terça-feira, 12 de julho de 2011

RODANDO COM O VW TOUAREG V-6 BY JLV



SUV todo-terreno com motor V-6 a 90 graus de injeção direta, 3,6 litros, 280 cv de potência a 6.250 rpm, 36,7 kgfm de torque entre 2.500 e 5.000 giros, caixa automática de oito marchas e tração integral, o Touareg foi desenvolvido em cooperação com a Porsche e seu Cayenne. Com 2.030 kg de peso vazio, faz zero a cem em 8,6 segundos, acusa consumo global (esquema europeu) de um litro de gasolina pura (sem álcool) a cada 10,1 km e emissão de 236 g/km de CO2.


Mesmo tirando-se uns 15% devido à diferença de combustíveis entre Europa e Brasil, seu desempenho é muito bom, acompanhando sem problemas qualquer outro SUV.



Dentro, acabamento de alta qualidade em couro, dois bancos dianteiros com comando elétrico de distância, inclinação e altura (ótimo para pessoas de menos de 1,70 m), detalhes como os dois apoia-braços centrais (porta-luvas dividido em dois) e os dois para-sóis de cada lado (um para sol de frente, outro para sol de lado), porta-luvas dividido em dois no console e um maior no painel de frente, grandes porta-objetos nas portas dianteiras, volante multifunção, telemóvel (celular do carro), sistema de navegação (a ser colocado) com tela no painel, mídia player com sotaque da Terrinha e cortina anti-sol na janela das portas traseiras. Procuro pela antena e acho duas, uma na terceira janela lateral direita e outra no teto.


Está na hora de abrir o manual do usuário e começar a conhecer e decorar o sem-número de equipamentos e funções que o Touareg oferece, a grande maioria dos quais referentes à segurança. O condutor se senta ao volante e ajusta sua posição tridimensional exata, faz o mesmo com a posição dos espelhos, escolhe e aperta um botão de memória na porta e daí em diante, se alguém mexer no botão de ajuste do banco, basta apertar o botão de memória que tudo volta ao ideal. Não é uma novidade absoluta, Cadillacs e outros americanos já a possuem há mais de duas décadas. O sistema Climatronic, além de refrigerar ou aquecer o interior da cabine, aquece ou ventila os bancos. 


O volante é eletricamente regulável em distância e altura, o teto panorâmico abre até o banco traseiro, a tampa traseira se fecha sozinha com suavidade, o banco traseiro é também regulável em distância e inclinação, a cortina contra excesso de sol nos vidros das portas traseiras garante conforto, os dois porta-copos (ou porta-garrafas) dianteiros têm dentes de retenção e há tomadas elétricas de 110 V, 115 V ou 220 V, todos com 150 W. Embaixo do painel dianteiro há também a segurança de airbags para joelhos.


Na tela central, aparece o Volkswagen Infotainment, mistura de central de informação e de entretenimento, que com motor funcionando lhe dá mil informações e avisos de alguma coisa errada com o carro ou com sua maneira momentânea de dirigí-lo. O Toureg vem com câmeras ao redor do carro, fornecendo ao motorista uma visão periférica – à frente, para trás e para os lados. Acionado, o chamado ACC mantém a distância desejada do veículo à frente; quando esta distância diminui, ele freia automaticamente. 


Leitor de cartão de pedágio, rádio, rádio DAB (Europa), banda III (174 a 240 MHz), banda L (1452 MHz a 1492 MHz), FM, DVD, rádio texto, rádio TP (informações de trânsito), suporte de dados, fichário, áudio, pastas, TV, mídia, navegação, Bluetooth, chamada de conferência, SMS, alarme de anti-rebocagem (alguém levanta o carro do chão para roubá-lo), uma série enorme de sopinhas de letras dos sistemas de apoio aos freios (ABS, BAS, ASR, ESP, EDS), pressão dos pneus, até sensores de radares e ultra-som desajustados por eventuais batidinhas nos para-choques.


Se isso tudo não for suficiente, há ainda os avisos do Lane Assist (queima de faixa), de veículos nos cantos cegos por espia luminosa na face interna da carcaça dos retrovisores externos (ampliação do próprio conceito de segurança passiva), aquecimento estacionário (auxiliar, independente do motor) ou, no verão, ventilação elétrica, ambos inclusive por horários pré-determinados. No manual do proprietário, há cinco páginas com listas apenas de luzes de aviso de problemas. 


Chave de ignição no bolso, botão Start-Stop premido, o V-6 ronca e nos deixa com um sorriso às vezes beatífico, às vezes abertamente sem-vergonha, ao fazer de conta que é um bom V-8. E o melhor é que o consumo ainda assim fica bastante contido: um litro a cada 7,6 km na cidade, a cada 12,5 km na estrada e 10,1 km globais (valores europeus). Motor sempre liso, tranqüilo, sem vibrações ou trepidações aparentes, caixa multimarchas sem trancos ou hesitações, suspensão que raramente se ressente das imperfeições do solo embora sempre acuse o ainda alto peso total do carro, e freios muito bons.

Um carro realmente atualizado em nível mundial.


JOSÉ LUIZ VIEIRA




















2 comentários:

Ricardo disse...

Texto de bater palmas

Anônimo disse...

carro legal,muito bom me surpreendeu muito.