quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O TRISTE FIM DE UM MOPAR NO PLANALTO...


Quando tinha quatorze anos e mudamos para o Lago Sul, estudei, no Ginásio do Lago. Era 1974! Tive um grande amigo, cujo pai tinha um Plymouth Fury Coupé, ano 1957, branco, que deveria estar equipado com uma Torqueflite. Os acionamentos funcionavam no painel, lado esquerdo, mas o carro estava com uma caixa adaptada da General Motors - quiçá uma TurboGlide. O Pai dele também tinha um Oldsmobile F-85, ano 1963, cor branca, conversível.

Tenho, também, hoje, um Oldsmobile F-85, ano 1963, de cor branca, mas com quatro portas, super original, nunca reformado, exceto o conjunto propulsor - no lugar do pequenino V-8 de alumínio vou instalar um V-8 Chevrolet de 327 polegadas cúbicas, com 275 cv, mais uma caixa GM Turbo-Hydramatic 350. Não há adaptações, pois os pontos de fixações são iguais. O único ajuste fica no cardã – terei que fazer outro.



Voltando, na nossa tenra idade (quatorze anos), dirigiamos muito com o Plymouth Fury pelo Lago Sul, que era bem diferente do que se vê hoje. Os escapes duplos do velho Plymouth terminavam alguns centímetros depois dos coletores - o V-8 fazia um barulho infernal, com um consumo absurdo de gasolina!!!Todos os passeios, para dois garotos de quatorze anos, eram previamente planejados, com orçamentos limitados, ou seja, naturalmente, o raio de ação do velho Plymouth era limitado, porém superdivertido!


Certa feita, no mesmo ano de 1974, "inventamos" de ir a uma chácara da avó de meu amigo com o Plymouth, no Setor de Mansões do Lago Norte. Normalmente, iamos de ônibus coletivo (antiga TCB - Paranoá Sul/Norte) ou em um Dodge Dart Sedan 1972 "automático" (também com uma TorqueFlite), marrom médio metálico, com teto de vinil preto.

O Plymouth era um carro cheio de problemas, abandonado pelo pai do meu amigo e que, na ocasião, não valia nada.




Fomos à chácara e de lá tivemos que voltar de ônibus, pois no Plymouth furou um pneu. Como não tinhamos "macaco" e chave de roda, voltamos na semana seguinte, de ônibus, para providenciar o reparo do pneu. Na outra semana voltamos e instalamos a roda no carro, mas, ao acionar o motor, a bateria apresentou problemas; como não havia maneira de empurrar o carro, fizemos mais uma viagem, dessa vez com a bateria, para carregá-la. Na outra semana, quando regressamos, novamente de ônibus, ao chegar na chácara, com a bateria recarregada, o carro estava aos pedaços: naquele momento alguns carroceiros que moravam no Paranoá estavam terminando de "picar" o carro com machados - todas as peças estavam espalhadas!!!

Meu amigo começou a chorar e atacar os "trogloditas", mas já eram tarde. Fique extasiado com a cena, não conseguia acreditar!!! Tanto esforço para nada!!!

Resultado: o pai do meu amigo queria se livrar do carro; apareceu a oportunidade e vendeu o carro aos pedaços, no "kilo"!!!

José Antonio Blanco Céspedes

4 comentários:

Roberto Rodrigo Octavio disse...

Caro Dr. Malvona,

O que me diz o senhor doutor, sobre Jaguares de plástico, com mecânica GM, usando placas pretas e participando de um leilão de supostos Clássicos?
Será fácil adquirir placas pretas para qualquer carro acima de certa idade?

RRO

Anônimo disse...

Quem fabricou Jaguar de plástico? A Puma, a Envemo? Tem sue valor histórico e merece placa preta sim, não como Jaguar, mas como réplica e olha que, coisa de 30 / 40 anos atrás havia muita gente boa nesse ramo, inclusive aproveitando a falta de carros importados no Brasil.

José Rezende - Mahar disse...

O FERA FOI FEITO PELO ERWENNE DO KG CLUB E HOJE EM DIA PELA AMERICAR. É UM CLÁSSICO BRASILEIRO COMO O MP LAFER E OUTROS...AFINAL CADA PAIS TEM O FRANK SINATRA QUE MERECE...
M

Leonardo disse...

Lembro de ter lido muito sobre esse Fera XK 4.1 quando era criança.

Consta que um representante da Jaguar veio ao Brasil verificar a qualidade do produto e deu até uma gravata da marca pro Erwenne.