Coluna1614 16.abr.2014 edita@rnasser.com.br
Sem crise, a Nissan chega
Pode
parecer curioso, em meio a queda de vendas e de atividade industrial, estoques
ultrapassando as cercas, Nissan inaugure complexo industrial, incluindo fábrica
de automóveis, de motores, e condomínio de fornecedores de peças. É de se
entender. Decisões para tais investimentos, no caso R$ 2,6B, dados foram
considerados há vários anos. E, após deflagrado o processo, não se interrompe,
mesmo com mudanças nas condições externas, como ora no mercado doméstico.
Instalação
considera o país como quarto produtor, quinto ou sexto mercado, e promissora
usina de lucros, para o projeto da Aliança Renault-Nissan vender mais de 50%
fora de suas bases de origem.
A
pretensão com a Nissan é conseguir 5% nas vendas domésticas, e a capacidade
produtiva, quando alcançada, será de 200 mil veículos/ano e idêntico volume
para motores. É fábrica completa: estampa, solda, arma, faz motores, injeta
plástico, monta e audita tudo. E terá pista de testes, melhor declaração de
interesse. Hoje, acredite, apenas duas montadoras as possuem, Ford e GM.
O que
Fica em
Resende, RJ, beiradas da Via Dutra, a 150 km do Rio, a 250 de S Paulo e, até
pouco tempo, suas referências eram ser a cidade perto de Penedo e Mauá, destinos
turísticos de final de semana; era incluir o Pico – depois descuidada Reserva
Natural do Itatiaia –; ser sede da Academia Militar de Agulhas Negras. A
instalação da VW Caminhões, hoje MAN, e da Peugeot-Citroën nas beiradas mudou
tudo, levou o lado ruim do capitalismo, e Resende é apenas uma cidade com bom
recolhimento tributário e todas as mazelas da rápida mudança de status.
Automóvel
para abrir o negócio, o New March – New por um tapa no estilo frontal do conhecido modelo hoje em últimas unidades
mexicanas. Final do ano, o Versa, sedã quatro portas sobre a mesma plataforma.
De motor, 1.6, 16V, flex – Nissan e não Renault como o atualmente produzido
pela associada no Paraná.
Fábrica
de automóveis são basicamente iguais. A diferença está no conteúdo, e a Nissan
quer fazer assim: as pessoas farão as diferenças, em especial pelo entusiasmo.
Presenciei cena interessante durante visita em fevereiro. Wesley Custódio,
diretor de produção, explicava o diferencial de criatividade do operário
brasileiro, exemplificando um dos 300 que realizaram cursos de integração ao
produto e processos fora do Brasil. Indicou, o operário brasileiro substituíra a
ajuda de três colegas na função de prender o tanque do March à plataforma,
desenvolvendo pequeno braço elevador elétrico. Alça a peça e o funcionário
Bruno Tavares, faz a fixação. E chama: “-
Ô Paulão, vem cá.“ Dito Paulão é Paulo Cunha, engenheiro, gerente de
produção. Foi, simulou como seria e saudou o obreiro.
Andando
no restante da linha de montagem ainda em fase de aquecimento, perguntei:“- Paulão ? Nem dr Paulo, nem engenheiro,
nem seu Paulo ?”. É, explicou. “Na
fábrica são todos iguais. Se houver diferença, existirão degraus, a transmissão
da criatividade ficará inibida.Todos iguais no mesmo objetivo de fazer o melhor
produto no Brasil.” Há um código de comportamento da marca, agregando
profissionalismo, criatividade e perseverança. Parece uma boa tática a ser
aferida pelo tempo e pelos clientes.
Hoje emprega 1.500 pessoas, 15% mulheres – maior
percentual na indústria, podendo chegar a 2.000.
Na produção, 88 robôs em funções de maior precisão
ou risco. E o processo dispensa correntes, transportadores ou plataformas, e os
caixotes de peças paralelos à linha de montagem. Robôs autoguiados por faixas
magnéticas no solo conduzem carrinhos com as peças necessárias para montar a
unidade específica. Assim elimina o risco de aplicar um componente a mais em
versão simples ou, em ocorrendo, faltar para aplicar na versão melhor equipada.
Na
evolução do processo industrial, por regras de economia, ecologia e segurança, na
pintura a aplicação da base e do verniz segue a do primer, encurtando o processo, reduzindo o consumo de energia. Os
robôs utilizam cartuchos para a pintura, reduzindo a perda de tinta e
solventes, diminuindo a emissão de compostos orgânicos voláteis (COVs), a base
das fórmulas é a água.
