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Coluna 1211 23.mar.2011
Ford muda o Cargo para crescer e exportar
Passo necessário no projeto de crescimento pontual a 25% das vendas, a Ford Caminhões terá, a partir de 15 de maio, nova identificação visual por novas cabines. São avançadas, cobrindo o motor diesel Cummins de 4 ou 6 cilindros, potências entre 130 e 320 cv, e a transmissão Eaton, sincronizada, de 6, 10 ou 13 marchas, de acordo com a combinação entre potência, chassi e carga. São 11 modelos, cinco com cabine leito, entre 13 e 31 toneladas de peso bruto total – o caminhão em si, mais a carga. Modelos menores, como os de 7 e 8 toneladas, sem mudanças.
Projeto global, tendo o Brasil como o grande especialista em caminhões resistentes, caminho aberto há quase 90 anos, quando começou a sentir no chassi e eixos as agruras, asperezas e irregularidades dos pisos nacionais.
As cabines são imponentes, dizendo ao que vieram. Guardam identidade com a anterior, da linha Cargo, inovador projeto de designer francês, marcado pelo óculo na parte inferior das portas e o recorte nos vidros. Mas, outra formulação, tem 30% a mais em espaço interno e, se em cabine-leito, 90%. O leito acolhe operador de cintura e altura contidas.
Rogélio Golfarb, diretor, se entusiasma, com o “chassi limpo”. Limpo? “Liso, sem furos desnecessários, linhas hidráulicas e elétricas perfiladas internamente à longarina, com clareza e organização no projeto.
Fazer o primeiro Cargo, há quase 30 anos, foi o grande desafio para a Ford Brasil, como primeiro produto de exportação da empresa, inclusive para a matriz norte-americana”.
O leque de opções é grande, do 1317 ao 1932, dígitos iniciais indicando a dezena da capacidade de carga e os demais, idem, a potência em cavalos-vapor, cv.
Caminhão tem sido um dos bons pontos de apoio dos bons resultados financeiros da Ford no Brasil. Atualizou a fábrica comprada à Willys-Overland em São Bernardo do Campo, acertou-se com as tropelias do movimento sindical em exitoso esforço no expulsar atividade industrial a outros municípios, dinamiza a atividade. Na grande instalação faz o picape Courier, o Ka, e caminhões, estes à velocidade de 22 por hora. Única produtora no leque de tonelagem de 3,7 a 47 t, fornece para o Mercosul, Chile e negocia com a Venezuela, e visa 25% do mercado, focando, objetivamente, superar a MAN, nova marca dos caminhões Volkswagen, hoje líder. Quer mostrar-se com melhores rendimento mecânico, economia operacional, preços para peças, índice de qualidade e satisfação. E convencer dois agentes importantes nesta história: o motorista, que deve se sentir bem e confortável em seu trabalho árduo, monótono, de responsabilidade, e o empresário da frota, pelas características de economia de aquisição, operação, seguro, reparos.
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Novo Ford Cargo quer liderar mercado e exportar
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Um novo mercado, com 19 milhões de brasileiros
Número impactante, quase 20 milhões de brasileiros deixaram as classes D e E, e ascenderam à categoria C, de melhor renda e capacidade aquisitiva, tornando-a, com 101 milhões de consumidores, a maior do país. Está na pesquisa Observador 2011, encomendada pela Cetelem BGN à Ipsos Public Affairs. Marcos Etchegoyen, presidente, vê a mudança como geométrica: “a pirâmide social tornou-se um losango: 25% nas classes DE (47,9 milhões) e uma classe C mais ampla que as classes AB (42,19 milhões, 21% da população) e DE somadas“.
O estudo indica otimismo da população quanto á repetição de ganhos de renda em 2011, em especial para as classes E e D, com renda declarada de R$ 809, 45% maior que em 2005 quando se iniciaram as pesquisas.
A tabulação dos dados apenas organiza e dá base ao observado no balcão, com o aumento do consumo. Dentre das variáveis de comportamento há dados contrastantes, como o incremento ao consumo de eletro-domésticos a automóveis e, ao mesmo tempo, a expansão de poupança e investimentos.
É um fenômeno a criação de um mercado com tal população, e uma disputa para atendê-lo.
No mercado de automóveis, dado interessante, redução das vendas dos carros Mil, agora pouco mais de 40%, indicando compradores calculando vantagens – e segurança – no entre os carros com motor 1.0 e os 1.4 e 1.6. Montar estratégias para instigar consumo de eletro domésticos, TVs, telefones, roupas, alimentos, viagens, veículos, será o grande desafio para indústria, comércio e financiadores.
