Os últimos anos na vida da marca sueca de automóveis Volvo pareceram um tobogã. Primeiro passou por uma época difil, foi comprada pela Ford americana e depois, em 2010, pela chinesa Geely, firma que inclusive fabrica e vende seus próprios carros.
O fato é que o grupo chinês lançou uma campanha de engenharia, tecnologia, pontos de vendas e publicidade de nada menos de US$ 11 bilhões, que hoje dá a seu CEO a possibilidade de dizer que “Todos agora me dizem que somos mais independentes do que jamais fomos antes.”
Em toda sua história, a companhia nunca havia vendido 465.866 carros num só ano com o fez em 2004. O lucro foi de 2,2 bilhões de kronors (US$ 252 milhões) em vendas de 130 bilhões dessas coroas suecas. Seu maior mercado foi a China (17%), seguida da Suécia (13%) e dos Estados Unidos (12%). Seus diretores dizem calmamente que este ano será ainda melhor, com vendas de meio milhão de unidades.
De um lado as duas empresas, Volvo e Geely, estão desenvolvendo plataformas comuns, dando à segunda a vantagem de incorporar o enorme conhecimento da segurança e de limpeza ambiental da Volvo – importantíssimo nas hiper poluídas cidades chinesas.
O primeiro Geely ambientalmente limpo já existe, é um sedan e se chama Borui.
O chairman da Geely, Li Shufu, e os analistas do mercado chinês o consideram muito esperto. Um deles, de nome Yale Zhang, diz que ele compreende a distância entre as duas marcas e por isso nunca tenta interferir.
Um acontecimento muito interessante foi o desenvolvimento de um sedã mais comprido que o XC90 original sueco – algo que algumas décadas atrás aconteceu com o Santana brasileiro. A Volkswagen resolveu fabricar seu sedã maior na China e teve de ‘esticá-lo’ um pouco mais de 10 cm em entreeixos para melhorar o compartimento traseiro. A razão para os dois casos é simples: o chinês muito bem de vida prefere ter um chofer a dirigir, enquanto o sueco e seus colegas preferem dirigir a ter de pagar um chofer caro.
Hakan Samuelsson, presidente e CEO do Grupo Volvo de automóveis, diz sorrindo que Li já se tornou um ‘ótimo cliente de banco traseiro’.
JOSÉ LUIZ VIEIRA
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