sexta-feira, 10 de dezembro de 2010


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Coluna 5010 08.dez.2010


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Renault Fluence ? Melhor chamá-lo Ressan


Não é apenas um sedã elegante, bem acertado e com foco bem definido sobre os concorrentes líderes. É um tratado de sociologia sobre rodas. Projeto coreano da Samsung, associada da Renault; plataforma de Mégane 3 – posterior à geração brasileira; evolução de confortos e adições inexistentes em outros mercados; partes Nissan, como o rodar norte-americanizado; motor e câmbio. Impreciso saber se conteúdo e mira são evolução da maneira francesa de fazer automóveis ou a consciência de ter caído na real do mercado brasileiro, atípico, bem caracterizado, fora de comparativos e tabelas numéricas de renda per capita. É o país dos quatro cilindros caros e lucrativos, com proprietários que, em maioria, conhecem, comparam, e sabem o que querem de um automóvel.
Assim, a Renault baixou o ar de conquistador dos trópicos, passou mertiolate nas feridas causadas por não ter conseguido vendas proporcionais às qualidades do Mégane, superior aos japas e ao Vastra, o Astra com carroceria nova dito Vectra. Desistiu de tentar impor-se, prestou atenção à voz grave do mercado.


Na real
Linhas, formas e conteúdo do Fluence sugere inspiração nos japoneses, nos mapas de vendas no Brasil, adotado suas soluções. Copiou até o errado, trocando as dobradiças telescópicas do porta-malas do Mégane, pelasPescoço-de-Ganso do Civic, ladras de espaço útil.
Conceito bem administrado, o Fluence se impõe, harmônico nos planos traseiros, e com distintivo grupo óptico frontal. Internamente é bom de serviço, com espaço digno aos passageiros do banco de trás, deficiente no utilizar apenas duas saídas centrais, inferiores, para ar condicionado.
Não há mágicas na parte rolante: suspensão Mc Pherson na dianteira, eixo traseiro torcional traseiro, freios a disco nas quatro rodas, com eletrônica pró segurança – siglas em inglês ABS, EBD, auxiliar e gestor, o francês AFU, multiplicador de pressão no pedal, e ESP, gerente de estabilidade.
A rolagem não é seca e reativa, de personalidade européia. Mescla a condescendência nipônica, com a indolência norte-americana, resultando em rolar confortável, diferenciado. Utiliza sistema de direção com motor elétrico – para não gastar potencia do motor. É o conhecer da Nissan, nipo-européia com vivência nos EUA. Dela são motor e câmbio, evoluídos relativamente ao antes aplicado ao Mégane. Engenho em alumínio, quatro cilindros, 16 válvulas, 2.000 cm3, 143 cv e bom torque de 18 kgmf a 2.000 rpm, o que dá ótimas sensações de condução ao usuário. Ambas as grandezas são baixas relativamente à atualização tecnológica do motor. Mas o câmbio, dito automático, é a mágica holandesa dos cones variáveis. Oferece amplo leque de combinações aritméticas, limitadas a seis posições para fixar a corrente de ligação. Fossem sete, seria diferencial positivo.
A vantagem do tal de câmbio continuamente variável é não perder tempo entre as trocas, não dar trancos, e não consumir energia do motor com turbinas ou atritos mecânicos.
O Fluence-Ressan opera a gosto norte-americano.