Responsabilidade
Há um
pacote de ações de sustentabilidade, descarte ecológico, formação de bosques,
cuidados ecológicos, criação de pequeno cinturão verde – 5 ha - para resgatar a
rica Mata Atlântica dizimada pela cultura do café no Vale do Paraíba, prédios
com menor demanda de recursos naturais. Mantém instituto para projetos sociais,
com apoio ao esporte, educacional, constrói em Resende um Centro Municipal de
Educação Infantil – aplicação da visão empresarial numa escola pública. E criou
o Time Nissan para auxiliar na formação de atletas brasileiros.
A nova
unidade se inclui no projeto Nissan Power
88. Ao gosto de Carlos Ghosn, o brasileiro líder da Aliança Renault-Nissan,
indica, até 2016, quer 8% das vendas mundiais e lucro operacional de 8%.
ps: a operação de fixar o tanque, desenvolvida por
brasileiros antes mesmo de começar a produção, foi adotada nas fábricas Nissan
no México e no Japão. Como disse o citado Bruno, “entramos no ônibus agora – mas
já estamos na janela ... “
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Nissan em Resende. Novos métodos, filosofia.
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PSA: Receita para
sobrevivência
1.
Personalidade de linhas entre Peugeot e Citroën;
2.
Criação de marca Premium – DS, como a Coluna noticiou;
3.
Escriturar lucros até, no máximo, 2016;
4.
Disponibilidade de caixa de 2B de Euros para 2016-2018;
5.
Margem de
lucro em automóveis 2% em 2018 e de 5% para 2019-2023;
6.
Investimento
em pesquisa e desenvolvimento;
7. Criar cultura interna.
São os novos mandamentos PSA Peugeot-Citroën por
Carlos Tavares, vice presidente da Renault chamado a salvar a concorrente
francesa.
A holding,
para se viabilizar economicamente, tomou como investidores o governo francês e
a chinesa Dongfeng. Tavares, um dos executores do êxito na entre aliança
Renault e Nissan sabe conviver com sócios com outras visões e conceitos.
Econômico texto exibe partes práticas, como o fim
de quase metade dos atuais produtos de Peugeot e Citroën, concentrando
plataformas, reduzindo-os tipos a 26 – para
que, por exemplo, os iguais Peugeot Partner e Citroën Berlingo, ou Peugeot
Boxer e Citroën Jumper ? Peugeot, marca mãe, com 13, Citroën comprimida em
sete e, desta, a DS, com cinco até 2020. É complementariedade sem autofagia,
adotada por Renault com Nissan.
E foco em mercados extra Europa, em especial Ásia,
Rússia e América Latina. Quer Eurásia e Mediterrâneo, e em processos para maior
competitividade.
O projeto é o Back
in the Race – a grosso modo De volta
à competição – típico de Tavares, conhecedor e corredor com automóveis. No
campo começou bem: a Citroën aderiu ao WTCC, o campeonato europeu para marcas,
e venceu na abertura da temporada, no Marrocos, com o argentino José-Maria
López e seu nove vezes campeão de rallyes,
o francês Sébastien Loeb.
Foco onde seu sócio chinês é poderoso, mostrou
veículo adequado no Salão de Pequim o Peugeot Exalt, sedã grande, preferência
dos chineses, quatro poltronas independentes, e âncoras culturais como
tratamento interno na chinesa ébano, logo próprio, mescla do leão da Peugeot
com caule e folhas de bambu, e chapa com material lembrando pele de tubarão.
Híbrido, motor BMW/Peugeot 1.6 THP, 270 cv, transmissão com seis velocidades. E
elétrico com 67 cv (50kW) sobre o eixo traseiro. Um 4x4 muito rápido.
Não cita cancelar o projeto da plataforma EMP2, do
fugaz acordo com a General Motors, e que, a ser produzida na Argentina, base
para Peugeot, Citroën e GM.
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Peugeot Exalt – para agradar chinês
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Roda-a-Roda
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2015
Ford F-150
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Aprendizado – Veículo mais vendido do mundo é o picape F 150
Ford.A liderança é angústia para descobrir, satisfazer o cliente, manter e aumentar
vendas.
Tecnologia – A Ford aplicou duas posturas na nova edição:
motores turbo, os EcoBoost, e aplicação intensa de alumínio, para baixar peso
-320 kg -, aumentar capacidade de carga, ser mais ágil, reduzir consumo.
Futuro – Usar alumínio na estrutura e na suspensão é
caminho praticado pelos alemães. Mas a clientela estadunidense de picapes exige
ser sensibilizada. Daí, empresa foca convencer por test-drives. Operação
superou 16M de quilômetros.
Parâmetro – É critério universal: automóvel antigo, andando numa estrada, é a melhor
declaração de qualidade construtiva. Vale mais que anúncio colorido na
Stern, disse-me o Relações Públicas mundial em visita guiada no
Mercedes-Benz Classic, o arquivo, oficina e balcão de peças para antigos da
marca.
