Alfa –Mazda-Chrysler-Fiat-Ferrari
- Romeo
A volta
da Alfa Romeo está mais para um daqueles jogos onde o dono inventa as regras,
do que para claro projeto industrial e comercial. Sergio Marchionne, número 1
na Fiat se diverte a cada entrevista, a cada Salão de automóveis, a cada
provocação da Volkswagen em adquiri-la para fazer uma grande marca. Faz declarações controversas, cria ironias,
define produtos e prazos – sem o menor compromisso quanto te-los à venda.
Mantém mercados como o norte-americano com promessas homeopáticas, vendendo 8C
– esportivo Maserati-Ferrari com tons Alfa. O ectoplasma de automóvel chamado Alfa
4C, mostrado em Genebra, 2011, se materializou e terá 2.500 unidades, um milhar
para o mercado norte americano. Na Europa enxuga a gama, reduzida a carros
pequenos, como o Mito e a Giulietta.
Mercados
protestam pelos Alfisti, como se
intitulam os admiradores. Nos EUA cobram retorno – “Bring Alfa Back”, tragam a Alfa de volta – em todo evento de
antigos ou modernos. A hora da verdade se aproxima. A corda do mercado se
estica, vendas se reduzem na base europeia e, como no caso do sapo, a
necessidade fará a Alfa pular.
Então
O projeto
é triplicar vendas, a 300 mil unidades em 2016, e o caminho, sinergia com
outras marcas, por negócio ou controle. Na parte baixa da gama, como a Coluna antecipou mundialmente, resgatou
a base do Fiat Marea e faz sobre ela o novo Dodge, marca Chrysler, agora Fiat,
e Alfa Giulietta. A plataforma, boa, resistente – suporta condições
brasileiras, resiste a desaforos mundo a fora – permitirá outros produtos, e
várias motorizações.
Voltará
com o mito do conversível, estribado no filme The Graduate, aqui A Primeira
Noite de um Homem, 1967, onde Alfa Duetto Pininfarina pontuava, junto ao
então jovem Dustin Hoffman. Resgata o lay
out de motor dianteiro e tração traseira, mas em carro japonês Mazda que,
com esta marca, substituirá o Miata – sem
ironia será o Alfa de maior qualidade já construído.
A idéia é
cobrir a Alfa com o guarda chuva de engenharia refinada, como o faz a
Volkswagen com a Audi. E como mercado atualmente é muito mais griffe e charme que engenharia
intrínseca, buscou a melhor operadora destas diáfanas ferramentas, a Ferrari.
Tecendo troca de energias e conhecimentos, entre suas muitas marcas, a
engenharia de Maranello palpitará nos projetos. O brilho maior será para algum
embleminha que em porcas e parafusos. A Fiat quer vender Alfas não apenas a alfisti, que historicamente não engolem
a Ferrari, mas ao mundo.
Costura local
Acima, um
sedã com a plataforma criada para o Maserati Quattroporte, recém apresentado,
gerará o Giulia, substituindo o Alfa 159, descontinuado em 2011. Dela surgirá o
novo Bravo, e a informação adensa as possibilidades na fábrica Fiat em
Pernambuco produzir, como especulado sem confirmação, a velha e boa plataforma
do Marea, base de Dodge Dart e Alfa Giulietta. E, se for atualizar Bravo,
também fará novos Giulia e Dodge.
Na
prática, nove modelos entre 2013 e 2016.
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Alfa 4C exceto por
capricho não virá ao Brasil.
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Exceto uísque, o único produto inglês com
referência mundial é James Bond, o agente 007. Quem assiste suas aventuras tem
a certeza da importância da Inglaterra no cenário político e econômico mundial
– o que não acontece.
Para a Velha Ilha os danos econômicos da II Guerra
Mundial ainda se impõem, e as peculiares características do ver e do fazer, dos
métodos, maneira de pensar e seus produtos a distanciaram do mundo e da
competição econômica. Em economia o forte da Inglaterra não é o produto das
revoluções industriais, mas a improdutividade social dos serviços financeiros.
Em automóveis já não mais lhe pertence o controle
da miríade das então suas marcas. Todas se foram. Das remanescentes, Rolls é
BMW, alemã; Bentley, VW, idem. Jaguar e Land Rover, indianas. Aston Martin não
se sabe ao certo, de controle e capital distantes. MG é chinesa. Lotus,
Malásia. Resta-lhe Morgan, com manufatura dos anos 40, e fila lembrando os
prazos do pós-Guerra.
