Genebra, uma
encruzilhada para o futuro ?
Genebra Motor
Show, mostra anual, antiga, está na 85a edição,
em país de pequena e pontual produção de veículos. É exercício de criatividade,
sobrevivência, e nos últimos anos tomou o caminho mercadológico de ser palco
para apresentação de novas tecnologias para combustíveis alternativos. Assim,
não compete com Paris, França e Frankfurt, Alemanha, maiores em extensão,
presença, e capacidade de influência ao amplo mercado europeu, e de realização
alternada. Em Genebra maioria dos visitantes é natural. A público
entre 5 a 15 de março.
Neste ano,
previstos 700 mil visitantes verão nos 220 stands, 900 veículos,
mais de uma centena de lançamentos, e pelo menos uma demonstração de
viabilidade de novo veículo elétrico, o QUANDTiNO, como nova tecnologia eletro
veicular. Antes apenas permitida a veículos pequenos e de baixa velocidade e
autonomia, como os carrinhos de golfe, consegue somar grandezas inconciliáveis
pelos processos atuais: baixo consumo, elevada performance. Seus quatro motores
de 25 w – equivalendo a 130 cv -, permitem atingir 200 km/h e superar 1.000 km
de autonomia.
A morfologia é
de automóvel, quatro lugares, tamanho de um VW Gol, e marcantes rodas de 22”.
A ser verdade
o divulgado pela construtora nanoFlowCell AG, apesar de atrativo,
deve ser visto apenas como efeito-demonstração de nova tecnologia, capaz de re
escrever toda a motorização hoje empregada nos veículos elétricos, plug
in ou híbridos.
Novidade
midiática, o novo Ferrari 488 GTB, espécie de 2a edição do modelo Itália, marcado por pequenas mudanças estéticas,
como maiores entradas frontais de ar. Motor reduzido a 3.9 litros, V8 a 90
graus, dois turbos, 670 cv de potência, câmbio de dupla embreagem, 7
velocidades.
Possibilidade
material, o conceito Kia Sportspace. Totalmente novo, projetado na Alemanha. Na
prática a proposta está mais próxima a Grand Routier, como os
franceses dizem os carros estradeiros, capazes de bem andar e faze-lo com
conforto, firmeza e estabilidade no rodar. No caso, aerodinâmica, confortáveis
quatro lugares, espaço para bagagens. O Sportspace supera a fase do conceito e
pode se transformar em produto a curto prazo. Na mostra e da prima Hyundai, o
novo I35. Não deverá vir ao Brasil. Aqui se montam a avó, Tucson, e a mãe,
também dita i35.
Outra atração
será a volta da marca Borgward, uma das mais importantes da Alemanha no
pós-Guerra, e de fim nebuloso – falência declarada apesar de ter patrimônio e
recursos superiores às cobranças. Volta com Christian, neto do fundador Carl
Borgward, e a sede é na Suíça. Marcante em solidez, rendimento e bom design,
fez sucesso na década de ’50 com os Isabella, sedã 2 portas, Coupé TS e a
camioneta Combi. Quase foi feito no Brasil. Genebra viu, em 1949, o Borgward
Hansa 1500, primeiro produto inteiramente novo após a razia industrial sofrida
pelos alemães na II Guerra Mundial. A apresentação do modelo redivivo, no mesmo
Salão, é para fortificar os laços com o passado.
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QUANTINO: O FUTURO CHEGOU COM ELLE
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Abril, os
Chery nacionais
Enfim, após a
festiva inauguração em agosto, Chery inicia fabricar no país. Inicialmente
modelos Celer, hatch e sedã, motor 1.5. Envio aos 70
revendedores em março, lançamento e vendas em abril.
Os meses de
2014 foram de funcionamento em marcha lenta industrial para afinar mão de obra,
processos, máquinas, e contornar a convivência entre culturas tão díspares
quanto a local e a chinesa. Também, de definir gabarito de relacionamento com a
mão de obra contratada localmente, em especial ex-funcionários da General
Motors, com maior vivência sindical, e a tumultuada cultura da região. Por
conta dela a General Motors, a pouca distância, em São José dos Campos, tem
minguado a produção, cortado empregos e, recentemente, optou fazer motores em
Santa Catarina e a próxima geração de carros pequenos na Argentina, para evitar
interrupções e greves.
No período a
empresa produziu 123 unidades de veículos em Pré Série, para testes locais e
não serão vendidos a público, mas destinados a frota de serviço e a executivos
da marca.
A fábrica da
Chery, de capital totalmente chinês e sem sócio brasileiro, foi construída em
Jacareí, a 70 quilômetros ao norte da capital, cidade-chave para distribuição,
na Via Dutra e Via Dom Pedro I.
