terça-feira, 21 de dezembro de 2010

BMW M1 POR JOSÉ LUIZ VIEIRA


BMW M1



Os mercados de carros de alto luxo e/ou alto desempenho sempre foram tradicionalmente baseados em carros grandes. O de alto luxo é plenamente compreensível, mas o de alto desempenho nunca foi muito lógico – afinal, carros menores são mais leves, mais ágeis, aceleram e freiam com mais facilidade, têm menor área frontal, são mais aerodinâmicos e por aí vai.
A M-Technik da BMW finalmente parece ter ‘acordado’ para o fato de que o mercado atual já não está mais agarrado a algumas ‘verdades’ sociais tradicionais. Uns 30 anos atrás, a fabricante bávara desenhou seu primeiro M1, feito pela Lamborghini.
O BMW Série 1 de entrada abriu o caminho a muita gente que aspirava ter um carro com a grade dos dois rins e agora, a partir de maio do ano que vem, estes consumidores já podem pensar num verdadeiro BMW, um cupê M1.
Verdadeiro porque vai andar junto com alguns dos melhores supercarros existentes, graças a seu motor de seis cilindros turbinado, injeção direta e comando de válvulas duplo VANOS. Só que o turbinamento é duplo, de unidades pequenas que se mantêm ativas (450 Nm) de 1.500 a 4.500 giros – e com outros 50 Nm em função overboost, fazendo o zero a cem em 4,9 segundos. Daí em diante a potência se mostra igualmente saudável, com 340 hp.
O sistema de gerenciamento do motor oferece duas curvas de desempenho,a primeira de alto torque a baixas rotações, que o torna facílimo de dirigir no mais pesado trânsito, e a segunda, M Dynamic, comandada por um botão no volante de direção, que o torna um foguetinho.
O sistema de arrefecimento foi projetado para pilotagem de altas cargas numa pista de competição, com uso de um segundo radiador e duto de admissão de ar específico. O volante do motor é de duas massas, de baixo peso e alta solidez.
A transmissão é manual de seis marchas e alavanca muito curta e a frenagem é regenerativa, o que ajuda a chegar a emissões de 224 g/km e CO2.
O peso em ordem de marcha é de 1.495 kg, graças ao uso extensivo de alumínio.O eixo dianteiro é de duplo pivô e o traseiro é de cinco braços – ambos feitos quase totalmente em alumínio, inclusive as barras estabilizadoras tubulares e os amortecedores. A razão peso/potência é de 227 hp/tonelada. O M1 é 55 mm mais largo que o cupê 135i, a 1.803 mm.
O diferencial é travante M Variável, que responde a diferenças nas velocidades rotacionais das rodas traseiras, redirecionando o torque em frações de segundo, garantindo tração otimizada e máximo empuxo sobre superfícies deslizantes e em saídas de curvas. Os freios são em material compósito, ventilados e perfurados, com diâmetro dianteiro de 360 mm e traseiro de 350 mm. A direção é hidráulica Servotronic.
O sistema de controle de estabilidade dinâmica inclui função anti-derrapante (ASC), controle dinâmico de freios (DBC), função de arranque, controle eletrônico de frenagem em curvas (CBC) e função anti-esmaecimento.
Na pista de corridas de Nürburgring, onde o atual E46 M3 deixa para trás a grande maioria dos automóveis existentes, o novo M1 é significativamente mais rápido que o M3.

TEXTO PUBLICADO NO EXCELENTE SITE DO ZÉ LUIZ VIEIRA:

http://www.techtalk.com.br/index.php?pagina=tech_by_mail.php?id=1828


















Um comentário:

Unknown disse...

Bela descrição do carro! Texto prazeroso de ler :)