Hyundai HB 20 inicia novo ciclo do mercado nacional
Bom, garantido por cinco anos, representante do atual conceito de insuperável qualidade coreana, o Hyundai HB 20 – H de Hyundai, B de Brasil, 20 da plataforma – chega ao mercado em outubro. Como diz o título, inicia novo movimento no mercado dos carros brasileiros. Junto com ele, o Toyota Etios, com vendas também em outubro, e o Honda Brio, para 2013, são as grandes referencias, os concorrentes a ser perseguidos pelos carros ora existentes no mercado nacional, em especial os do segmento de preço entre R$ 20 mil e R$ 30 mil – VW Gol, Fiat Palio, Ford Fiesta, e o Chevrolet Classic em fim de linha. É o segmento onde as 4 maiores dominam 94,8% das vendas – e novos concorrentes querem se fazer presentes para atender à faixa de ascensão econômica de novos clientes.
Os três novos tem característica comum: foram formatados para mercados em desenvolvimento, os BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul. No específico, todos já estão na Índia.
A Hyundai adotou estratégia inteligente vindo ao mercado com veículo menor, com plataforma para uso confortável a quatro passageiros, capaz de gerar versões como hatch, sedã 4 portas, utilitário esportivado e, se o caso, picape, exatamente no segmento de maiores vendas, além de permitir motorização de várias cilindradas. A linha comum, de atualização tecnológica, é o emprego de motor 1.0 com três cilindros, 12 válvulas – único no Brasil – e o 1.6, aqui conhecido por equipar os Kia Soul e Cerato. A Kia, todos sabem, é marca Hyundai e com ela divide componentes. Boa característica dos motores é a atualidade tecnológica, medida pela potência fornecida, respectivos 80 e 128 cv, as maiores do país nestas cilindradas. Os veículos se compõem com câmbio mecânico de cinco velocidades e opção automática, com 4 marchas – anteriormente empregadas em Soul e Cerato – para motor 1.6. Em termos de refinamento, a versão de topo terá comandos de som no volante.
O HB 20 começa com versão 4 portas hatch, e mostrará no Salão do Automóvel, outubro, um sedã e um esportivado a ser produzidos em 2013.
A rica sequencia é para instigar compradores e motivar a rede. A distribuição, como descrito pela Coluna, cindiu a operação da marca. A CAOA, representante, importadora, com pequena industrialização em Goiás, venderá seus produtos e os importados. A nova rede de 100 concessionários comercializará inicialmente os novos produtos Hyundai a partir do HB 20, e versões, visando produzir, em sua nova fábrica em Piracicaba, SP, 150 mil unidades anuais. O volume e variações são para viabilizar o negócio dos novos distribuidores.
Como é
Cumpre o be-a-bá das exigências do mercado neste segmento, mostrado nos produtos re editados dos concorrentes: bom espaço interno, recheio de equipamentos, confortos de eletrônica, motores pequenos e de pouco consumo, garantia maior. Painéis de porta e de instrumentação em plástico cinza fosco de contato agradável e bom alinhamento. A distribuição de espaços é muito boa, bem comparada ao Toyota Etios: deixa um motorista de 1,80m dirigir com o banco recuado e, deixando distância de conforto para o banco traseiro.
Cumpre o desejo dos motoristas de hoje, com espaço, conteúdo de confortos, relativa segurança passiva. Não será o mais barato da turma, e o preço especulado, de R$ 27.990 ficou para trás porque não haverá HB20 pelado, apenas bem equipados. Os R$ 31.995 para a versão inicial, embute não apenas elevada dose de confiança, entusiasmo, ar, direção, duas almofadas de ar, sem ABS. A versão completa, 1.6, transmissão automática, fricotes eletrônicos, a presumidos R$ 42.000.
Para situá-lo, será esteticamente o mais atrevido da nova turma do segmento. Etios como intermediário, Brio com a caretice insossa dos Fit e City.
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Hyundai HB 20, mais caro que os concorrentes. Confiança
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Meu dia de castelo, no Rallye Historique do Schloss Bensberg
A Volkswagen amadurece e põe olhos no futuro: investe em seu passado, amplia atenções e orçamentos para a área histórica. Contratou Eberhard Kittler, especialista, curador de suas coleções na Alemanha – os museus da Autostadt, outro, pequeno, dentro da fábrica de Wolfsburg, os de suas diversas marcas.
