quinta-feira, 7 de abril de 2011

DE CARRO POR AÍ COM O NASSER


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Coluna 1411 06.abr.2011



Bom momento da Kia foca em Soul e Sportage


Vitorioso em corajoso projeto de trocar produtos, imagem e rede de concessionárias, todos antes sintetizados no utilitário Besta, por amplo leque de veículos modernos, o empresário José Luiz Gandini, representante da coreana Kia, ambiciona vender 104 mil unidades em 2011. Na prática, 91% sobre 2010.


Número com face otimista, a expansão recorde da marca é calçada nas encomendas à matriz, e invejável reunião de fatores propícios: leque bem segmentado de produtos, crescente imagem de qualidade e avanço tecnológico, design reconhecido, preço competitivo. Fator aleatório, súbito aumento no fornecimento ao Brasil, pelo encolher dos mercados do Oriente – Tunísia, Síria, Líbia, Egito, em razão dos conflitos políticos.

Maior importador sem operação industrial no país – possui instalações ociosas esperando sinal positivo, e tem pequena linha de montagem de caminhões no Uruguai – a operação Kia no Brasil recebeu duas adições favoráveis: a matriz entendeu a importância de desenvolver motores flex – o 1.6 é disponível no interessante Soul - e o aumento do fornecimento dos Sportage, cujo estilo avulta no segmento. Ambos tem previsão de venda assemelhada, circa 17 mil unidades em 2011.


Flex

Criar versão capaz de deglutir gasolina com etanol ou etanol puro, é sinal de interesse da matriz coreana no mercado brasileiro, significando desviar engenheiros e aplicar razoável quantidade de horas de engenharia para pesquisar e desenvolver tecnologia, acertar o caminho, iniciando com o motor 1.6. Com gasolina+etanol produz 126 cv de potência. Com etanol, 130 cv. O torque também evolui a respectivos 16 mkgf e 16,5 mkgf, medidas superiores aos motores nacionais com a mesma cilindrada. Este 1.6 flex equiparará o sedã Cerato. O novo Picanto com motor 1.0 e três cilindros também terá capacidade flex, e o 2.0 será fornecido ao Sportage.


Gandini crê na atratividade dos flex apenas sobre clientes de veículos até 2.000 cm³ de cilindrada. A partir disto não é sensibilizante. Últimas unidades 2010/2011 à venda a partir de R$ 49.900.


Sportage

As linhas felizes do Sportage, reflexo do criativo trabalho de Peter Schreyer, ex-designer da Audi, chamado a criar identidade para os Kia, se manifestam. O utilitário é elegante, bem formulado, tem personalidade, e bem se enquadra na feliz identificação da marca. A Kia melhorou o motor 2.0 16-válvulas, colocou comandos variáveis e dele consegue 166 cv. Padronizou a motorização, deixando como escolhas o câmbio manual de cinco marchas ou automático de seis, acessórios e tração nas quatro rodas. Entre R$ 83.900 e R$ 105.900.

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Soul flex, um dos carros-chefe da Kia
        
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Roda-a-Roda

EUA – Fechado o trimestre, o mercado americano mostrou a Ford como líder, ao crescer 19%, vendendo 212.000 unidades. Carros menores, como Fiesta e Fusion, mantém expansão, expondo as novas demandas dos consumidores. Maior crescimento foi da Chrysler, sob comando Fiat, em número que soa promocional, vendeu 500 Fiat 500, agora mexicano.

Resultado – Vendas seriam maiores não fosse a falta de componentes comprados ao Japão, de produção atrapalhada pelo tsunami, e panes elétricas nas usinas atômicas.

Baixa – Das grandes marcas Toyota caiu mais, por corte de incentivos, e influência da má imagem de queda de qualidade.

Alta – Ao contrário, incentivos fizeram do Nissan Altima/Maxima o sedã médio mais vendido dos EUA, pela primeira vez passando Honda e Toyota. Na prática, motivo de compra não são os automóveis, pasteurizados, mas preços, incentivos, facilidades.

Tsunami – O infortúnio das marcas japonesas entusiasmou a coreana Hyundai/Kia a rever e projetar venda de 6,5 milhões de unidades em 2011, crescer 13% em relação a 2010. Já é a quinta fabricante mundial.

Tecnologia – Em agosto, o pequeno coreano Kia Picanto mostrará motor flex 1.0, três cilindros e intrigantes 86 cv. Ultrapassou, de largo, a tecnologia nacional, antes líder em potência nos motores mil.

Enlace - A chinesa JAC Motors recomendará os óleos da Petrobras como reposição aos originais. Importante efeito-demonstração com o mercado.

