Saiu no Jornal Eletronico de Brasilia uma defesa do Museu:
DIVULGUE AOS AMIGOS, APOIE, ESCREVA PARA O SEU DEPUTADO, SEU SENADOR, SEU JORNAL, GRITE, ESPERNEIE, PROTESTE ENQUANTO É TEMPO PARA NÃO CHORAR DEPOIS!
10 do 09 de 2011 às 10:35
Natalia Emerich_Brasília 247 – A Secretaria de Turismo, em parceria com outros órgãos do governo, estuda opções para transferir o Museu do Automóvel de Brasília, que terá de deixar o Setor de Garagens. Entre as possíveis áreas, segundo o secretário de Turismo, Luis Otávio Neves, estão dois terrenos no Setor de Indústria e Abastecimento e o Autódromo Internacional Nelson Piquet.
Desde 2004, o museu privado ocupa dois galpões do governo federal, perto do Palácio do Buriti. Com 1,8 mil metros quadrados, o espaço, que abriga carros antigos, relíquias automobilísticas e biblioteca, corre o risco de fechar as portas. Isso porque, conforme decisão judicial, a área deverá ser devolvida ao Ministério dos Transportes, que quer os galpões para estocar o arquivo morto da extinta Rede Ferroviária Federal. O ministério reivindica a desocupação do local desde 2009.
Em setembro de 2010, o órgão entrou com pedido de reintegração de posse na Advocacia-Geral da União. A Justiça concedeu prazo de 30 dias para a devolução do espaço. O diretor e curador do museu, Roberto Nasser, recorreu e obteve mais 180 dias. O prazo venceu em 30 de maio.
A ocupação da área pelo museu se deu por meio de convênio entre a Fundação Memória dos Transportes, representada por Nasser, e o governo federal. No entendimento do ministério, o uso da área pelo Museu do Automóvel não tem validade legal, uma vez que o convênio foi rescindido há mais de dez anos. Segundo Nasser, porém, o convênio foi firmado em 1996, quando a área não pertencia ao ministério, e sim à Secretaria de Patrimônio da União. A reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação do Ministério dos Transportes e não obteve resposta.
O Museu do Automóvel funciona com a verba arrecadada com a venda de ingressos e com apoio financeiro do próprio curador. Parte do acervo é dele e o restante é consignação. O proprietário diz que, nesses anos de ocupação, tem investido em benfeitorias no espaço e quer permanecer na área. Ele ressalta a localização, na rota turística da capital, e diz que seria arriscado transferir todo o acervo. "O arquivo morto da Rede Ferroviária Federal é todo digitalizado e não precisa ocupar dois galpões", acredita.
A preocupação de Nasser é que a desocupação signifique o fim do museu. "É a trajetória automobilística brasileira sendo contada a crianças e adultos de todas as regiões e classes sociais", afirma. Para o diretor, ele acaba fazendo um investimento que caberia ao governo ou a entidades que representam fabricantes de veículos. "Eu me esforço para manter viva a história deles, faço um dever de casa que não é meu", desabafa.
O secretário de Turismo também considera o museu fundamental para Brasília. Além de instruir e contar a história automobilística do País, o acervo é um grande atrativo turístico. "Espaços assim prendem os visitantes na cidade, eles acabam passando mais um dia para visitar lugares como o Museu do Automóvel", justifica. Neves diz que já participou de reuniões com outros integrantes do governo sobre o assunto e que busca um meio de ajudar. Não há previsão de data para que as mudanças ocorram.
Antigos
Quem visita o Museu do Automóvel começa a viagem imaginária no século 18. Quem nunca ouviu falar do Ford de bigodes, que fez sucesso no Brasil de 1908 a 1927? Mais adiante é possível conhecer o primeiro carro de corrida fabricado no País, o Willys Gávea (1965). O acervo também conta com o Amilcar CGS, de 1922, revolucionário à época, com os carros populares da Willys, com a réplica do Porsche 359, além dos famosos Puma, Rural, Dauphine e Alfa Romeo. Mais de 40 carros antigos estão expostos no local. Veja galeria de imagens.
Além de veículos, o visitante pode conhecer a automobília – miniaturas de carros e acessórios relacionados. Na biblioteca especializada em automóveis, mais de 7 mil exemplares compõem o maior acervo do segmento do País.
Visite:
Museu do Automóvel de Brasília
Seto de Garagens Oficiais Norte – Quadra 1, nº 205 (próximo ao Eixo Monumental, na altura do Memorial JK)
De terça a domingo, das 11h às 18h
Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). Alunos da rede pública de ensino, pacientes da rede Sarah Kubitschek e funcionários aposentados do GDF não pagam
Informações: (61) 3225-3000 ou
Um comentário:
O Brasil tem sido, ao longo dos anos, um País sem memória, porque não preserva e, até mesmo, agride seu próprio passado.
Isso não é 'coisa de terceiro mundo, é a manifestação da ignorância que tem predominado num meio político despreparado para os desafios do verdadeiro desenvolvimento.
O Ministério dos Transportes, com uma alegação chula de abrigar o 'arquivo morto', se prepara para perpetrar um verdadeiro CRIME CONTRA A CULTURA nacional.
Senhor Ministro, dê o exemplo e mostre aos brasileiros que ministros não precisam ser ignorantes e corruptos, SALVE O MUSEU DO AUTOMÓVEL BRASILEIRO!
Ari Rocha
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