sexta-feira, 28 de novembro de 2014

DE CARRO POR AÍ COM O NASSER



Coluna 4814       26.Novembro .2014                     edita@rnasser.com.br        
500 Abarth, o AMG da Fiat
Linguagem de automóveis tem algumas palavrinhas a simbolizar performance extra, diferenciativa dos demais da mesma marca, do mesmo tipo, porém de comportamento menos expressivo. No jargão do setor: AMG, M, S, significam na Alemanha, por exemplo, terem sofrido desenvolvimento pelas próprias Mercedes, BMW e Audi. Saleem, Cobra, SOV indicam nos EUA preparação para Fords. AMG é sobrenome mais conhecido e indicador deste apetite extra. Na Itália, país quase monomarca – a única não Fiat é a Lamborghini -, o nome Abarth é auto explicativo. Aliás, lá ultrapassou a espécie. Um Café Abarth é um expresso curto e muito forte. País de automóveis pequenos, a sempre líder Fiat foi a marca de maior interferência pela Abarth e este convívio levou-a a assumi-la pós passamento do fundador em 1979.
500 Abarth
Automóveis com rendimento implementado ultrapassam a noção superficial que para conseguir tais resultados basta apenas motor forte. Conversa fiada. Automóvel é equação matemática, e alterar apenas um de seus termos dá maus resultados. Assim, o uso do implementado motor 1.4 Turbo, 167 cv, aptidão para acelerar da imobilidade aos 100 km/h em 6,9s e atingir reais 214 km/h, exigem adequações na caixa de marchas, na suspensão, direção, amortecedores, freios. E, como automóvel não se vende apenas através do apelo de performance ao proprietário, há agrados para o seu vizinho. Quando ele fala “Aaah ...”  você sabe, valeu a pena ter pago mais caro. E, como ele não andará no carro, mas apenas o verá em sua vaga de garagem, há mudanças visuais.
Entre itens visualmente diferenciativos estão o escapamento duplo cromado – equipamento nacional pois o original e seu ronco viril ultrapassam os 80 decibéis da regra brasileira -, faróis com desenho particular, rodas leves exclusivas em aro 16” e pneus 195/45x16 também trocados por nacionais, faixas laterais contrastantes com as três disponíveis para a carroceria: vermelho sfrontato, chocante, branco, preto e cinza. Para choques aumentado para receber os radiadores de água e óleo. Dentro, estofamento em couro, bancos envolventes, pespontos vermelhos e como opcionais teto solar elétrico e som Dr. Dre, produtor musical e criador do sistema Beats Music. No total, 16 pontos tem a marca característica ou sua logo, o escorpião. Segurança por sete bolsas de ar laterais, de joelho, freios ABS com EBD, sinal eletrônico de parada súbita, programa de estabilidade, controle de tração e de torque. Ou seja, errou, ele corrige. No pacote funcional- decorativo discos de freio maiores com pinças em vermelho. Falta câmera de ré ou sensor de estacionamento – talvez a Fiat ache os proprietários capazes de fazer baliza sem a ajuda tecnológica.
Parte comercial desconhecida, embora previstas 400 vendas mensais. Preço ? Indefinido – ou taticamente esperando a definição sobre o futuro econômico do país, eis ser importado do México e pago em flutuantes dólares. Pela pretensão e posição de nicho no nicho, concorrente de Mini, projeta-se entre R$ 70 mil e 80 mil quando estiver à venda como presente de natal.
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500 Abarth, foguete de bolso
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Abarth pneu nacional
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O homem
Carl Abarth, austríaco ligado em corridas, seguiu o caminho natural do pós guerra, foi para a Itália. Naturalizou-se, virou Carlo, iniciou produzir comandos de válvulas, coletores de admissão e escape para aumentar potência dos fraquinhos automóveis de então. Em torno dos anos ’50 integrou, com Piero Dusio e Dante Giacosa a criação do Cisitália, divisor na construção de automóveis. Expandiu negócios, e seus escapamentos ganharam o mundo.
Evoluiu, fez derivados de Fiat e Simca, carros ganhadores de corridas, e foi ao pico com produto próprio a partir da plataforma do Fiat 1100 e seu motor. Daí, plataforma própria, agregou a temperamental caixa Colotti de 6 velocidades, e criou motor de sua lavra, 2.0, duplo comando de válvulas, dupla alumagem – duas velas por cilindro. Fazia 192 cv a 6.700 rpm, extremamente rentável e resistente. Dois, vindo ao Brasil, fizeram temporada de 13 corridas, sem retificar o engenho.
