sexta-feira, 30 de novembro de 2012

DE CARRO POR AÍ COM O NASSER





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Coluna 4812  28.novembro.2012

Novo Golf, Audi A3 e A4, Tiguan e Q3 feitos em Curitiba

O Audi A3, agora em modelo atualizado, voltará a ser feito na fábrica da Volkswagen nas beiradas de Curitiba – onde, aliás, a geração anterior foi produzida. Junto, a nova geração do Golf, a 7ª.
Coluna e jornais tem feito circular informações e dúvidas quanto à volta do convívio industrial entre Golf e Audi na fábrica paranaense. Ociosas especulações. Não existem dúvidas a respeito, e o processo está em andamento e no varejo dos detalhes de pré-conformação industrial, com os entendimentos com fornecedores. Coisa clara, sem dúvidas, e comportamento consequente à adoção de nova filosofia anunciada pela diretoria da empresa mãe: incluir o Brasil na linha de produtos atualizados.
Então
Leitor da Coluna sabe, a atual gestão da Volkswagen no Brasil, liderada pelo não engenheiro Thomas Schmall, tanto por resultados internos quanto de condições gerais, surfa na onda que empurra o Brasil como grande e lucrativo mercado, assim como base industrial de grande futuro nos próximos anos relativamente à crise econômica surgida nos EUA permeando para a Europa.
Assim, a decisão é de total renovação de produtos, incluindo os competitivos para consumo mundial. Isto definiu a atualização do Golf.
E Audi?
Por que a marca aparentada com os nossos antigos DKW-Vemag?
Para explicar a aparente curiosidade, há quase um século a Alemanha juntou quatro fabricantes sob a frondosa árvore da DKW, líder em produção de motocicletas e automóveis, uma holding para proteger marcas, produtos e fábricas com diferentes marcas, conformação e segmentação de produtos: Audi, Horch – ambas com origem no brilho do dr. August Horch –, Wanderer e a compradora DKW. A junção foi chamada Auto Union, com a marca das quatro argolas, cada um representando marca diferente.
Mesclar Golf com Audi não é curiosidade industrial, mas compatibilidade entre plataformas e órgãos mecânicos. Um Audi é um Volkswagen evoluído.
O governo federal enzimatizou esta sopa de interesses ao impor 30 pontos percentuais sobre a elevada tarifa do Imposto sobre Produtos Industrializados. A soma da logística, com 35% do Imposto de Importação, o IPI implementado, mais ICMS caro define quem será competitivo no Brasil, com enorme diferença e resultados entre os estrangeiros que apenas bordejarão o mercado, e os produtos nacionais, isentos destas barreiras.
Assim, com a decisão das outras alemãs Mercedes e BMW em ter fábrica no Brasil para atingir competitividade, a Volkswagen não poderia deixar o flanco aberto pois, como se sabe, a marca trabalha esforçadamente em seu projeto Mach 18, para ser
líder mundial em 2018, e não pode excluir a associada que mais cresce fora de um dos mercados em grande expansão e perspectivas de futuro.
Argumento em paralelo, ter produtos atualizados permite fazer troca-troca nas exportações, atendendo mercados com produtos iguais, feitos em vários locais.
Assim,
A plataforma do novo Golf, a 7ª geração, virá para a fábrica paranaense, e sobre ela surgirão os produtos Audi A3 e A4, permitindo projetar também Tiguan e Q3. Em 2014.
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Audi A3 e versões, Golf VII, made in  Curitiba

