Poucos dias atrás publiquei uma matéria mostrando os novos modelos da linha M da BMW e, de certa forma, lamentando que fossem Diesel.
Bem, depois de ler com calma a ficha técnica do novo M550 xDrive acho uma coisa diferente. Tirando fora o som do motor, que nunca vai ser o que era em 1998, ano da Revelação com um E36 coupe 2,8 manual e suspensão Sport, o motor mais cantor de rua que já ouvi, o resto do carro impressiona nos números.
Bastam dois: 4,5 e 16. O primeiro é o tempo em segundos de 0 a 100 km/h, e o segundo é o provavelmente normatizado consumo ECE... O segredo da surpresa é um motor de seis cilindros em linha, 24 válvulas e trés turbos, um para cada dois cilindros. Com tamanho reduzido e palhetas de ângulo variável, devem acelerar rápido e manter pressão em alta com facilidade. É claro que o sistema de injeção direta tem tudo de bom, com injetores de altíssima pressão do tipo piezoelétrico e common rail, ou galeria única. Resultado: 380 cv a 4.400 rpm, 74 quilogramas-força·metro de torque a 2.000 rpm e limite de giros de 5.400 rpm.
Mas a justificada empáfia tecnológica vai mais longe: há uma caixa automática de OITO marchas para aproveitar a faixa útil de 2.400 rpm do motor e, como a cereja no bolo o conhecido sistema de tração nas quatro rodas xDrive, armado para favorecer o comportamento e a motricidade dessa montanha de torque, diria até mesmo camionesco.
Além do X4 e X6 55D, a M Power anunciou dois M5 Diesel, um deles o sedã e o outro a Wagon, ou camioneta, Touring, que é tudo o que eu queria, mesmo Diesel. Não imagino quanto a mais deve custar em relação ao modelo a gasolina, mas qualquer carro com quase 75 m·kgf de torque desperta minha atenção e, por que não dizer logo, o desejo...
3 comentários:
belo engenho!
Quando li o post anterior.. o que você diz que não aprova os M diesel.. pensei.. 'acho que o Mahar está por fora da ficha técnica..'
Tenho visto em outros sites nos comentários dos leitores certa repulsa em relação aos novos ///M diesel. Mas a BMW foi esperta e somente colocou a badge na frente da nomenclatura normal, ao invés de usar M5d.
Isso abre um precedente para uso da badge em versões a gasolina, como uma M550i, com algo em torno de 450hp (atual 407) ainda 100hp abaixo da M5, eliminando o pacote Msport que só aparece em catálogos (não há logotipos nos carros indicando o modelo) e criando uma nova linha intermediaria.
Muitos ainda imaginam o diesel como foram nos anos 80 começo de 90 antes de aparecem o diesel de alta rotação e turbo. Muito barulho e economia, mas desempenho pífio na estrada. Esse tempo já passou.
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