segunda-feira, 28 de março de 2011

CHEVROLET 1953, MAIS MODERNO

Estas fotos me lembraram um bom amigo que já se foi, o José Aurélio Affonso. Foi presidente da FBVA por muitos anos e entrou no vício de carros antigos ao comprar um Chevy igual ao das fotos de um policial no subúrbio do Rio. A restauração não foi difícil porque o carro estava completo e o carro era uma delicia de dirigir...



O Chevrolet 53 foi um ponto de mudança na linha da Gravatinha: foi o primeiro era lubrificação por pressão total de óleo em todos s mancais quando equipado com o câmbio Powerglide de duas marchas. Foi o pioneiro em oferecer direção hidráulica, freios assistidos, bancos e vidros com acionamento hidráulico, itens de carro de alto luxo nessa época.


No '53 ainda vinha o velho motor de 1937 com lubrificação tipo splash, ou salpico, se o câmbio fosse manual, quando então o motor tinha 114 cv e 3.800 cm³ (235 pol³), sem nada a ver com o motor 3.800 do Opala, muito posterior, nascido em 1962 e que tinha sete mancais em vez de quatro.




Quase todos os Chevrolet de passeio de 1953 tinham uma das duas versões do 235. A exceção era o Sedan Delivery. O furgão vinha ainda com o velho 3.500, ou 216, pol³, de 92 cv e câmbio manual.

Esse ano foi o derradeiro para a lubrificação de salpico e para o Club coupe, uma carroceria que nasceu da necessidade do caixeiro viajante com sua mala enorme e versões sem o banco traseiro e capota curta. Isso lhe dava uma proporção de linhas incomparável.




O carro da maioria das fotos tem todos os acessórios opcionais e enfeites desse ano, tais como as calotas imitação de rodas raiadas, as defensas de para-choque e as garras centrais, além de cromados laterais na borda dos para-lamas.

O conversível é bem raro, com pouco mais de 10% da produção ou mais ou menos 24.000 unidades fabricadas.




É mais baixo que os anteriores e sua carroceria foi a penúltima do imediato pós-guerra, sendo a última a de 1954. Depois veio o 1955 com seu moderno V-8 e tudo mudou.

O carro do Aurélio era muito legal de dirigir, como lembro muito de uma tarde com ele na Barra da Tijuca...


2 comentários:

pedro cipola disse...

bel air a paixão de quem conhece o que é um carro de verdade .
muito lindo .

pedro cipola disse...

parabens aos engenheiros automobilisticos da decada dos anos 50 um desaigne fora de série.