quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

DE CARRO POR AÍ COM O NASSER




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Coluna 0713  13.fevereiro.2013
4C para ir aquecendo a memória com a marca
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Alfa 4C, um intermezzo para o retorno
Motor entre eixos traseiro, quatro cilindros, 16 válvulas, injeção direta, turbo compressor, projetada potência circa 250 cv. Caixa de transmissão com seis marchas – DSG/FPT, duas embreagens a seco, funciona, se o motorista quiser, como automática – tração traseira. 0 a 100 km/h abaixo de 5s, velocidade final acima de 250 km/h, relação peso/potência menos de 4 kg/cv. Nos EUA, US$ 80 mil. É o Alfa Romeo 4C.
Outros dados importantes, carroceria e sub estruturas em fibra de carbono ancorando as suspensões, alumínio para reforços de segurança, peso abaixo de 850 kg. Mais largo que alto – 2m x 1m18 -, pouco maior que um Uno, e entre eixos inferior a 2m40. Cupê dois lugares.
Gostou ? Se, avie-se. Serão feitos apenas 2.500 unidades: milhar para a Europa, outro para os EUA, restante ao resto do mundo – Brasil, não, porque para faze-lo rodar aqui, a Fiat deveria elevar a altura livre do solo, rever todas as regulagens e componentes da suspensão, ensiná-lo a consumir a mistura que os motores consideram alucinógena – gasolina, etanol e água. Muito investimento, poucas vendas.

Devagar
A Fiat, após o mágico período de recuperação, fazer lucros; comprar a Chrysler; colocar o pé no mercado norte-americano; pode aquecer o Banho Maria aplicado às marcas domésticas. Resolveu salvar a Alfa Romeo dando-lhe aura de marca associada à tecnologia, e aumentar vendas – ano passado 100 mil; 132 mil em 2011. 2.500 a mais neste universo não altera a conta, mas entreterá a assistência no intervalo do jogo. E, assim como o fez com os gatos pingados Alfa 8C, serve para nomear representantes, conseguir espaço na mídia, fazer-se lembrada, preparar referências para voltar ao mercado norte americano de onde se retirou em 1995, e tornar o automóvel um ícone de exclusividade, um pré colecionável. Como os outros não será feito na Alfa – nem na fábrica Bertone, por décadas responsável pelos modelos de pequena série -, mas, como o 8C, na Maserati, Modena.
O Caminho
O 4C, informa a Alfa Romeo, distribuindo as fotos, terá apresentação oficial no Salão de Genebra, início de março, e vendas no último trimestre, como modelo 2014. Leitores da Coluna lembrar-se-ão de sua história aqui contada nos albores de 2011: Sergio Marchionne, na Fiat número 1 deixava a empresa no 24 de dezembro, antes de subir para o Natal na Suiça, e passou pela sala de Marco Tencone, designer da empresa. Comentou sobre um esportivo, deixando-o sonhar. Ante o entusiasmo pediu para preparar linhas e descritivo de factibilidade até o dia 31. E foi-se. Tencone comemorou o Natal na prancheta e procurando rascunhos de soluções em gavetas de pouco uso. Não consegui entregar antes do fim do ano, e o fez dia 2 de janeiro, 9 dias após a encomenda/determinação, prazo quase recorde – líder é o Jeep -, e construção idem, estava no mesmo Salão de Genebra três meses após, ajeitadinho, trêfego na situação entre capricho de chefe e linha de produção. Em 2013 volta mesclando as duas condições e mais a posição política de fazer ponte da marca para o novo mercado onde, em 2015 e 2016 lançará seis modelos Alfa, passo fundamental para cravar 300 mil vendas anuais.
Como a Coluna esclareceu há dias, a lista de novos produtos, comunizando plataformas com outras marcas terá sedã grande, tração traseira, possivelmente a plataforma do Maserati Quattoporte recém apresentado, permeando para a Chrysler. E sedã médio, mais camioneta, tração dianteira, sobre a base do próximo Fiat Bravo. O conversível Duetto, feito pela japonesa Mazda e, lembrou leitor, executivo da Chrysler, um pequeno utilitário esportivo dividindo plataforma com um modelo Jeep.
