domingo, 11 de maio de 2014

FRANCESES E CHINESES BY JLV



Quase quarenta anos após a Volkswagen tornar-se a primeira fabricante global a construir automóveis na China, as francesas Renault e Peugeot-Citroën estão correndo esbaforidas para expandir seus negócios no que se tornou o maior mercado automotivo do mundo. 


Seguindo um esquema já praticamente universal, de fazer sociedade com uma montadora local (principalmente de propriedade do governo), a Peugeot-Citroën vendeu 14% de suas ações à Dongfeng Motor Company, a segunda maior fábrica de automóveis chinesa, que produz carros Nissan e Honda e iniciou a construção de uma fábrica local.

Desde 1992 os Peugeot são sedãs‘esticados’, como gostam os executivos locais. Interessante lembrar que o primeiro Volkswagen chinês foi o Santana brasileiro, devidamente ‘esticado’, com portas traseiras maiores para maior facilidade de acesso e conforto das pernas de quem ia no banco traseiro.

Assim mesmo, as coisas não serão muito fáceis, já que os mercados europeus estão em seu nível mais baixo desde 1995. O carro que vai receber os maiores benefícios será um sedã Nissan.


Philippe Varin, CEO da PSA, distribuiu um vídeo à Imprensa e a várias associações de formadores de opinião dizendo logo de cara que “A PSA está de volta ao ataque.”

O problema é que o market share da PSA está em 3,5%, a China tem hoje cerca de 100 fabricantes de automóveis e comerciais leves - e mesmo os maiores fabricantes, Volkswagen e General Motors, têm cada um pouco mais de 10% do mercado. 

Carlos Ghosn, CEO da Renault, não aceita a idéia de que sua entrada no mercado chinês esteja atrasada demais, apontando para a posição da Nissan como a maior marca japonesa naquele mercado. “Chegar muito cedo ou muito tarde não é relevante. O que interessa é trabalhar direito, tanto em termos de localização como de oferta de produtos.”

No ano passado, a Renault teve perda de 2,3 bilhões de euros na França e em outros mercados europeus, enquanto a Dong Feng vendeu 26,1% a mais do que no ano anterior -um total de 550 mil veículos. Na atual joint venture, tanto a Dongfeng como o governo francês, pincipais donos da Renault, terão de injetar 800 milhões de euros cada um, para ficar com idênticos 14% da firma.

JOSÉ LUIZ VIEIRA - www.cargaetransporte.com.br

Um comentário:

Anônimo disse...

Ainda bem que alguém esta correndo atrás de alguma coisa né!