terça-feira, 22 de maio de 2012

RAID DA MANTIQUEIRA: O FINAL

O ESPIRITO DO RAID. o TRABBI E O LASALLE 1939

O máximo de prazer que se pode ter vestido.... essa foi a frase que caracterizou o Raid Da Mantiqueira, uma explosão rodante de alegria na ferrugem, na tradição do automóvel e no espírito competitivo saudável. Foram poucos 250 km de Rally de regularidade desenvolvidos entre as belas cidades do Sul de Minas, onde  tenho raízes fortes, pois muita gente da família é de lá, entre essas montanhas passei muitos momentos bons na adolescência. Estradas que conheci ainda de terra, cidades carregadas de lembranças, o ]Raid foi pra mim uma jornada sentimental minha juventude. Parece que foi ontem...
JAGUAR MK II 3,4 
Mas a melhor descrição do que é fazer Rally de Clássicos foi dada pelo intenso Hervê Salmon, vitima inquebrantável da maldição de Joe Lucas, the Prince of Darkness. Seu Austin Healey, belíssimo por sinal, fritou o dínamo na estrada gritando no more! No more charge! Pois o indômito Salmon botou o Austin em cima de uma prancha e veio até Pouso Alto, onde fica o castelo do Batão Carlos Andre, o Castelão da Mantiqueira. Ali descobriu uma relativa escassez de peças Lucas na cidade só porque era sábado de manhã, mas não se abateu. Juntou-se ao Hemmel, dono do magnífico Jaguar XJ6 Series 1, de cambio manual, e fez o Rally inteiro dizendo que 30% do prazer é dirigir seu carro antigo, mais 30 curtir a paisagem e os  30 finais fazer parte da muvuca rodante que sempre um Rally desses. Quem já fez que o diga.
DOIS AUTO UNION: UM BELCAR VOADOR E UM AUDI RS4
O percurso ideado pelo inoxidável par que foi o espírito do Raid, Fernando e seu filho Rodrigo, ambos Gonçalves, foi completado pelo Mestre Ralizeiro José Rodrix Oktavius, a alma de tantos Rallyes nacionais e internacionais que tivemos por aqui, para conceber um momento poético de exaltação ao uso do carro antigo em movimento, a mais pura expressão do AUTO MÓVEL e não auto fixo em uma garagem na sombra do olvido automotivo. 
O MALZONI DKW DE DORRIDA
Talvez pela rica personalidade dos organizadores houvesse uma incrível diversidade de veículos no Raid, que iam desde os 600 cm³ do Trabant da dupla liderada pelo lídimo representante do Automóvel Clube Soviético, Flavius Gomov e seu fiel cambono de extensas aventuras rodviárias, o hábil jornalista de origem Malaia Jason Foguel, o primeiro a saber das ultimas. O pequeno e bravo Trabbi com seus 29 CV chegou em 10º lugar na gerale PRIMEIRO na classe de modernos. Contrastando com o Jaguar EType do Gilbert e Rachel Landsberg, capaz de 240 KM/H. e a vasta e veloz La Salle doBravo Muricy e seu famoso estilo de tocada baseado em um trem fantasma: damn the torpedoes, full steam ahead!
NA ESQUERDA A CORVETTE VENCEDORA EM UMA 71 DE BOB RUSCHI, PRESIDENTE DO VETERAN DO RIO
O carro mais veloz do Raid foi sem duvida o BMW 328 E36 Wagon do Sr. Aranha, que o usa para supermarket runs de final... Montrou um estilo inimitável de derrapar nos Primes de velocidade pura em Lambari e perto de Caxambu...é o mestre do drifting tupiniquim...
Mas um rally de velocidade não se decide em primes, que inclusive não contavam para a classificação final, só os trechos de regularidade. Neles triunfou a Corvette 75 v8 Small Block 350/350 de Emil, um cara gente fina que toca muito bem e quase zerou os trechos controlados.
O E TYPE DOS LANDSBERG, PERFEITO!
Mas a diversidade continuava com o MGA de Max Acrilico, o DKW Hot Rod de Niltinho( Ganhou o troféu Matusalém por ser o mais antigo piloto presente: Correu na inauguração de Interlagos em 1941...). Mas a grande presença foi de Jan Balder e Crispim, o lendário mecânico de Jorge Lettry, que aliás foi lembrado pela semelhança física com o Hemmel do XJ6 e me deu um susto quando o vi pela primeira vez... Balder e Crispim correram no não menos lendário Malzoni de corrida de sua vitória nas MilMilhas de 1965, pertencente ao nobre castelão Carlos André e seu Hotel Serraverde. Lar durante três noites da comunidade ralizeira obsoleta.
O PUMA RALLY DO INACREDITÁVEL LOMBA E SUA CAIXA DE CINCO MARCHAS
Um capitulo à parte foi a participação do impensável e impagável Paulo Lomba com seu Puma Rally 1975, como sempre sendo um dos motores da alegria do Raid, tanto que teve um troféu denominado em seu nome mas que , a contragosto, teve que entregar para Fernando Monnerat, que correu em um belo Camaro 73 V8 350 manual. A Brigada Partigiana de Alfa Romeo compareceu r3presentada por seu líder máximo, Il Capo W. Natali com uma Duetto 1750 impecável, que só justificou o nome de mulher emm um carro italiano ao dar umas falhadas de velas rapidamente consertadas por Ricardo, um homem hábil: afinal corre de Jaguar Mk II 3,4, aliás lindo!
 A DUPLA GOMES/VOGEL E A BANDEIRA DA DDR...
O percurso foi Caxambu, Baependi, Cambuquira, Conceição do Rio Verde, Lambari, onde houve um almoço digno de clube inglês de Rally à beira do Lago em frente ao Cassino. Depois fomos a Carmo de Minas, onde diz-se que há o melhor café do país e de volta ao Parque das águas de Caxambu, já com o Sol se pondo depois de um dia perfeito para Rally, com céu azul e temperatura amena de começo de Inverno.
As estradas estão perfeitas, resultado de uma campanha do Governo de Minas. A Buraco Nunca M ais, e o final do Rally foi, como sempre, coroado pela controvérsia a respeito da premiação, com muita gente reclamando. Afinal, final de rally sem discussão não é Rally...
AMANHÃ TEM MUITO MAIS FOTOS....

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