Antigamente automóvel se dividia em poucas versões:
sedã, cupê, station – ou camioneta. Depois tipo
jipe e picape pequeno. Agora, o leque se ampliou. Por razões de Mercado mudou a
morfologia, criando o SUV, Sport Utility Vehicle, veículo utilitário esportivo, com andar tentativamente
confortável, e habilidades superiores em serviços duros. Inspiraram-se no Jeep station
wagon – no Brasil dita Rural, pioneira na
especialidade. Conteúdo como a tração nas quatro rodas foi mantido, e a
decoração espartana foi incrementados em confortos e implementos de veículos de
luxo.
O desenvolvimento dos sistemas de tração, o
surgimento do diferencial intermediário, o uso da eletrônica, tornou seu uso
mais amigável e fácil.
Houve,
também, a mudança de óptica quanto ao uso dos sistemas de tração. Antes apenas
de engranzamento constante, ou acionando-se o eixo dianteiro, sempre com
transmissão mecânica, os novos usuários não precisavam de tal adjutório no dia
a dia sobre asfalto. Daí, o sistema para fazer força, arrancar toco, descer à
grota, carregar transformador elétrico morro acima, tornou-se, pela falta de uso,
componente desnecessário e caro.
SAV
A BMW, ao lançar o X3, em 2003, identificou-o em
novo conceito, o SAV, acrônimo de Sport Activity Vehicle.
Na prática o parágono de dinâmica esportiva, interior Premium, robustez,
agilidade, e baixos consumo e emissões. A princípio visto como mero carimbo
publicitário, o tempo cuidou de mostrar as diferenças com os SUV, incluindo
outra medida, a relação entre tamanho externo e área interna. Ou seja, quanto
mais compacto, usável diuturnamente e versátil, mais adequado ao rótulo.
O SAV, ao contrário do SUV, não é feito para puxar trailler,
barco, rebocar, andar off road,deslocar tralha pesada, nem tem
grande altura livre do solo.
Com tais diferenças visuais e de aplicativo, o
sonho dos projetistas do SAV é tê-lo visto pela clientela como SUV, como
ocorre. Sujeito compra um monovolume mais alto e com partes pintadas em preto,
e se sente poderoso, como se dirigindo Land Rover 90 na selva amazônica.
Jipinho ?
No Brasil a imprensa simplifica e público trata
qualquer versão de monovolume com maior altura do solo como jipinho, mesmo
sem qualquer habilidade intrínseca. Jeep é do departamento de valentia, um dos
poucos a criar caminho novo na história do automóvel, e jipinhos nacionais
aí não se enquadram.
Assim, se lhe interessa compra de um destes veículos, verifique a ficha
técnica para saber se a tração é para trabalho ou apenas uma questão de
dirigibilidade em pistas molhadas e piso irregular. Se é um Jeep enfeitado
como automóvel, ou automóvel querendo parecer Jeep por decoração
e suspensão elevada.
SUV – carro de ir
SAV – apenas sugere poder ir
Outro goiano, o Lancer
Após importar e vender para formar frota para manutenção e torná-lo
conhecido, a MMCB empresa nacional fabricando Mitsubishis em Catalão, Go,
iniciou produzir o sedã Lancer no país. Período permitiu desenvolve-lo às
peculiaridades local – piso e gasolina.
Bem formulado – motor em alumínio, 2,0 litros, quatro cilindros, 16V,
160 cv e importantes 20 m.kgf de torque. Tração frontal nos modelos básicos e
total no GT, cinco marchas mecânicas ou seis virtuais pela transmissão
automática CVT, comando por alavanca no piso ou sob o volante. Suspensão
independente nas 4 rodas, Mc Pherson frontal e Multi link traseira. Cuidada
administração de espaços, incluindo dobradiça pantográfica no porta malas, para
não subtrair espaço à bagagem.
Atrativo interno, sistema multi media e tela de 18 cm. E sensores para
chuva e acendimento dos faróis, controle de áudio no volante, ar condicionado
automático. Nove bolsas de ar, ABS de quatro canais, BAS como auxiliar de
freios, carroceria absorvedora de impactos.