A Chery lidera
vendas dos chineses no Brasil e intenta, com a atividade industrial, fazer 25
mil unidades em 2015. Para comparação futura, hoje os preços das unidades
importadas são R$ 35.900 para o hatch e
R$ 2 mil mais pelo sedã. Conteúdo, preço e condições de venda serão
fundamentais para o futuro da marca.
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Chery Celer
paulista, vendas em abril
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Alfa, Brasil,
2017
Discurso de
Sergio Marchionne, CEO da FAC, a holding de Fiat e Chrysler,
aos acionistas encerrou esperanças de produção de Alfa Romeo na grande fábrica
a ser inaugurada pela empresa em Goiana, Pe. Marchionne apresentou o plano de
produtos, e nele os Alfa Romeo foram o tema de relevo, especialmente pelo
ultrapassar da previsão de investimento de US$ 5B para a revitalização da
marca. Agora tratada como reserva de história, cultura e paixão, carros da marca
voltarão a utilizar tração traseira e/ou na 4 rodas. E a produção de veículos e
motores será na Itália.
Especulava-se
no Brasil a possibilidade de o próximo sedã Fiat ser o Viaggio, ora produzido
na China, sobre plataforma dividida com o norte americano Dodge Dart, e apta a
receber motorização Alfa. Mas as declarações enterraram a possibilidade, assim
como fazer o modelo Giulietta sobre a plataforma do Punto, como ocorre na
Itália.
2017 ?
Alfa terá
início da retomada dia 24 de junho com sedã médio, sem nome oficial, mas
tratado mundialmente como Giulia, nome mítico para a marca. Após, até 2018
serão mais sete veículos.
Entretanto,
Carlos Eugênio Dutra, diretor de Planejamento e Estratégia de Produto da Fiat, cortou
o barato e as esperanças de Alfistas nacionais em adonar-se do novo
modelo. Segundo o executivo, toda a dedicação da parte Fiat no Brasil está na
grande fábrica ora implantada, e nos investimentos em tempo, talentos e
recursos para os novos produtos Jeep e Fiat. Assim, por cautela, e tendo em vista
a definição interna sobre a distribuição dos Alfa por inexistente rede separada
de Fiat, Chrysler ou Jeep, Alfa Romeo no Brasil é assunto para 2017.
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Alfa.
Renascimento em junho, Brasil daqui a dois anos
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Mini Fiat em
um ano
Fonte
acreditada da Fiat levantou a pesada e negra cortina vedando informações sobre
seu novo carro de entrada no mercado. Ainda sem nome, mas criado para ser o
menor da linha, é um dos oito produtos em desenvolvimento pela marca.
Lançamento em março de 2016.
Mesmo
executivo disse, com satisfação, a equipe de planejamento conseguiu atingir o
objetivo do projeto: ter o veículo, com os legais ABS e bolsas de ar, capaz de
ser aprovado em testes de impacto, pelos mesmos R$ 22 mil praticado pelo antigo
Mille, descontinuado por não absorver tais equipamentos, e em fim de vida, em
2013.
Redução de
custos por projeto, plataforma, método de armação da carroceria, melhor
estrutura com menos vincos, pontos de solda e operações industriais permitiram
reduzir o custo de produção ao objetivo.
Motorização
possivelmente o 1.0 de quatro cilindros da casa. Ao contrário do divulgado por
algumas fontes, a Fiat não dispõe de motor 1.0 em três cilindros.
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Roda-a-Roda
Enfim, - Crescimento
das vendas na China e recuperação na Europa permitiu à PSA, holding reunindo
Peugeot e Citroën, após três anos ter lucro no exercício de 2014: 63 milhões de
Euros. Carlos Tavares, português, ex vice da Renault e agora número 1 da PSA
disse, resultados andam à frente do projeto de reestruturação. Uma surpresa.
Aqui –
Previsão de Tavares aos investidores contraria projeções locais das vendas em
2015 bisarem ou crescer pouco relativamente a 2014. Calcula queda de 10% na
América Latina – onde Brasil é metade do mercado.
Mercado – Audi
experimenta no pequeno e contado mercado uruguaio automóvel como sedã de
entrada da marca: A3 Sedan simplificado, pequeno motor 1.2 TFSI, franciscano
câmbio automático de 5 velocidades.
Reflexo – Carro
brilhando à noite é proposta da Nissan para identificar o Leaf, seu modelo
elétrico. A ideia, para chamar a atenção da presença da frota ecológica, parte
de spray Starpah desenvolvido pelo inventor Hamish Scott.
