Desde o seu advento em 1985 que o BMW M5 foi declarado o DEFINITIVO sedã esportivo alemão. Nada se compara a ele em termos de performance e esportividade, um carro de corrida com quatro portas e, em algumas versões, até cinco, pois fizeram camionetas na série.
Já dirigi alguns deles, uma experiência religiosa para quem teve um Omega 3,0 como eu por muitos anos. Principalmente um 1996 3,8 de seis marchas me trouxe uma revelação mística: como pode ser um carro tão bom? Esse que foi o ultimo big block seis cilindros já tinha 375 CV e possibilitava orgasmos automotivos com sua extrema competência no asfalto.
O mais recente era complicado demais, com uma multidão de opções controladas pelo idiota sistema iDrive, o imbecil do mouse entre os bancos que exige alternativamente um curso de seis meses (sic) ou ser manobrado pelo filho nerd do dono...Agora são dois botões no volante que, à semelhança da memória dos bancos elétricos, podem selecionar e gravar as preferências de dureza de suspensão, direção e resposta de acelerador, ritmo de trocas de marchas e até o display no para-brisa. Assim se permite uma dupla personalidade, às vezes macia e suave (em termos) e violenta, superveloz e rápida de reações em outros.
Enquanto o motor antigo era um V-10 de 5,5 litros e 510 cv, agora de acordo com a maldita tendência do tal do DOWNSIZING o motor encolheu dois cilindros – agora V-8 – e 1,1 litro. Seu tamanho atual é 4,4 litros, mas isso não significa muito, pois os nervosos rapazes da Bavária aceitam menores emissões e poluição, bem como consumo, mas nunca brochura!
Assim o novo motor tem dois turbos de voluta variável e subida rápida de pressão, acelerador controlado pela abertura de válvulas e 560 cv, 50 a mais, e um torque caminhonesco: mais de 71 kgfm! E a rotações mais baixas, as delícias da aspiração forçada... e para acalmar os verdes alemães, muito barulhentos, há frenagem regenerativa e a tecnologia de liga-desliga do motor, muito mais limpo que o anterior.
A caixa de câmbio é uma sequencial automatizada de duas embreagens e SETE marchas, o que permite acelerações geniais: zero a cem por hora em 4,4 segundos... Com controle de arrancada, tração e estabilidade, todos os truques eletrônicos tais como um diferencial eletrônico multidisco para auxiliar a botar no chão todo esse tesão de ir longe...
E fazer curva! A máxima, como é normal em carros alemães, é limitada a 250 km/h. Com um truque: peça a opção certa (M Driver's Package ) de mapa de computador e ele sai liberado para 304 km/h... Mas o que importa nesse mundo superpopulado e limitado pela Gestapo rodoviária é o modo como ele anda e aborda as curvas do caminho com superioridade germânica.
Existem todas as defesas eletrônicas para impedir a casa de cair ao usar a infinitas possibilidades desse carro que, como disse em uma matéria muito popular no Mahar Press, é uma cruza de Ferrari com Bentley, mais esportivo que um Rolls-Royce...
Preste bem atenção nas duas fotos iniciais: em uma se vê a cara feroz do bicho brabo conforme vai aparecer no seu espelho. A próxima é da traseira, por alguns segundos ainda visível até sumir na distância...
Um comentário:
Downsizing compensando com sobre-alimentação eu aprovo.
Perde-se capacidade "geometrica" e ganha-se capacidade "efetiva".
Agora o que ocorre por aqui travestido de "downsizing" na verdade é "downpower" ou se quiserem "downtorque" e os caras se deram bem.
Carro menos potente é memso mais economico 'na cidade e com até 2 pessoas" dai para frente não, coloque a familia, alguma bagagem, vá para estrada, faça algumas ultrapassagens (ou melhor tente) que vc vai ver quem era mais economico.
Os "downsizing" verde amarelos são a substituição dos 1.6 por 1.4 e a piada do ano da GM, a troca do 3.6 V6 pelo 3.0 V6, mais moderno (?), sim é. mas mais economico e mais potente não.
Como escrevi a algum tempo aqui eu duvidava que o infimo acrescimo associado a perda de torque e isto tudo a rotações bem mais altas fosse resultar em melhora de desempenho e consumo.
Pois bem não foi, ja testei na pratica e olha que muita gente acreditou.
um abraço do seu leitor politicamente incorreto.
Acosta
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