É o mais novo e o mais nacionalizado dos
Mitsubishis, pois motor agora tem partes feitas na planta de Catalão. R$ 1B
aplicados em implantar fundição, e nova pintura dobrando a capacidade produtiva
a 100 mil unidades/ano entre picapes L200 Triton, suvs Pajero TR4, Dakar e crossover ASX.
Lancer goiano tem coragem ao uso de rodas em liga leve com 18” e pneus
215x45. Sua lateral, uns 9,5 cm de altura, andará na fina linha separando
charme visual e as possibilidades de danos e cortes em nossa vergonhosa malha
urbana e viária. Garantia de 3 anos, sem limite de quilometragem.
Quantos R$s
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Lancer
2,0 MT
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66.490
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Lancer
2,0 CVT
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72.490
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Lancer
2,0 GT
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83.990
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Lancer
GT AWD
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97.490
|
Curiosidade
Fazer o carro em Catalão, sem os custos dos
importados – cara e burocrática logística de vir do Japão ao Goiás, pagar 35%
de imposto de importação e mais os 30% adicionais, não reduziu o preço ao
consumidor.
Mitsubishi Lancer, goiano, preço do importado
Salão, ainda
Negócio – A fim de
ser revendedor de marca pequena e elegante? A DS, antes divisão da
Citroën e agora marca própria, busca nomear distribuidores nas principais
capitais – S Paulo, Rio, Curitiba, Belo Horizonte e Brasília.
DS 6, ex Citroën, marca e
rede próprias
Caminho – Jörg Hoffmann,
presidente, garantiu ser flex o motor 1.4, turbo, injeção
direta, a utilizar no SAV Q3 a partir de 2015 quando ambos produzidos na
Brasil. Motor em São Carlos, SP, Q3 no Paraná, em fábricas da Volkswagen.
Credo – Hoffmann, mandado
para fazer mercado, e François Dossa, da Nissan, dobrar participação e alcançar
o primeiro posto em qualidade, exudam tratar o negócio como a tropa de elite e
seu dístico: missão dada, missão cumprida.
Na cola – Mercado tem maior briga no segmento
médio Premium, entre Audi A3, BMW Series 3 e Mercedes C, marcas vendendo umas
12 mil unidades em 2014. Número indica crescimento. Mercedes 25% segundo
Dimitri Psilakis, diretor. No geral mercado cairá uns 9%.
Entusiasmo - Apresentação mais entusiasmada do Salão
foi a do Jeep Renegade, por Sérgio Ferreira, diretor geral da marca. Avisou,
será líder – ultrapassando Ford EcoSport e Renault Duster. Disse, a Jeep
redefinirá o segmento no Brasil e, para tirar dúvidas, enfatizou “não
tem p’ra ninguém.”
Roda-a-Roda
Mudança – Processo
de defenestração de Luca de Montezomolo da condução da Ferrari se desdobra: a
FCA, união de Fiat, majoritária no controle da Ferrari, e Chrysler, decidiu
levar a Ferrari à situação anterior, de empresa independente, fora da FCA.
A público – Lançará em bolsa 10% das ações
Ferrari para captar US$ 1,5B; emitirá ações para obter US$ 2,5B; distribuirá restante
aos acionistas da FCA, exceto os 10% pertencentes a Piero Lardi, herdeiro de
Don Enzo e novo presidente da empresa. Ferrari, extremamente rentável, é
atrativo investimento e charmosa aplicação.
Mico caro – Hyundai e Kia
pagarão US$ 350M – uns R$ 800 – para encerrar investigação do governo dos EUA a
respeito de dados falsos de consumo dos carros da marca. Lá, jogo duro quanto a
consumo e emissões.
