O
Renault Fluence, turbo, valente, 180 cv e chamado GT
Nova
opção e topo de linha na Renault, o Fluence GT quer utilizar duas parcelas em
conta que lhe seja favorável: rendimento com conteúdo, e preço. Chega a R$
79.000, mais curiosos 370,00. Mesmo preço de Toyota versão Altis, pouco acima
de Honda Civic, abaixo de GM Cruze e VW Jetta. Supera-os nesta conta.
GT não
significa um esportivo de dois ou dois + dois lugares. Para a Renault é apenas
um letreiro para caracterizar a chegada ao Brasil da Renault Sport, seu braço
esportivo. O automóvel tem um motor que não é o Nissan que equipa o Fluence,
mas o Renault da antiga geração Megane, de origem preparado para resistir às
maiores pressões internas geradas pelo turbo, soprando a mistura de gasálcool
até 1 bar de pressão – uma atmosfera.
1.998
cm3 de cilindrada, bloco de ferro, cabeçote em alumínio, com maiores câmaras
d’água, para aumentar a refrigeração. Turbo, coletor de admissão variável, faz
resultados sensíveis: produz torque máximo de 30,6 kgmf de torque a 2.800 rpm.
Torque é o que move automóveis e logo acima da marcha lenta entrega 20 kgfm a 1500 rpm. Transmissão com seis
velocidades à frente, relações de marcha alteradas para melhor aproveitar a
disposição do motor e sua missão com o automóvel. Freios, elementos da
suspensão, molas e amortecedores adequados para as novas prestações. Acelera de
O a 100 km/h em 8 segundos, e corta a velocidade final aos 220 km/h.
Equipamentos
de segurança como almofadas de ar, ABS com gestor eletrônico, controle de
estabilidade e de aderência das rodas, de liga leve e aro 17”.
A idéia
não foi criar carro urbano para corridas, porém melhorar a performance do bom
Fluence, opção ao cliente do bem formulado sedã, com automóvel com suave
decoração externa, à base de spoiller
frontal e pequeno adereço como asa traseira. Por isto não rebaixou a suspensão,
deixando-o com cara de sedã normal. A conformação de sedã performático e sem
porcariada que alguns gênios da indústria decorativa entendem ser de bom gosto
esportivo, sugerem que 5% da produção argentina dos Fluence será na versão GT –
projetada em 70 unidades mês – estimativa aparentemente contida, pois com rede
de 240 revendedores, significa vendas de 0.3 unidade/concessionário/mês. Com
certeza o número deve ser melhor – aliás,
se cada um não conseguir vender uma unidade mensal, parece na hora de procurar
outra atividade.
Automóvel
completo, tem opcionais apenas as cores, branco, preto ou vermelho discreto e
metálico.
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Fluence GT. Turbo promove rendimento.
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GM Trailblazer, a volta do camburão
Veículo tão ligado à
história da General Motors no Brasil quanto identificado como carro de polícia,
o Trailblazer apresentado semana passada mantém o espírito, aplicação – e a
imagem.
O formato, a morfologia,
mostram-na como um Blazer grande, mas escapa ao rótulo usual e atual SUV, de Sport Utility Vehicle. Será no máximo um UV, pois suas dimensões,
peso e a grande distância entre eixos nada permitem iniciativas de
esportividade. Na prática e no seu aplicativo é o que a camionete 3100, montada
na década de´50, a Amazonas, nos albores dos anos´60, e logo após Veraneio e
Grand Blazer até a geração anterior: veículo espaçoso para famílias, serviços
e, como muito utilizado pelo segmento público, ambulância e camburão.
Mecanicamente não destoa
do picape S 10, porém com adição de freios a disco nas quatro rodas, tendo em
vista o enorme peso, acima de duas toneladas em uso. Suspensão traseira ancorada
em cinco pontos tenta superar as dificuldades do centenário eixo rígido.
Motorização diesel 2.800 cm3, 184 cv e gasolina V6, 3.700 cm3 e 239 cv,
transmissões mecânica e automática com seis velocidades, tração nas 4 rodas e
reduzida, acionados por trêfego botãozinho. A R$ 145 mil.
Desenho local a partir do lápis do mexicano Carlos Barba, chefe de design aqui.