A Simca, marca aqui existente, para fomentar seu projeto de lançamento do modelo Tufão, importou três unidades em 1964: uma 1.6, quatro marchas, carro reserva, e duas 2.0, seis velocidades extra longas, inadequadas às nossas pistas. Na inauguração da extensa Rodovia do Café, no Paraná, em 1965, uma delas foi cronometrada a 303 km/hora – Jorge Lettry, o mago chefe da equipe Vemag, acompanhando-a por avião pequeno, contava, divertido ser a velocidade em terra superior à do ar! Fizeram 13 coridas, ganharam 9, e se foram sem deixar herança, cópia de plataforma, carroceria, motor. Década de ’70 a Fiat comprou a marca e recentemente enzimatizou-a, colocando a trabalhar e desenvolver versões sobre seus produtos. O 500 Abarth ora importado é o primeiro degrau de preparação.
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Abarth, Brasil, 1964, publicitariamente ditos Simca
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O local
Autódromo de Goiânia, um dos melhores do país, racionalmente recuperado: pista com asfalto removido, base corrigida e colocação de novo revestimento com especificações para corridas; 23 boxes sob o critério de equipe – 19m de frente, para dois carros; camarotes sobre os boxes; arquibancadas refeitas, mudança das áreas de escape nas curvas, substituindo a brita por asfalto.
A inteligência do projeto está em colocar cercas vazadas expondo o movimento interno, abrir o autódromo à população – ciclistas profissionais o utilizam nas primeiras horas e após, público em geral. Além disto, criação de pistas para patinação e skate, de kart, play ground.
O governo de Goiás entendeu sua importância como alavanca de política, geração de recursos pela atração turística e a bandeira goiana mais visível no mundo. Não é apenas dos melhores autódromos no país, mas espaço aberto ao público, onde se realizam corridas. Ótima estrutura foi mandatória para a Fiat lançar o 500 Abarth em Goiânia.

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Circuito de Goiânia, restaurado com inteligência
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Mudança na Volkswagen. Sai Schmall, entra Powells
Ativo presidente da Volkswagen nos últimos sete anos, Thomas Schmall, administrador, 51, brasileiro nacionalizado, foi promovido: passa a integrar a mesa diretora da marca VW, na sede em Wolfsburg e, como executivo, responderá mundialmente pela área de Componentes.
David Powells, auditor, 52, pelo mesmo período foi o número 1 da VW da África do Sul, mas tem experiência na filial brasileira, onde foi VP de Finanças e Estratégia Corporativa entre 2002 a 2007.
Schmall, workaholic assumido, substituiu outro ex-presidente da VW sul africana e realizou grandes obras na VW. Pessoalmente conseguiu resgatar o comando da marca na América Latina, antes com a VW da Argentina, obteve apoio para largos investimentos na expansão e re equipamento das fábricas, mudou a motorização para engenhos atualizados, aumentou a capacidade da linha de produção da Saveiro, prepara a velha usina de São Bernardo do Campo, SP, para receber a produção do novo Jetta, teve gestão de trato confiável no relacionamento com os obreiros, e inovou com a construção de duas usinas hidroelétricas para fornecer energia à sua empresa. Sua maior conquista foi ter re inserido e elevado a VW Brasil no organograma da matriz. Produzir o up!, e agora o Jetta alça-a à padronização mundial da marca e acabará com os produtos exclusivos.
Powells tem credenciais acadêmicas para focar o aspecto financeiro – a VW deverá escriturar prejuízo neste ano -, e aproveitar os resultados em métodos e produtos implantados na gestão Schmall. Relativamente aos dois outros presidentes oriundos da África do Sul, tem dois predicados: fala, entende e lê a linguagem local; ser presidente da VW do Brasil não será seu último posto, o que instiga ambição de bons resultados, escada para subir. A VW do Brasil já alavancou carreiras anteriores. Um, para a presidência mundial, outro para a presidência da Audi. Mudança ocorrerá na virada do ano.
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Powells chega, Schmall vai para o Board
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Roda-a-Roda
A fim ? - Gostas do Fiesta dito Rocam para indicar o motor, e com formas da geração anterior ao do hatch ora produzido ? Corra. A Ford o descontinuou e últimas unidades remanescem na rede de revendedores. Acabou, acabou.
