A linha 2015 da Volkswagen expõe exercícios de
criatividade: mescla os novos motores EA 211 de três e quatro cilindros, a
incorporação de itens eletrônicos para conforto e segurança, e opção de câmbio
com seis velocidades. Curiosamente faz miscela – deve ser fugaz - entre as
novidades e motores e câmbios antigos, criando diversidade em versões entre
mecânica, segurança, decoração, conforto.
É o retrato para o mercado deste ano: novidades e
maior conteúdo para reverter as projeções de 5% de queda média em todas as
marcas.
No caso do Fox, agora apresentado, mudança no grupo
óptico. No frontal, mais inclinado, atrás, lanternas maiores. E friso cromado
inferior na dianteira e traseira. As opções já conhecidas motores 1,0, 76 cv, e
1,6 litros, 104 cv, 2 válvulas por cilindro, câmbio de cinco marchas, se interpenetram
com as versões melhor equipadas com os novos motores da família EA 211 com
duplo comando, 16 válvulas e avanços técnicos, e o câmbio de seis velocidades.
O pacote de opções para conteúdo é rico, superior
ao no momento oferecido em carros dos mesmos patamares de preço. Do controle de
estabilidade, sensores de estacionamento, direção elétrica assistida, controles
para partida em rampa, e tração. Na prática quatro versões de decoração, quatro
motores, três transmissões – cinco e seis marchas e mais o automatizador. Ganho
mecânico está no sistema de freios dianteiros com discos de 28 cm.
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Saveiro
O veículo com maior dedicação na linha é o picape
Saveiro. A VW quer reduzir a distância ao líder, o Fiat Strada. Daí aplicou-se
a melhorá-lo, a partir das dimensões internas maiores, mais confortáveis, e de
caçamba, dotando-o de opção com cabine dupla, criando banco traseiro para três
pessoas. Tem agora três versões de cabine - simples, estendida e dupla -, e o
novo motor EA 211 de quatro cilindros e 16 válvulas. Na versão de topo
Highline, freio a disco nas quatro rodas, três apoios de cabeça no banco
traseiro, freios ABS para uso Off Road, controles de estabilidade,
tração, e partida em rampa.
Outra motorização é o antigo motor 1,6 litro.
Na prática tem o melhor conteúdo tecnológico
da categoria.
A VW preparou-se, ampliando a capacidade de
produção do Saveiro.
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Enfim, a GM se atualiza
Anúncio pela CEO da marca Mary Barra diz, empresa investirá US$ 2,8M –
R$ 65,M para se reposicionar no mercado, focando no desenvolver produtos,
tecnologias, nacionalização de componentes, treinamento de empregados.
Na prática significa mudar sua base no mercado, lastreada em veículos
adaptados sobre a plataforma do Corsa, e com motores herdados ao Monza;
faze-los atualizados, e partes de carros, como o Cruze, hoje com boa parte de
seu conteúdo importado; instalar máquinas adequadas aos tempos atuais de briga
por centavos na redução de custos, substituindo mão de obra; oxigenar a
abrasiva relação com os sindicatos. Nesta parte é um porrete de ipê.
Os novos produtos, substituindo Classic, Celta, Agile, Montana, etccc,
são do chamado Projeto Ambar. Da nova estrutura mecânica surgirão sedã 4
portas, hatch de duas, station wagon e
possível utilitário esportivo – linhas gerais no conceito Y mostrado pela
empresa há algum tempo. Picape pequeno, exclusividade nacional, decisão
posterior. Estes Chevrolet não são competitivos.
Fonte do setor indica ser o projeto mais sólido da GM nos próximos anos,
ante a necessidade de focar em mercados com capacidade ascendente, embora com
problemas passageiros como os da América Latina – queda de vendas no Brasil,
Argentina e necessidade de definição com a Venezuela, no caso apta a montar
produtos enviados pelas GM daqui e da vizinha.
Para cumpri-lo, ampliará áreas de engenharia e design, pela
exigida especialidade estrutural e de suspensão para sobrevivência dos produtos
às agruras dos pisos e buracos nacionais. Outra fonte, mais otimista, diz, será
projeto mundial criado no Brasil.
Não há informação sobre a GM mudar a motorização básica para 1.0 com
três cilindros, tendência mundial, onde se inclui esta marca, e se elegeu no
acordo operacional com a Peugeot há poucos meses. O projeto de produção de
caixas de marchas automáticas, na nova fábrica em Santa Catarina, onde se fazem
apenas as mecânicas, será retomado.
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Instigada pelos revendedores buscando mais opções a seus shows
room, a Suzuki lançará próximo dia 29 o Swift Sport. Nome de pequeno hatch importado
com a abertura dos portos ao início dos anos ’90, mas nada a ver.
Por descrição à morfologia, é um hatch pequeno.
Alegra-o motor deslocando 1,6 litro, quatro cilindros, 16 válvulas,
transversal, dianteiro. Terá, salvo engano, a potência mais elevada dentre os
1.600 cm3 à venda no país, ao expelir 136 cv.
