quinta-feira, 18 de novembro de 2010

DE CARRO POR AÍ, COM O NASSER

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Coluna 4710 17.nov.2010


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Caminho novo, o do Peugeot 3008


Até pouco tempo veículos de transporte individual eram facilmente classificados: sedãs de duas e quatro portas; hatches, automóveis com tampa traseira; cupês, os de duas portas com a traseira truncada – coupé em francês significa golpeado, cortado; em camionetas, para transporte de passageiros e carga sobre automóveis; camionhetes, os picapes; jipes.
De vinte anos para cá houve grande mudança nos motivos para a troca do carro velho pelo novo. O ganho de qualidade das auto-peças, e aplicação de eletrônica ao funcionamento deram vida maior e mais confiável aos carros usados. Assim, acabou a demanda pelo O Km apenas para se livrar de quebras e inconfiabilidade, surgindo a necessidade da troca por uma questão de moda. Daí surgirem os utilitários esportivos refinados, os monovolumes e, mais recentemente, os crossovers, mescla entre automóvel e utilitário esportivo, por si só espécie de jipe amansado e educado. Como aquisição de veículo de transporte individual tem base em muita emoção e alguma razão, as opções se entremeiam, as dúvidas se ampliam. O que é um jipão, como gostam de chamar alguns jornalistas estranhos ao ramo ? É um Hummer, expressão maior da vontade de ir e chegar, ou o Mitsubishi TR4, agradável utilitário esportivo pequeno ?


O que diferencia um Honda CR-V de um Mercedes Classe B, ou de um Chevrolet Captiva ? Na prática apenas a escolha pessoal.

Os crossover, com seu equilíbrio entre alguma capacidade de enfrentar pequenas dificuldades urbanas e o rolar de um automóvel, tem captado quem gosta da aparência alta, de impositiva presença, dispensando os sistemas anti-dificuldades, como tração em todas as rodas ou transmissão com marcha reduzida.


Entendem as montadoras esta fatia de interface capta interessados de ambos os lados: automóveis e utilitários esportivos. E os novos produtos caminham neste sentido.


Europeu


Mais novo no mercado nacional, europeu importado, o Peugeot 3008 inova como visão européia do crossover. Menor, mais enxuto e refinado que os concorrentes feitos para agradar o mercado norte-americano, como o Captiva e Dodge Journey. Seu realce é conter mais equipamentos, mecânica refinada, uma diferenciação por cima – porém preço menor.


Virá em duas versões: Allure, com trio-elétrico, direção hidráulica, ar-condicionado digital de duas zonas, seis airbags, ABS e controle de estabilidade. R$ 79.900; e, a R$ 86.900, Griffe, com atrativo maior de teto panorâmico em vidro, bancos frontais aquecidos, vidros elétricos traseiros expressos, além de sensores de chuva e crepuscular. Em ambas um adjutório de útil charme: o HUD, é pequena placa quadrada de acrílico, retrátil no campo de visão do motorista, refletindo informações sobre o automóvel, tornando desnecessário mover os olhos para baixo.


Como relevo e orgulho aos proprietários, charme comum em ambas as versões, é o conjunto motor 1.6 de projeto BMW, com 16 válvulas, turbo de alta pressão, gerando 156 cv de potência. A transmissão automática de seis marchas aumenta rendimento e conforto.


O 3008 é o segundo passo da Peugeot para levantar a cabeça. O primeiro foi o picape Hoggar e o próximo será o sedã 408, para 2011. A Peugeot tropicou no planejamento de produto, não renovou a linha, e tem-na, de repente, envelhecida, com a meia-sola no 206, o 307 já antigo, seu sedã que não instigou consumidores. Embora as vendas dos novos produtos não sejam numericamente expressivo, sempre colaborarão para os planos e futuro da secular marca, manterão a marca em mídia positiva, provocarão passagem – e negócios – na rede concessionária.


Peugeot 3008, charme europeu, motor BMW, preço menor












Carro de caça, o novo luxo da Mercedes


A Mercedes-Benz anunciou fará versão shooting brake sobre o sedã CLS. Inusual, é elegante designação britânica para variação de camioneta construída sobre carro de duas portas: coupé ou, como tudo na complicada lógica automobilística do Reino Unido, até esportivo GT.


A idéia é que cavalheiros praticam o nobre esporte da caça e, para isto, precisam de veículo que lhes transporte armas e munição. O resto da tralha, cachorrada, etccc vai em outros veículos com apropriados lacaios.


As novas versões são previstas para 2012 mas, por si só, já aditivaram a confusão que se tornou a classificação de carrocerias dos carros atuais.


No caso Mercedes, fecha o ciclo aberto pelos modelos CLS, refinados em estilo distintivo pela carroceria, sedã com perfil de coupé, com a linha do teto caindo livre até a traseira, como as de um automóvel esporte.


