Salão de Genebra, a cara da crise
europeia
Aguardando 700 mil visitantes, é
referência forte no primeiro semestre no apresentar novidades e promessas de
produção, direcionado ao mercado europeu, em crise. Como para a indústria
dificuldade é provocação, mostra os vários níveis de interesse sobre veículos,
instigadores de consumo. Da disputa poderosa entre super Ferrari e
mais super Mc Laren, com novo modelo MP1, Lamborghini festivo, feito em 3
unidades - bastaria uma, para museu, como demonstração de pesadelo estilístico.
E carros normais, todos caprichando no cumprir imposição legal de reduzir
emissões e consumo.
Neste ano, o quinto em que a mostra abre caminho
para novas tecnologias de convívio com o meio ambiente, há evidências do
trilhar caminhos, especialmente dos carros com motores elétricos com baterias
recarregáveis em tomadas de parede; carga gerada durante o uso pela energia
produzida pela frenagem, e motores auxiliares de menores cilindrada, dimensões,
peso. Interessantemente, a soma de motores pequenos, térmicos, resultam em
aceleração com brio. As pesquisas levam a protótipos e a definições de
produtos e, ao mesmo tempo, em medidas para otimizar os atuais sistemas
mecânicos, com motores endotérmicos – a gasolina, gás e diesel. Faze-los
menores, mais leves, de menor consumo, assim como o uso de câmbios mecânicos
com seis, sete marchas, duas embreagens, funcionando como automáticos, e
administração de materiais para reduzir peso, pesquisas aerodinâmicas para
diminuir a resistência ao ar.
São estes o caminho do futuro e nós somos
testemunhas do importante momento da mudança de direção. Genebra é importante
por marcar um desenho mais claro do futuro.
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VW XL 1 – A
ser produzido artesanalmente, em previstas 250 unidades, capaz de fazer mais de
100 km com um litro de diesel, é soma de competências: primeiro a ordem para
fazer, quebrando impossibilidades; depois, otimizar tudo que atrapalha num
automóvel, peso, resistência aerodinâmica, consumo. A Volkswagen melhorou estes
pontos com materiais leves, tratamento externo liso, fluído – não tem, por
exemplo, espelhos retrovisores externos, mas lentes de câmera de tv, embutidas
em suaves saliências externas, nas portas. Motor pequeno, diesel, turbo, 800
cm3, transmissão DSG de duas embreagens, direção mecânica para economizar peso
e consumo. Não é um produto, mas aula de factibilidade para distribuir
conceitos numa segunda versão ou aos demais veículos. Aliás, por pensar, este
kit de motor térmico, elétrico e transmissão cabe no UP!, o pequeno VW
produzido na Europa e, ano próximo, no Brasil.
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VW XL
1, referencia mudanças
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Jetta Hybrid –
Versão do conhecido e bem sucedido sedã, combinando um pequeno motor 1.4,
gasolina, injeção direta, turbo, com gerador elétrico colocado no volante motor
e câmbio DSG. Uma tentativa de criar veículo com bom comportamento, capaz de
muita economia, poucas emissões, e motivar vendas no último ano de vida desta
plataforma de Golf 6a. geração.
Esportivo – O
estúdio Giugiaro, agora controlado pela Volkswagen levou interessante protótipo
de esportivo, linhas italianadas, maior altura do solo, explicável pela
proposta: um esportivo 4x4. Coisa não vista desde a década de '60 com o inglês
Jensen FF. Factível esportivo tração total sobre a plataforma do Audi R8,
projeto do festejado designer brasileiro Raul Pires.
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Giugiaro,
um Audi R8 4x4
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Hybrid Air –
Nova tecnologia da PSA, controladora de Peugeot e Citroën. Utilizou o
conhecimento dos engenheiros da Citroën com hidráulica – em 1955 com os ID/DS
comunizaram o uso dos fluidos, mesclando pressões de ar e líquido – e o
interesse da Bosch. Caminho novo, em busca das emissões zero, dispensa bateria
adicional. Em Genebra está no novo C3 e sob ele um cilindro pressurizado onde a
compressão gera reações em quantidade mínima de nitrogênio, provocando enorme
pressão, administrada e que leva a transmissão automática. Consegue 34
km/litro.
É sinal do existir novo caminho, mas a empresa se
aplica no varejo da redução obrigatória de consumo e emissões por
desenvolvimento nos motores convencionais, a gasolina e, até, pneus de menor
resistência ao rolar.
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Assim, assim
Num limbo, entre as impossibilidades e o sonho
possível por alguma exceção, um pequeno carro era atrativo no stand Alfa
Romeo, o 4C. Já mostrado em protótipo, apareceu no definitivo. Retoma a
filosofia do carro esportivo, com os incrementos tecnológicos: chassi em liga
leve, carroceria em fibra de carbono. Motor 1.750 cm3, injeção direta,
turbo, 240 cv, longitudinal, entre eixos, traseiro, câmbio FPT com 6 marchas e
dupla embreagem, tração posterior. A combinação entre peso e potencia dá
aceleração e velocidade, e a posição do motor, com força nas rodas traseiras,
condução agradável.
