segunda-feira, 25 de agosto de 2014
CLASSIC MOTO GP, UMA NOVA IDEIA NO BRASIL
Há uns 25/30 anos atrás a Yamaha tinha a supremacia nas pistas principalmente com as TZ 250 e 350 que foram postas de lado por seus motores de dois tempos. Eu tenho uma recordação terna da 250 porque foi a moto com que um brasileiro ganhou as 100 milhas de Daytona com minha modesta colaboração em 1983.
Agora essas motos sairão dos cantos das garagens para completar grids de mais de 40 motos em um Campeonato Classic Racing. Um brasileiro, Bob Keller eestá querendo trazer uma etapa para o Brasil, provavelmente em Interlagos. Veja abaixo o release da história e dois vídeos das velharias fumacentas voadoras correndo nos tempos atuais:
Premiere course de l'International Classic Grand Prix au Castellet from jean Pierre AMET on Vimeo.
Keller tem em seu currículo como motociclista diversas participações no Rali dos Sertões e em provas de motovelocidade para máquinas clássicas. Sua paixão por esse tipo de moto levou-o a atuar na restauração de uma Yamaha TZ 350 utilizada na década de 1970 por Adu Celso, o primeiro piloto brasileiro a vencer uma prova do Campeonato Mundial de Motovelocidade (GP da Espanha de 1973, na categoria 350 cm³). Como piloto de automóveis, ele venceu em 1996 a Mil Milhas Brasileiras, pilotando um Porsche 911. No ICGP, Keller compete com uma Yamaha TZ 250 e, neste ano, obteve um sexto lugar na França e um quarto lugar na Holanda.
O que é o International Classic Grand Prix
Aberto a qualquer moto de Grand Prix das categorias 250 e 350 cm³ fabricadas entre janeiro de 1974 e dezembro de 1984, o ICGP teve sua primeira prova realizada em 1999 no circuito de Paul Ricard, na França. O criador do campeonato é o piloto francês Eric Saul, vencedor de dois GPs das categorias 250 e 350 em 1981 e 1982 e também participante do ICGP.
A cada temporada, são realizadas de seis a oito corridas em circuitos diversos, mas com um ponto em comum: a identificação histórica com provas internacionais de motovelocidade. O calendário de 2014 foi iniciado em abril em Paul Ricard (França) e seguiu em Hengelo (Holanda), Jarama (Espanha) e Spa-Francorchamps (Bélgica). As próximas etapas serão realizadas em 31 de agosto em Rijeka (Croácia), circuito que até a década de 1980 sediou o GP da Iugoslávia, e 8 de setembro em Donington (Inglaterra).
Cerca de 40 motos alinham em cada corrida, havendo classificação e pontuação em separado para as duas categorias (350 cm³ e 250 cm³). Todas devem ser máquinas de GP originais da época - réplicas e motos de rua não são permitidas. As Yamaha TZ predominam, mas têm forte concorrência das Kawasaki KR, Chevallier, Rotax, Bimota, Egli, Harris e Spondon.
Além das motos, o International Classic Grand Prix tem vários "pilotos clássicos". O líder do atual campeonato é o francês Guy Bertin, vice-campeão mundial da categoria 125 cm³ em 1980 e vencedor das 24 Horas de Bol d’Or (1983) e Le Mans (1985), duas das mais importantes provas de endurance para motos. Outros nomes familiares para os conhecedores da história do Mundial de Motovelocidade presentes no ICGP são os do suíço Bruno Kneubuhler (três vezes vice-campeão mundial nas categorias 50 e 125, entre 1973 e 1983) e Bernard Fau (participante das categorias 500 e 250 entre 1975 e 1983). Nenhum piloto do ICGP pode ter participado de campeonatos com motos "modernas" nos últimos três anos.
Mais informações: www.icgpracing.com
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