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E tem mais
Prevendo um primeiro semestre de menores vendas pela volta do IPI cheio e pela agregação de almofadas de ar nos automóveis, elevará seu preço, diminuindo a quantidade de compradores, Thomas Schmall acredita que ao final do exercício haverá um ganho de 2% relativamente aos resultados deste ano.
E anunciou importantes medidas que renovarão a marca no Brasil:
Up!, o pequeno automóvel europeu, como produto de entrada;
Taigun, o pequeno utilitário esportivo sobre o Up!;
Um substituto para a Kombi;
Início da mudança de todos os motores da marca;
Grande ampliação da capacidade industrial da fábrica de Taubaté, SP, para sediar a fabricação do Up!.
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Taigun, produção no Brasil, 2014.
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Renault, de Duster, no Paris-Dakar
Para distanciar-se da imagem de utilitário apenas urbano, valente nas rampas dos shoppings, e marcar presença como carro de resistência e habilidades fora de estrada, a Renault Argentina participará da prova considerada mais exigente do mundo, o Rallye Paris-Dakar.
O nome é mantido em homenagem e identificação à criação por Thierry Sabine, e a prova saiu da África por falta de segurança para competidores, migrou para a América do Sul, e em 2013 largará aos 5 de janeiro em Lima, Peru, passará pela Argentina, e terminará em Santiago do Chile, quinze dias após.
A Renault quer aproveitar o bilhão de telespectadores pois vende o Duster em quase todo o mundo. Preparação por Barattero e motorização por Oreste Berta, o Mago de Alta Gracia – mago pelas mágicas em preparação de motores. O local é a cidadezinha onde mora, próxima a Córdoba, Argentina. Coisa séria.
Roda-a-Roda
Enfim – Após a crise da Effa, que a representava, a chinesa Lifan retomou sua marca, assumiu, o negócio e começa agindo para dar confiabilidade à pequena rede de distribuição. Nesta semana Mark Timber, vice-presidente do grupo e responsável pelas exportações da empresa estará no Brasil.
Negócios – Apresentação à rede, injeção de ânimo, perspectivas com a dinamização de fábrica que possui no Uruguai, e novos produtos. Dentre eles, o prometido SUV X 60 – apesar de X e 60, não é Volvo, com produto com a mesma denominação. Já andou em testes por aqui, lançamento ameaçado, contido mas agora, dizem, surgirá.
Tipo ... – Não há mágica e são todos parecidos. No caso, concorrentes de EcoSport, de Renault Duster, mas principalmente de Tiggo, da Chery. Motor que é o menor da categoria.
Mais um – Agora é a vez do monovolume. A JAC importou, já testa o seu. Sete lugares, motor 2.0.
Velocidade – As montadoras chinesas estão acelerando mais que seus representantes.
Nacional – Dentro de seu projeto de aumentar o conteúdo local – e gastar menos divisas para importar conteúdo – o governo argentino assinou termo com a indústria montadora e os fornecedores de auto peças. Quer saber onde se pode trocar o item exportado pelo fabricado localmente.
Futuro – Por legislação, pressão ecológica e causas econômicas, a Ford corre para lançar nos EUA, ainda em 2012, oito produtos entre híbridos e elétricos, capazes de 17 km/litro. E fez acordo com a GE no criar infraestrutura para reabastecer os veículos elétricos. Um de seus produtos, o C-Max Energi é o híbrido mais econômico, em consumo combinado de 42,5 km/l.
Hábitos – Fez a maior venda setorial, 2.000 C-Max para o governo. E com a GE estudarão hábitos de direção e recarga para aperfeiçoar o método
Razões– Carlos Ghosn, presidente da aliança Renault-Nissan explicou investimentos para aumentar capacidade da fábrica Renault de Curitiba, Pr, a 380 mil unidades/ano – uma por minuto; da fábrica de motores de 400 mil para 500 mil unidades anuais, e fazer fábrica Nissan em Resende, RJ: crescimento.
... II - A Renault no Brasil parou de cair e iniciou levantar há três anos, e o mercado brasileiro auxiliou a fazer 55% das vendas da marca fora da Europa. Somos o segundo mercado mundial da Renault. Há que aproveitar. Investimentos da Renault no Brasil geram sorrisos na França.
Outra – Após anunciar produzir suas motos em Manaus, a inglesa Triumph avisou fará a Daytona 675, mostrada este mês no Salão de Milão, Itália. Modelo remodelado em chassi, visual e motor: três cilindros, 675 cm³ e 128 cv de potência. Parece, o Brasil também é a bola da vez em motos grandes e caras.
Tecnologia – A Ford festeja seu motor EcoBoost 500 mil. Cilindrada reduzida, 4 válvulas por cilindro, comandos variáveis, injeção direta de combustível e turbo. Melhores em rendimento e economia que motores maiores. O primeiro no Brasil chega com o Fusion 2.0 EcoBoost. No desenvolvimento a Ford registrou 125 patentes.