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GM Trail Blazer, camburão fashion
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Roda-a-Roda
Começo – Assumir o importador; montar estrutura própria, fomentar a parte
industrial de seu montador/fornecedor no Uruguai, são os planos da Lifan
Motors. Aplicará US$ 150 milhões para aumentar capacidade e fazer fábrica de
motores no vizinho país, e depois terá operação industrial no Brasil.
Versão –
Programada para março, a Fiat antecipou aos que forem aos eventos da Associação
de Criadores de Cavalo Mangalarga Marchador, a série especial do picape Strada.
Clientela pontual para homenagear tão distinto equídeo em cabine estendida e
dupla, versões Trekking e Adventure.
Como é – Mais ou
menos o que fez a Mitsubishi com seu picape L200 há alguns anos: adesivos,
rodas com pintura exclusiva, bordado com a logo Mangalarga Marchador nos
bancos.
Aniversário – Festa pela festa, e série especial programada pela Nissan para
comemorar 10 anos do início da produção do picape Frontier. A marca é mal
resolvida com produtos. O picape citado, é segunda geração sobre o modelo
descontinuado, veículo que se impunha pelo bom desenho, mas teve vida fugaz e,
saindo, assustou o mercado.
Especial – Limited, série do Peugeot
408 motor 2.0, câmbio automático sequencial de 6 velocidades, marca-se por
adotar pacote de eletrônica para integrar à navegação e reprodução de mídias e
comunicação em tela de 7” sensível ao toque. Maior conforto, câmera de ré. R$
65.000.
Começou bem – Criado para melhorar vendas nos mercados extra EUA, o novo picape
Ranger tem recebido reconhecimento mundial: Picape
do Ano na Europa, no Brasil, Motor do
Ano para o diesel Duratorq 5
ciindros, que o faz o mais potente da turma.
Bom conjunto – Todo novo, componentes bem integrados, chassi, motor, câmbio com seis
velocidades mecânico ou automático, itens de segurança e conforto. Deve ter
performance de vendas à altura dos primeiros lugares.
Anúncio – A agência Neogama/BBH contratou o ator norte americano Paul Walker e
criou filme para apresentar o Fluente GT ao mercado brasileiro, mesclando
imagens da nova versão, em hipotética fusão com Fórmula 1. Idéia é transmitir
que a tecnologia é a mesma.
Bom – É
interessante: automóvel coreano, feito na Argentina, motor francês, ator
norte-americano, carro de corridas francês, marca francesa, para ser vendido no
Brasil. Apesar de parecer mini ONU, a proposta passa a idéia da transmissão de
saber.
Atração– Estará no Rio dia 26 ? Gosta de
automóvel, economia, tecnologia expostos por um camarada que saiu de Rondônia,
salvou duas multis e hoje lidera a união de Renault com Nissan, terceiro maior
grupo de automóveis ?
Chance – O
camarada, Carlos Ghosn, falará na PUC-Rio dia 26 às 17h no tema “A importância da indústria automobilística,
a contribuição das novas tecnologias para eficiência em consumo e
sustentabilidade e a importância dos engenheiros brasileiros na dinâmica da
indústria automotiva”. É grátis. Para inscrever
gabinetectc@puc-rio.br.
Relevo – Ghosn
virá para reuniões com as marcas, cobrar conquistas de mercado, e fará agrado
reunindo-se com a rede de concessionários. Presidente mundial em reunião com
revendedores pode ser curioso. Tanto quanto o Brasil ser o segundo mercado
mundial da Renault. Também ver o final da temporada de Fórmula 1 e fazer
comemoração local com a vitória dos motores Renault
Duas rodas – A Honda ampliou sua linha de produtos dentro do projeto de mesclar
nacionais com importados e estar presente em todos os segmentos do mercado.
Abriu os portões da alfândega, com chinês, CRF 110, mini moto para crianças; e
tailandesa CRF 250 on e off Road.
Daqui –
Simplificou a Pop 100 para as Classes D e C; inicia fazer em Manaus a NXR 125R;
mostra scooter PCX 150; tornou flex
os modelos CB 300R e XRE.
Exógeno – O comunicado de imprensa parece ter sido vertido do inglês por
programa ching ling’. Um só parágrafo contém: utility on-off; line-up; upgrade, design;
performance. Não entenderam, a linguagem pátria é outra, e mais rica que a utilizada.