Vontade

Pretende vender 20 mil / ano, menos que a metade dos Toyota Corolla. Para isto, mais equipamentos e menos preço. O pacote é rico em confortos, acessórios e segurança. Da chave com transmissores, dispensando ser colocada ou enfiada, basta estar presente, seus poderes de IPod, Bluetooth e GPS Tomtom com tela de 5”. Refinamentos, rodas em liga leve aros 16” ou 17” e seis almofadas de ar em todas as unidades. Quer plantar dúvidas aos consumidores: Toyota e Honda pelados e em fim de linha, ou Fluence novo e equipado ?
E ?
Quanto custam os Pacote bem montados em conforto e segurança
Versão Preço R$
Dynamique manual 59.900
Pintura metálica 850
Bancos em couro 1.800
Teto solar 2.500
Câmbio CVT XTronic 5.000
Privilège 75.990
Pintura metálica 850
Pack * 4.000
(* - faróis em xenônio, lavador automático, teto solar elétrico)
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Misture Renault com Nissan, dá Ressan
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Roda-a-Roda
Negócio – O que é, o que é ? Plataforma de utilitário esportivo Mercedes ML 500, com motor Ferrari V8, montado pela Chrysler nos EUA?
Não sabe ? Marque aí: utilitários esportivos Maserati e Alfa Romeo.
... II – Simples entender. Dona da Chrysler, a Mercedes fez o Cherokeesobre o ML 500. Rompeu-se a sociedade, o negócio, ficaram os carros.
... III – A Fiat assumiu a Chrysler, tomou o Cherokee by Mercedes, mandou mudar o perfil operacional do motor V8 4 litros comum a Alfa, Maserati e Ferrari. Da mistura fará utilitários esportivos Maserati e Alfa.
Mão dupla – Sentido oposto, estuda montar o Jeep na Itália, com um dos econômicos motores diesel FPT.
Acerto – Chegaram a interno termo de ajuste de conduta a Harley-Davidson e o Grupo Izzo, representante local, na função por tempo não divulgado. A Harley terá sede e montará rede de concessionários. A fim? 0800-724-1188 ou e-mail :sac.hd.brasil@harley-davidson.com
De novo – Após sair do país nos anos´90 deixando clientes sem atenções, a japonesa Mazda quer voltar. Mercado em expansão.
Fica – A produção do sedã Renault Fluence não suprimiu a da camioneta Grand Tourer. Sem concorrente no mercado, seria bobagem abduzir sua pequena fabricação. A Renault deveria investir para divulgá-la. Carro bom.
Segurança – Enquanto se delonga no Brasil a adição de equipamentos de segurança nos veículos, o governo do EUA tornou obrigatórias as câmeras de ré. Segurança para evitar atropelamento pelos carros em marcha á ré. Em 2009 foram 228. A Ford lidera seu emprego.
Francesa – Diz a PSA, holding francesa com Peugeot e Citroën, ter assumido a 5ª. posição em novembro, ao vender 17.097 veículos.
Mito – Aqui ser quinto significa o primeiro após quatro. Papo de doido mas é o seguinte: na reformatação da indústria automobilística nacional, em 1998, o domínio era de VW, GM, Fiat e Ford, as quatro grandes. As outras eram asnewcomers. Daí, disputa-se ser a 5ª, a primeira entre as novas.
Gay – A comunidade francesa Ledorga listou 61 candidatos à votação popular de Carro Gay. Lideram Volkswagen, Audi e Renault com picape machão Amarok, VW Touareg, Audi A1, e Fluence.
Tradição – Mudam de donos as tradicionais empresas de ônibus rodoviários. A paranaense e familiar Viação Garcia, agora é do empresário paulista Mario Luft.
Proteção – Para ajudar o proprietário a reduzir danos do diesel brasileiro ruim, superado, poluidor, a Draft lançou aditivo para limpar e proteger bicos injetores, anéis e válvulas. Diz, reduz consumo em 7%. Mistura, 200 ml para 100 litros.
Antigos – Mais atuante e elegante loja do país voltada aos antigos, a Private Collections ignorou a restrição á circulação da moeda baixada pelo Banco Central e vende em 12 vezes - news@privatecollections.com.br
Gente – Bruno Hohmann, 32, executivo, promovido. OOOO Deixou gerencia na Renault do Brasil, será diretor de marketing da Renault da Colômbia. OOOO Lá são montados Logan e Sandero com peças fornecidas pelo Brasil; Clio pela Argentina; e Twingo, francesas. OOOO
Independência, vida, lucros. A nova Ford


A Ford Motor Company foi fundada em 1903. De hábitos hígidos, de re-inversão de lucros, formou com GM e Chrysler rolo compressor automobilístico. No pós-Guerra tinham 75% do grande mercado dos EUA.
Tempo, condições, gostos e concorrência passaram, mudaram e, aos 103 anos, tocou o alarme: os executivos maiores, filhos dos controladores da empresa familiar, para sobreviver viram clara a necessidade de mudar: gestão, métodos, produtos.
Contrataram executivo externo, o engenheiro Alan Mullaly dera jeito e lucros na Boeing. Agiu com clareza, re-alinhou produtos, vendeu marcas periféricas – Jaguar, Land Rover, Aston Martin, Volvo, ações na Mazda. Encerrou a Mercury, comunizou peças, somou sinergias das filiais. E foi ao mercado buscar US$ Bilhões básicos à mudança, com garantias reais e trato com acionistas majoritários, inexistentes nas outras.
Crise quase fatal mas, prevendo-a, a Ford mudara a si e aos produtos à nova agenda dos consumidores – menores em tamanho, preço, consumo, emissões.
Pós tormenta, das Três foi a única a sobreviver como empresa – as outras foram estatizadas para evitar a falência. E retomou com solidez os negócios, perspectivas, lucros reais – no último trimestre US$ 1.7B – e a projeção de tornar-se a montadora mais lucrativa do mundo. É a última e a única do grande sonho americano.


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