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PININFARINA SERGIO |
O Salão de Genebra e a indústria européia
Os dois grandes salões europeus, Frankfurt e Paris, acontecem em anos alternados – mas há um terceiro salão que sempre foi muito importante, o de Genebra, apesar da Suíça virtualmente não ter uma indústria própria. Para compensar, este salão há muitas e muitas décadas tem se celebrizado pela qualidade dos carros mostrados, de hiperluxo, veículos fora-de-série e de conceito.
Este ano as coisas não foram bem assim, por quatro razões básicas: a crise financeira instalada em 2008 atinge todos os países do Velho Continente, a capacidade instalada é alta demais, os lucros das montadoras desapareceram quase totalmente e os sul-coreanos estão vendendo muito bem num mercado já menor.
A PSA Peugeot Citroën perdeu cinco bilhões de euros no ano passado, a Renault 15% de seu lucro, a Fiat 73% e a própria Volkswagen (a única ainda firmemente no azul) teve lucro bem menor do que o esperado. E a expectativa para o futuro não é das melhores: volta para o nível de 2007 só em 2020.
Mesmo em 2007, ano que os europeus lembram com saudades, a indústria como um todo só usou 83% de sua capacidade de produção – e atualmente usa 75%. A legislação trabalhista francesa não permite cortes nos pagamentos e nos benefícios ou mesmo o fechamento de fábricas. O governo francês e os sindicatos vêm impedindo a PSA de despedir 8.000 colaboradores e fechar a fábrica de Aulnay. Já a Volkswagen, aproveitando-se de leis de trabalho alemãs mais flexíveis, mantém custos mais baixos e investe o lucro em inovações.
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O SUV DA BENTLEY...NADA MAIS É SAGRADO... |
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