Sou assumidamente Alfista, as
uvas não estão verdes, mas não o compraria: Alfa sem alavanca de marchas,
apenas com uns pitocos sob o volante, elegantes, delgados, femininos, sorry, é
apenas um Boiolalfa. Incluam-me fora desta.
Aliás, quisesse, teria dificuldade. Preço à altura,
US$ 80 mil, mas em contidas e agora 3.500 unidades, - aumentadas em milhar,
anunciados no Salão, sendo 1.000 para os EUA, no marcar a volta da marca ao
mercado após duas décadas, porém nenhuma ao Brasil. Nossos buracos não mantém
diálogo com a suspensão e o motor se intoxica com a mistura gasálcool.
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Alfa
Romeo 4C - transmissão Boiolalfa
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Ferrari anunciou produto novo, criou especulações
sobre nome, e no final arrematou. Sucede o modelo Enzo e chama-se La
Ferrari, encerrando discussões ociosas se Ferrari deve ser tratado no
masculino como Porsche ou feminino, como Alfa. Deu seta para baixo. É feminino.
E híbrída. Motor V12, 6.260 cm3, aspirado, 800 cv.
Somando o motor elétrico com 163 cv, dá 963 cv segundo a Ferrari. O
carregamento das baterias para alimentar a tração elétrica é o sistema HY-Kers,
com base no que aplica em seus Fórmula 1. Produção restrita, 499 unidades – já
vendidas. Diziam no Salão, US$ 1M - preço de Enzo usada.
É o primeiro projeto com estilo Ferrari após o
fechamento de sua parceira Pininfarina.
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La
Ferrari. Ociosa como produto, mas definidora de gênero
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Chaves na mão
De veículos práticos, Genebra marcou a apresentação
do Golf em versão diesel, em meio a comemorações de o modelo ter conseguido,
após duas décadas, o título de Car of the Year; Mercedes com
aplicação de tração total em seus veículos de maior distinção, forma de
oferecer maior estabilidade quando a potencia supera 500 cavalos num
sedã, station ou utilitário esportivo. De coisas factíveis,
lançou o CLA, o sedã nova Classe A, de excepcional desenho aerodinâmico. O CLA,
como a Coluna informou com antecipação mundial, será feito nas
instalações da nova fábrica Nissan em Resende, RJ.
Institucionalmente importante, a Ford apresentou o
EcoSport. Com sólida participação brasileira no projeto, é um dos trunfos da
empresa para vender 1 milhão de utilitários esportivos no mundo. Na Europa,
versão aqui desconhecida, diesel.
Unidades do Corvette Stingray em versão conversível
aparecerão no Brasil. Lançado em Genebra, atendendo a demanda mercadológica –
das seis séries anteriores um a cada três Corvette vendidos era descapotável.
Confortos como capota com acionamento automático e o mesmo trem de força,
motor GM V8, 6.2 litros, 450 cv. Preço alto como carro mas adequado à
clientela: US$ 60 mil.
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Corvette conversível
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Sandero e C3 revistos esteticamente, prenunciando
chegada ao Brasil. Na Europa são Dacia, a marca de segunda categoria da
Renault, e um pouco simplificados relativamente às nossas versões.
Numa olhada, apesar da crise europeia que reduz
vendas de quase todas as marcas, especialmente as francesas, o Salão se amplia.
Fizeram re engenharia criando 5.ooo m2 de área expositiva dentro dos 110 mil
m2. Assim, alguns temas foram mesclados, lojas tradicionais, como o stand
da Quattro Ruote, mandados a locais difíceis, cortada a exposição
de Veiculos antigos, desapareceu a galeria de vendas de miniaturas.
Na prática do relacionamento com jornalistas, onde
secularmente havia a produção de bom, caro e pesado material informativo, ano
passado houve a substituição porpen drives. Neste, resumido a
distribuição de cartões com endereço para achar o material na internet.
Conclusão é que, pelo menos na matéria, a próxima
geração de jornalistas nada saberá sobre história e evolução do automóvel.
Daqui a alguns anos os dados hoje enviados às nuvens, desaparecerão com a
rápida substituição dos elementos de consulta - você consegue abrir
dados salvos em diskette, tão futurosos há 15 anos e hoje uns quadradinhos
pretos de utilidade
insondável ? Pois
é, em matéria de preservar história, mais valiam os egípcios e seus papiros que
a dra Microsoft e a dra Apple. Mas a indústria automobilística nada quer com
história e passado, quer vender hoje.
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Gente - Arturo
Pinheiro, executivo, presidência da BMW no Brasil. 0OOO Já
trabalhou no Brasil, conhece os ares e peculiaridades locais, e do produto.
OOOO Coordenará construção da fábrica BMW em SC. OOOO Rolf
Epp, ex gerente das motos BMW, co responsável pela fabricação em Manaus e
expansão da marca no mercado, muda-se para o Panamá e coordenará
vendas de automóveis para a América Latina e Caribe. OOOO Dr Joseph
Senn, 57, vice presidente de recursos humanos na VW, dignidade e competência.OOOO
Bom trabalho da VW incluindo formação de florestas e sociedade em usinas
hidrelétricas, aposentou-se. OOOO Quer-se dedicar ao 3o. setor e
usufruir meio ano em sua casa em Paraty. OOOO
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