Deu o primeiro passo para avisar isto aderindo a programa de elegância germânica, fim de semana no Grand Hotel Schloss Bensberg, nesta cidade, entre Colônia e Dusseldorf. A montadora e a rede de hotéis Altoff patrocinam o evento com Rallye Histórico com 90 concorrentes; Concours d’Elegance com centena, mostra de carros vencedores de rallyes europeus, e dos 60 anos de vitórias Porsche em corridas. Festa contida e elegante. Pena, restrita à Alemanha.
O jeito alemão de fazer coisas é fazer bem feito. O hotel no castelo tem serviço de castelo, e os frequentadores, sem deslumbramento, contidos em demonstrar poder e capacidade, exceto chegar em imponentes e valorizados antigos ou, coerentemente, em VW Phaeton – o grande sedã com motor W 12 que o Brasil deixou de importar –, exibir elegância em blazers ou calças impactantemente coloridos, coisa de deixar texano envergonhado. Desfile de jóias, cachorros e gatos, roupas e acessórios Burberry; chefe premiado fazendo churrasco com serviço afrancesado, utilizando salsichas produzidas – ninguém explicou o porquê – pela Volkswagen; jantar com chefes de três estrelas – o máximo na Europa – preparando cada um uma especialidade. As publicações seguem o caminho de Pebble Beach, da melhor qualidade, pena escritas em limitador alemão.
Vista por cima a Alemanha é uma rede. Cada ponto uma cidade, cada linha uma estrada. Assim, em torno do hotel-base, criou-se roteiros com 180 km de extensão. Tempo ótimo, outonal, frio na sombra, quente ao sol, estradinhas sem acostamento, apertadas, velocidade travada. Uma alegria aos sentidos.
A máquina do tempo que conduzi foi um VW SP 2, brasileiro, do Museu da Volkswagen. Creme, portava curioso emblema de Karmann-Ghia. Eles insistem ser de tal construção – do que sei, não é, e quem puder esclarecer, fale.
A Volkswagen repetiu o formar da dupla brasileira Feldman e Nasser, única a dirigir em equipes de fábrica em provas internacionais, London to Brighton Veteran Car Run, e a italiana Mille Miglia Storica. Nesta edição não deu certo. Começou no carro, com trambulador Gordinisticamente folgado, permitindo variação na posição das marchas. Volta e meia a ré entrava no nível de segunda e quarta. E havia formidável entrada de gases da combustão no habitáculo.
Formado em ciências humanas, desconfio da infalibilidade de engenheiros ao ler mapas. Estava certo. Em 15 km de prova já havíamos errado 30 km. 200% ! Após 90 km de gases europeus, dor de cabeça, garganta, esôfago, estômago, e sem a mais remota possibilidade de qualquer pontuação, desistimos e fomos tomar Champagne e Sekt no bar do castelo, ouvir cool jazz em piano, conversar sobre a imponderabilidade dos atos imperfeitos – legítima tertúlia flácida para acalentar bovino. A observação sociológica procede. Jornalistas Fernando Calmon e Bob Sharp, íntimos da engenharia, foram os últimos colocados ... Célia Murgel, jornalista, com navegador desconhecendo direita e esquerda, 35o. lugar.
Ganhou equipe com Bugatti 35. O Rallye dividiu categorias por ano e tecnologia, carros com carburador ou injeção. Surpresa, um Alpine A 110 1600, segundo colocado. O Concours d’Elegance distribuiu 20 prêmios e, com satisfação, vi taça para veículo não restaurado. O pioneirismo mundial da láurea é brasileira, com o Carro do Brasil, evento brasiliense para nacionais.
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O evento visto do Castelo
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Bugatti vencedor do Rallye
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SP 2 em paisagem alemã. Engenharia atrapalha
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Roda-a-Roda
Retalho – A tendência brasileira em remendar normas terá reforço na importação de veículos. O governo faz cálculos e projeções compatibilizando investimentos e instalações das fábricas recém chegadas com descontos na tabela sobre o IPI, fórmula de exceção e sem acatamento pacífico.
Costura – Para evitar a cara de quebra galho, o governo incluirá nas tabelas de redução, um arrepio às montadoras no Brasil: redução de consumo, com etanol ou de gasálcool. Na tabela, baixar 22% em consumo, permitirá abater 2% no IPI.