Estilo
Coragem é a maior exigência para fazer revolução em estilo. E em automóveis usualmente dá em frustração de mercado e más vendas. Citroën ID e DS, os sapos, são exceção.
Por isto, apesar da tecnologia pontual do aplicar fibra de carbono na estrutura e sub chassis, mais assinatura tecnológica que necessidade industrial, os designers do Centro de Estilo Alfa preservaram o DNA de soluções da marca, inspirando-se em referências visuais de ícones Alfa: a distribuição de volumes da 33 Stradale, traço de Franco Scaglione; o vidro traseiro da Giulietta Sprint de Bertone; os ajeitados cortes do 8C.
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Pelo vidro traseiro, vista do motor
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4C, novo, mas com DNA Alfa
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Roda-a-Roda
Negócio – A Daimler AG pagará 640K E por 12% das ações do chinês Beijing Automotive Group e ter dois assentos na mesa diretora. Faz parte do processo expansionista da marca a mercados emergentes, fundamental para sua controlada Mercedes, reconquistar, ao final da década, o primeiro lugar nas vendas de carros luxuosos, perdido para BMW e Audi.
Produto – A nova situação permitirá construir as séries C e E e o utilitário esportivo GLK. Consequência previsível, melhoria de qualidade e confiabilidade a outros chineses, reduzindo o leque existente entre os produtos de lá, cujos extremos vão de porcaria absoluta à alta qualidade.
Cana – A tentativa de re lançar a marca De Tomaso, com financiamento público em nome de manter empregos e talentos na antiga fábrica Pininfarina, acabou nas grades italianas.
Desvio – Gian Mario Rossignolo, festejado ex presidente de empresas - Fiat, Lancia, Ericsson, Telecom -, adquiriu os direitos da marca criada pelo ítalo-argentino Alejandro De Tomaso, somou imagem, seu prestígio, e a emoção do fechamento da Pininfarina, levando o pacote à municipalidade de Turim, Itália.
Treta – Exibiu o Deauville, primeiro produto, insosso utilitário esportivo, há dois anos, no Salão de Genebra. A Coluna então, arrostando os festivos do retorno, chamou-o Medíocre. Estava lamentavelmente certa.
Fim – Sem carro ou produção, mas desvio de 13K Euros levou Romagnolo à prisão domiciliar, e seu filho e outros cinco executivos à cadeia comum. As míticas instalações da Pininfarina estão ociosas e o milhar de empregados com talento no fazer carros de pequena produção, em inverno frio.
NADA – A associação nacional de distribuidores de veículos nos EUA, encontro em Orlando, EUA, oportunidade de conversa entre associados, associações, fabricantes e importadores, gerou algumas informações importantes:
1 – Alfa – nem todos os 202 distribuidores Fiat serão Alfa na volta da marca ao mercado através de homeopáticas 1.000 unidades do 4C em 2015;
2 – Chrysler – Revendedores querem receber mais jeeps Wrangler e Grand Cherokee. Fila maior que o balcão;
3 – Ford – Abriu crédito de até US$ 750 mil a cada revendedor que investir para mudar os padrões de apresentação das revendas;
4 – Cadillac – Prevê crescer 35% neste ano. Se, será recorde;
5 – Kia – Deu a grande injeção de ânimo na rede prevendo volta de vendas ao patamar de 16K, e aconselhando os distribuidores a ter visão de longo prazo e se preparar e às instalações para grande demanda.
Recomeço – Para mostrar-se dona da marca e senhora das ações após romper contrato de representação com a Effa, a chinesa Lifan fará efeito demonstração: pediu agenda a jornalistas para apresentar nova linha e planos em bonito cenário - Punta Del Este, Uruguai.
Começo – Suzuki faz lançamento formal de seu goiano jipinho Jimny próxima semana. Motor 1.3, transmissão mecânica em 5 velocidades, tração nas 4 rodas, multi facetado: carro de jovem, de trabalho, para o campo.
