Não, caro leitor, a coluna esse mês não é sobre caminhões, mas sim sobre companhias que fabricam veículos de duas e quatro rodas. Esssa inspiração veio da noticia de que a Audi está namorando a sério a Ducati e afirmando fins matrimoniais. O Grupo Volswagen tem uma mão boa, carinhosa, com as companhias que compra e floresce, tais como a Lamborghini que, na administração Audi, pôde ser o que sempre quis ser, um nicho dentro de um nicho onde a Ferrari fica mais como uma fábrica que, hoje em dia, é mais dedicada aos que preferem carros de câmbio automático, enquanto os Lambos são bem mais radicais na sua busca pela adrenalina nossa de cada dia...
A Ducati passou de mão em mão nos últimos anos, sempre com os lobos no portão mas mantendo o espírito liberto e revoltoso, remando contra a corrente da moto universla japonesa. Nada contra as fabulosas máquinas do Império do Sol Nascente, mas é preciso haver quem marche ao som de outro tambor, que acredite em outraas verdades e pense em outras palavras nesse mundo cada vez mais homogeneizado, mais igual, esse mundo de soldadinhos de chumbo...
E isso me levou a pensar em outras fábricas que fazem os dois tipos de veículos. A peimeira a virà mente claro que é a BMW, desde 1923 ferozmente diferente de todo o resto do mundo, beirando uma descrição que a chamaria do triumfo da teimosia sobre a tecnologia com seus Boxer Twins cada vez mais sofisticados mas colados na imagem que Fritz Fiedler começou em 1923. Lançaram outros tipos de moto, mas parece que está na bíblia que semp´re haverá um contraposto com a hélice azul...
Assim mespero que seja com os V Twins da Ducati, motos fantásticas, de um comportamento exemplar para gostos refinados e mantenedoras de uma personalidade peninsular única.
Mas existem e existiram outras. O exemplo mais forte é o da Honda, a marca que salvou a motocilceta do esquecimento nos anos 60, e que fabrica carros de alta qualidade, alguns até muito emocionantes como o NSX de motor central.
Também há que lembrar a Maserati nos anos 50, com suas pequenas motos de alto rendimento que marcaram toda uma época nas pistas, assim como a Peugeot nos anos 20 com suas motos de média cilindrada que desembocaram em cilcomotores nos anos 50, muito populares na frança.
Mas o referencial histórico mais forte nessa associação da marca dos quatro elos é que um deles se referia aos DKW, as pequenas maravikhas de mínimos motores de dois tempos. Essa marca foi lendária no Brasil através de uma marca esquecida fora dos círculos de profissionais da ferrugem, a Vemag, mas no período entre guerras, de 1920 e pouco até 1939 fabricou motos de rua com motores dois tempos, a grande fé técnica de Joerg Rasmunssen, o fundador do grupo.
Também nas pistas as DKW eram pequenas maravilhas voadoras, chegando a ostentar motores de dois tempos aumentados pelas delícias da aspIração forçada, com compressores volumétricos como era a tendência desse tempo. Portanto ter duas rodas no grupo não é novidade. Com o esp´irito compassivo e compreensivo do vasto guarda chuva de Wolfsburg a marca italiana tem a possibilidade fascinante de perpetuar sua independência, por paradoxal que isso possa parecer, no abrigo seguro do grupo VW.
2 comentários:
Mahar, eu podia jurar que esse negócio já tinha sido concluído, por algo perto de 2 bilhões de Euros. Estou enganado?
Wellington
tem razão, o MP nem sempre está cronológico... Essa foi uma coluna na Revista Moto! que republico aqui.
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