Problemas do Airbus A400M Bilhões de dólares em aumento de custos, atraso de anos na entrega e agora um acidente ainda inexplicado perto de Sevilha, na Espanha, que matou dois pilotos e dois engenheiros de vôo. O aparelho acidentado já tinha quase 2.000 horas de voo em operações militares. Aparentemente ninguém sabe até agora a razão do acidente, mas as caixas-pretas já foram recuperadas.
Quatro dos cinco países que já receberam o A400M, Alemanha, Inglaterra, Malásia e Turquia, proibiram sua operação, deixando apenas a França – que assim mesmo permite que uma de suas unidades levante vôo apenas em operações de urgência.
O A400M foi projetado e construído como alternativa a aeronaves pesadas americanas, como o Hercules C-130. Construído parcialmente em sete países, é visto como uma prova de cooperação militar européia – mas é também o resultado de filosofias diversas de engenharia e de utilização.
Até hoje o A400M custou US$ 5 bilhões a mais do que o esperado e quatro anos atrasado. Seus motores turbohélice montados em cima das asas possibilita operações em pistas rústicas, em que os jatos de motores baixos sob as asas podem ingerir entulhos. A Airbus espera centenas deles, já tem pedidos de 174 e entregou 12. O país que mais espera entrega é a Alemanha.
Numa mostra simbólica de confiança na aeronave, Fernando Alonso, chefe das aeronaves militares da Airbus Defence e Espaço, estava para fazer parte da tripulação na aeronave no dia seguinte ao do acidente, como engenheiro de voo. O A400M tem sido usado pelos soldados franceses em Mali, na África, onde lutam contra militantes islâmicos, e pelos militares turcos no Afeganistão.
A Alemanha, que comprou o maior número de unidades, 53, os mantém em ‘fase de testes’, com o que diz ser ‘um grande número de problemas.’
A Airbus continua seu programa de testes de vôo em Toulouse, na França, conforme planejado.
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