Mais – Após tímida entrada no país, marca
Lexus, Toyota de topo, quer ampliar negócios, com NX novo SAV compacto. Mira
assemelhados alemães VW Tiguan, Audi Q3, BMW X3. Motor 2.0 litros, 16V, injeção
direta, 238 cv, transmissão automática de seis marchas. Entre $ 200 mil e R$
230 mil. Projeta vender 600 unidades em 2015. Concorrentes, 20 vezes mais.
Profissional –
Lastreado, respeitado, do ramo – foi da Petrobrás na nacionalização dos
equipamentos de perfuração, e do governo federal à abertura das importações,
presidente da Ford –, Antônio Maciel Neto, agora no. 1 do grupo CAOA defende a
manutenção do IPI reduzido. Sem choro argumenta, seria compensação à queda do
mercado em 2014.
Vermelho – Até setembro Ford perdeu US$ 975M na
América do Sul. Problemas foram em seu maior mercado, o Brasil: baixo
desempenho da economia e interrupções pela Copa do Mundo e Eleições; Argentina
e Venezuela, em credo comum, também perderam atividade.
Atestado – Inmetro, de metrologia, certificou o
Centro Tecnológico da Mahle Metal Leve em Jacareí, SP. O laboratório, um dos 10
da empresa no mundo, desenvolve anéis de pistão, camisas de cilindros e filtros
para motores flex.
Imagem – Pirelli, de pneus, é marca favorita
aos homens no Brasil, diz pesquisa Folha Top of Mind, com 46% das
indicações. Vista por patrocínios esportivos, bons produtos, institucionais -
como manter o monumento ao Cristo Redentor, Rio de Janeiro -, e equipar metade
dos automóveis e suvs nacionais.
História – 85 anos no Brasil; ligada aos
resultados de corridas com os carros nacionais nos anos ’60, com o pneu
Cinturatto, primeiro radial aqui produzido, divisor de águas em comportamento.
Mudança – Diz portal PIA, Intercar,
tradicional (desde 1962) revenda carioca de automóveis Mercedes-Benz, foi
comprada pelo grupo AB Paulo Simões, com bandeiras VW, Nissan, Volvo, Honda e
GM. Ao nome acrescerá prefixo AB; manterá loja em Copacabana e oficina em São
Cristóvão. Novo show room possivelmente no Leblon.
Festa – MAN Latin America, dos caminhões e ônibus
Volkswagen comemora 18 anos de fábrica em Resende, RJ. Pioneira, nela aplicou o
Consórcio Modular, sistema produtivo com fornecedores trabalhando na linha de
montagem.
Mais – Responsável por 65% da receita do
município, a presença da MAN, então Volkswagen, viabilizou ida de outras
montadoras e empresas no entorno – Peugeot/Citroën, Nissan, e futuramente
Jaguar Land Rover.
Mudança – Fortaleza aplica sete ônibus
articulados em corredor exclusivo Antônio Bezerra/Centro. Mercedes-Benz, a
exemplo de Brasília, S Paulo, Rio, Vitória, Curitiba e Porto Alegre. Tem 67% do
mercado de ônibus no Brasil.
Incentivo – Fenabrave, entidade dos revendedores
autorizados, e Caixa Econômica fecharam ação de vendas. Correntistas tem
crédito pré aprovado, pagamento pós Carnaval, juros de 1,35% a.m. e 36x. Até
final do ano.
Enzima – Neste mês promove o Salão
Auto Caixa, na rede revendedora. Último, em setembro, fomentou vendas em
18%. Tático, Flávio Meneghetti, presidente da Fenabrave, não calcula impacto
sobre vendas de varejo ou danos do aumento dos juros e a inflação do medo. Ação
interessa às duas partes.
Também – Banco do Brasil, também oficial, busca
ampliar-se na área. Oferece aos clientes BB Estilo, de maior renda,
financiamento em até 60x, juros a partir de 0,79% mensais, primeira parcela em
180 dias, troca com troco ... Momento atual sobra dinheiro, faltam clientes.
Mercado - Querem navegar no barco da reação,
findas eleições, com 13º. salário, desconto de IPI até o final do ano – e
mostrar resultados ao novo de novo governo federal.
