terça-feira, 12 de outubro de 2010

De volta ao passado: Porsche Spyder

A verdade e o mito se entrelaçam e se chocam na historia dos carros da Porsche. um dos mitos mais afirmados é o seu prazer em um carro de Zuffenhausen ser proporcional ao preço: quanto mais caro e potente, melhor. 
O novo Boxster é o desmentido categórico desse papo. Bem mais leve que a versão anterior, aperfeiçoada em 2009, o Spyder desloca 1.277 kg sem rádio ou ar condicionado, ambos opcionais. O Spyder perdeu 110 kg, aliviados por tampas de alumínio, rodas de 19 pol. mais leves que as de 18 pol. do Modelo S e em uma capota do tipo guarda chuva (ela veda razoávelmente) mas que você tem que montar na mão, sem motorzinho elétrico para fazer o serviço. Puxadores de porta de cordão de pano, bancos concha de fibra de carbono. Um ambiente todo esportivo, puro e duro. 
Mas os números começam a ficar mesmo interessantes quando se pensa nos 320 cv a 7.200 RPM (10 cv a mais que o S) do boxer de seis cilindros e injeção direta, permitindo uma aceleração de zero a 100 km/h em 4,8 segundos. Lento pra você? 282 km/h de final...
Tudo isso é firmado na pista por uma suspensão mais baixa, com molas mais duras e barras estabilizadoras mias grossas, freios maiores e uma direção mais rápida.
Vindo de uma fábrica que tem um dos nomes mais famosos do mundo sobre rodas, um símbolo de status e sofisticação que acabou de lançar um sedan de quatro portas e um SUV híbrido, o Spyder vem como um sopro de ar renovado, uma volta às origens do lendários Spyders 550 dos anos 50, carros de fama veloz e visual irretocável. um carro que faria orgulho ao criador da teoria de adicionar leveza a um carro para faze-lo mais rápido, o imortal Colin Chapman.
Quando a capota vaza um pouquinho de chuva é o momento de lembrar quanto ela NÃO pesa e usar o som visceral do motor para jogar uma marcha para baixo e arrepiar os cabelos num furacão de emoção e volúpia da velocidade. Nada mais do que adrenalina pura, um centro de gravidade no lugar certo, um deslizar perfeito sem rebeldia às leis da física, um carro para não esquecer nunca, como nunca esqueci o primeiro Boxster, ainda um modelo inicial de 210 cv. Jamais.
                             o interior despojado, quase espartano
                                   Os dois Spyder, o 2011 e o 1955
                                    O guarda chuva de cinco quilos

4 comentários:

Adriano Antunes disse...

Porsche é a minha paixão! Semana passada fui dar uma volta a noite ao redor do museu e da fábrica, fiquei por alguns longos minutos olhando através da janela um operador montando um boxer 6 cilindros ali na minha frente (a fábrica de motores tem grandes janelas de vidro e você de fora pode acompanhar), foi como uma terapia. Os mais entendidos de Porsche dizem que o Boxster e o Cayman tem o mesmo "Spass"(palavra alemã para diversão) que o 911 por um preço menor. Eu ficaria feliz com qualquer um deles, até com a SUV hibrida (conhecida na Alemanha como o Porsche da dona de casa). E em breve deve sair a versão diesel do irmão mais velho, o Panamera.

José Rezende - Mahar disse...

ADRIANO, PORSCHE 4 PORTAS DIESEL....É O TÁXI! E O SPASS DOS DE MOTOR CENTRAL É MAIOR, SEM O TERROR DO SNAP OVERSTEERING...

Mário César Buzian disse...

O Spyder é meu sonho de consumo...
Depois de ler o que vc. escreveu sobre ele atiçou mais ainda as minhas "lombrigas", rsrsrs !!!
Quem sabe um dia...
Valeu Mestre Mahar !!!

Eugenia Kos disse...

O amor é lindo..!