Automóvel seguro, cinco estrelas em testes do Euro NCAP, estará no
segundo degrau de preços da marca, acima de seu único produto nacional, o jipe
Jimny, encontrável a R$ 55 mil. E abaixo do SX4, negociável acima de R$ 65 mil.
Presumivelmente esperto no acelerar por conta do peso faceando os 1.000
kg, tem quatro lugares – os posteriores sem maior conforto.
Vendas ao início de setembro – previsão anterior seria pós Salão do
Automóvel.
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Enfim, a JAC engrena
Após terraplanar área em Camaçari, município baiano próximo a Salvador,
o empresário Sérgio Habib reteve os investimentos para a construção de fábrica
apta a 100 mil automóveis anuais da chinesa marca JAC, sua representada com
exclusividade, e transferiu o início da produção a data futura.
Queda de mercado, imposição de barreiras tarifárias extras, limitação de
importações, má situação econômica do país, diminuíram o fluxo de caixa,
garrotearam os lucros, motivaram fechamento de 20% das revendas dentre as 50
por ele operadas, definindo: em tal cenário o sonho de ser dono de montadora
superava a razão. Sofreou o negócio, avocou a si a responsabilidade,
interrompeu o cronograma, parou a obra.
Razão
Fonte baiana diz, coragem da mudança estaria em frase aposta num
Chevrolet sedã, de 1932, de vizinho à sua casa de recreio no litoral da Bahia.
Proprietário, volátil argentino, usufrui do patrimônio conquistado em meio
século, e em férias rodoviárias cruza o mundo sobre o antigo e digno automóvel.
Mesma frase o colocou na estrada: “O conquistador não pode ser escravo
de suas conquistas”.
Agora
Habib mudou o convívio com a JAC chinesa, recompôs os negócios, separou
indústria e comércio. Produção será operação independente. Chineses com 66% das
cotas, Habib 34%. Outra empresa, do empreendedor nacional, comprará,
distribuirá e venderá os automóveis e os modelos importados - aos
concessionários, terá 100% das cotas com a holding SHC, guarda
chuva e sol da variedade de negócios de Habib, relacionados a automóvel ou sua
operação.
Com novo desenho societário obras serão retomadas no próximo mês, com
inauguração prevista para 13 meses após o início – expectativamente em outubro
de 2015, produzindo a modelia 2016.
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Roda a Roda
No clima – Chrysler usou o maior evento automobilístico de rua, o
Woodward Dream Cruise, e mostrou o novo Dodge Charger SRT Hellcat, muscle
car poderoso, 717 cv e 88 kilos de torque. Caixa automática de 8
marchas.
Mercado - É a volta da Chrysler ao incremento à performance com o sedã é o
mais rápido do mundo. 0 a 100 km/h em 3,7s e máximos 328 km/h.
Situação - Nestes tempos de Internet e Smartphone vistos por crescente
faixa da população mais atrativos que automóveis e sexo, carros
desmesuradamente potentes e de estonteantes reações, são grito da indústria ao
remanescente público que ainda prefere mexer em botões de automóveis e de
vestidos.
Caminho – Volvo vende modelia 2015 da família 60: S, automóvel; V,
camioneta; XC, utilitário esportivo. Motores transversais L4, desenho novo, 2,0
litro, 245 cv, caixa automática 8 velocidades; e L6, 304 cv e seis
marchas. Maior novidade é o Sensus Connect, interface tecnológica via Bluetooth
e celular.
Sim e não – Coisas positivas como ligá-los à
distância e regular a temperatura interna, via celular. Inutilidades, dispor
via satélite de 50 mil estações de rádio e 12 milhões de faixas de música. R$
157.950 a R$ 250.950.
Ecologia – BMW abriu pré inscrição – tipo auditoria em previsão de mercado
de 130 unidades neste ano – para aquisição do modelo i3 – seu carro elétrico.
Autonomia de até 160 km, e versão com motor auxiliar de motocicleta, 650 cm3,
34 cv, para acionar gerador, carregar baterias, aumentar autonomia.
Ver e pensar nos revendedores em S Paulo, Rio, Florianópolis, Recife,
Belo Horizonte, Curitiba, Salvador e Brasília.
Mercado 1 – Nissan faz versão de menor preço em
seu picape Frontier, com transmissão automática de cinco velocidades. É a SV
Attack 4x4, a R$ 114.790. Versão superior incrementa tecnologia, conectividade
e conforto, e mantém o leque com tração em duas e quatro rodas.
Mercado 2 – Outro Nissan, o Livina, parece, não
verá o próximo ciclo lunar. Um dos veículos mais inadequados ao país, nunca
decolou, teve produção detida e agora, tudo indica, se vai sem saudade.
Mãozão – Durante o
Congresso da Fenabrave, Cláudio Bernardo Guimarães de Moraes , superintendente
do BNDES informou, 71% das vendas de caminhões e ônibus no Brasil são feitos
pelo banco de fomento.