Até o taxi inglês, o Hackney, em matéria de
automóvel grande e personalística referência, alto, confortável, 1,30m de
espaço para passageiros no banco posterior, motorista separado, rampa para
receber cadeira de rodas, e inacreditável capacidade de retornar em 8,5m,
perdeu controle inglês há tempos e quase vai para o buraco negro da
inviabilidade. Salvou-o, quem diria, os Xing Ling do chinês Zhejiang Geely
Group, adquirindo controle de investidora de Hong Kong, administrando processo
de concordata.
Pagarão 12,8 milhões de euros, dinheiro pequeno na
atividade, para recebe-la limpa e sem débitos. A Geely é a dona da sueca Volvo
Cars.
23.000 Hackney são o transporte oficial em Londres,
com reposição anual de 1.400, mas os chineses querem manter a pequena fábrica –
uns 250 empregados - em Coventry, e inovar, exportando. Venderam 1.000 unidades
para montar na China e entregar no Azerbaijão.
Poderiam estender seus olhos para o Brasil e
convencer autoridades e os novos alcaides locais serem muito mais adequados ao
serviço de taxi que os nossos improvisados carrinhos de mãe de família.
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Hackney. E porque não aqui
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Programa em S
Paulo: Giugiaro
Em S Paulo entre
7 de fevereiro e 31 de março ? Gostas de design e história ?
Aproveite e vá ao Museu da Casa Brasileira, para
ver exposição patrocinada pela Volkswagen “Giugiaro:
45 anos de design italiano”.
É o Designer
do Século, e com ele a marca alemã tem décadas de intimidade. É dele a
fórmula que permitiu à Volkswagen deixar o ínvio caminho de carros maiores com
motor de cilindros contrapostos, como foi a série 412 substituída pela criação
do quase jovem Giorgetto. O automóvel era o Passat, simplificação charmosa do
Audi 50. Do entrosamento surgiram o esportivo Scirocco, a primeira geração do
Golf, e toda a história conhecida.
O talento de Giugiaro é multi facetado e o cara desenhou de tudo. De Gordon Keeble
– sorry -; Alfa GTV – com plaquinha
do Bertone, onde trabalhava; Fiats Uno, Palio, a atual geração Weekend; Subaru
SVX; macarrão; garrafa de água mineral, .... levou à ligação permanente com a
Volkswagen. A montadora, estruturando projeto onde poucos viam concretude, ser
a maior do mundo, chegou a barreira física: tinha designers de nomeada, como Walter De Silva, também milanês, autor
de Alfa 145, 146, 156, 166, e a impossibilidade física de criar produtos para
suas então 11 marcas. Escolheu a melhor e a menos complicada em sucessão, foi
ao mercado e comprou 90% da Italdesign, criada em 1968 por Giugiaro e o eng
Aldo Mantovani. Este saiu para rica ociosidade; Giugiaro tem posto honorífico;
Fabrizio, seu filho, conduz a empresa.
É a última das grandes casas italianas de design a sobreviver. A mostra, nestes
tempos de automóveis insossos e sem personalidade, é retrato histórico que não
se pode perder.
Av Faria Lima, 2.705, terça a domingo, das 11 às
18h.
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Giugiaro exposição em S. Paulo
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Roda-a-Roda
De fora – Peugeot argentina,
diz o bom sítio Argentina Autoblog, venderá motonetas e bicicletas. A
Cycleuropa, produtora na Europa, abriu filial no vizinho. Para fazer motonetas
Peugeot credenciará empresa. Aqui, nada.
Aproximação – Chinesa Chery
construindo fábrica no Brasil habilitou-se no Inovar-Auto, projeto oficial para
desenvolver componentes e baixar barreiras de importação. A inclusão permite
reduzir o IPI. Quer produção local em 2014.
Lição – Em processo de aproximação com Pernambuco, onde
terá monumental operação, a Fiat levou a viagem à Itália e à Sérvia, diretores
e professores de ensino técnico e engenharia: apresentar operações no conceito WCM, World Class Manufaturing, padrão
mundial de manufatura.
Política – Pegou pesado. A viagem mostra três exemplos de
como a política atrapalha investimentos e arrisca empregos. No Sul da Itália,
Pomigliano Del Arco, tão inexperiente para fazer carros quanto em Goiana, Pe,
montava o ótimo Alfa Sud. A Alfa era, então, estatal, e a gestão sindicalista,
com trapalhadas e influências liquidou produto e negócio.