Susto - O governo federal assustou-se com aviso da Nissan: ou aumenta a cota de importações de veículos do México – com quem o Brasil tem acordo comercial – ou freará a construção da fábrica de Rezende, RJ. Cota inicial, 120 mil veículos para 2012 acabou em agosto. O setor quer mais 30 mil. Outro remendo em cobertor curto.
Internacional – Pela primeira vez diretores da matriz alemã da Volkswagen virão ao Salão do Automóvel em S Paulo. Trarão 150 jornalistas especializados da Europa e, na véspera, farão o Media Night, festa de confraternização com diretoria, imprensa europeia e local, suas 12 marcas espalhadas pelo mundo.
Relevo - Duas fora do Salão, apenas no Media Night: Lamborghini, - o importador, também de Ferrari, Maserati e Rolls-Royce, desentendeu-se com a organizadora Reed Alcântara Machado sobre preços cobrados -, e motos Ducatti, marca italiana recém adquirida através da Audi.
Leitura – Para entender, o Brasil voltou a lugar de relevo na organização VW. A visita, completa, inclui, até, a superintendente mundial de festividades, comida e bebida na marca, define o sucesso do austríaco, agora brasileiro e presidente da montadora no Brasil, Thomas Schmall.
Pois é – A operação VW no Brasil tem reconhecimento junto à matriz, mas não deve conseguir trazer para cá a produção do Golf 7a. geração, apresentada em avant première no domingo passado. Ela nivelará a produção mundial do produto. Hoje a Alemanha faz a 7a. geração, África do Sul a 5a., e o Brasil a 4a.
Perdeu, Brasil - Mudado, mais leve, tecnologia com espessuras diferentes à chapa nos mesmos painéis, a ser adotada em suas fábricas do novo Golf. México deve ser a escolha, como o fez a Audi há dias.
Perdeu, Brasil - Mudado, mais leve, tecnologia com espessuras diferentes à chapa nos mesmos painéis, a ser adotada em suas fábricas do novo Golf. México deve ser a escolha, como o fez a Audi há dias.
Turbo – Para você o turbo apenas aumenta performance ? Creia, você terá carro assim. É caminho mundial aplica-lo a motores de baixa cilindrada, menores, mais leves, menos gastadores, menos poluentes, para o uso do dia a dia.
Eficiência – Para mostrar a ligação com tal tecnologia no Brasil, a Ford fará dia 17 em S Paulo, 2o. Worshop de Tecnologia e Eficiência Energética, apresentação, exposição de vantagens, quebra de resistências a seu motor EcoBoost, aplicado ao Fusion – surpreendente 1.0, três cilindros, turbo Garret de geometria variável. Quer convencer a imprensa e, daí, clientes.
Aliás – A apresentação do novo Fusion, ajeitado e com cara de Aston Martin, precederá o Salão. Com ele a Ford quer disputar os dois prêmios de imprensa mais relevantes no mercado: Abiauto, de jornalistas especializados, e Top Car TV.
Cisma – O Top Car definiu. Pré inscritos a participar, apenas os à venda no momento da votação, e já analisados por seus membros. Coisa racional.
Objetivo - Visa acabar a distância entre marcas com frota para avaliação de imprensa, e outras que levam seus carros a evento pontual – com fé em argutos analistas aptos a formar juízo de valor dirigindo três minutos. Há umas e outros.
Ponta de estoque – A Caoa, representante da Hyundai, anuncia o goiano Tucson a R$ 64 mil, metade de entrada e restante em 24 meses. Ter veículos 2011, indica vendas inferiores à produção, e sinal de horizonte turvo e próximo.
Festa – A revista Carro Hoje comemora 1 ano de circulação semanal. Única na frequência, matérias curtas, objetivas, sobre automóvel e seu uso. R$ 3,50.
Museus – Texto interessante, lista 10 museus de automóveis para conhecer no mundo. Cinco no Brasil e o combativo Museu Nacional do Automóvel, em Brasília.
Situação – O Museu resiste à mais recente investida de escuridão: a Advocacia Geral da União requereu e juiz federal concedeu lacrá-lo. Será fechado o único equipamento cultural no mundo dedicado à indústria automobilística de seu país.
Preço - O Museu recorre, agita, ingrata luta contra o aparato do estado pago por mim, você, por nós. O pedido, risível, demonstra o padrão da administração pública brasileira: querem o espaço para guardar arquivo morto de órgão extinto.
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