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Roda-a-Roda
Ampliação – A BMW considera o Brasil em estudos para implantar nova fábrica de automóveis. Informação de Norbert Reithofer, presidente da empresa, e amplificada por Marli Olmos, no jornal Valor Econômico. A BMW opera na Alemanha, EUA e África do Sul, mercados sem promissor crescimento.
De novo – Fazer do Brasil base de fornecimento de veículos ao mercado doméstico, Mercosul com isenção tributária, e apostar em facilidades idênticas com a Venezuela e África do Sul instigam a empresa. Embora saudada como, a decisão não é novidade: final dos anos´90 a BMW anunciou ao então vice-presidente Marco Maciel, exercendo a Presidência, implantar a fábrica como newcomer. Não o fez e esqueceu.
Duas rodas – Com motos está presente. Encomenda montagem em método SKD-PPB à Dafra, em Manaus.
Impasse – A Fiat suspendeu o projeto de revitalizar a fábrica onde a Bertone construía automóveis com sua assinatura. Investiria 500M E, aproximados R$ 1,3B para revitalizar e rentabilizar a produção de Maserati. O impedimento foi por impasses com o sindicato local.
Dia J – Dia 18, chamado Dia J, de JAC, ao inaugurar 46 concessionárias da marca, o brasileiro grupo SHC marcou referência mundial. Não há registro de distribuidor abrindo, com capital próprio, tantas lojas num dia. Os espaços são de mínimos 2.000 m² e, em medida prática, 92.000 m² de área construída, aos olhos do interior, quase dois alqueires goianos.
Dia J + 1 - Informa Eduardo Pinchigher, assessor de imprensa da JAC, que nos primeiro e segundo dias – sexta e sábado - de operação, foram vendidas 500 unidades do J3. Começou bem.
Dia J + ? - A chegada da JAC em quantidade, capilaridade – 50% do território nacional; e volume - 35.000 veículos neste ano, resume o comando do mercado dos importados sem fábrica no país, por Kia e JAC.
Importante observar a necessária mudança ao perfil dos nacionais da categoria do J3 instados a adotar os equipamentos de segurança, na maioria sequer disponível como opcional.
Nacional – Diz o Grupo Effa, representante da chinesa Lifan para Brasil e Uruguai, seu South American Research and Development Center – centro de pesquisa e desenvolvimento – terá como primeiro dever de casa projetar novo carro compacto, abaixo do Lifan 320.
Sorrisos – Em mês de liderança – os Uno alcançaram e ultrapassaram os Gol – a Fiat apresenta o Uno 2 portas. Continua igual, festivo, colorido, agradável, individualizado, arauto de espírito livre ao combinar o projeto, consequência de pesquisa sócio-comportamental, e dar fim à ditadura PP – preto e prata. Corajosamente a Fiat banca cores vivas para o carro.
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Uno, ouvindo o consumidor, fazendo 2 portas e coloridos
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Bíblico – Fez o milagre da multiplicação do espaço na fábrica de Betim, MG, recordista mundial em produção sob o mesmo teto. Cresceu a 3.390 veículos/dia, permitindo aumentar a produção do Uno, abrindo espaço industrial para a versão duas-portas.
“Furo” – A revista Autoesporte deste mês anuncia todo o leque de produtos da GM no Brasil: utilitário esportivo pequeno, substitutos para Corsa, Celta, Zafira, Meriva e picape S10.
Senna – Marcando o 50º aniversário de nascimento de Ayrton Senna, a Universal Pictures lança o documentário “Senna. O brasileiro. O herói. O Campeão”, em DVD e Blu-Ray. Direção do inglês Asif Kapadia e produzido por Manish Pandey. DVD simples (R$ 39,90), outros pacotes, com doações ao Instituto Ayrton Senna.
Aéreo – A TAM passou a cobrar pelo maior espaço oferecido em frente aos assentos das saídas de emergência. Na prática reduziu a distância entre bancos para colocar mais passageiros. Agora cobra pelo espaço original.
Gente - Masahiro Takedagawa, 55, economista, promoção. OOOO Novo presidente dos negócios Honda na América do Sul. Na companhia e região há anos. OOOO Ronaldo Mazará Junior, engenheiro, desafio. OOOO Tocar o centro de desenvolvimento da chinesa Lifan no Brasil. Tem base acadêmica e experiência na GM e na Delphi.OOOO Olof Persson, 46, economista, administrador, novo presidente mundial da Volvo caminhões e máquinas. OOOO Dirigia a área marítima e de construções. 1° de setembro. OOOO
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