Útil & fútil – Mercedes-Benz em novo negócio:
locação de seus automóveis. Por enquanto recebidos e entregues na sede, em São
Bernardo do Campo, SP, ou local combinado. Diária começa em R$ 500 para o 180
Turbo Sport 2013/4 – modelo antigo. Tudo combinável em www.mbrent.com.br ou
tels (11) 5070.8570|71. Tirar uma onda,
impressionar, ficar bem na foto ? Ligue.
Negócio com previsão de franchise a seus revendedores.
Não mexa! – Parece,
foi esta a ordem do presidente da Honda ao diretor comercial quanto a mudanças
na motocicleta CG 125 Fan e no scooter Biz 100, mais baratos
da linha. Ordem acatada, apenas novas cores.
Chamada – Proprietários de motocicletas com pneus frontais Continental
chamados a substituí-los. Fabricante descobriu e alerta sobre o perigo de
separação entre banda de rodagem e lonas, perdendo pressão e dirigibilidade.
Mais, www.continentalinforma.com.br, tel 0800170061,
e-mail informe@conti.com.br
Charme – Focando em clientela com elevado poder aquisitivo, donos de
Mercedes, BMW e Audi, a Lexus, marca luxuosa da Toyota, patrocina o Nespresso
Trophy, maior campeonato brasileiro de golfe amador. Tipo chique.
Vizinho – MAN Latin America vendeu 46 ônibus sobre chassis VW 17.210 OD e
17.230 EOD à maior cooperativa de transportes urbanos no Equador.
Ali – Volvo fornecerá 40 ônibus articulados para o sistema BRT em
Goiânia.
Maior - Federal-Mogul, de autopeças, assumiu a fábrica da Honeywell em
Sorocaba, SP, produtora de pastilhas, lonas, sapatas e fluidos de freios Jurid
e Bendix. Aumento de capacidade de distribuição a fabricantes, montadoras e
lojas na América do Sul.
Recordista – Recorde na Semana Santa – como nos
EUA chamam o período dos incontáveis eventos em Carmel, California, culminando
com o Pebble Beach Concours d’Elegance.
Impensável – Um dos 37 Ferraris 250 GTO, leiloado
pela casa Bonhams no exclusivíssimo Quail Lodge, atingiu impensáveis US$ 38,115
milhões. Recorde era do Mercedes Flecha de Prata ex Juan Manuel Fangio, US$
29,6M. Outros Ferrari, 250 Berlinetta Mille Miglia – para competir na mítica
prova -, marcou US$ 7,2M, e conversível 250 GT Cabriolet foi mais barato -
apenas US$ 6,8M.
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Retífica RN – Coluna passada
grafou errado o nome do presidente do Conselho da Daimler. É Dieter Zettcher.
Gente – Eduardo Thiele, engenheiro mecânico automobilístico pela
FEI, ampla experiência na indústria, novo gerente de vendas da International
Caminhões. OOOO José Luiz Vendramini, engenheiro mecânico, vivência
nacional e internacional em indústria automobilística, ex GM e Kia, parada
dura. OOOO Novo diretor de vendas da Nissan, e missão de levar a
companhia a 5% de vendas no mercado até 2016. OOOO Número
supera soma de Peugeot e Citroën. OOOO Eduardo Chaves, engenheiro,
promoção. OOOO Geria fabricação de motores no Centro de
Produção da Peugeot Citröen em Porto Real, RJ, agora é dirige a fábrica. OOOO
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Foi-se Valentino, pioneiro da Fiat
Aos 79 anos o engenheiro Silvano Valentino passou.
Nascido em Turim, engenheiro mecânico pelo Instituto Politécnico, aos 25 anos
entrou na matriz da Fiat. Trabalhou na fábrica de Mirafiori, implantou e
dirigiu a de Cassino. Ainda na Itália foi diretor de pessoal (RH). Em 1976
assumiu cargo exercido com discrição: era o vice presidente da recém inaugurada
Fiat Automóveis no Brasil. Representava o acionista majoritário, mas o
presidente era indicado pelo acionista menor, o Estado de Minas Gerais.
Valentino ascendeu à presidência com a saída do
sócio estatal, e oportunidade e desafio de iniciar plano aparentemente
impossível: deixar de ser a quarta colocada em vendas e preparar-se para ser a
primeira.
Paralelamente a grande aperfeiçoamento e rigor
técnico em processos e produtos, e ao início da mineirização, a
atração dos fornecedores para Minas, a cargo do então diretor de compras
Cledorvino Belini, demarrou expandir a área construída. Como se dizia então,
fez outra Fiat dentro da Fiat. Missão cumprida elevaram-no ao topo da
estrutura, presidência da holding, a Fiat Brasil.
De 1995 a 1998 presidiu a Anfavea, associação dos
fabricantes de veículos, em gestão de concentração do interesse dos sócios,
educada e de pouco aparecer.
Interlocutor sóbrio, coerente, confiável, foi-se
com lamentável acerto de previsões: que se o Brasil não unisse esforços
governamentais, implantasse infra estrutura, reduzisse impostos, mobilizasse a
indústria com este foco, nunca teria auto peças e produtos capazes de competir
em preços. Como ocorre hoje, passados quase 20 anos.
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