Líder – Diz Roger Alm, presidente, com 27% das vendas no segmento pesado, a Volvo é líder no Brasil, seu maior mercado mundial.
Referência – Adequada ao Actros, o refinado caminhão da Mercedes, sua cama para motorista 1m95 x 0,70m traça referências: colchão inteiriço, ventilação adequada, sem unidade ou mofo, sobre estrado anatômico com conjunto ortopédico, cabeceira regulável por amortecedores a gás.
Atualização – Para falar a língua do mercado e entrar na mesma vibração que seus clientes montadoras, a Keko, fabricante de equipamentos, dá garantia de seus produtos a três anos aos produtos vendidos nos balcões de revendedores.
Desafio – Cruzamento de dados entre o Denatran e o IBGE traz informação preocupante: atualmente para cada criança nascida fabricam-se dois automóveis. E não há estrutura para um ou outro, e o caudal de impostos gerado pelo outro não gere bem estar para o um. Pelo contrário, prepara emissões poluentes, sacrifício no conviver, engarrafamentos de trânsito, queda na qualidade e na perspectiva de vida. Está na hora de organizar.
De Volta – Corajosa freada para arrumação na Renault: parou a fábrica no Paraná para aumentar capacidade produtiva de 280 mil para 380 mil unidades anuais; preparar-se a crescer com o mercado. Perdeu vendas na parada, mas volta com gás ao embate. Principal, embora não seja o pico das vendas, mantido pelo Sandero, é a disputa entre Duster e Ford Ecosport.
Por baixo – Perdeu a ocasião de promover vendas do argentino Clio durante a arrumação. Nele, derradeiro tapa estético, boas características, bom preço.
Coragem – Aqui a Renault deu três passos de coragem: deteve a produção do Mégane para acertar a qualidade da montagem; mandou os produtos de luxo para a Argentina, e focou nos carros Dacia, aqui os Renault Logan, Sandero, Duster; parou para reorganizar-se em busca de solidificar o 5º. lugar em vendas em veículos de qualidade, enfatiza Olivier Murguet, seu presidente.
Incômodo – Indústria de auto peças reclama dos níveis exigidos pelo controle de qualidade da Suzuki para aprovar partes para o Jimny. Nada igual no Brasil.
ViagemVais à União Européia? Alugarás automóvel? Providencie a PID, Permissão Internacional para Dirigir, alerta Marco Aurélio Strassen, no bom blog Autoentusiastas. Mudaram exigências, incluindo documento em língua comum.
Na prática - Assim, exceto se você tem amigos na estrutura governamental vigente, que tem distribuído passaporte diplomático com flexibilidade, deve ir ao Detran de seu estado e pedir a PID. Ou a tradutor oficial, chancelado, para verter os termos constantes em sua CNH.
Gentileza – Patrocinadora da exposição de Giugiaro no Brasil, a Volkswagen agiu com delicadeza e convidou Anísio Campos, mais realizado de nossos designers de automóveis à abertura. AC foi de PAG, sua criação para a Dacon, então revenda VW. Contassem ao Giugiaro as dificuldades para fazer o carrinho em época de embotamento oficial e importações proibidas, teria colocado o AC numa redoma. Museu da Casa Brasileira, Av Faria Lima, 2.705, terça a domingo, das 11 às 18h, até 31 de março - exceto segundas.
Retífica Coluna passada derrapou, mas de lá, atento, leitor Helio Figueiredo corrigiu: Corumbá fica no Mato Grosso do Sul, MS. Retificado.
GenteGerson Almeida, jornalista, olhos puxados. OOOO Saiu da assessoria de imprensa da Renault após 10 anos, É primeiro executivo de assistência à conta da japonesa Nissan. OOOO Desafio. A Nissan tem pouco tempo para mostrar não ser apenas mais uma, mas valente operação industrial no estado do Rio. OOOO Concorrente e não apenas periférica. OOOO

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