Os CLS são mistura de refinamento interior do inglês Jaguar sobre a solidez de automóvel alemão. Segundo passo, nesta simbiose após a decoração interna, é adotar o peculiaríssimo estilo de shooting break.

Shooting Brake. Criação inglesa completa os Mercedes











Roda-a-Roda


Novo ciclo – A Magna International, poderoso braço de autoparticipação que inclui, até, a montagem de carros para várias marcas, está de olho na Pininfarina. A conhecida casa de estilo sofreu um revés com o passamento da linha sucessória. A idéia é somar sinergias e a capacidade da Magna em vender projetos e idéias. No caso, não se duvide que se transforme em nova marca.


Negócio – O início de comercialização do Bravo, substituto do Stilo, marcado para dezembro, deu este mês para que a rede limpe o pátio. Assim, se você está afim do Stilo, o melhor do segmento, em previsível fim de linha, corra. Há bons negócios. Há concessionário entregando-o por R$ 45 mil, 10% a menos que a tabela. Preço de carrinho.


.... II, III e IV – Idem, idem para os VW mexicanos Bora, New Beetle e Jetta. Os primeiros eram feitos sobre a plataforma do Golf IV, igual à ainda produzida no Brasil, e lá descontinuada. O New Beetle voltará ao mercado revisto, sobre a plataforma do Golf VI. Bora, ninguém sabe. E o Jetta mudou bastante, daí a liquidação.


Aviação – O constante adiamento do anúncio da preferência do governo federal sobre os novos aviões de ataque, parece comprometido com a pior escolha, do tipo deixa para a última hora, quando o presidente comprador deixará o governo, e a nova pode alegar nada ter com o assunto.


Jurisprudência – Se o Rafale é igual ou inferior aos concorrentes norte-americano e sueco, parece questão secundária ante a falta de intimidade do governo federal com o assunto aviação. No ora encerrante houve a compra do Airbus, nunca justificada por preço ou forma; o acidente com o avião da TAM e a pista derrapante em Congonhas, SP; os controladores de vôo despreparados, sem falar o fundamental inglês; o apagão aéreo: o apagão II, agora vivido com a constatação da estrutura aeroportuária deficiente; e o apagão III, caos esportivo agendado para a Copa em 2014. O anúncio para as últimas horas é mau sinal.


Afinação – Técnico C-Diagnosis da Brasília Motors, concessionária Mercedes-Benz na Capital Federal, Sílvio Luiz Ramos Feitosa, integra a representação brasileira de quatro técnicos, em competição montada pela matriz na Alemanha, após treinamentos e testes realizados no Global Training, antiga fábrica de ônibus Mercedes em Campinas. Estar na disputa é meia vitória e atestado mundial de competência. O Sílvio tem base fundamental: conhece mecânica pré eletronização, e refina o que os scaners não mostram.


Contorno – A idéia do Denatran para que os Detrans vedassem a transferência de veículos que não atenderam a chamado para re-call, transformou-se em ação menor, mas sempre útil. O Sistema de Registro de Avisos de Risco, onde armazenará os dados dos re-call e dos veículos que foram corrigidos. Importante para a hora da compra e venda dos usados, em especial pelo fato de o vendedor ser obrigado a garantir o veículo. Não é tudo, mas é ótimo passo.


Re-call - Os chineses M100, aqui vendidos como Effa, são chamados às revendas da marca para trocar os cintos de segurança traseiros, caso sejam de dois pontos. A legislação exige ancoragem em três pontos e, por defeito de fábrica e bobeada local, algumas unidades vieram com o equipamento errado. Mais, www.effamotors.com.br ou (11) 4153-3253.


De volta – Pela terceira vez no Brasil a International volta ao mercado. Desta vez como marca da sociedade entre Caterpilar e Navistar. Continua operando dentro da fábrica da Agrale, em Caxias do Sul, e a primeira leva de produtos é o 9800i, de cabine frontal, motor de 11 litros, 410 cv, será aplicada pela compradora Rodolatina no transporte de cimento.

Caminhão International – de volta. Da NC2, outra marca









Cadeirinha - Dias 23 e 24, em Brasília, o III Seminário Denatran de Educação e Segurança no Trânsito. Reunirá especialistas locais e europeus para analisar o tema Cinto de Segurança e Cadeirinha. Bem oportuno. Informações www.denatran.gov.br.


Passeio – Encontro de camaradas na Galaxada que, como diz o nome, é passeio com os carros do Gálaxie Clube do Brasil. S Paulo, 28 novembro, 10h, r Conceição Veloso, Vila Mariana, com ida e almoço em Itapecerica da Serra. Informações www.galaxieclube.com.br


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