Óbvio -
Por isto fabricantes – muitos -, fornecem informações sobre os antigos,
providenciam reprodução de partes, chancelam sua produção. Outras vão além e os
restauram em departamentos especiais, caso de Aston Martin Heritage, Ferrari
Classiche, Mercedes-Benz Classic.
Brabus, 2 – Mesma empresa preparadora de Mercedes criou a variante Classic
para restaurar antigos da marca. Mostrou exemplos no recente Salão de Genebra,
mas os visitantes não entenderam: acharam, os antigos, como usual, eram decoração
histórica. Não era, era apresentação de serviço.
Mais –
Leva-los-á à Techno Classica em Essen, Alemanha, cenário para
exibir 280 SL W113 Pagoda, W111 280 SE 3.5 Cabriolet, R107 Mercedes
560 SL e um chassi rolante de 300 SL. É dos maiores encontros de antigos da
Europa.
US$ ? – Restaurações adjetivadas como insuperáveis em qualidade e
autenticidade – questionável pois difícil ultrapassar as feitas pela própria
Mercedes. As operações de desmontagem, correção e trato, explicam preços referenciais:
2.500 horas/homem, pesquisas e peças anotam US$ 560 mil nas chaves do 280 SE
Cabriolet.
Assinatura - Mercado mundial, coisa para US$ 100 mil. Recordista, em leilão,
US$ 340 mil. Não é restauração, é grife. E não é Brabus. É Carus !
Tradição – Soa grosseiro
lembrar o carimbo aposto a ex-presidente – a vanguarda do atraso – em comentário sobre a Morgan, talvez o último
fabricante inglês de automóveis. Mas a marca tem métodos construtivos ainda
associados ao seu nascimento, há 100 anos.
Método – Desconsiderando a
mecânica, atualizada legalmente, as carrocerias lembram veículos e disposição
morfológica dos anos ’30: longo capô, habitáculo recuado, bancos de condutor e
passageiro próximos ao eixo traseiro. Tudo coberto por estrutura de madeira,
sobre a qual as chapas são curvadas por artífices com tempo de casa às vezes quase
assemelhado ao da marca...
Garantia – Ferrari garantirá 12 anos seus motores e
câmbios, e sua extensão – um seguro -, para todos os componentes. Um plus à atual, com três anos. Vale a
veículos produzidos após 1º. de maio e a existentes, mas com inspeção.
Vaga – Tens perfil ? A
Corporação GM procura novo profissional de comunicações. Empresa tem algumas convulsões internas com
novidades como re calls entrando na
área de indenização e, pela primeira vez, uma presidente.
Congelamento – Por conta do re call de demorado aviso, com origem na
chave de ignição, e problemas em 2,6M de veículos, a direção da empresa, após
conversa com ex procurador da República liderando investigações, deu licença
remunerada e afastou dois engenheiros envolvidos no desenvolvimento da peça.
Resultado – BMW comemora recordes para suas marcas no
primeiro trimestre: 90% para automóveis; 70% Mini e 9% em motos. Mais vendidos,
em automóveis o Serie 3, 1.984 unidades; Mini Hatch, 405. Resultados turbinados
por produtos e preços, sem aposição 30 pontos percentuais sobre o IPI pelo fato
de a empresa estar instalando fábrica em Santa Catarina.
Busão – Volvo entregou mais 379 ônibus para o transporte
público de Bogotá, nos rastros do projeto Transmilênio, que botou ordem no
sistema. Duzentos híbridos e 179 convencionais. A marca lidera a frota.
Também – Re
call para bicicletas Mega Bike, aro 16”, referência 61, lote 58?092912.
Problemas com os freios e torção. Dúvidas, 0800 600 7975 ou www.megabike.com.br e http://portal.mj.gov.br/recall.
Tecnologia – PPG, uma das atuais marcas de tintas automotivas no
Brasil, para o sistema de mistura nas lojas, criou quinze novos concentrados para tintas sólidas, metalizadas e de
efeito. Inclui preto azulado e componentes para preparação.
Gente - Jensen Button, piloto de Fórmula
1, merchandising. OOOO
Fora das pistas dirigirá modelos Rolls-Royce para promover a marca. OOOO No
Brasil Rolls é um dos carros de uso do tri campeão Nelson Piquet. OOOO Porém a BMW, dona da marca, não
capitaliza o fato. OOOO Hideki
Kamiyama, japonês, executivo, promoção.
OOOO Novo presidente da Honda Argentina. Do ramo, antes vendas em todo o mundo,
incluindo direção comercial no Brasil.
OOOO Wolfgang Dürheimer, engenheiro, ex BMW e Porsche, responsável por Motorsport
na VW, promoção: presidente da Bugatti. OOOO
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