Interessante, diferente,
nacional, o Suzuki Jimny
Único pequeno jipe nacional com motor a gasolina – 1.3,
85 cv, 16v, duplo comando variável, gasolina – o Jimny iniciou ser
produzido no Brasil, primeira corporificação do acordo Inovar-Auto, pacote de
medidas oficiais para conter importações e instigar nacionalizações. Embora
Suzuki, quem o faz é a Mitsubishi, em Catalão, GO, forma de harmonizar
processos industriais e atingir o nível de nacionalização, dispensando-o dos
ônus de produtos importados. Projeta Luiz Rosenfeld, engenheiro, presidente da
Suzuki, a venda de 2500 unidades em 2013, através da rede com 60 concessionários. Como
veículo é muito interessante, o pico de projeto específico praticado há 43
anos. Carroceria com desenho personalista, sobre chassis para ser resistente a
maus pisos e acidentes de percurso, mecânica simples, caixa mecânica 5
velocidades e de transferência para a tração nas 4 rodas e a marcha reduzida.
Acionamento por botões no painel. Eixos nas extremidades do chassi dão-lhe
ângulos de entrada e saída muito agudos, e invejável capacidade de enfrentar
valas, buracos, irregularidades. É de construção simples, robusta, sem
frescuras, positiva. O motor de pequena cilindrada é valente, funciona limpo e
sem hesitações, alegre ao esticar as marchas à faixa vermelha. Oferece operação
simples, com os órgãos mecânicos bem integrados, pedais de bom tamanho,
embreagem de boa atuação e maciez. Suspensão de bom curso e a altura dos pneus
215/75 bem absorvendo as irregularidades do solo e integrando o elemento
elástico. Ar-condicionado – exige ser melhorado, direção hidráulica. ABS e
almofadas do ar, final do ano. Fácil a interessados decidir após dirigi-lo.
Difícil para a rede de concessionários convencer os clientes da capacidade do
Jimny em vencer situações. Não é apenas versão aventuresca, a sugerir valentia
e habilidades fora da estrada. Para superar dificuldades, é o cara.
E?
Quem é o cliente para o Jimny ? Para
Rosenfeld, perfil bem amplo. Do jipeiro iniciando descobrir habilidades,
valentia, e baixo custo para aventuras fora de estrada em aquisição, manutenção
e consumo – o Jimny é o mais econômico de sua categoria, faixa verde no
programa de economia do governo federal. Admiradores de estilo, dimensões,
aparência. As motoristas simpatizantes com a posição mais elevada para dirigir;
frequentadores de garagens pequenas e espaços limitados; os que necessitam das
habilidades conferidas pela tração nas 4 rodas e pela marcha reduzida;
mineradoras, exploração de minas, inspeção em linhas elétricas, hoje usando
picape pelo menos duas vezes mais caro, grande e com caçamba sem uso; serviços
públicos. E fazendeiros. A Suzuki desenvolveu com a fábrica de reboques Fabrini
um exemplar com dois eixos, sendo o dianteiro direcional, combinação dinâmica
surpreendente, e a soma permite ao jipinho valente e de baixo custo, fazer
serviço de picape e trator, caros e específicos. E lembra
complementarmente: donos dos picapes pequenos e de veículos com cara
aventureira, os donos de vagas apertadas, quem anda em vias ruins de pavimento
ou sem ele. A diferença do Jimny é cumprir o que se imagina.
Kiss
Conversa solta, pergunto o porquê de o Jimny ser
construtivamente simples, em época de tanta eletrônica, sensores, e
complicações de manutenção.
- Parece que a família Suzuki
manteve a fórmula Kiss para o Jimny.
- Kiss, de beijo em inglês ?
- É, a grafia é a mesma, mas
significa direcionar o projeto para evitar complicações. Quer dizer Keep
it simple, stupid. (algo como Faça de maneira simples).
Abrindo o leque no
buscar clientes, sai em quatro versões, criadas no Brasil, inexistentes nos
outros 195 países onde vendido.
