quarta-feira, 20 de março de 2013

LANÇAMENTO: HYUNDAI HB20S


HYUNDAI HB20S: NASCE UMA ESTRELA

Pode ser que algguém confunda esse titulo com a estrela da Mercedes, coisa intencional... O novo Hyundai tem coisas alemãs em sua genética, e não se trata de projeto, mas de características germânicas de qualidade. Esse carro me lembra o rock do Ultraje a Rigor que diz nós vamos invadir sua praia. Os coreanos vieram para mostrar serviço,agora com a versão três volumas  de seu carro, o HB20S, o novo sedan, em Foz do Iguaçu, Paraná, para ser o metro pelo qual de agora em diante vão ser medidos todos os outros carros do setor dos pequenos.
O HB20S é muito bom. Ponto final. Espaçoso. moderno, esperto de reações e comandos, razoavelmente bom de preço (já chegamos lá), o pequeno, mas nem tanto, carro de origem coreana tem uma qualidade intrínseca que impressiona. Primeiro lembra os Ford de outrora na qualidade de seu acabamento, que só peca levemente nos reflexos que acontecem no para brisas com o Sol a pino. De resto o painel é perfeito, visível, informativo. Tudo no posto de comando é bem posicionado e racional. Há regulagem de altura e profundidade do volante que aliada à regulagem idêntica do banco permite que ele seja como a Casa Neno e atenda bem ao grande e ao pequeno. 
A alavanca de cambio no modelo manual é perfeita, suave, precisa e bem ao alcance da mão. A que comanda o cambio automático tem suas posições bem definidas e arranjadas em um “L” com degraus laterais, o que permite saber em que marcha se está sem olhar, como não é o caso em carros cuja alavanca corre linearmente. A terceira está à direita da quarta, permitindo uma pre seleção ao fazer uma ultrapassagem na estrada, sem precisar esperar o ainda assim rápido kickdown.
O banco é bem formado, segura corretamente o corpo do piloto nas curvas mais animadas sem ser duro, apertado ou restritivo. Um banco de 1.000 km sem stress. O banco traseiro é razoável em espaço, sem grandes vantagens, de fato impossíveis em um carro de seu tamanho com o mesmo entre eixos do hatch.

Os itens de equipamento original são muitos e bons. Estão disponíveis de linha ar, direção e trio elétrico em todas as versões, desde a mais em conta de motor 1.000 até a versão de topo de linha. Essas versões vão de 39.500 Reais a 54 mil no 1.600 automático, completando uma linha de automóveis bem servida em variações de preço e equipamento. A principal diferença do Hatch é a mala, que agora conta com bons 450 litros e uma capacidade de mais de 400 quilos de carga. Tudo suficientemente amplo para uma família em uma viagem de fim de semana sem apertos, embora o Grand Siena e o Onix sejam maiores de mala
Como anda
Tenho que informar boas surpresa no modelo 1.000 cm³. O motor de três cilindros e 80 Cv impressiona por alguns motivos bem racionais. O primeiro deles é que um motor com um cilindro a amenos tem menores perdas por atritos internos. Ter 25% a menos de peças se roçando e roubando potencia, tais como um pistão e uma biela é uma vantagem, quando menos é mais. 
Depois tem menos perdas por não ter que bombear ar e combustível em quatro câmaras de combustão. Ou seja, as perdas de energia parasitárias às quais está sujeito qualquer motor são menores no esperto Hyundai. Seus 80 Cv rendem e muito. Vai a mais de 160 km/h de final, alcança realmente os 100 por hora em 14,5 segundos, tempos de muitos carros bons de um passado recente. E o que é melhor, chegamos a ver em trechos de retas e transito livre médias de quase 12 km/litro de álcool, um rendimento bastante bom, mesmo para um motor pequeno.
Já o modelo 1600 que preferimos foi um topo de linha com um cambio automático bastante de acordo com a qualidade do resto do carro. Não é um monumento à tecnologia, mas faz corretamente o seu serviço, com arrancadas bastante enérgicas, passagens suaves de marcha sem o mínimo tranco, tanto nos alongamentos quanto nas reduções de marcha. As relações são bastante bem escolhidas  e permitem uma marcha relaxada sem reduções frequentes e desnecessárias, mesmo entregue à sua própria vontade no modo de automatismo total.  E o que é melhor: embora não seja um Tiptronic na acepção do termo, um curto movimento lateral permite reduzir de quarta para terceira. Os motores são fortes, com arvores de comando variáveiss que compensam muita coisa engordando o torque em baixas rotações e permitindo que os conjuntos motrizes se exprimam com vigor em alta.
Um dos segredos do desempenho do novo pequeno Hyundai está na relação íntima do Grupo na Coréia com a siderurgia. A Hyundai fabrica aços muito especiais que, a paridade de espessura e resistência são mais leves que os normais usados nos carros dessa classe. Assim o HB20S pesa bem menos que os concorrentes. circa 150 kg, e anda mais solto nesses tempos de automóveis cada vez mais reforçados e pesados. Junto com seus motores espertos e suas caixas bem escalonadas, isso tudo permite que o HB20S seja um carro bom de curva, firma sem ser desconfortável e absolutamente isento de balanços parasitas que assolam alguns carros mais macios. 
Uma rigidez torcional respeitável e um trabalho admirável da engenharia da coreana. Eles souberam aliar bem os detalhes e brinquedos da conectividade total com os telefones a um automóvel  muito bem acertado para o uso diário. Não é à toa que a fabrica já inciou o segundo turno de trabalho e alcançou um Fevereiro de 2013 mais de 6,5% do mercado e o ágio role solto nos revendedores. Talvez seja esse o motivo de seu preço aparente mente salgado, pois a fabrica quer os louros de seu lançamento, mas também os dobrões no fundo da arca...

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