Auto – Abril, nos EUA, a Fiat iniciará vender o 500 com câmbio automátiico Testa-o no Brasil. Produzir no México isenta-o do imposto de importação, e aqui estuda versão especial abaixo de R$ 50 mil.

Hatch – Ford nos passos finais para importar do México o Fiesta hatch, enquanto desenvolve fornecedores nacionais para fazer a nova geração aqui.

Mudou – Presidenta Dilma foi a teatro em Brasília. Discreta, em Fusion Hybrid claro, cedido pela Ford, placas particulares. Entrosa-se com a cidade, ao contrário da família Lula. Sem convívio local, o deslocamento do ex-presidente era aparatoso: frota de 9 veículos, uma ambulância, fora os batedores e o fechar do trânsito.

Manutenção – Oficina de reparação e instrutora de reparos em  câmbios automáticos, a Brasil Automático desenvolveu, junto com a Zas-Car, linha de lubrificantes sintéticos para este componente de crescente aceitação no mercado. Querem produto nacional bom e a menor preço que os importados. Interessado? www.brasilautomatico.com.br e www.zlub.com.br
Equipamento – Projeto de reequipamento do Exército motivou a Iveco a desenvolver o blindado VBTP-MR Guarani; aplicar R$ 75M em fábrica para a encomenda de 2.044 unidades; e militarizar caminhões da marca.

Negócio – À concorrência de R$ 120M o grupo Fiat convocou o ex-engenheiro chefe de automóveis, Apio Aguiari, e passou-lhe o dever de casa, feito com militares e especialistas da Comau, área de automatização da Fiat. O Brasil estava sem fornecedor de veículos militares.

Resumo – O Guarani é um blindado anfíbio de 18 t, tração 6x6, para 11 militares. Mede 6,91 m de comprimento, 2,7 m de largura e 2,34 m de altura. Chassi com longarinas, suspensão independente hidropneumática, freios com disco duplo e ABS. Dentro, boa ergonomia, ar-condicionado, GPS, detecção e extinção de incêndio, capacidade de operação noturna, sistema de detecção de laser, torre para canhão automático ou metralhadora, operada por controle remoto. É transportável por avião tipo Hercules C-130. A Coluna o mostrou ano passado.

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Guarani, leve, blindado, feito no Brasil
            
         
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2 Rodas, 4T – Nova tecnologia da Castrol batizada Trizonepara motores quatro-tempos de motos. Nome indica, o lubrificante protege as três áreas de maior desgaste – motor, embreagem e caixa de marchas.

Associação – Para credenciar-se junto ao consumidor comum, a Total Lubrificantes patrocinará equipe na Fórmula 1, a Lotus com motor Renault. Inclui desenvolver produtos a uso tão específico, e anunciar permear tal tecnologia aos lubrificantes dos carros de rua.

Hermanos – Grande negócio fechado entre a gaúcha Agrale e a cooperativa de transportadores na Venezuela: fornecer 2.500 chassis de micro-ônibus. Renovação de frota. Lá a Agrale já tem 1.000 micros rodando. Potencial do mercado é de 13.000 unidades.
Ecologia – A elevação do preço do etanol, tornando-o economicamente desvantajoso, separa os verdadeiros ecologistas. São os que mantém seu uso para preservar o meio ambiente. Uns Quixotes neste romance onde nem usineiro nem governos ajudam a escrever final feliz.

Verdade – Deve-se considerar que a Petrobrás calcula o preço da gasolina como se comprada no Oriente, tendo valor injustificadamente alto. Ainda assim o álcool o alcança. Não parece questão sazonal. Ao contrário, merece discussão ampla com participação da sociedade.
Antigos – Acordo envolvendo o governo de Minas, o patrocínio da Fiat, e o Veteran Car Club de MG, transformará parte do antigo Palácio dos Despachos, em Belo Horizonte, em Museu do Automóvel. Será, com certeza, o mais apurado do país graças ao enlace e ao formidável acervo.

Gente – Roger Wood, 48, graduado em tecnologia de engenharia, promoção. OOOO Novo CEO da autopartista Dana. OOOO



2 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom seu site, mas a palavra presidenta não existe, de resto ímpar, se quiser mando matéria sobre isso, um forte abraço, Mario.

Anônimo disse...

Presidenta???

Mas, afinal, que palavra é essa totalmente inexistente em nossa língua?

Bem, vejamos:

No português existem os particípios ativos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante... Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.

Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte.

Portanto, à pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do sexo que tenha. Se diz capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz estudante, e não "estudanta"; se diz adolescente, e não "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta".

Um bom exemplo do erro grosseiro seria:

"A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta".

Mario Moreira.