4 All - R$ 55.990. Para todos, carro de trabalho, estofamento em plástico, para choques
simples, recebendo engates frontal e traseiro;
4 Sun - R$ 59.990. Cara jovem, cores muito alegres, teto solar;
4 Sport - R$ 61.990. Idem.
Equipamentos e acessórios podem ser especificados, para
receber o carro com personalizado, incluindo a troca dos para-choques, a
escolha dos pneus para cidade ou campo, o revestimento dos bancos, teto solar
... Acredita a Suzuki, o carro chefe, definido por interessados em aproveitar
as características da mobilidade superior, será a 4 All.
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Suzuki
Jimny, apto, preço de carro familiar sem estes equipamentos.
( foto Murilo
Mattos)
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Porsche 911 em cinquentenário
A silhueta do 911, uma das mais longevas da
história do automóvel, comemora 50 anos em 2013, com pico em setembro,
lembrando a apresentação no Salão do Automóvel em Frankfurt. Mas a festa já
começou.
Mais de 820 mil unidades construídas, de 20 mil
vitórias em corridas, a marca nunca caiu nos fricotes tão a gosto dos italianos
e seus Ferrari, Maserati, Lambos, De Tomasos. Alemão, implícita a construção
séria e resistente, sem exigir frescuras para condução. Seu criador, Ferry
Porsche, dizia ser carro para ir ao teatro, ao safári, correr em Le Mans ou num rallye.
Qualquer o cenário o 911 estaria bem. É quase verdade, pois faltou dizer –
desde que dirigido por homem pois a embreagem lembra o berço onde nascem
algumas unidades da marca, a fábrica dos tratores Valmet, na Finlândia ...
Mítico, influencia dois desdobramentos distantes: o
utilitário esportivo Cayenne, onde o escapamento foi trabalhado para dar-lhe,
na exaustão de um V8, som assemelhado ao 6 cilindros contrapostos – ou como
dizem alguns, aparentemente impedidos de dirigir o 911 por ausência de composto
químico, V6 a 180 graus ... E o sedã quatro
portas Panamera, cuja frente e traseira exibem o DNA do estilo esportivo 911.
Fazê-los foi considerado ato de piração – extremamente acertado. O
SUV Cayenne é o mais rentável dos Porsche.
A marca é hoje aparentada em CPF e CNPJ com a
Volkswagen.
Nas comemorações, viagem com 911 original, de 1967,
pelos cinco continentes, percorrendo feiras, rallies históricos,
encontros de automóveis antigos. Pode ser acompanhada em www.porsche.com/follow-911
911. Mas para os íntimos,
...
O modelo é 911. Mas as várias gerações identificadas
pelo número do projeto. Para a galera geral 911, para os aficionados da marca,
a identificação intimista.
Conhece ?
911 – o primeiro, 1963, rodas em ferro,
calotas, motor 2.0, 130 cv. Em 1965, o 912, mais simples, motor quatro
cilindros, 1.6. Para o Brasil, versão específica, pelada fazendo o
preço de importação descer a US$ 3.500. Era o 912E. O motor começou a aumentar:
2,2 litros (1969), 2,4 litros (1971), 2.7, o Carrera (1972) e 210 cv, marcado
por aerofólio peculiar, o rabo de pato.
Série G (1973-1989): segunda geração, introdução dos itens de
segurança exigidos pelos EUA e no período a Porsche quase acaba, unindo-se à
Audi, arranjos, venda de serviços a terceiros. Em 1974, o 3.0 Turbo, 1977 o 3.3
Turbo. Em 1983, o SC, aspiração natural, melhor de dirigir, hoje colecionável. 964 (1988):
Cala-boca nos arautos dos infernos, mudou 85% dos componentes da plataforma,
aplicou equipamentos de segurança e conforto para ampliar o leque de clientes,
pela primeira vez o uso de liga leve em braços de suspensão, e molas
helicoidais em lugar das barras de torção, herança Volkswagen.
