sábado, 18 de junho de 2011

SIR STIRLING MOSS: A APOSENTADORIA...


No final da sessão de treinos do Le Mans Legend,. uma corrida de esportivos clássicos no sábado da 24 Horas, mas pela manhã, Sir Stirling Moss anunciou que finalmente esta tirando o bloco da rua. Após 60 anos correndo, ter ganho um GP de Mônaco, a Mille Miglia em 1955 com um recorde não batido até hoje e o Tourist Trophy, o velho leão se aposenta e passa a espectador.

O Porsche RS61 de sua propriedade, a última lenha


No ano passado Moss caiu no poço do elevador de sua casa aos 80 anos de idade e quebrou ambos os pés, fato que deve ter influenciado sua decisão. Como ele próprio disse, nasceu corredor e não um mero piloto operador de controles. Entrou sempre na pista para ganhar e quando tivesse medo ou perdesse o drive competitivo, pararia. Um dos dois ou ambos aconteceram recentemente e ele sai das pistas para a glória de ter sido um dos meus heróis, assim como de muita gente. Para quem quer saber mais, AQUI uma biografia bem completa em português. My respects, Sir!

O 300SLR recordista da Mille Miglia com Dennis Jenkinson


Uma entrevista com o HOMEM:

pt.wikipedia.org/wiki/Stirling_Moss





A Mercedes McLaren SLR feita em sua homenagem: V8, dois compressores, 680 cv

2 comentários:

BENTES ROB. disse...

Acrescentando; ganhou também as 12 horas de Sebring com um OSCA em 1954.
Mas a mais memorável para mim foi a MM com a Mercedes, chegando á vitoria com o jornalista jenkins, como copiloto, com a cara preta, imunda de óleo, parecia trabalhar na carvoaria.
Quase ganha le mans em 1953, mas o C type nas ultimas voltas deu pane e teve que ir ao box duas vezes.

gtx disse...

mahar,
tivemos, o boris feldman e eu, o privilégio do convívio diuturno com Sir Moss. Era a Mille Miglia de 1999, na qual éramos convidados para dirigir na equipe de fábrica. 17 Mercedes sendo que a de maior relevo era a 722, com a qual Moss havia ganho a prova original em 1955, inovando em método de orientação e condução.
Ele já contava com 70 anos e nos deu tremenda demonstração de profissionalismo. Era o primeiro a chegar ao café da manhã, ao cumprir compromissos e horários, filosofia nem sempre comum na esculhambação latina.
Dirigira, rapidamente, tal barata. Carro para homens musculosos, e com embreagem que um advogado definiria como peremptória. Ou seja, a posição definia radicalmente situação mecânica: 1 cm de curso era a diferença entre desacoplar o motor ou deixá-lo morrer pois, ao tempo da mecânica pura a alta marcha lenta dos motores de corrida não era alta o suficiente para fazer o automóvel andar. Assim, para poupar o conjunto, sem cozinhar platô-embreagem para filtrar as rotações do motor em seu caminho ao câmbio, quando entrávamos nas cidades pequenas, que faziam manifestações festivas, transformando a passagem em procissão automotiva, o Moss respeitava o automóvel, desligava-o, descia e empurrava. Ajudei-o algumas vezes.
Podia ter fritado o conjunto, podia ter combinado com a equipe de apoio fornecida e bem equipada pelo Mercedes Classic Center, sua super oficina de antigos. Mas não, levava profissionalmente a sua missão.
Meio da viagem, clima sacana, chuva, neve, ruim para nós, mais jovens, num sedã, apavorante para o septuagenário Moss em seu carro aberto e sem isolamentos. Chegamos a Roma de madrugada, recolhemos os carros e, na van para o hotel, às 3h, ele nos convidou para o café da manhã - às 6h. Entramos no restaurante às 6h01. Ele chegara antes.
O Bob Lutz, ex-Chrysler e GM, verdadeiramente interessado no produto, criador de automóveis como o Viper, o PT, o Solstice, Cien, muitos outros, o definiria, como ele, de "Car Guy", um carromaníaco, dedicado ao tema, profissional em seus honorários - ali E 10 mil/dia - sem falsas manias, tremendo exemplo. Nasser