Exemplo - Cassino, fábrica robotizada, efeito demonstração
aos sindicatos de metalúrgicos e afins que, em caso de jogo duro, ser capaz de
fazer carros com mínima mão de obra. Tem outro objetivo: reformulada fará Alfas
– como uma parte da nova fábrica Fiat em Pernambuco.
... 2 – Ida à ex Iugoslávia e agora Sérvia, porquanto lá
se produzia o Yugo, o Fiat 126 sob gestão comunista. Descompromissada com
qualidade e processos, conseguiu unanimidade: era “o pior carro do mundo”.
Evidência – 87,4% das campanhas de recall realizadas em 2012 foram para automóveis e motocicletas,
indica o Boletim Recall da Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da
Justiça. A luz vermelha pisca, intensa, em nome de melhora de qualidade de
peças e na montagem destes itens da mobilidade.
Atendimento – Cruzamento de dados entre fabricantes e Denatran
indica, menos da metade dos veículos atende aos chamados para sanar defeitos –
e, bombas circulantes, deveriam ser apreendidos. Os terceiros frequentadores do
veículo e das vias públicas nada têm com a irresponsabilidade do proprietário.
Status –
Renault decretou o fim do nível de status
superior a usuários do utilitário esportivo Duster e do sedã Fluence. Vendeu
820 a outros clientes, serviços, identificação: PM do Paraná, carro de polícia.
Pega – Maior disputa em
vendas no mercado nacional se trava entre Ford EcoSport e Renault Duster, pela
mesma clientela. Ford liderava, com produto no ocaso, Duster apareceu e tomou a
frente. Ford fez novo carro, a Renault fechou para reforma, Ford comemora
liderança em janeiro. Apenas em abril ou maio aparecerá a verdade da liderança
– ou seguirá alternada.
Venda – Todos os SUV
perderam vendas se comparados dezembro de 2012 e janeiro 2013, exceto VW Tiguan
vendendo 706. O número não é excepcional, apenas colocara minguados 396 em
dezembro. O Tiguan é o melhor da categoria, mas 9º em vendas. O gigantismo da
VW não o valoriza.
Aliás – Pelo excepcional
mercado brasileiro de SUVs a Honda fará seu novo modelo, sobre a nova base do
Fit/City, e a VW terá o pequeno UP! Taigun.
Usados – Carros usados
cresceram 42% em vendas em Janeiro, diz a Matel Produções, organizadora de
feirões de usados em S Paulo e Belo Horizonte. Eduardo Ribeiro, controlador,
interpreta a elevação dos preços dos carros novos pelo fim da redução do IPI
aos 0 km, e melhores preços de venda em relação aos oferecidos pelas
concessionárias.
Medida – Janeiro foi
surpresa para o varejo do comércio: cresceu 18%.
Moto – Mal chegou e a
Triumph, de Manaus oferece o modelo Speed
Triple em condições especiais: 50% = R$ 21.450 de entrada, e 24 x R$ 996.
Três cilindros, 1.050 cm3 e 133 cv.
Ecologia – Banco do Brasil criou consórcio para veículos não
poluentes. Pelos valores, entre R$ 1.500 a R$ 3.000, bicicletas e patinetes
elétricos. Mensais a partir de R$ 48 e prazo até 36 meses. Sem taxa de adesão,
juros ou IOF. Mais:
Ocasião – Para quem gosta de automóveis e está no roteiro do The Great South American Challenge 2013,
rali reunindo 30 automóveis antigos referenciais - Itala 1907, Bentley
1927, BMW CS 1971... Do Rio de Janeiro, Bolívia, Peru, Chile, até Ushuaia,
extremo sul argentino.
Onde – Rio, Hotel
Sheraton, 14 a 16fev; Maresias, SP, Beach Hotel, 16 e 17fev; Curitiba, Pr,
Hotel Radisson, 18, 19 e 20fev; Foz, PR, Iguassu Resort, 20 e 21 fev; Corumbá,
MT, Hotel Nacional, 21 e 22 fev. Mais ?
Antigos – Texto sobre o Pé na Tábua publicado na Coluna,
provocou o pessoal do circuito Velo Cittá,
no interior paulista, a procurar Tiago Songa, organizador. Entendem, podem
fazer o Pé maior, melhor, com mais
estrutura e conforto.
Gente – Fabrícia
Aguiar Oliveira, 1ª. colocada como cadete aviadora da Academia da Força Aérea,
deu baixa. OOOO Passou concurso
Auditora da Controladoria Geral da União. OOOO Nada a ver, sem emoções, mas salário incomparável. OOOO
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