ganhos de produtividade para aumentar a capacidade de produção moveram-na a
fazer fábrica em Pernambuco.
Pelos portões de Betim já passaram 14,5
milhões de unidades.
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Fiat
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Fiat
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