O Queen Mary 2 foi construído em 2004 para ser o mais grandioso exemplar, o 'flagship' da linha Cunard, e era o maior navio do mundo ao ser lançado. A Cunard foi pioneira em luxo no mar, oferecendo o primeiro piano a bordo, os primeiros banheiros (1870), energia elétrica a bordo (1881), o primeiro rádio (com Marconi em 1901), a primeira sala de ginástica (1911).
Enquanto a maioria dos navios de hoje são 'pleasure ships', o QM2 foi projetado como trans-atlântico, destinado a travessias oceânicas, com um custo de construção duas vezes maior que os outros navios. Como um 'ocean liner', seu casco requereu 40% mais aço do que navios comuns de cruzeiro.
Seu custo chegou a US$ 300 mil por passageiro, em parte devido ao acabamento com materiais nobres. Sua velocidade máxima é 30 nós (56 km/h) e a velocidade de cruzeiro é 26 nós (48 km/h), necessária para atravessar o Atlântico em apenas seis dias. O QM2 é, portanto, bem mais rápido que os 'cruise ships' como o Oasis of the Seas, cuja velocidade máxima é 22.6 nós (42 km/h).
Para conseguir este resultado, o QM2 conta com turbinas a gás que reforçam a energia elétrica produzida pela motorização a diesel. Os quatro propulsores elétricos Rolls Royce Mermaid, porém, apresentaram necessidade de manutenção superior à esperada, e a justiça deu ganho numa causa de US$ 24 milhões à Cunard. É o único navio a fazer a travessia Nova York - Londres, uma alternativa aos aviões.
Outro detalhe curioso é que a Cunard mantém um sistema de 1a classe (Queen), 2a classe (Princess) e 3a classe (Britannia). Na sofisticada classe Queen, o passageiro pode escolher o que deseja comer, mesmo fora do abrangente menu, e conta com mordomo particular.
O Queen Mary 2 passou por uma grande reforma em dique seco entre dezembros de 2011 e janeiro de 2012 em Hamburgo, Alemanha. Algumas das fotos anexadas foram feitas na ocasião, de forma absolutamente extra-oficial.
Elas mostram os hélices laterais (bow thrusters), os gigantescos estabilizadores, e os hélices de popa (dois pivotantes e dois fixos). Os hélices pivotantes permitem grande capacidade de manobra, eliminando a necessidade de rebocadores na maioria dos portos. São imagens raras, que poucas pessoas já viram.
Nenhum comentário:
Postar um comentário