Fórmula – Embora o Campeonato de Pilotos na Fórmula 1 não tenha terminado, o
2º. Lugar de Sebastian Vettel no GP dos EUA deu à Renault o 3º. Campeonato
Mundial de Construtores. A marca conseguiu 11 títulos mundiais em 35 anos na
Fórmula 1.
Adaptação – O resultado intestinal da confusão armada por Fábio Briattore,
envolvendo Piquet filho, e a resposta forte de Piquet pai, fez a Renault deixar
de competir na Fórmula 1 com equipe própria, mudando o foco e passando a
fornecer e assistir motores a outros times.
Mercado – A
novela do vai-não-vai da redução do IPI tem atrapalhado a vida dos donos de
carros usados. Profissionais da Matel, empresa promotora de feirões de usados
em S Paulo e Belo Horizonte dizem, em feiras é possível conseguir preços até
30% acima do oferecido pelas revendas nas trocas.
Expansão –
Nipônica Mitsubishi Electric adquiriu sua representante e entra no Brasil com
equipamentos para automação de fábricas, mercado em expansão.
Freios – Spray com base sintética e cerâmica
produzido pela Bendix, se utilizado nos discos de freio pode aumentar a
durabilidade do sistema, por mante-lo limpo, sem partículas de sal, água,
partículas.
Retífica RN – Você sabe, a Coluna não
erra. No máximo comete pequenas derrapagens. Caso da nota sobre a Easy Traction,
empresa goiana criadora de sistema mecânico para substituir os frágeis
botõezinhos que acionam tração nas 4 rodas e marcha reduzida. É www.easytraction.com.br
Ecologia – Listagem da revista Newsweek
indicou a Cummins, produtora de motores diesel, como a mais “verde” entre as
empresas industriais. Na relação das 500 mais ecológicas do mundo ficou em 64º.
Lugar.
Gente – François Dossa, franco brasileiro, diretor
administrativo da Nissan, promoção.
OOOO Novo presidente. OOOO Deve ser
bom de serviço, pois deixou de ser diretor de banco, ficou meses na empresa e
já chegou à janela. OOOO A Nissan
passa por seu momento mais importante, implantando fábrica. OOOO Flávio Villaça, ex GM e Toyota, novo pouso. OOOO Diretor para Desenvolvimento da Rede
e Qualidade ao Consumidor na Nissan. OOOO Lugar era de Tai Kawasaki, há tempos na marca e novo diretor de Pós
Venda. OOOO
De
trator Fiat, há mais de 100 anos
Automóveis, com
função de ligar gentes e lugares, criando a mobilidade, e tratores,
incrementando a produção de alimentos, são frutos da mesma árvore da
tecnologia, adubada com as necessidades dos tempos.
A Fiat, desde os
seus primórdios, concluiu que máquinas, processos e pessoas envolvidas para
criar e produzir automóveis, também poderiam fazer tratores. Eram de tremenda
demanda, em especial se lembrados os eventos de fome na Europa e no norte da
África, fomentadores da migração de pessoas, famílias, enorme contingente para
o novo mundo onde a subsistência seria menos difícil.
Em seus primeiros
tratores motores com base automobilística, reforçados para resistir às forças
de oposição no arar, gradear, sulcar a terra. Aplicava um vaporizador, arremedo
mecânico otimizando o uso de querosene, combustível mais encontrado àquela
época, vendido para iluminação em vendas e armazéns, mais disponível que a
gasolina em latas ou em raríssimas bombas.
A Fiat vende
tratores no Brasil há quase um século. Na década de ’40 preparou-se para
iniciar produzir, mas só o fez na década de ’60. Inicialmente no início da Via
Anchieta, em São Paulo e após em Contagem, colada em Belo Horizonte. Há poucos
anos, quando produzir máquinas agrícolas tornou-se mau negócio, apostou no
futuro adquirindo as norte-americanas New Holland de colheitadeiras e, após, a
Case, colocando-as sob a marca CNH.
Como registro, foi a
Fiat Tratores que fez toda a estrutura de relacionamento para a vinda da Fiat
Automóveis para o Brasil.
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Trator Fiat, em anúncio dos anos ‘20
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Um comentário:
Outra fantástica e informativa coluna do Nasser que acompanho sempre. Gosto da linguagem correta e das finas ironias.
Um autor que enriquece seu blog, Mahar !
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