sexta-feira, 10 de junho de 2011

JASON VOGEL: RENAULT DUSTER BRASILEIRO EM FOTOS EXCLUSIVAS


Renault revela os detalhes do Duster que será lançado aqui em novembro

Utilitário fabricado no Paraná terá motores 1,6 e 2,0 e uma versão 4x4

Jason Vogel

A Renault fez, na semana passada, uma primeira exibição do Duster fabricado no Brasil — modelo que só chegará às lojas em novembro. Dois exemplares pré-série foram levados a São Paulo e mostrados a jornalistas pela internet. A apresentação oficial do utilitário será no Salão de Buenos Aires, na semana que vem.

O Duster fabricado no Paraná é visualmente idêntico ao feito na Rússia. A maior diferença externa em relação ao irmão romeno Dacia (vendido no resto da Europa) é a grade com três barras cromadas. 





Um detalhe interessante é que as alterações no estilo foram criadas no centro de design que a Renault mantém no Brasil — ficou tão bom que o projeto foi mandado para a Rússia. Não há enfeites supostamente fora-de-estrada.

— Chegamos a pensar em um estepe na tampa traseira, mas isso iria atrapalhar a abertura do porta-malas — conta Jean-Michel Jalinier, presidente da Renault do Brasil.

O interior foi todo modificado para dar ao modelo um ar mais sofisticado: painel e acabamentos do Renault Duster brasileiro lembram os do novo Sandero — enquanto a versão romena mantém o padrão pobre do primeiro Logan.

O destaque é o espaço no banco de trás e o porta-malas, de 475 litros. Se por um lado, não há luxo, por outro há mimos como um grande porta-objetos no teto.


O utilitário impressiona pelo porte e pela aparência parruda (reforçada pelos arcos dos para-lamas). Em comprimento, o Renault empata com os 4,32 m do Hyundai Tucson. 

Já a distância entre eixos é até maior que a do rival sul-coreano: 2,67 m, contra 2,63 m.
A plataforma é basicamente a mesma do Logan e, neste primeiro contato, a Renault já adiantou que haverá versões 4x2 e 4x4.
Enquanto o Duster básico terá o prosaico eixo de torção na traseira (como os Logan e Sandero), os carros equipados com tração nas quatro rodas trarão suspensão traseira multibraço e tração traseira inserível do tipo que funciona quando as rodas dianteiras patinam, como no EcoSport.  Pneus de uso misto 215/65 R16 montados em rodas de cinco raios ajudam a dar um bom vão livre ao modelo.



Haverá duas opões de motor, ambas flex: o Renault 1,6 16v (do Logan) e o Nissan 2,0 16v (dos Sentra e Fluence).

Por enquanto, a Renault não dá detalhes oficialmente, mas já se sabe que, além do câmbio manual de seis marchas, o utilitário trará uma caixa automática de quatro velocidades (igual à que será adotada pelo Sandero muito em breve).

Preços, só em novembro... Uma coisa dá para adiantar: o Duster básico deverá custar o mesmo que um EcoSport (cerca de R$ 50 mil), enquanto o topo de linha entrará na faixa do Tucson (R$ 70 mil).

O Brasil já é o segundo maior comprador de Renault no mundo (atrás apenas da França). Em cinco anos, a marca quer deter 8% de nosso mercado, contra os 5,5% atuais. Pela aparência, porte e qualidade mecânica, o Duster tem tudo para ajudar nesse projeto.

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