Patrick Hopkins lidou com o Buick 1912 de seu avô toda a sua vida. Era quase um membro da família que passaria para ele quando seu avô enchesse o saco de usá-lo, o que fazia desde 1963. Robert Hopkins ia a qualquer lugar com ele, desde a padaria até os encontros de antigos os mais distantes. Um amigo dele o viu pela primeira vez em uma feira na Califórnia em 1948, ainda totalmente original de fábrica. Robert tinha 15 anos. O carro foi parar nas mãos de outro entusiasta nos anos 50 e eles ficaram amigos, viajando juntos com o Buick 1909 de Robert.
Até que seu amigo passou em 1963 e a família lhe ofereceu vender o carro por 7.500 dólares, preço de Ferrari na época.
A Buick certamente estava oferecendo o que tinha de melhor em seu modelo de topo, o tipo 43 de cinco passageiros de turismo em 1912, o mais caro da linha desse ano. Os carros tinham um moderníssimo motor de válvulas no cabeçote de quatro cilindros . Tinha 5.212 cm³ e produzia 48 cv. A caixa era manual de três marchas para a frente. . o carro é bem grande de tamanho, pesando mais de 1.600 kg e anda em cima de rodas de maneira de 36 polegadas com pneus de quatro polegadas de seção.
Os carros eram oferecidos um largo para-brisa de duas partes e uma capota dobrável que se acomodava atrás do banco traseiro como um acordeom. Os faróis de carbureto ficam na frente, entre os para-lamas planos e proeminentes, as lanternas montadas na parede de fogo ao lado do para-brisa eram de acetileno, com uma outra na traseira do lado do motorista.
O carro veio com todas a opções nele, até com um velocímetro de 100 milhas por hora, um pouco otimista...o carro ainda tem o macaco original e a chave de calota de cubo de rodas que vieram nele.
O Buick foi repintado em 1959, os bancos ainda tinham o couro original até 2000 e os raios de madeira das rodas foram trocados em 1984. Peças sempre foram raras, até porque só foram fabricados 1.501 unidades e praticamente só sobreviveram uns 10 ou 15 carros. O motor foi refeito duas vezes. Robert colocou luzes elétricas, mas o neto as retornou ao carbureto, soldou uma rachadura no bloco, trocou a correia do ventilador e as mangueiras de água. Mais do que isso só água e óleo e vamos rodar, que ele gosta. Às vezes em viagens conjuntas de 2.000 quilômetros em cinco dias...
A primeira vez que o dirigi foi num percurso de 40/50 quilômetros e fiquei em estado lastimável com dores musculares da força necessária para dirigi-lo. Outros tempos, de homens fortes...
Um comentário:
Mestre Mahar! Os Buicks são minha doença. Esse está de babar, ainda mais pelo ano e pelo uso que dão ao carro. Viajar com um antigo é coisa que pouquíssimos fazer hoje em dia, ainda mais longas distâncias como essas.
Meu avô teve um 1950 Roadmaster Dynaflow, verde, com interior e capota verdes. As fotos desse carro deixam qualquer um impressionado com o tamanho e a classe do carro, além da notória altíssima qualidade de construção, que esse Buick quase centenário já apresentava, como podemos ver.
Grande abraço.
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