A Editora Alaúde lança o livro Fusca – o carro mais popular do mundo, de Richard Copping, especialista em Volkswagen. Dividida em sete capítulos, a obra apresenta dados históricos, imagens e documentos que exploram desde os
primeiros desenhos feitos por Ferdinand Porsche, em 1934, passando pelos protótipos, os testes e todas as inovações que o carro teve, até chegar ao ano de 2003, quando o último modelo foi
produzido na fábrica Volkswagen do México.
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5 comentários:
Eu tenho o livreto do Paulo César Sandler e o cara considera o Ferdinand Porsche uma espécie de "ajuntador" de tecnologias, e não o criador do Fusca. Ele considera como criador o Josef Ganz que também financiava o projeto, até ser obrigado a fugir dos nazistas por ser judeu.
Eu não subscrevo tudo que o Sandler escreve, e quem leu a história da Tatra no começo dos anos 30 vai reconhecer muita coisa...Pesquise...
Na verdade vou postar uma série de artigos no Blog do Moquenco assim que terminar a série sobre o Shelby (http://blogdomoquenco.blogspot.com.br) chamados pais do Fusca. Então haja pesquisa. Sem querer ensinar bispo a rezar missa, podíamos pedir a opinião do Alexander Gromow, esse sim uma autoridade no assunto referente ao besouro. Nós somos somente uns jalops generalistas...
Eu trato deste assunto em detalhes em uma de minhas palestras, também toquei neste assunto em meu livro Eu Amo Fusca e expandi a história, com ênfase ás bobagens que o Shilperrord escreveu no livro sobre o Josef Ganz na matéria “Quem nasceu primeiro a galinha ou o ovo?”. Abaixo eu passo o link desta matéria.
O Sandler não consegue esconder o seu ódio pelos nazistas, assim foi no livro do DKW e agora é óbvio que ele tendenciosamente defendeu as aleivosias sobre o Ganz ter sido “inventor” do Fusca. Em tempo o único carro com motor a explosão que pode ser considerado uma invenção é o triciclo de Benz que foi patenteado em 1886 – depois disto TUDO não passou e não passa de desenvolvimento – portanto o Fusca foi um desenvolvimento.
Eu mesmo questionei o Shilperrord através do “O Estado de Minas Gerais”, na época do lançamento da tradução de seu livro para o português, e ele respondeu evasivamente (ele também é judeu – nada contra a raça, é só uma constatação de tendência óbvia). Acho que misturar sionismo com antigomobilismo não necessariamente é uma fórmula adequada – independentemente da história deste ou daquele carro – história não se muda na base da canetada.
Acho que todos conhecem a palavra Zeitgeist e na década de 30 vigia a fórmula: chassis de eixo tubular, suspensão independente nas 4 rodas, motor traseiro, com ênfase para os refrigerados a ar e carroçaria aerodinâmica. Vários carros de linha e protótipos de época seguiram este Zeitgeist que por sua vez impregnou o projeto que Ferdinand Porsche e sua incrível equipe de engenheiros desenvolveram. Ocorre que o desenvolvimento feito por esta equipe foi tão bom que o produto final, apresentado em 1938, conquistou o mundo e foi produzido mais de vinte um milhões de vezes.
Em minhas palestras e nos contatos com a imprensa especializada (?), bem como nos papos com Fuscamaniacos comuns (que não se deram ao trabalho de estudar a história do objeto de seu hobby) ficou claro que há uma desinformação muito grande que levou a mitos totalmente desfocados. Não há demérito nenhum no projeto do Fusca ter seguido uma tendência da época (Zeitgeist), não há demérito algum do Porsche não ter trabalhado sozinho (muitos acham erroneamente que ele foi um tipo de “one man show”), não há demérito algum no carro ter sido um produto do nazismo (apesar de ter sido pago pelos trabalhadores alemães através de contribuições sindicais recolhidas pela Deutsche Arbeitsfront - sim foi o povo que pagou com seu suor, não foi Hitler como o pessoal desinformado costuma afirmar). Sim, pois o Fusca não foi produzido para o povo durante a II Guerra Mundial, e a fábrica e o carro só sobreviveram à guerra devido às forças de ocupação inglesa (ou seja, depois que o nazismo foi vencido), em especial a um jovem coronel, Ivan Hirst, do Royal Electrical and Mechanical Engineers 43rd Infantry Division – Wessex – um grupo de germanófilos no que se refere à tecnologia – que salvou a fábrica de sua demolição e abandono. Por fim temos que reverenciar a figura de Heinz Nordhoff, um homem treinado pela GM – ele era do Opel – que fez de um carro no qual ele pessoalmente não acreditava um sucesso mundial e de uma fábrica que ainda era um monte de escombros a maior fabrica da Europa.
A história do Fusca é complexa e rica em detalhes e merece cuidado em sua exposição, o que estou colocando aqui é um mero resumo, e eu estou à sua disposição para entrar em detalhes, se for o caso.
O link para o meu artigo “Quem nasceu primeiro a galinha ou o ovo?” é o seguinte:
http://www.maxicar.com.br/old/gromow/colunista_gromow_0809.asp
Alguma pergunta?
Saudações
Alexander Gromow
a.gromow@hotmail.com
Grande Alexander,
Obrigado pela resposta.
[]´s
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