P’ra fora – Toyota inicia vender Etios flex para o Paraguai. É, no Mercosul, o único a dispor do combustível em postos de reabastecimento.
Ocasião – Para sinalizar gestão cuidadosa, o governo cortará o benefício da redução de IPI para os veículos O Km. Afim ? Aproveite até o fim do ano.
Renovação – Após intervenção nos anos ’90 para construir o Polo, atualizar linha de produção do Saveiro em 2013, fábrica Volkswagen na Via Anchieta – ligação S Paulo/Santos-, comemora 55 anos, produção de 13M de veículos, e repaginação interna para produzir o Novo Jetta no início de 2015. Produto atualizado, no conceito Globalização Tecnológica .
Demanda – No Fórum Direções Quatro Rodas, Luiz Moan, presidente da Anfavea, associação dos fabricantes de veículos, clamou por previsibilidade. Segundo ele não se pode pensar apenas nos 4 anos vindouros, mas em política até 2025. Isto permitiria planejamento para investimentos. 
Mais – Em seu entender, quando se clama pela mudança do transporte individual para o coletivo, não se entende razão de os terminais de Metrô sem estacionamento para receber usuários de transporte individual.
Para entender – A apuração dos fatos descobertos pela Operação Lava Jato da Polícia Federal, o cuidado tático do juiz Sérgio Moro, para apurar e sentenciar consertarão os furtos, alcances, prevaricação dos gestores públicos ?
Sem entender – Não. Mudarão apenas os agentes, e o mal está na distribuição dos cargos aos políticos. O indicado é um fomentador de negócios ao partido, ou a quem o indicou, ou para si – ou para todos juntos. Mudança apenas com gestores de carreira e competência provada.
Oficina – Em cotejo da Caçula dos Pneus, centro automotivo, surpresa no maior volume de serviços: Toyota Corolla 28% das intervenções, Honda Civic em 2ª. posição, 18% da clientela. 10º. lugar Honda CR-V.
Mercado – Com vendas acima dos carros novos, segmento dos usados tentará entender o momento, projetar o futuro, aproveitar a onda no 3º. Congresso Nacional de Seminovos, 3 a 5 de dezembro, litoral baiano.
Dúvidas quanto ao futuro e elevação dos preços dos novos pela restauração do IPI pleno devem turbinar o mercado dos usados.
Do Ano – Sócios da FIPA, federação de jornalistas especializados em automóveis na América Latina, elegeram BMW M4 e Nissan Qashqai Auto e SUV de las Américas. Piloto, o argentino Pechito López, campeão em rallies.
Belém – Importadora Chevrolet, em Belém, Pa, reforçou equipe de vendas, estoque de veículos, e financia alguns modelos por taxa zero em até 36x.
Gosto – PPG, fábrica de tintas, indica mudança em preferências por cores na América do Sul. Branco agora lidera; preto caiu a terceiro lugar; prata é segundo. Por formas: prata domina em hatches; SUV e SAV, o branco. 2015, cores naturais, cobre, laranja e marrom, metálicos bronze, chumbo e ouro rosé.
Triciclo – Em Goiânia a primeira revenda Motorcar em Goiás. Monta triciclos motorizados em Manaus, aptos a transportar até 350 kg de carga ou passageiros, de acordo com a configuração. Preços de R$ 13.900 e R$ 14.900.
Ação – Investe São Paulo, agência paulista fomentadora de negócios, atraiu fábrica de trens e material rodante da Hyundai para Araraquara. Investimento de R$ 100 milhões, 300 empregos. Inauguração em 2016, e pré vendas de 240 carros para a Cia Paulista de Trens Metropolitanos e 112 para Metrô Bahia.
No ar – Gol terá voo direto de Brasília a Buenos Aires, demanda antiga dos brasilienses, condenados a grandes esperas de conexão. A partir de março, quando Capital passa a ser hub, um dos pontos de distribuição de voos.
No chão – Aerolineas Argentinas avisa ter montado frota com 15 ônibus O km para ligar Aeroporto de Aeroparque a cinco pontos em Buenos Aires. Gracioso aos membros de seu programa de milhagem.
Dia – Santo Elígio, ou Elloy, ou Elói, padroeiro dos ourives e dos mecânicos, comemorado no 1 de dezembro. Fazer mecânica limpa é ourivesaria.