Furo – Pesquisa do agencia J.D. Power na China indicou, um a cada cinco motoristas chineses reclamam de furos nos pneus entre 12 e 24 meses de uso. Mensurou aparência, durabilidade, tração, dirigibilidade e andadura. Levou-a a autoridades chinesas como alarme. Afinal, num universo com 22% dos veículos tendo pneus furados significa muitos acidentes. A japonesa Yokohama é a melhor na foto entre 19 marcas de pneus pesquisadas.
Duas em uma – A Hertz comprou a Dollar Thrifty, sua concorrente nos negócios de locação de automóveis: US$ 2,3B. Será o maior grupo do mundo, em negócios que se espraiam da locação de frotas à de cadeirinhas para bebê.
Década – 10 anos comemora a PSA Peugeot Citroën da realidade de sua fábrica de motores no Brasil, anexo à fábrica das duas marcas em Porto Real, RJ. Fornece para os produtos da marca na América Latina – motores 1.5 e 1.6. Fabricar motores é o que separa homens e meninos nesta atividade.
Futuro – Mexicana Metalsa comprou a ISE, alemã de auto peças. Atuação mundial, a Metalsa há algum tempo assumiu os ativos da Dana, incluindo duas fábricas no Brasil. Faz carrocerias, chassi, transmissões, sistemas de segurança.
Na mão – Inicialmente em S. Paulo e seus 33 mil táxis, empresa Mobinov criou o aplicativo Taxijá. Por ele e dois toques num Smartphone, chama-se um táxi. O sistema utiliza GPS e georeferenciamento, localiza o mais próximo da chamada e, com facilidade, acompanha sua chegada. A motoristas, pequena taxa. A passageiros, grátis. Parece o fim do rádio taxi.
Caravana – Caravana, em vez dos Road Show, evento itinerante tocado pela Ford Caminhões apresenta seus modelos com o novo motor Euro 5. Já fez mais de 1.200 test-drives e promove concurso “Motorista Mais Econômico do Brasil”.
Negócio profissional, além da turma de vender caminhões, representante do Bradesco fala sobre economia, incentivando vendas.
Cegonha – Pesquisa da Scania indica, veículos brasileiros crescerão nos próximos anos, exigindo cegonhas mais fortes para suportar o aumento de peso. Criou versão de seu caminhão P e 360 cv, com eixo dianteiro e outro traseiro, ambos direcionais, e um eixo de tração, todos com rodado simples. A reformulação permite ganho de carga útil.
Retífica RN – Retificadora ativa. Coluna passada informou, o Trailblazer Chevrolet, o camburão fashion da GM, teria transmissão mecânica. Por enquanto apenas automática, período no qual a marca se orgulha tê-lo como o mais caro dos nacionais – e, inexplicavelmente, que alguns importados com barreiras e custos excepcionais de importação. Transmissão mecânica no surgir versão menos enfeitada e dirigida a trabalho.
Outro, o camarada que atrapalhou o Nelson Piquet Jr. na Renault, provocando-a fechar sua equipe de Fórmula 1, transformando-se em fornecedor de motores, não é Fabio, mas Flavio Briattore.
Fórmula 1 – Sempre a prova final da temporada de Fórmula 1, em Interlagos, tem sabor de marmelo, com resultado adiado para não diminuir atenções, mídia, patrocínios, anúncios na TV. Mas este ano por razões várias se transformou numa das provas mais vivas e emocionantes, com acidentes e Sebastian Vettel, sexto colocado, sendo o tricampeão mais novo da F-1.
Gente – Carlos Gomes, português, número um da operação da PSA na América Latina, premiado. OOOO É, pela publicação AutoData, “Personalidade do Ano”. OOOO Gajo porreiro, dizem-no em Portugal. OOOO Brasileiro, bem-sucedido condutor de montadora, pensa mudar de atividade. OOOO Quer mandato eletivo. OOOO Sossega, leão. OOOO

3 comentários:

Charley Tavares disse...

Muito bacana, agora eu quero ver se a VW vai atualizar o Golf e o Audi junto com o mercado europeu, ou novamente vai deixar os produtos defasados, como da primeira vez que Golf e A3 passaram a ser feitos no PR em 1999, mas não seguiram as atualizações de Europa e EUA; se vão começar a fazer Golf 7, e só vão atualizar o nacional lá pela altura do Golf 13 ou 14 europeu, depois de 2030. E, please, um GTI...

Corsário Viajante disse...

Eh, está tudo parecendo bom, vamos ver. O que mais gostei foi a parte da atualização dos motores.
Agora, e o Polo? Vai mesmo ser substituído pelo fox no caso do hatch e pelo Santana no caso do sedan? Uma pena, pois o Golf será muito caro e nem Fox nem Santana vão atrair os fãs do carro.

Cristiano Mendonça disse...

Na matéria vemos Volkswagem e Audi atualizando produtos e motores, Ford a mesma coisa, mas ué! Não ia acontecer o contrário segundo as seguidas "previsões" de que voltaríamos ao tempo das carroças, com a imcompetência deste governo a contrariar sagrados dogmas neo-liberais?