Segredo – A
tinta absorve raios ultravioleta durante o dia, para brilhar entre oito e dez
horas à noite, e coerentemente utiliza componentes naturais. Tem enorme
duração, projetada em 25 anos. Por isto não espere tê-la em seu carro – a
indústria de tintas nunca se interessaria em produzir algo tão duradouro.
Impulso
– Lexus, marca de luxo da Toyota, reposicionou os preços do
luxuoso hatch híbrido CT200H. Reposicionar, em linguagem de
gente, significa reduzir, baixar. No caso, de R$ 134 mil para R$ 127 mil, e de
R$ 154 mil a R$ 149.500 na versão Luxury. Vender carro híbrido em país sem
incentivo ao uso, é exercício institucional.
Questão
- Próximos dias solução ou arrepio comercial com o México, com quem
o país administra programa de quotas para importação e exportação. Problema é
exportarmos pouco e importarmos muito. Acima da cota os carros mexicanos devem
pagar o desmesurado imposto de importação de 35%. Daí,
México não
quer mais esta regra, postergada, e em seu lugar o livre comércio. Exportamos
pouco por não sermos competitivos.
Festa –
Subaru, cujos veículos se caracterizam por motor de cilindros contrapostos e transmissão
com tração permanente nas 4 rodas, comemora 15 milhões de motores e 14 milhões
de transmissões fabricados.
Mais um
– HR-V, novo SAV da Honda será apresentado entre 10 e 12 de março.
Não é um jipinho, como alguns jornalistas insistem rotular, mas um monovolume
com tração apenas nas rodas dianteiras. Diferença entre concorrentes será
charme visual, mais para automóvel, menos para veículo de trabalho, cuidados
internos, a excepcional multi combinação com os bancos. Motor 1.8, 140 cv,
mesmo do Civic, apesar da plataforma utilizada ser do Fit.
Sobe – Banco
Volkswagen oferece até 15 de março condições especiais para vender motos
Ducati, do grupo: 30% de entrada, 23 prestações contidas e última na metade do
preço total. Após comprador pode quitar o financiamento ou usar a parte paga
como entrada de Ducati nova.
Desce –
Bramont, montadora de veículos na Zona Franca de Manaus, suspendeu montagem das
motos Benelli.
Mahindra – Marca
indiana, montada pela mesma Bramont, deteve operações. Já ocorreu antes e voltou
tibiamente. Não se sabe se retomará ou sairá do negócio.
Promoção – Suzuki
segue trilha aberta pela Mitsubishi e sulcada pela Troller para divulgar-se:
chamar os usuários da marca a utilizar seus veículos em atividades variadas. É
o Suzuki Off Road. Para velocidade, o Swift Sport Cupa
ser corrida com este modelo no autódromo Vello Cittá. Além, participará do
Rally dos Sertões e, curiosidade, competições náuticas – como a Mitsubishi.
Corte – Medida
de economia e produtividade, Toyota cortou mordomias de escritório caro e em
luxuoso bairro paulistano, retornando a administração para a pioneira fábrica
na Estrada do Piraporinha, em São Bernardo do Campo, SP.
Tranco – Levantamento pelo Instituto Brasileiro de
Planejamento e Tributação – IBPT, arrecadação do IPVA é R$ 32,756 B. Divididos
pela população significa paulistas líderes em ônus: R$ 307,13 per
capita. DF 2º. lugar: R$ 248,13/habitante. Médios R$ 161,55/brasileiro. Na
prática, Receita há. O que não há é retorno em serviços aos contribuintes.
Saber mais ? www.ibpt.org.br
Centenário – Allison Transmission, nascida produtora de
peças de precisão para carros de corrida, agora maior fabricante mundial de
transmissões automáticas para veículos comerciais, festejará 100 anos durante
2015.
Gente – ZF,
fábrica de transmissões, tem dois novos diretores para América do Sul. OOOO
Tarcísio Costa, 51, administrador, atuação internacional, para Gestão de
Materiais. OOOO Marcel Oliveira, 51, mestre em administração, experiência
no ramo, cuidará dos recursos humanos. OOOO Takanobu Ito, 61, CEO
da Toyota, saída. OOOO Re-calls, processos de indenização por
clientes, prejuízos, saída da Tailândia, e a certeza de perder a liderança
mundial para a Volkswagen, definiram mudança. OOOO Seu lugar, Takashiro
Hachigo, 55, atual nº1 em pesquisa e desenvolvimento. OOOO Desconhecem-se
influências da mudança sobre Toyota no Brasil. OOOO
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