993 (1993): os últimos com motor refrigerado a ar, e visto o melhor
para dirigir, graças ao chassi em alumínio. Foi o primeiro a mostrar o convívio
de motor e dois turbos.
996 (1997-2005): refrigeração
líquida, carro de mudanças, quase todo novo, de motor a aerodinâmica, e revisão
de conceitos para portando as novas exigências norte americanas de emissões e
segurança.
997 (2004): clássico e moderno,
entesourada, a Porsche se aplicou, arrancando potência, economia e poucas
emissões do motor boxer 3.6 litros e 325 cv, e o 3.8 litros e 355 cv. Abriu o
leque com 24 versões diferentes.
991 (2011): refinado, atualizado
pelas exigências de mercado, maior entre eixos, construção híbrida
aço/alumínio, injeção direta, câmbio com sete marchas. O melhor dos Porsche.
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Porsche
911, o mito comemora meio século
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Chinesa
Geely chega e acena com fábrica
Outra marca chinesa quer frequentar o
futuroso mercado brasileiro de automóveis novos, a Geely, dona da Volvo e da
Manganese Bronze, fabricante dos taxis ingleses. Chega ao Brasil através da
Gandini Participações, controladora da representante Geely Motors do Brasil.
Para contornar a incidência dos
impostos de importação e o adicional de 30 pontos sobre o IPI, inviabilizadores
do negócio de importação, praticará fórmula bem administrada por Gandini como
representante Kia – montagem parcial no Uruguai -, e de lá trará o sedã EC7,
1.8, 140 cv, e o pequeno LC motor 1.0, 68 cv – preços em diáfana previsão de
R$55 mil e R$ 35 mil. Início da operação em agosto, com prazo ao processo
industrial de montagem, e comercial de operação e distribuição. Querem ter 20
revendas até lá. O pequeno LC chegará em novembro em versões, pelada e
equipada.
É mesmo ?
O negócio parece superar as informações
do comunicado. José Luiz Gandini, importador que escreveu a história da Kia no
Brasil sabe, como a CAOA, importadora da marca gêmea Hyundai, que em prazo não
distante a coreana assumirá operações no país, mercado de fundamental relevo para
deixar em mãos de terceiros. E por isto, tanto quanto a CAOA, precisa
amarrar-se em algum ponto sólido – como o fez o empresário Sérgio Habib
associando-se à também chinesa JAC e fazendo fábrica na Bahia.
Gandini
possui, além da sociedade na montagem uruguaia, planta industrial fechada no
interior de São Paulo, passo importante para lastrear seu projeto. Para
sedimentar o conceito que a representação da Geely é a ponta de um iceberg
estratégico para sobrevivência, a contratação do Ivan Fonseca e Silva como
presidente da marca é bem indicativa. Sólido de conhecimentos de direito
aplicado a operação de indústria automobilística, contido, respeitado, vivência
profissional específica, foi o presidente da Ford corajoso no cortar
entendimentos com os petistas gaúchos, abortar o processo de instalação em
Guaíba, RS, e implantar-se em Camaçari, BA. Aposentado, foi presidente na
importação de Jaguar e Aston Martin. Muita bala para o anunciado passarinho.
Roda-a-Roda
Fica – A Fiat no Brasil desmentiu informação matéria do Automotive News, sobre a marca padronizar a produção e, em 2014 deixar de fazer o
modelo 500 em Toluca, México, mudando-a para a Polônia. Ocorrendo, o 500
perderia o imposto zero quando trazido do México – e lugar no mercado.
Nada- Disse, também, a
exigência dos revendedores Chrysler nos EUA por maior cota do Jeep Wrangler e o
Grand Cherokee, não afetará envios ao Brasil.
Velocidade – Rápida,
mostrando serviço e pretensões, a Hyundai terá versão sedã do HB20 em março.