Expansão – Outra fábrica do atrevido Grupo
Randon: Araraquara, interior paulista. Crê no futuro e atacará dois mercados:
semi reboques canavieiros e vagões ferroviários. Início de produção em 2016.
Governo paulista concedeu incentivos e fará ligação rodoviária à área, fazenda
com 122 ha.
Fim – Após 26 anos acabou a TAS, Torcida Ayrton
Senna. Família sem interesse em apoiar, pediu o imóvel da sede. Acervo à venda,
R$ 100 mil.
Enfim – Felipe Nasr, brasiliense,
chegou à Formula 1. Estará na equipe Sauber. Nasr é melhor que o team, mas era a única opção. Tem
talento para acertar o carro.
Gente – Boris Feldman, jornalista,
desafio. OOOO 35 anos no Estado de Minas, onde colocou o caderno
Veículos em liderança nacional, vai-se ao jornal Hoje em Dia.
OOOO Razões desconhecidas. Mercado diz, dificuldades financeiras do
grande jornal mineiro atrapalham o presente, arriscam o futuro. OOOO
Depois do
Renegade, um picape Fiat em Pernambuco
A Fiat
construiu, mas será uma das inquilinas do novo espaço industrial em Goiana, Pe.
Entre moldar o projeto e demarrar a atividade industrial, assumiu a corporação
Chrysler, unindo-se sob a razão social FCA. Tantas alterações re formataram o
projeto para produzir veículos das marcas associadas.
O pioneiro é o Renegade, menor na família Jeep, marca também absorvida. Logo
após, um modelo Fiat.
Não é apenas adicional endereço fabril, mas iniciativa corajosa, grande,
ampla, cara em seu investimento de R$ 4B, parte de projeto de políticas
públicas de dispersão das atividades industriais a outros estados. Jeeps já
foram montados em Jaboatão, Pe, no distante 1965, pela então detentora da
marca, a Willys-Overland.
O ampliar do leque industrial muda a feição do empreendimento. Não será
unidade fabril adicionando produção à marca Fiat mas, em nova óptica, ao raiar
do próximo ano resgatará e implantará duas marcas com pegadas no país, a citada
Jeep e Dodge/Chrysler.
O espaço em Goiana, próximo ao porto de Suape, facilita importar insumos
e exportar veículos, segue a vitoriosa estratégia da Fiat em atrair
fornecedores ao seu entorno - sob seu teto. A grande área de 12 milhões de m2 -
12 km2 ou três km de frente com lateral de 4 km, recebeu 12 galpões para 17
fornecedores-parceiros, operando a logística de produção ou finalização de
componentes ao lado das linhas de montagem de veículos. Reduz custos, fortalece
parceria, escapa dos problemas da entrega de componentes.
Capacidade industrial plena será de 250 mil unidades/ano - quatro vezes
a soma da Audi, da Mercedes, em implantação, e da BMW em início de
operação.
Quanto aos produtos, o pequeno Renegade foi apresentado como próximo
líder do segmento. Opções de motores 1.8 flex, 2.0 turbo diesel, transmissões
mecânica de 5 velocidades ou automática com seis e nove marchas, e diferenças
no padrão decorativo. Sucesso no Salão do Automóvel, quer reescrever a história
do Jeep no Brasil e transformar a linha de produção pernambucana em base de
exportações à América Latina.
Segundo produto terá marca Fiat. A empresa resolveu focar nos picapes,
sua área de maior competência e liderança, com novo modelo, situado no espaço
vago entre o líder Strada e os picapes médios. Motorização diesel fornecida
pela associada FPT, tração dianteira, focando em mercado de entrega urbana e
aplicações em asfalto.
Quem foi ao Salão o viu, mascarado sob a capa de um sedã/cupê
apresentado como FCC 4. Sob as linhas instigantes está a plataforma do novo
picape, com 5m de comprimento e 2m de largura.
Depois do
Renegade, no quatro trimestre Fiat terá picape grande. Aqui, escondido sob a
roupa de sedã/cupê.
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