quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

INVISIBILIDADE POR JLV



Invisibilidade que realmente funciona
O catedrático George Eleftheriades e o doutorando Michael Selvanayagan projetaram e testaram uma nova maneira de encarar a invisibilidade – envolvendo o objeto com pequenas antenas que coletivamente irradiem um campo eletromagnético. Seu trabalho ‘Demonstração experimental de envolvimento ativo eletromagnético’ apareceu no jornal Physical Review X.

Diz Eleftheriades, “Encaramos o assunto do ponto de vista da engenharia elétrica, por isso estamos muito excitados. É muito prático.”

Imagine uma caixa de correio em frente à sua casa. Quando a luz bate na caixa e volta a seus olhos, você a vê. Quando ondas de rádio batem nela e voltam a seu detetor de radar, você a detecta. O sistema dos dois pesquisadores cerca a caixa de correio com uma camada de pequenas antenas que irradiam um campo fora da caixa, cancelando quaisquer ondas que pudessem ser jogadas de volta. A caixa se torna invisível ao radar.
Eleftheriades diz que “É muito simples: em vez de cercar o que se quer tornar invisível com uma espessa casca de metamaterial, nós a cercamos com uma camada de pequeninas antenas, e ela irradia de volta um campo que cancela os reflexos do objeto.”

Esta demonstração experimental deixou invisível a ondas de rádio um cilindro metálico com o uso apenas de uma camada de miniantenas. O sistema pode ser escalado com o uso de maior número de alças para tornar invisíveis objetos muito maiores.
Eleftheriades diz que essas camadas podem ser impressas e planas, como uma pele.

Atualmente os circuitos de antenas têm de ser manualmente ajustados à freqüência magnética que se quer cancelar – mas no futuro poderão funcionar como sensores e antenas ativas, ajustando-se em tempo real a ondas diversas, como acontece com a tecnologia de cancelamento de ruídos em fones de ouvido.

A busca pela invisibilidade funcional teve início em 2006, mas os sistemas iniciais foram necessariamente grandes e pesados – quando se queria tornar invisível um automóvel, por exemplo, tinha-se de ‘envelopá-lo’ em várias camadas de metamateriais que o protegessem da radiação eletromagnética. O tamanho e a inflexibilidade do sistema o tornavam imprático para uso real.

Eleftheriades: “Há mais aplicações para o rádio do que para a luz. É só uma questão de tecnologia, já que se pode usar o mesmo princípio para os dois.”

As aplicações mais óbvias são militares – esconder veículos, por exemplo, ou eliminar obstáculos como prédios, como se não existissem, deixando passar sinais livremente. Mais adiante, poder-se-á fazer com que esses prédios pareçam maiores, menores ou estar boiando no espaço.

Um comentário:

renato accioly disse...

Olá Mahar....

Então posso encher meu carro de pequenas antenas...e o radar não vai me pegar....!!!
Abraço