Por enquanto mono produto, com o hatch HB20, versão decorada
como aventureira – seja lá o que for isto num carro para andar sobre
asfalto , absorve os ares de consumo no Brasil.
E, - Terá fila, por produção
inferior às encomendas.
Situação – Lançado em
paralelo ao Toyota Etios, mostrou, apesar de novata, competência em absorver os
gostos e exigências do consumidor brasileiro. A Toyota, aqui há décadas,
esqueceu o manual de agrado do comprador, trouxe o Etios do mercado indiano,
sem adaptá-lo ao Brasil e o volante à esquerda.
Mal - Furo n’água, não provoca o
mercado e faz constrangedora campanha com apelo em preço. Passará tempo para
mudar a imagem de Mico.
Confiança – Revista Automobile
Magazine listou os TOP 100 da Confiabilidade. Entre 100 veículos de 25 marcas. Todos
os veículos da Renault estão na lista.
Sub produto – Resulta de
grandioso programa iniciado há uma década. Alguns pontos se perderam pelo
caminho, mas conseguiu-se o ganho de qualidade. Principais referências, Mégane
e Twingo não existem por aqui.
O maior – Dia 16
marcou 46 anos do início de produção do Ford Gálaxie, o maior – recordistas
5,33m – automóvel já feito no
Brasil, onde iniciou atualizar os nacionais, fez 77.850 unidades até janeiro de
1983. Exibiu-nos insuperada qualidade construtiva, conforto, direção hidráulica
e transmissão automática. Um marco. Quem tem, tem.
Tema – O desabrochar do automobilismo e da qualidade dos
carros nacionais se iniciou com a mesma corrida, as Mil Milhas Brasileiras. Artista Paulo Soláriz em sua 4a.
Semana Cultural da Velocidade, adotou o tema, resgatará corridas,
organizadores, como o Barão Wilson Fittipaldi, pai. Na Livraria Cultura do
Conjunto Nacional, SP, 25 de fevereiro a 16 de março.
Troca - A IVECO obtém bons resultados
vendendo seus caminhões Stralis aos transportadores com operação no Porto de
Santos. Aproveita o embalo dos juros zero e carência para os 96 pagamentos
financiados pelo BNDES.
Limpa – O objetivo é
mandar ao lixo da reciclagem a frota antiga, ruim, poluidora, perigosa. A frota
recolhida é sucateada, sem vender peças.
Afim ? – Fabricante chinesa de caminhões, a Foton procura
distribuidores para as regiões Centro-Sul do Brasil. Maiores dados em www.fotonmotors.com.br
Livro – O livro Marcopolo, sua viagem começa aqui, contando
a história da empresa, maior do mundo na especialidade, à venda esgotou 6 mil
exemplares em um mês. Vai à segunda edição.
Gente – Fernando Lyra, 74, político,
passou. OOOO
Um dos estruturadores da passagem do governo militar ao democrático. OOOO No
antigomobilismo, peça importante: em 1985, Ministro da Justiça, recebeu o
pedido para mudar o Código de Trânsito criando a figura do Veículo de Coleção,
apoiou e mandou seguir. Deu certo. OOOO Alvonir Anderle, economista,
diretor na Agrale venda de veículos no mercado interno. OOOO Elena
Ford, 46, herdeira, vice presidente. OOOO Globalizará a rede de
revendedores. OOOO Herdeira
e acionista demorar para atingir tal posição e ainda se reportar a não
acionista e não herdeiro, é jogo duro. OOOO Sobrevivência empresarial
passa longe do paternalismo. OOOO Jorge Yano, engenheiro, ex
Cummins, novo diretor de pós venda da Foton Aumark, chinesa de caminhões que
usa motor Cummins. OOOO Ivan Fonseca e Silva, 66, advogado, agora Xing
Ling. OOOO Ex
presidente da Ford e Jaguar, mesmo cargo na Geely, chinesa. OOOO
Difícil imaginá-lo trocar Porsches e Jaguares por um Geely . OOOO
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