Cizânia Coluna passada informou protesto de funcionários contra a GM por pedir prédio onde funciona a associação desportiva da marca. Empresa diz ter feito parceria com o SESI para atividades sócio esportivas recreativas dos funcionários e familiares. Sem prejuízo neste setor venderá o valioso terreno. 
MaisColuna iniciou ser veiculada no sítio BestCars, uma das referências nacionais em qualidade auditada de informações. Também, em Automóveis & Caminhões, do polêmico editor Raymar Bentes, Belém, Pa. Com tais adições, em mídia impressa e on line, atingiu pico de 9.938.300 leitores - responsáveis pelo surpreendente número.
Museu – Jorge Cisne, hoteleiro em Salvador, Ba, e ativo resgatador do antigomobilismo em seu estado, implantará museu temático. Será no futuro autódromo em São Francisco do Conde, a 60 km da capital baiana. Passo importante, cria atrativo turístico e qualifica o antigomobilismo na Bahia.
Gente Fábio Fossen, brasileiro engenheiro mecânico, mestre em Administração, diretor da Coca-Cola, mudança. OOOO Novo presidente da Bridgestone de pneus. OOOO Outras, na área: Paolo Ferrari, ex CEO na matriz para a região Nafta, novo número 1 para América Latina. Gianfranco Sgro, ex CEO, muda-se para a Suiça, membro do board da K+N de logística. OOOO Ronaldo Znidarsis, novo VP de vendas e marketing da Nissan Brasil. OOOO Cadeira incômoda, não esquenta. OOOO Paulista, carreira no exterior, deixou a GM alemã pela área comercial da VW Brasil há quatro meses. OOOO Emerson Fittipaldi, quase 69, bi campeão em Fórmula 1 e das 500 Milhas de Indianápolis, retorno e sonho. OOOO Competirá nas Le Mans 6h de São Paulo, prova do mundial da categoria, em Ferrari F458 Itália GTE. OOOO Fittipaldi, por condições diversas nunca viabilizou o convite do comendador Ferrari para conduzir carro da marca. OOOO Pedro Piquet, 16, campeão brasileiro de Fórmula 3 por antecipação. Tem dos melhores recordes de atuação: venceu 11 das 16 provas disputadas e foi o principal nome da categoria neste ano. OOOO
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2008, a bandeira da nova Peugeot
Quando apresentar, ao primeiro trimestre do próximo ano, seu pequeno utilitário esportivo 2008, a Peugeot terá um produto e dois efeitos. Primeiro, o do produto de sucesso mundial para incluir o Brasil e o Mercosul na lista de mercados de sucesso. O 2008 é saudado mundialmente e tem demanda elevada. É um dos puxadores de vendas para a marca. Segunda missão, ser efeito demonstração do novo conceito e visão da Peugeot sobre o mercado brasileiro, maior e líder na região. O novo produto exibirá cuidados e conteúdos em conforto e tecnologia para diferenciá-lo na classe, fugindo da disputa com produtos líderes, porém com versões despojadas.
Em meio às consequências de nova gestão mundial e novo comandante no Brasil, a área comercial da marca constatou a evidência do mercado ou, como o comprador vê a Peugeot. O resultado, numérico, indicava que dentre as vendas do 208, líder da marca, 25% das compras eram da versão mais equipada - usual no mercado geral é que as versões de topo representem 10%. Em contraposição, a procura pela versão menos dotada e mais barata, também invertia a regra generalizada: apenas 8%.
A conclusão foi óbvia: o consumidor vê os Peugeot como produtos refinados, elegantes. A direção brasileira mudou foco, postura e novo caminho. Consequência prática, deixou de lado fazer versões simplórias, cortou a simplificação para concorrer com produtos mais baratos, e incrementa o conteúdo de seus veículos. Quer seguir a percepção do consumidor: seus carros serão distinguidos por luxo e conteúdo, mesmo significando reduzir vendas - entretanto aumentando o lucro unitário, garantindo resultados rentáveis e positivos -, e diminuindo a participação nas vendas globais do mercado doméstico.
O 2008 já iniciou pré produção na fábrica de Porto Real, RJ.
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Peugeot 2008, início de 2015
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Exibindo Foto Legenda 07 coluna 4814 - peugeot_2008.jpg

Interior refinado e equipado exibe a nova direção dos Peugeot: conteúdo rico.
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